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Neonatologia

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Neonatologia 
Cuidados com os potros começam ainda na vida intra -
uterina (principalmente no terço final da gestação).
A égua necessita de isolamento em um 
piquete
-
Alimentação adequada à parturiente -
bem próximo do parto, requer um 
piquete maternidade. 
-
São esses cuidados:
O parto das éguas ocorre preferencialmente durante a 
madrugada, o que dificulta o acompanhamento e “facilita” a 
proteção do neonato, evitando assim qualquer perturbação. O 
início do parto é marcado geralmente por uma queda de 
temperatura corpórea da égua. 
Após o nascimento os potros passam por várias alterações 
fisiológicas adaptando-se a vida extra-uterina
dilatação do pulmão seguida da aspiração do ar para 
dentro das vias aéreas
-
diafragma se contrai e se forma a pressão intra-torácica 
negativa. 
-
Alguns fatores estimulam a respiração: ausência de 
imersão, estímulos da mãe (lamber), frio, luz, diminuição 
da pressão de O2 e aumento de CO2, etc. 
-
A temperatura retal do potro deve ser aferida e estar 
entre 37,5 - 38,5ºC
-
Após o feto ultrapassar a pelve da mãe ocorre:
livrando o trato respiratório das secreções --> caso 
houver obstrução das vias aéreas por muco, indica-se 
massagear as narinas, no sentido da cabeça para a 
extremidade do focinho, sem invadir a cavidade bucal, 
evitando a introdução de bactérias na boca do potro
-
estabilizar e manter a temperatura corporal-
desenvolver e adquirir coordenação do sistema músculo-
esquelético
-
Em caso de dificuldade respiratória os movimentos 
devem ser:- sustentando o neonato pelos posteriores para a 
drenagem por gravidade das secreções respiratórias. 
- secando vigorosamente o dorso do animal com pano 
seco. 
- realizar tapotagem sobre as paredes torácicas. 
- promover banho com água fria, evitando molhar a 
cabeça. 
Caso o cordão não se rompa sozinho o mesmo deverá ser 
rompido manualmente (uma alternativa menos indicada é a 
ligadura pois não promove a retração natural dos vasos 
umbilicais. 
-
O umbigo deve ser tratado imergindo solução a 0,5% de 
clorexidine ou iodo a 2%.
-
Caso em até 1 hora o potro não estiver de pé e mamando, 
deverá ser auxiliado.
-
O animal deve mamar a cada uma hora. -
Devido ao tipo de placenta no eqüino (epitélio corial difusa) 
não ocorre a passagem de anticorpos diaplacentária, 
tornando-se fundamental a ingestão de colostro nas 
primeiras 24 horas de vida
Principais causas de óbitos em neonatos são as 
diarréias, quem podem ser de causa bacteriana, 
parasitária, decorrente a nutrição, agentes virais e a 
diarréia do cio do potro.
A prevenção vem através: 
minimização da densidade de população de cavalos-
separação em faixas etárias -
fornecimento de apropriada sanidade e higiene-
obtenção de colostro adequado e de boa qualidade-
Expulsão do mecônio, que consiste de líquido aminiótico 
digerido e restos de excreta q se acumulam no intestino 
durante o desenvolvimento fetal. A retenção do mecônio é 
um problema, pois pode provocar cólicas no potro recém-
nascido. 
Enemas profiláticos devem ser aplicados antes e após 
a primeira amamentação do potro
-
Fases de criação
O potro e sua mãe devem ser mantidos no piquete 
maternidade até os 7 a 10 dias após o nascimento. 
-
Após 10 dias, já podem ser transferidos para o piquete de 
éguas com potro ao pé. 
-
A partir daí, os cuidados limitam-se à observação 
constante para ver se o potro está bem.
-
Observar se o animal não apresenta ectoparasitas e 
proceder a uma vermifugação periódica (início 30-60 dias e 
repetir a cada 60-90 dias conforme o tipo de vermífugo e o 
manejo utilizado
-
Caso este animal não tenha mamado o colostro, deve ser 
oferecido, de um banco de colostro,este animal deve ser 
alimentado com o auxilio de uma mamadeira, 200ml de leite 
morno a cada 20 minutos, pode ser utilizado leite de outra 
mãe, este animal deve sempre ficar em lugar limpo e seco e 
deve se tomar muito cuidado com o controle de sua 
temperatura corpórea
Equinos
Bovinos
A primeira e a mais importante é a de iniciar os 
movimentos respiratórios. O controle do balanço ácido 
básico precisa ser iniciado o mais breve possível. Todo 
o metabolismo precisa estar funcionando para que o 
animal possa iniciar o catabolismo de carboidratos, 
gordura e aminoácidos para fornecer energia para as 
funções corpóreas. Outra adaptação necessária é a 
regulação da temperatura corporal. Para isto os 
bezerros precisam rapidamente ativar os mecanismos 
termogênicos, tais como o tremor e o metabolismo da 
gordura marrom.
Após esse processo somando - se a ingestão de 
colostro, a produção de calor corporal aumenta a 
temperatura corporal e se normaliza dentre de 48 a 72 
horas. Muitas dessas mudanças são induzidas pelas 
modificações endócrinas que iniciam sua ação ao parto, 
em particular a elevação dos níveis de corticosteróides, 
estrogênios e prostaglandinas
Cuidados com o neonato
Cuidados com o neonato
Após o parto checar se o bezerro está vivo palpando 
seu coração ou pulso carotídeo e testando os 
reflexos
-
limpar as vias aéreas superiores, fazendo o uso de 
aspiradores para a remoção de secreções da 
cavidade bucal e trato respiratório superior. 
-
Colocar o bezerro de cabeça para baixo de modo 
que o líquido possa drenar a partir do trato 
respiratório superior (a maior parte do líquido vem 
provavelmente do abomaso)
-
Chegar o umbigo para evidências de hemorragia nos 
vasos, se for severa pinçar e ligar. 
-
Fazer a cura imediatamente após o parto com 
tintura de iodo (7 a 10 %), sendo este procedimento 
repetido pelo menos mais três vezes.
-
O objetivo da cura do umbigo é a desidratação do coto 
umbilical com o colabamento dos vasos sanguíneos e do 
úraco
Assegurar-se que a vaca aceitará o bezerro, de 
modo a ser estabelecido o vínculo maternal e que 
ela não atacará ou machucará o bezerro. 
-
Vermifugação ao nascimento (1ml avermectina). -
Checar o úbere da vaca para a presença de colostro 
e colocar o bezerro para mamar um colostro de boa 
qualidade imediatamente --> pois a absorção das 
imunoglobulinas através do epitélio intestinal do 
neonato para a circulação é aproximadamente 24h 
após o nascimento. 
-
O tempo da administração do colostro é importante por 
duas razões: perda dos sítios de absorção e colonização 
do intestino pelas bactérias 
Identificação do animal por tatuagem ou 
brinco deve ser realizada nos primeiros dias 
de vida
-
Fases de criação
Na primeira semana de vida as bezerras devem 
ser inspecionadas e devem ter as tetas extra 
numerárias retiradas. 
-
Após 15 dias de vida deve ser realizada a 
mochação dos animais.
-
Vacinação contra pasteurelose e salmonelose (15 a 
30 dias de vida)
-
se o animal não conseguiu mamar o colostro, é 
muito importante oferecer para o bezerro, de um 
banco de colostro e depois a alimentação com 
auxilio de uma mamadeira, 3 litros de leite duas 
vezes ao dia 
-
Qual a 
importância do 
colostro?
