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Layne e Wohlforth Christopher Layne e William Wohlforth irão argumentar sobre a unipolaridade do sistema no pós guerra fria. Para layne, a unipolaridade é um momento, um interlúdio geopolítico que dará lugar a uma multipolaridade. Seu argumento parte da premissa básica, já levantada por Keneth Waltz, que Estados balanceiam contra hegemons, mesmo se estes forem, como no caso dos Estados Unidos, hegemons benevolentes. Alguns fatores sistêmicos garantem que com o tempo a hegemonia seja mais facilmente contestada, por exemplo, taxas de crescimento diferenciadas ou a emulação – o funcionamento desses e o ambiente anarquico levaria ao surgimento de uma nova superpotencia. Para Layne, a unipolaridade leva a retrocessos políticos, que incitam o imperativo ao balanceamento que leva à multipolaridade. No entanto, o autor acredita que é possível que os Estados Unidos respondam a essa ameaça à sua preponderância, por forma de políticas ou mesmo pelo uso da força. Para o autor, os Estados Unidos pretende manter a unipolaridade com uma política de preponderância, na qual procura manter todas as instituições que criou e dessa forma manter a ordem internacional do pós segunda guerra intacta, incorporando países em alianças estratégicas e criando uma economia global que permite o movimento de bens e idéias que levariam os ideias americanos sem dificuldade pelo globo. A unipolaridade pode levar a guerra, no entanto, por definição, unipolaridade é o momento no qual nenhum outro Estado sozinho tem a capacidade de se contrapor ao hegemon, portanto, o momento em sí é pacífico. Wohlforth acredita que a unipolaridade é pacífica, diferindo de Layne por acreditar que isso faz com que ela seja também durável. A hegemonia inconteste dos Estados Unidos faz com que a maior fonte de conflitos no sistema internacional não exista: rivaldade hegemônica – ou seja, diminui a competição de segurança entre as grandes potências. Além do mais, como líder mundial, os Estados Unidos tem possibilidade e motivação para manter insituições chave de resolução de conflitos de segurança, limitando a competição entre as potências. O autor desenvolve seu argumento a partir de duas teorias realistas, a teoria da estabilidade hegemônica e a teoria da balança de poder, as quais mostrariam que um mundo unipolar seria mais pacífico. Da teoria hegemonica, emprestamos a idéia de Estados em posições de poder promovem ordens internacionais que são estáveis, até que o crescimento diferenciado faça com que a hegemonia seja contestada; quanto mais clara e maior for a concentração de poder no Estado, mais pacífica a ordem internacional vai ser. A unipolaridade é caracterizada por uma concetração de poder sem precedentes na história, segundo Wohlforth, nas mãos dos Estados Unidos, portanto tem o maior potencial para paz, por eliminar a possibilidade de rivalidade hegemônica. A teoria da balança de poder prevê que qualquer sistema de Estados na anarquia tende a um equilíbrio, e, segundo o autor, essa teoria prevê paz por enquanto o sistema unipolar durar; portanto, a questão passa a ser a durabilidade da unipolaridade, e não sua tendência a paz.
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