Apesar de os neonatos serem capazes de 
responder a agentes infecciosos por meio das 
respostas imune inata e adquirida, estas são lentas, 
de pequena magnitude e com baixas concentrações 
de anticorpos. Assim, a ingestão e a absorção de 
quantidades adequadas de imunoglobulinas 
presentes no colostro são condições essenciais 
para o estabelecimento da imunidade do bezerro, 
até que o seu sistema imune se torne 
completamente funcional
A formação do colostro ocorre no período pré-
parto e é influenciada por fatores hormonais 
sistêmicos e locais. 
-
A qualidade da transferência de imunidade 
passiva ao bezerro neonato é influenciada pelo 
momento da ingestão de colostro, como também 
pelo método e volume de sua administração, pela 
concentração de imunoglobulina existente no 
colostro ingerido e pela idade da mãe
-
Sistema imunológico
O sistema imunológico dos mamíferos 
domésticos – composto por barreiras físicas, 
solúveis e celulares, que permitem ao organismo 
sobreviver a diversos tipos de agressões 
provenientes, inclusive, de agentes infecciosos – é 
constituído pelo sistemaimune inato ou natural 
(SIN) e pelo sistema imune adquirido ou adaptativo 
(SIA), entretanto, a delimitação desses dois 
componentes é extremamente difícil, pois ambos 
compartilham sistemas e mecanismos efetores da 
resposta imune. 
SISTEMA IMUNE ADQUIRIDO 
SISTEMA IMUNE INATO (SIN) 
constituído por barreiras físicas, mecânicas e 
biológicas, que atuam como primeira linha de 
defesa
-
responsável pela prevenção de replicação, 
morte ou redução do número inicial de 
microrganismos, também é capaz de criar 
condições para a geração de uma resposta 
imune adaptativa eficaz
-
compreende mecanismos pré-existentes que 
não dependem de estímulos para ser ativado
-
quando é estimulado apresenta alterações 
quantitativas, com aumento do número de 
células e a expressão de citocinas e 
quimiocinas. 
-
reconhece padrões moleculares associados a 
patógenos, como lipopolissacarídeos (LPS), 
peptideoglicanos e flagelinas
-
dependência de células especializadas, 
especificidade, memória, diversidade para 
reconhecimento dos diferentes determinantes 
antigênicos
-
autolimitação e tolerância aos componentes do 
próprio organismo
-
reconhece proteínas específicas de um 
determinado patógeno
-
geralmente quanto mais curta é a gestação, menos 
desenvolvido é o sistema imune quando do 
nascimento 
Esse desenvolvimento segue determinado padrão, no 
qual o timo é o primeiro órgão linfoide a se 
desenvolver, seguido dos órgãos linfoides 
secundários, como baço e linfonodos. 
TIMO - ocorre o desenvolvimento e a diferenciação 
dos timócitos em linhagens celulares. 
MEDULA ÓSSEA FETAL - as células B se 
desenvolvem e se diferenciam em subpopulações
À medida que a gestação progride, há um aumento 
progressivo dos linfócitos periféricos, 
majoritariamente linfócitos T. Um mês antes do parto, 
os linfócitos T começam a migrar e a povoar os 
tecidos linfoides fetais. Ao mesmo tempo, há o 
desenvolvimento e a distinção de outras populações 
de leucócitos, tais como macrófagos, neutrófilos e 
células natural killer (NK)
Transferência da imunidade passiva 
A placenta dos bovinos é a do tipo sindesmocorial 
(caracterizada por apresentar um sincício entre o 
endométrio maternal e o trofoblasto fetal) --> 
impedindo o encontro do sangue da vaca e do feto 
e, consequentemente, a transmissão intrauterina 
de Ig 
-
Dessa forma, o bezerro nasce 
agamaglobulinêmico e o seu sistema imune ainda 
não é capaz de produzir anticorpos em 
quantidades necessárias para o combate das 
infecções 
-
ingestão e a absorção de quantidades adequadas 
de imunoglobulinas presentes no colostro são 
condições essenciais para o estabelecimento da 
imunidade do bezerro, até que o seu sistema 
imune se torne completamente funcional
-
O monitoramento da quantidade de imunoglobulinas 
absorvidas pelo bezerro pode ser efetuado até o 
segundo dia de vida do animal, com o emprego de 
um refratômetro que mede as proteínas totais no 
soro ou com a utilização de kits específicos para 
dosagem de Ig 
A absorção das Ig e de leucócitos maternais 
durante as primeiras horas de vida via colostro é 
chamada de transferência passiva de imunidade e 
ajuda a proteger o neonato de diversos patógenos.
Os fatores que influenciam a transferência de 
imunidade passiva ao bezerro neonato são: 
o momento da ingestão de colostro-
o método e o volume de colostro administrado-
a concentração de imunoglobulina no colostro 
ingerido 
-
idade da mãe-
quando o bezerro mama o colostro direto da vaca e 
no reflexo de sucção que leva ao fechamento da 
goteira esofágica, foi constatado que a 
administração do colostro em mamadeiras (reflexo 
de sucção presente) é superior a outras formas de 
administração 
--> um colostro de boa qualidade deve fornecer 
pelo menos 100 gramas de IgG ao neonato, 
entretanto, foi observado que apenas 36% dos 
colostros analisados fornecem a massa adequada 
de IgG quando fornecidos na quantidade de dois 
litros
Composição do colostro
colostro é definido como a primeira secreção da 
glândula mamária após o parto e consiste na 
mistura de secreções lácteas e constituintes do 
soro sanguíneo. Com o decorrer do tempo pós-
parto, essa secreção láctea se altera e adquire 
novas características, passando a ser conhecida 
como leite
As secreções coletadas entre 24 a 72 horas pós-
parto são denominadas leite de transição, devido ao 
fato de suas composições se assemelharem 
gradualmente à do leite. O colostro difere do leite 
quanto à sua composição, principalmente pelo 
elevado teor de proteínas totais 
As atribuições dos neutrófilos e macrófagos do 
colostro incluem a proteção contra bactérias 
devido à sua capacidade fagocítica, à produção 
intracelular de reativos de oxigênio, bem como à 
síntese de citocinas e peptídeos antimicrobianos.
Componentes do sistema complemento-
fatores de crescimento --> . Essas substâncias 
estimulam o crescimento da mucosa, a secreção de 
enzimas, a síntese de ácido desoxirribonucleico 
(DNA) intestinal e o aumento do tamanho das 
vilosidades intestinais e da absorção de glicose
-
Hormônios-
Citocinas-
Oligossacarídeos --> fornecem proteção contra os 
agentes infecciosos por meio da competição pela 
ligação aos receptores das superfícies epiteliais do 
intestino do neonato 
-
Gangliosídeos-
reativos de oxigênio-
proteínas de fase aguda-
fatores imunomoduladores-
Enzimas-
Ribonucleases-
Nucleotídeos-
poliaminas -
peptídeos e proteínas com atividade antimicrobiana -
Antioxidantes --> protegem o neonato contra o 
estresse oxidativo, o qual pode ocasionar danos 
celulares e geralmente ocorre durante e após o 
parto
-
inibidores de tripsina -
Formação do colostro
As secreções acumuladas na glândula mamária nas 
últimas semanas de gestação, juntamente com 
proteínas ativamente transferidas a partir da corrente 
sanguínea da vaca, vão formar o colostro
A maior porção de IgG do colostro provém do 
soro 
-
pequena parte é produzida por plasmócitos 
pertencentes ao tecido mamário
-
As concentrações de IgG1 diminuem no plasma 
materno a partir de duas a três semanas pré-parto e a 
sua concentração na glândula mamária atinge o pico 
um a três dias antes do parto, o que coincide com 
máxima concentração de IgG1 nas secreções lácteas.
A expressão e regulação dos receptores envolvidos no 
transporte mamário de IgG e IgA parecem ser 
reguladas por mudanças endócrinas que ocorrem na 
proximidade do parto.
O hormônio de crescimento bovino também participa 
da formação do colostro, possivelmente pelo aumento 
da vascularização da glândula mamária, com maior 
disponibilidade de IgG1 para ser captada.
Neonatologia 
Cuidados com os potros começam ainda na vida intra -
uterina (principalmente no terço final da gestação).
A égua necessita de isolamento em um 
piquete
-
Alimentação adequada à parturiente -
bem próximo do parto, requer um 
piquete maternidade. 
-
São esses cuidados:
O parto das éguas ocorre preferencialmente durante a 
madrugada, o que dificulta o acompanhamento e “facilita” a 
proteção do neonato, evitando assim qualquer perturbação. O 
início do parto é marcado geralmente por uma queda de 
temperatura corpórea da égua. 
Após o nascimento os potros passam por várias alterações 
fisiológicas adaptando-se a vida extra-uterina
dilatação do pulmão seguida da aspiração do ar para 
dentro das vias aéreas
-
diafragma se contrai e se forma a pressão intra-torácica 
negativa. 
-
Alguns fatores estimulam a respiração: ausência de 
imersão, estímulos da mãe (lamber), frio, luz, diminuição 
da pressão de O2 e aumento de CO2, etc. 
-
A temperatura retal do potro deve ser aferida e estar 
entre 37,5 - 38,5ºC
-
Após o feto ultrapassar a pelve da mãe ocorre:
livrando o trato respiratório das secreções --> caso 
houver obstrução das vias aéreas por muco, indica-se 
massagear as narinas, no sentido da cabeça para a 
extremidade do focinho, sem invadir a cavidade bucal, 
evitando a introdução de bactérias na boca do potro
-
estabilizar e manter a temperatura corporal-
desenvolver e adquirircoordenação do sistema músculo-
esquelético
-
Em caso de dificuldade respiratória os movimentos 
devem ser:- sustentando o neonato pelos posteriores para a 
drenagem por gravidade das secreções respiratórias. 
- secando vigorosamente o dorso do animal com pano 
seco. 
- realizar tapotagem sobre as paredes torácicas. 
- promover banho com água fria, evitando molhar a 
cabeça. 
Caso o cordão não se rompa sozinho o mesmo deverá ser 
rompido manualmente (uma alternativa menos indicada é a 
ligadura pois não promove a retração natural dos vasos 
umbilicais. 
-
O umbigo deve ser tratado imergindo solução a 0,5% de 
clorexidine ou iodo a 2%.
-
Caso em até 1 hora o potro não estiver de pé e mamando, 
deverá ser auxiliado.
-
O animal deve mamar a cada uma hora. -
Devido ao tipo de placenta no eqüino (epitélio corial difusa) 
não ocorre a passagem de anticorpos diaplacentária, 
tornando-se fundamental a ingestão de colostro nas 
primeiras 24 horas de vida
Principais causas de óbitos em neonatos são as 
diarréias, quem podem ser de causa bacteriana, 
parasitária, decorrente a nutrição, agentes virais e a 
diarréia do cio do potro.
A prevenção vem através: 
minimização da densidade de população de cavalos-
separação em faixas etárias -
fornecimento de apropriada sanidade e higiene-
obtenção de colostro adequado e de boa qualidade-
Expulsão do mecônio, que consiste de líquido aminiótico 
digerido e restos de excreta q se acumulam no intestino 
durante o desenvolvimento fetal. A retenção do mecônio é 
um problema, pois pode provocar cólicas no potro recém-
nascido. 
Enemas profiláticos devem ser aplicados antes e após 
a primeira amamentação do potro
-
Fases de criação
O potro e sua mãe devem ser mantidos no piquete 
maternidade até os 7 a 10 dias após o nascimento. 
-
Após 10 dias, já podem ser transferidos para o piquete de 
éguas com potro ao pé. 
-
A partir daí, os cuidados limitam-se à observação 
constante para ver se o potro está bem.
-
Observar se o animal não apresenta ectoparasitas e 
proceder a uma vermifugação periódica (início 30-60 dias e 
repetir a cada 60-90 dias conforme o tipo de vermífugo e o 
manejo utilizado
-
Caso este animal não tenha mamado o colostro, deve ser 
oferecido, de um banco de colostro,este animal deve ser 
alimentado com o auxilio de uma mamadeira, 200ml de leite 
morno a cada 20 minutos, pode ser utilizado leite de outra 
mãe, este animal deve sempre ficar em lugar limpo e seco e 
deve se tomar muito cuidado com o controle de sua 
temperatura corpórea
Equinos
Bovinos
A primeira e a mais importante é a de iniciar os 
movimentos respiratórios. O controle do balanço ácido 
básico precisa ser iniciado o mais breve possível. Todo 
o metabolismo precisa estar funcionando para que o 
animal possa iniciar o catabolismo de carboidratos, 
gordura e aminoácidos para fornecer energia para as 
funções corpóreas. Outra adaptação necessária é a 
regulação da temperatura corporal. Para isto os 
bezerros precisam rapidamente ativar os mecanismos 
termogênicos, tais como o tremor e o metabolismo da 
gordura marrom.
Após esse processo somando - se a ingestão de 
colostro, a produção de calor corporal aumenta a 
temperatura corporal e se normaliza dentre de 48 a 72 
horas. Muitas dessas mudanças são induzidas pelas 
modificações endócrinas que iniciam sua ação ao parto, 
em particular a elevação dos níveis de corticosteróides, 
estrogênios e prostaglandinas
Cuidados com o neonato
Cuidados com o neonato
Após o parto checar se o bezerro está vivo palpando 
seu coração ou pulso carotídeo e testando os 
reflexos
-
limpar as vias aéreas superiores, fazendo o uso de 
aspiradores para a remoção de secreções da 
cavidade bucal e trato respiratório superior. 
-
Colocar o bezerro de cabeça para baixo de modo 
que o líquido possa drenar a partir do trato 
respiratório superior (a maior parte do líquido vem 
provavelmente do abomaso)
-
Chegar o umbigo para evidências de hemorragia nos 
vasos, se for severa pinçar e ligar. 
-
Fazer a cura imediatamente após o parto com 
tintura de iodo (7 a 10 %), sendo este procedimento 
repetido pelo menos mais três vezes.
-
O objetivo da cura do umbigo é a desidratação do coto 
umbilical com o colabamento dos vasos sanguíneos e do 
úraco
Assegurar-se que a vaca aceitará o bezerro, de 
modo a ser estabelecido o vínculo maternal e que 
ela não atacará ou machucará o bezerro. 
-
Vermifugação ao nascimento (1ml avermectina). -
Checar o úbere da vaca para a presença de colostro 
e colocar o bezerro para mamar um colostro de boa 
qualidade imediatamente --> pois a absorção das 
imunoglobulinas através do epitélio intestinal do 
neonato para a circulação é aproximadamente 24h 
após o nascimento. 
-
O tempo da administração do colostro é importante por 
duas razões: perda dos sítios de absorção e colonização 
do intestino pelas bactérias 
Identificação do animal por tatuagem ou 
brinco deve ser realizada nos primeiros dias 
de vida
-
Fases de criação
Na primeira semana de vida as bezerras devem 
ser inspecionadas e devem ter as tetas extra 
numerárias retiradas. 
-
Após 15 dias de vida deve ser realizada a 
mochação dos animais.
-
Vacinação contra pasteurelose e salmonelose (15 a 
30 dias de vida)
-
se o animal não conseguiu mamar o colostro, é 
muito importante oferecer para o bezerro, de um 
banco de colostro e depois a alimentação com 
auxilio de uma mamadeira, 3 litros de leite duas 
vezes ao dia 
-
Qual a 
importância do 
colostro?
Apesar de os neonatos serem capazes de 
responder a agentes infecciosos por meio das 
respostas imune inata e adquirida, estas são lentas, 
de pequena magnitude e com baixas concentrações 
de anticorpos. Assim, a ingestão e a absorção de 
quantidades adequadas de imunoglobulinas 
presentes no colostro são condições essenciais 
para o estabelecimento da imunidade do bezerro, 
até que o seu sistema imune se torne 
completamente funcional
A formação do colostro ocorre no período pré-
parto e é influenciada por fatores hormonais 
sistêmicos e locais. 
-
A qualidade da transferência de imunidade 
passiva ao bezerro neonato é influenciada pelo 
momento da ingestão de colostro, como também 
pelo método e volume de sua administração, pela 
concentração de imunoglobulina existente no 
colostro ingerido e pela idade da mãe
-
Sistema imunológico
O sistema imunológico dos mamíferos 
domésticos – composto por barreiras físicas, 
solúveis e celulares, que permitem ao organismo 
sobreviver a diversos tipos de agressões 
provenientes, inclusive, de agentes infecciosos – é 
constituído pelo sistema imune inato ou natural 
(SIN) e pelo sistema imune adquirido ou adaptativo 
(SIA), entretanto, a delimitação desses dois 
componentes é extremamente difícil, pois ambos 
compartilham sistemas e mecanismos efetores da 
resposta imune. 
SISTEMA IMUNE ADQUIRIDO 
SISTEMA IMUNE INATO (SIN) 
constituído por barreiras físicas, mecânicas e 
biológicas, que atuam como primeira linha de 
defesa
-
responsável pela prevenção de replicação, 
morte ou redução do número inicial de 
microrganismos, também é capaz de criar 
condições para a geração de uma resposta 
imune adaptativa eficaz
-
compreende mecanismos pré-existentes que 
não dependem de estímulos para ser ativado
-
quando é estimulado apresenta alterações 
quantitativas, com aumento do número de 
células e a expressão de citocinas e 
quimiocinas. 
-
reconhece padrões moleculares associados a 
patógenos, como lipopolissacarídeos (LPS), 
peptideoglicanos e flagelinas
-
dependência de células especializadas, 
especificidade, memória, diversidade para 
reconhecimento dos diferentes determinantes 
antigênicos
-
autolimitação e tolerância aos componentes do 
próprio organismo
-
reconhece proteínas específicas de um 
determinado patógeno
-
geralmente quanto mais curta é a gestação, menos 
desenvolvido é o sistema imune quando do 
nascimento 
Esse desenvolvimento segue determinado padrão, no 
qual o timo é o primeiro órgão linfoide a se 
desenvolver,seguido dos órgãos linfoides 
secundários, como baço e linfonodos. 
TIMO - ocorre o desenvolvimento e a diferenciação 
dos timócitos em linhagens celulares. 
MEDULA ÓSSEA FETAL - as células B se 
desenvolvem e se diferenciam em subpopulações
À medida que a gestação progride, há um aumento 
progressivo dos linfócitos periféricos, 
majoritariamente linfócitos T. Um mês antes do parto, 
os linfócitos T começam a migrar e a povoar os 
tecidos linfoides fetais. Ao mesmo tempo, há o 
desenvolvimento e a distinção de outras populações 
de leucócitos, tais como macrófagos, neutrófilos e 
células natural killer (NK)
Transferência da imunidade passiva 
A placenta dos bovinos é a do tipo sindesmocorial 
(caracterizada por apresentar um sincício entre o 
endométrio maternal e o trofoblasto fetal) --> 
impedindo o encontro do sangue da vaca e do feto 
e, consequentemente, a transmissão intrauterina 
de Ig 
-
Dessa forma, o bezerro nasce 
agamaglobulinêmico e o seu sistema imune ainda 
não é capaz de produzir anticorpos em 
quantidades necessárias para o combate das 
infecções 
-
ingestão e a absorção de quantidades adequadas 
de imunoglobulinas presentes no colostro são 
condições essenciais para o estabelecimento da 
imunidade do bezerro, até que o seu sistema 
imune se torne completamente funcional
-
O monitoramento da quantidade de imunoglobulinas 
absorvidas pelo bezerro pode ser efetuado até o 
segundo dia de vida do animal, com o emprego de 
um refratômetro que mede as proteínas totais no 
soro ou com a utilização de kits específicos para 
dosagem de Ig 
A absorção das Ig e de leucócitos maternais 
durante as primeiras horas de vida via colostro é 
chamada de transferência passiva de imunidade e 
ajuda a proteger o neonato de diversos patógenos.
Os fatores que influenciam a transferência de 
imunidade passiva ao bezerro neonato são: 
o momento da ingestão de colostro-
o método e o volume de colostro administrado-
a concentração de imunoglobulina no colostro 
ingerido 
-
idade da mãe-
quando o bezerro mama o colostro direto da vaca e 
no reflexo de sucção que leva ao fechamento da 
goteira esofágica, foi constatado que a 
administração do colostro em mamadeiras (reflexo 
de sucção presente) é superior a outras formas de 
administração 
--> um colostro de boa qualidade deve fornecer 
pelo menos 100 gramas de IgG ao neonato, 
entretanto, foi observado que apenas 36% dos 
colostros analisados fornecem a massa adequada 
de IgG quando fornecidos na quantidade de dois 
litros
Composição do colostro
colostro é definido como a primeira secreção da 
glândula mamária após o parto e consiste na 
mistura de secreções lácteas e constituintes do 
soro sanguíneo. Com o decorrer do tempo pós-
parto, essa secreção láctea se altera e adquire 
novas características, passando a ser conhecida 
como leite
As secreções coletadas entre 24 a 72 horas pós-
parto são denominadas leite de transição, devido ao 
fato de suas composições se assemelharem 
gradualmente à do leite. O colostro difere do leite 
quanto à sua composição, principalmente pelo 
elevado teor de proteínas totais 
As atribuições dos neutrófilos e macrófagos do 
colostro incluem a proteção contra bactérias 
devido à sua capacidade fagocítica, à produção 
intracelular de reativos de oxigênio, bem como à 
síntese de citocinas e peptídeos antimicrobianos.
Componentes do sistema complemento-
fatores de crescimento --> . Essas substâncias 
estimulam o crescimento da mucosa, a secreção de 
enzimas, a síntese de ácido desoxirribonucleico 
(DNA) intestinal e o aumento do tamanho das 
vilosidades intestinais e da absorção de glicose
-
Hormônios-
Citocinas-
Oligossacarídeos --> fornecem proteção contra os 
agentes infecciosos por meio da competição pela 
ligação aos receptores das superfícies epiteliais do 
intestino do neonato 
-
Gangliosídeos-
reativos de oxigênio-
proteínas de fase aguda-
fatores imunomoduladores-
Enzimas-
Ribonucleases-
Nucleotídeos-
poliaminas -
peptídeos e proteínas com atividade antimicrobiana -
Antioxidantes --> protegem o neonato contra o 
estresse oxidativo, o qual pode ocasionar danos 
celulares e geralmente ocorre durante e após o 
parto
-
inibidores de tripsina -
Formação do colostro
As secreções acumuladas na glândula mamária nas 
últimas semanas de gestação, juntamente com 
proteínas ativamente transferidas a partir da corrente 
sanguínea da vaca, vão formar o colostro
A maior porção de IgG do colostro provém do 
soro 
-
pequena parte é produzida por plasmócitos 
pertencentes ao tecido mamário
-
As concentrações de IgG1 diminuem no plasma 
materno a partir de duas a três semanas pré-parto e a 
sua concentração na glândula mamária atinge o pico 
um a três dias antes do parto, o que coincide com 
máxima concentração de IgG1 nas secreções lácteas.
A expressão e regulação dos receptores envolvidos no 
transporte mamário de IgG e IgA parecem ser 
reguladas por mudanças endócrinas que ocorrem na 
proximidade do parto.
O hormônio de crescimento bovino também participa 
da formação do colostro, possivelmente pelo aumento 
da vascularização da glândula mamária, com maior 
disponibilidade de IgG1 para ser captada.
Neonatologia 
Cuidados com os potros começam ainda na vida intra -
uterina (principalmente no terço final da gestação).
A égua necessita de isolamento em um 
piquete
-
Alimentação adequada à parturiente -
bem próximo do parto, requer um 
piquete maternidade. 
-
São esses cuidados:
O parto das éguas ocorre preferencialmente durante a 
madrugada, o que dificulta o acompanhamento e “facilita” a 
proteção do neonato, evitando assim qualquer perturbação. O 
início do parto é marcado geralmente por uma queda de 
temperatura corpórea da égua. 
Após o nascimento os potros passam por várias alterações 
fisiológicas adaptando-se a vida extra-uterina
dilatação do pulmão seguida da aspiração do ar para 
dentro das vias aéreas
-
diafragma se contrai e se forma a pressão intra-torácica 
negativa. 
-
Alguns fatores estimulam a respiração: ausência de 
imersão, estímulos da mãe (lamber), frio, luz, diminuição 
da pressão de O2 e aumento de CO2, etc. 
-
A temperatura retal do potro deve ser aferida e estar 
entre 37,5 - 38,5ºC
-
Após o feto ultrapassar a pelve da mãe ocorre:
livrando o trato respiratório das secreções --> caso 
houver obstrução das vias aéreas por muco, indica-se 
massagear as narinas, no sentido da cabeça para a 
extremidade do focinho, sem invadir a cavidade bucal, 
evitando a introdução de bactérias na boca do potro
-
estabilizar e manter a temperatura corporal-
desenvolver e adquirir coordenação do sistema músculo-
esquelético
-
Em caso de dificuldade respiratória os movimentos 
devem ser:- sustentando o neonato pelos posteriores para a 
drenagem por gravidade das secreções respiratórias. 
- secando vigorosamente o dorso do animal com pano 
seco. 
- realizar tapotagem sobre as paredes torácicas. 
- promover banho com água fria, evitando molhar a 
cabeça. 
Caso o cordão não se rompa sozinho o mesmo deverá ser 
rompido manualmente (uma alternativa menos indicada é a 
ligadura pois não promove a retração natural dos vasos 
umbilicais. 
-
O umbigo deve ser tratado imergindo solução a 0,5% de 
clorexidine ou iodo a 2%.
-
Caso em até 1 hora o potro não estiver de pé e mamando, 
deverá ser auxiliado.
-
O animal deve mamar a cada uma hora. -
Devido ao tipo de placenta no eqüino (epitélio corial difusa) 
não ocorre a passagem de anticorpos diaplacentária, 
tornando-se fundamental a ingestão de colostro nas 
primeiras 24 horas de vida
Principais causas de óbitos em neonatos são as 
diarréias, quem podem ser de causa bacteriana, 
parasitária, decorrente a nutrição, agentes virais e a 
diarréia do cio do potro.
A prevenção vem através: 
minimização da densidade de população de cavalos-
separação em faixas etárias -
fornecimento de apropriada sanidade e higiene-
obtenção de colostro adequado e de boa qualidade-
Expulsão do mecônio, que consiste de líquido aminiótico 
digerido e restosde excreta q se acumulam no intestino 
durante o desenvolvimento fetal. A retenção do mecônio é 
um problema, pois pode provocar cólicas no potro recém-
nascido. 
Enemas profiláticos devem ser aplicados antes e após 
a primeira amamentação do potro
-
Fases de criação
O potro e sua mãe devem ser mantidos no piquete 
maternidade até os 7 a 10 dias após o nascimento. 
-
Após 10 dias, já podem ser transferidos para o piquete de 
éguas com potro ao pé. 
-
A partir daí, os cuidados limitam-se à observação 
constante para ver se o potro está bem.
-
Observar se o animal não apresenta ectoparasitas e 
proceder a uma vermifugação periódica (início 30-60 dias e 
repetir a cada 60-90 dias conforme o tipo de vermífugo e o 
manejo utilizado
-
Caso este animal não tenha mamado o colostro, deve ser 
oferecido, de um banco de colostro,este animal deve ser 
alimentado com o auxilio de uma mamadeira, 200ml de leite 
morno a cada 20 minutos, pode ser utilizado leite de outra 
mãe, este animal deve sempre ficar em lugar limpo e seco e 
deve se tomar muito cuidado com o controle de sua 
temperatura corpórea
Equinos
Bovinos
A primeira e a mais importante é a de iniciar os 
movimentos respiratórios. O controle do balanço ácido 
básico precisa ser iniciado o mais breve possível. Todo 
o metabolismo precisa estar funcionando para que o 
animal possa iniciar o catabolismo de carboidratos, 
gordura e aminoácidos para fornecer energia para as 
funções corpóreas. Outra adaptação necessária é a 
regulação da temperatura corporal. Para isto os 
bezerros precisam rapidamente ativar os mecanismos 
termogênicos, tais como o tremor e o metabolismo da 
gordura marrom.
Após esse processo somando - se a ingestão de 
colostro, a produção de calor corporal aumenta a 
temperatura corporal e se normaliza dentre de 48 a 72 
horas. Muitas dessas mudanças são induzidas pelas 
modificações endócrinas que iniciam sua ação ao parto, 
em particular a elevação dos níveis de corticosteróides, 
estrogênios e prostaglandinas
Cuidados com o neonato
Cuidados com o neonato
Após o parto checar se o bezerro está vivo palpando 
seu coração ou pulso carotídeo e testando os 
reflexos
-
limpar as vias aéreas superiores, fazendo o uso de 
aspiradores para a remoção de secreções da 
cavidade bucal e trato respiratório superior. 
-
Colocar o bezerro de cabeça para baixo de modo 
que o líquido possa drenar a partir do trato 
respiratório superior (a maior parte do líquido vem 
provavelmente do abomaso)
-
Chegar o umbigo para evidências de hemorragia nos 
vasos, se for severa pinçar e ligar. 
-
Fazer a cura imediatamente após o parto com 
tintura de iodo (7 a 10 %), sendo este procedimento 
repetido pelo menos mais três vezes.
-
O objetivo da cura do umbigo é a desidratação do coto 
umbilical com o colabamento dos vasos sanguíneos e do 
úraco
Assegurar-se que a vaca aceitará o bezerro, de 
modo a ser estabelecido o vínculo maternal e que 
ela não atacará ou machucará o bezerro. 
-
Vermifugação ao nascimento (1ml avermectina). -
Checar o úbere da vaca para a presença de colostro 
e colocar o bezerro para mamar um colostro de boa 
qualidade imediatamente --> pois a absorção das 
imunoglobulinas através do epitélio intestinal do 
neonato para a circulação é aproximadamente 24h 
após o nascimento. 
-
O tempo da administração do colostro é importante por 
duas razões: perda dos sítios de absorção e colonização 
do intestino pelas bactérias 
Identificação do animal por tatuagem ou 
brinco deve ser realizada nos primeiros dias 
de vida
-
Fases de criação
Na primeira semana de vida as bezerras devem 
ser inspecionadas e devem ter as tetas extra 
numerárias retiradas. 
-
Após 15 dias de vida deve ser realizada a 
mochação dos animais.
-
Vacinação contra pasteurelose e salmonelose (15 a 
30 dias de vida)
-
se o animal não conseguiu mamar o colostro, é 
muito importante oferecer para o bezerro, de um 
banco de colostro e depois a alimentação com 
auxilio de uma mamadeira, 3 litros de leite duas 
vezes ao dia 
-
Qual a 
importância do 
colostro?
Apesar de os neonatos serem capazes de 
responder a agentes infecciosos por meio das 
respostas imune inata e adquirida, estas são lentas, 
de pequena magnitude e com baixas concentrações 
de anticorpos. Assim, a ingestão e a absorção de 
quantidades adequadas de imunoglobulinas 
presentes no colostro são condições essenciais 
para o estabelecimento da imunidade do bezerro, 
até que o seu sistema imune se torne 
completamente funcional
A formação do colostro ocorre no período pré-
parto e é influenciada por fatores hormonais 
sistêmicos e locais. 
-
A qualidade da transferência de imunidade 
passiva ao bezerro neonato é influenciada pelo 
momento da ingestão de colostro, como também 
pelo método e volume de sua administração, pela 
concentração de imunoglobulina existente no 
colostro ingerido e pela idade da mãe
-
Sistema imunológico
O sistema imunológico dos mamíferos 
domésticos – composto por barreiras físicas, 
solúveis e celulares, que permitem ao organismo 
sobreviver a diversos tipos de agressões 
provenientes, inclusive, de agentes infecciosos – é 
constituído pelo sistema imune inato ou natural 
(SIN) e pelo sistema imune adquirido ou adaptativo 
(SIA), entretanto, a delimitação desses dois 
componentes é extremamente difícil, pois ambos 
compartilham sistemas e mecanismos efetores da 
resposta imune. 
SISTEMA IMUNE ADQUIRIDO 
SISTEMA IMUNE INATO (SIN) 
constituído por barreiras físicas, mecânicas e 
biológicas, que atuam como primeira linha de 
defesa
-
responsável pela prevenção de replicação, 
morte ou redução do número inicial de 
microrganismos, também é capaz de criar 
condições para a geração de uma resposta 
imune adaptativa eficaz
-
compreende mecanismos pré-existentes que 
não dependem de estímulos para ser ativado
-
quando é estimulado apresenta alterações 
quantitativas, com aumento do número de 
células e a expressão de citocinas e 
quimiocinas. 
-
reconhece padrões moleculares associados a 
patógenos, como lipopolissacarídeos (LPS), 
peptideoglicanos e flagelinas
-
dependência de células especializadas, 
especificidade, memória, diversidade para 
reconhecimento dos diferentes determinantes 
antigênicos
-
autolimitação e tolerância aos componentes do 
próprio organismo
-
reconhece proteínas específicas de um 
determinado patógeno
-
geralmente quanto mais curta é a gestação, menos 
desenvolvido é o sistema imune quando do 
nascimento 
Esse desenvolvimento segue determinado padrão, no 
qual o timo é o primeiro órgão linfoide a se 
desenvolver, seguido dos órgãos linfoides 
secundários, como baço e linfonodos. 
TIMO - ocorre o desenvolvimento e a diferenciação 
dos timócitos em linhagens celulares. 
MEDULA ÓSSEA FETAL - as células B se 
desenvolvem e se diferenciam em subpopulações
À medida que a gestação progride, há um aumento 
progressivo dos linfócitos periféricos, 
majoritariamente linfócitos T. Um mês antes do parto, 
os linfócitos T começam a migrar e a povoar os 
tecidos linfoides fetais. Ao mesmo tempo, há o 
desenvolvimento e a distinção de outras populações 
de leucócitos, tais como macrófagos, neutrófilos e 
células natural killer (NK)
Transferência da imunidade passiva 
A placenta dos bovinos é a do tipo sindesmocorial 
(caracterizada por apresentar um sincício entre o 
endométrio maternal e o trofoblasto fetal) --> 
impedindo o encontro do sangue da vaca e do feto 
e, consequentemente, a transmissão intrauterina 
de Ig 
-
Dessa forma, o bezerro nasce 
agamaglobulinêmico e o seu sistema imune ainda 
não é capaz de produzir anticorpos em 
quantidades necessárias para o combate das 
infecções 
-
ingestão e a absorção de quantidades adequadas 
de imunoglobulinas presentes no colostro são 
condições essenciais para o estabelecimento da 
imunidade do bezerro, até que o seu sistema 
imune se torne completamente funcional
-
O monitoramento da quantidade de imunoglobulinas 
absorvidas pelo bezerro pode ser efetuado até o 
segundodia de vida do animal, com o emprego de 
um refratômetro que mede as proteínas totais no 
soro ou com a utilização de kits específicos para 
dosagem de Ig 
A absorção das Ig e de leucócitos maternais 
durante as primeiras horas de vida via colostro é 
chamada de transferência passiva de imunidade e 
ajuda a proteger o neonato de diversos patógenos.
Os fatores que influenciam a transferência de 
imunidade passiva ao bezerro neonato são: 
o momento da ingestão de colostro-
o método e o volume de colostro administrado-
a concentração de imunoglobulina no colostro 
ingerido 
-
idade da mãe-
quando o bezerro mama o colostro direto da vaca e 
no reflexo de sucção que leva ao fechamento da 
goteira esofágica, foi constatado que a 
administração do colostro em mamadeiras (reflexo 
de sucção presente) é superior a outras formas de 
administração 
--> um colostro de boa qualidade deve fornecer 
pelo menos 100 gramas de IgG ao neonato, 
entretanto, foi observado que apenas 36% dos 
colostros analisados fornecem a massa adequada 
de IgG quando fornecidos na quantidade de dois 
litros
Composição do colostro
colostro é definido como a primeira secreção da 
glândula mamária após o parto e consiste na 
mistura de secreções lácteas e constituintes do 
soro sanguíneo. Com o decorrer do tempo pós-
parto, essa secreção láctea se altera e adquire 
novas características, passando a ser conhecida 
como leite
As secreções coletadas entre 24 a 72 horas pós-
parto são denominadas leite de transição, devido ao 
fato de suas composições se assemelharem 
gradualmente à do leite. O colostro difere do leite 
quanto à sua composição, principalmente pelo 
elevado teor de proteínas totais 
As atribuições dos neutrófilos e macrófagos do 
colostro incluem a proteção contra bactérias 
devido à sua capacidade fagocítica, à produção 
intracelular de reativos de oxigênio, bem como à 
síntese de citocinas e peptídeos antimicrobianos.
Componentes do sistema complemento-
fatores de crescimento --> . Essas substâncias 
estimulam o crescimento da mucosa, a secreção de 
enzimas, a síntese de ácido desoxirribonucleico 
(DNA) intestinal e o aumento do tamanho das 
vilosidades intestinais e da absorção de glicose
-
Hormônios-
Citocinas-
Oligossacarídeos --> fornecem proteção contra os 
agentes infecciosos por meio da competição pela 
ligação aos receptores das superfícies epiteliais do 
intestino do neonato 
-
Gangliosídeos-
reativos de oxigênio-
proteínas de fase aguda-
fatores imunomoduladores-
Enzimas-
Ribonucleases-
Nucleotídeos-
poliaminas -
peptídeos e proteínas com atividade antimicrobiana -
Antioxidantes --> protegem o neonato contra o 
estresse oxidativo, o qual pode ocasionar danos 
celulares e geralmente ocorre durante e após o 
parto
-
inibidores de tripsina -
Formação do colostro
As secreções acumuladas na glândula mamária nas 
últimas semanas de gestação, juntamente com 
proteínas ativamente transferidas a partir da corrente 
sanguínea da vaca, vão formar o colostro
A maior porção de IgG do colostro provém do 
soro 
-
pequena parte é produzida por plasmócitos 
pertencentes ao tecido mamário
-
As concentrações de IgG1 diminuem no plasma 
materno a partir de duas a três semanas pré-parto e a 
sua concentração na glândula mamária atinge o pico 
um a três dias antes do parto, o que coincide com 
máxima concentração de IgG1 nas secreções lácteas.
A expressão e regulação dos receptores envolvidos no 
transporte mamário de IgG e IgA parecem ser 
reguladas por mudanças endócrinas que ocorrem na 
proximidade do parto.
O hormônio de crescimento bovino também participa 
da formação do colostro, possivelmente pelo aumento 
da vascularização da glândula mamária, com maior 
disponibilidade de IgG1 para ser captada.
Neonatologia 
Cuidados com os potros começam ainda na vida intra -
uterina (principalmente no terço final da gestação).
A égua necessita de isolamento em um 
piquete
-
Alimentação adequada à parturiente -
bem próximo do parto, requer um 
piquete maternidade. 
-
São esses cuidados:
O parto das éguas ocorre preferencialmente durante a 
madrugada, o que dificulta o acompanhamento e “facilita” a 
proteção do neonato, evitando assim qualquer perturbação. O 
início do parto é marcado geralmente por uma queda de 
temperatura corpórea da égua. 
Após o nascimento os potros passam por várias alterações 
fisiológicas adaptando-se a vida extra-uterina
dilatação do pulmão seguida da aspiração do ar para 
dentro das vias aéreas
-
diafragma se contrai e se forma a pressão intra-torácica 
negativa. 
-
Alguns fatores estimulam a respiração: ausência de 
imersão, estímulos da mãe (lamber), frio, luz, diminuição 
da pressão de O2 e aumento de CO2, etc. 
-
A temperatura retal do potro deve ser aferida e estar 
entre 37,5 - 38,5ºC
-
Após o feto ultrapassar a pelve da mãe ocorre:
livrando o trato respiratório das secreções --> caso 
houver obstrução das vias aéreas por muco, indica-se 
massagear as narinas, no sentido da cabeça para a 
extremidade do focinho, sem invadir a cavidade bucal, 
evitando a introdução de bactérias na boca do potro
-
estabilizar e manter a temperatura corporal-
desenvolver e adquirir coordenação do sistema músculo-
esquelético
-
Em caso de dificuldade respiratória os movimentos 
devem ser:- sustentando o neonato pelos posteriores para a 
drenagem por gravidade das secreções respiratórias. 
- secando vigorosamente o dorso do animal com pano 
seco. 
- realizar tapotagem sobre as paredes torácicas. 
- promover banho com água fria, evitando molhar a 
cabeça. 
Caso o cordão não se rompa sozinho o mesmo deverá ser 
rompido manualmente (uma alternativa menos indicada é a 
ligadura pois não promove a retração natural dos vasos 
umbilicais. 
-
O umbigo deve ser tratado imergindo solução a 0,5% de 
clorexidine ou iodo a 2%.
-
Caso em até 1 hora o potro não estiver de pé e mamando, 
deverá ser auxiliado.
-
O animal deve mamar a cada uma hora. -
Devido ao tipo de placenta no eqüino (epitélio corial difusa) 
não ocorre a passagem de anticorpos diaplacentária, 
tornando-se fundamental a ingestão de colostro nas 
primeiras 24 horas de vida
Principais causas de óbitos em neonatos são as 
diarréias, quem podem ser de causa bacteriana, 
parasitária, decorrente a nutrição, agentes virais e a 
diarréia do cio do potro.
A prevenção vem através: 
minimização da densidade de população de cavalos-
separação em faixas etárias -
fornecimento de apropriada sanidade e higiene-
obtenção de colostro adequado e de boa qualidade-
Expulsão do mecônio, que consiste de líquido aminiótico 
digerido e restos de excreta q se acumulam no intestino 
durante o desenvolvimento fetal. A retenção do mecônio é 
um problema, pois pode provocar cólicas no potro recém-
nascido. 
Enemas profiláticos devem ser aplicados antes e após 
a primeira amamentação do potro
-
Fases de criação
O potro e sua mãe devem ser mantidos no piquete 
maternidade até os 7 a 10 dias após o nascimento. 
-
Após 10 dias, já podem ser transferidos para o piquete de 
éguas com potro ao pé. 
-
A partir daí, os cuidados limitam-se à observação 
constante para ver se o potro está bem.
-
Observar se o animal não apresenta ectoparasitas e 
proceder a uma vermifugação periódica (início 30-60 dias e 
repetir a cada 60-90 dias conforme o tipo de vermífugo e o 
manejo utilizado
-
Caso este animal não tenha mamado o colostro, deve ser 
oferecido, de um banco de colostro,este animal deve ser 
alimentado com o auxilio de uma mamadeira, 200ml de leite 
morno a cada 20 minutos, pode ser utilizado leite de outra 
mãe, este animal deve sempre ficar em lugar limpo e seco e 
deve se tomar muito cuidado com o controle de sua 
temperatura corpórea
Equinos
Bovinos
A primeira e a mais importante é a de iniciar os 
movimentos respiratórios. O controle do balanço ácido 
básico precisa ser iniciado o mais breve possível. Todo 
o metabolismo precisa estar funcionando para que o 
animal possa iniciar o catabolismo de carboidratos, 
gordura e aminoácidos parafornecer energia para as 
funções corpóreas. Outra adaptação necessária é a 
regulação da temperatura corporal. Para isto os 
bezerros precisam rapidamente ativar os mecanismos 
termogênicos, tais como o tremor e o metabolismo da 
gordura marrom.
Após esse processo somando - se a ingestão de 
colostro, a produção de calor corporal aumenta a 
temperatura corporal e se normaliza dentre de 48 a 72 
horas. Muitas dessas mudanças são induzidas pelas 
modificações endócrinas que iniciam sua ação ao parto, 
em particular a elevação dos níveis de corticosteróides, 
estrogênios e prostaglandinas
Cuidados com o neonato
Cuidados com o neonato
Após o parto checar se o bezerro está vivo palpando 
seu coração ou pulso carotídeo e testando os 
reflexos
-
limpar as vias aéreas superiores, fazendo o uso de 
aspiradores para a remoção de secreções da 
cavidade bucal e trato respiratório superior. 
-
Colocar o bezerro de cabeça para baixo de modo 
que o líquido possa drenar a partir do trato 
respiratório superior (a maior parte do líquido vem 
provavelmente do abomaso)
-
Chegar o umbigo para evidências de hemorragia nos 
vasos, se for severa pinçar e ligar. 
-
Fazer a cura imediatamente após o parto com 
tintura de iodo (7 a 10 %), sendo este procedimento 
repetido pelo menos mais três vezes.
-
O objetivo da cura do umbigo é a desidratação do coto 
umbilical com o colabamento dos vasos sanguíneos e do 
úraco
Assegurar-se que a vaca aceitará o bezerro, de 
modo a ser estabelecido o vínculo maternal e que 
ela não atacará ou machucará o bezerro. 
-
Vermifugação ao nascimento (1ml avermectina). -
Checar o úbere da vaca para a presença de colostro 
e colocar o bezerro para mamar um colostro de boa 
qualidade imediatamente --> pois a absorção das 
imunoglobulinas através do epitélio intestinal do 
neonato para a circulação é aproximadamente 24h 
após o nascimento. 
-
O tempo da administração do colostro é importante por 
duas razões: perda dos sítios de absorção e colonização 
do intestino pelas bactérias 
Identificação do animal por tatuagem ou 
brinco deve ser realizada nos primeiros dias 
de vida
-
Fases de criação
Na primeira semana de vida as bezerras devem 
ser inspecionadas e devem ter as tetas extra 
numerárias retiradas. 
-
Após 15 dias de vida deve ser realizada a 
mochação dos animais.
-
Vacinação contra pasteurelose e salmonelose (15 a 
30 dias de vida)
-
se o animal não conseguiu mamar o colostro, é 
muito importante oferecer para o bezerro, de um 
banco de colostro e depois a alimentação com 
auxilio de uma mamadeira, 3 litros de leite duas 
vezes ao dia 
-
Qual a 
importância do 
colostro?
Apesar de os neonatos serem capazes de 
responder a agentes infecciosos por meio das 
respostas imune inata e adquirida, estas são lentas, 
de pequena magnitude e com baixas concentrações 
de anticorpos. Assim, a ingestão e a absorção de 
quantidades adequadas de imunoglobulinas 
presentes no colostro são condições essenciais 
para o estabelecimento da imunidade do bezerro, 
até que o seu sistema imune se torne 
completamente funcional
A formação do colostro ocorre no período pré-
parto e é influenciada por fatores hormonais 
sistêmicos e locais. 
-
A qualidade da transferência de imunidade 
passiva ao bezerro neonato é influenciada pelo 
momento da ingestão de colostro, como também 
pelo método e volume de sua administração, pela 
concentração de imunoglobulina existente no 
colostro ingerido e pela idade da mãe
-
Sistema imunológico
O sistema imunológico dos mamíferos 
domésticos – composto por barreiras físicas, 
solúveis e celulares, que permitem ao organismo 
sobreviver a diversos tipos de agressões 
provenientes, inclusive, de agentes infecciosos – é 
constituído pelo sistema imune inato ou natural 
(SIN) e pelo sistema imune adquirido ou adaptativo 
(SIA), entretanto, a delimitação desses dois 
componentes é extremamente difícil, pois ambos 
compartilham sistemas e mecanismos efetores da 
resposta imune. 
SISTEMA IMUNE ADQUIRIDO 
SISTEMA IMUNE INATO (SIN) 
constituído por barreiras físicas, mecânicas e 
biológicas, que atuam como primeira linha de 
defesa
-
responsável pela prevenção de replicação, 
morte ou redução do número inicial de 
microrganismos, também é capaz de criar 
condições para a geração de uma resposta 
imune adaptativa eficaz
-
compreende mecanismos pré-existentes que 
não dependem de estímulos para ser ativado
-
quando é estimulado apresenta alterações 
quantitativas, com aumento do número de 
células e a expressão de citocinas e 
quimiocinas. 
-
reconhece padrões moleculares associados a 
patógenos, como lipopolissacarídeos (LPS), 
peptideoglicanos e flagelinas
-
dependência de células especializadas, 
especificidade, memória, diversidade para 
reconhecimento dos diferentes determinantes 
antigênicos
-
autolimitação e tolerância aos componentes do 
próprio organismo
-
reconhece proteínas específicas de um 
determinado patógeno
-
geralmente quanto mais curta é a gestação, menos 
desenvolvido é o sistema imune quando do 
nascimento 
Esse desenvolvimento segue determinado padrão, no 
qual o timo é o primeiro órgão linfoide a se 
desenvolver, seguido dos órgãos linfoides 
secundários, como baço e linfonodos. 
TIMO - ocorre o desenvolvimento e a diferenciação 
dos timócitos em linhagens celulares. 
MEDULA ÓSSEA FETAL - as células B se 
desenvolvem e se diferenciam em subpopulações
À medida que a gestação progride, há um aumento 
progressivo dos linfócitos periféricos, 
majoritariamente linfócitos T. Um mês antes do parto, 
os linfócitos T começam a migrar e a povoar os 
tecidos linfoides fetais. Ao mesmo tempo, há o 
desenvolvimento e a distinção de outras populações 
de leucócitos, tais como macrófagos, neutrófilos e 
células natural killer (NK)
Transferência da imunidade passiva 
A placenta dos bovinos é a do tipo sindesmocorial 
(caracterizada por apresentar um sincício entre o 
endométrio maternal e o trofoblasto fetal) --> 
impedindo o encontro do sangue da vaca e do feto 
e, consequentemente, a transmissão intrauterina 
de Ig 
-
Dessa forma, o bezerro nasce 
agamaglobulinêmico e o seu sistema imune ainda 
não é capaz de produzir anticorpos em 
quantidades necessárias para o combate das 
infecções 
-
ingestão e a absorção de quantidades adequadas 
de imunoglobulinas presentes no colostro são 
condições essenciais para o estabelecimento da 
imunidade do bezerro, até que o seu sistema 
imune se torne completamente funcional
-
O monitoramento da quantidade de imunoglobulinas 
absorvidas pelo bezerro pode ser efetuado até o 
segundo dia de vida do animal, com o emprego de 
um refratômetro que mede as proteínas totais no 
soro ou com a utilização de kits específicos para 
dosagem de Ig 
A absorção das Ig e de leucócitos maternais 
durante as primeiras horas de vida via colostro é 
chamada de transferência passiva de imunidade e 
ajuda a proteger o neonato de diversos patógenos.
Os fatores que influenciam a transferência de 
imunidade passiva ao bezerro neonato são: 
o momento da ingestão de colostro-
o método e o volume de colostro administrado-
a concentração de imunoglobulina no colostro 
ingerido 
-
idade da mãe-
quando o bezerro mama o colostro direto da vaca e 
no reflexo de sucção que leva ao fechamento da 
goteira esofágica, foi constatado que a 
administração do colostro em mamadeiras (reflexo 
de sucção presente) é superior a outras formas de 
administração 
--> um colostro de boa qualidade deve fornecer 
pelo menos 100 gramas de IgG ao neonato, 
entretanto, foi observado que apenas 36% dos 
colostros analisados fornecem a massa adequada 
de IgG quando fornecidos na quantidade de dois 
litros
Composição do colostro
colostro é definido como a primeira secreção da 
glândula mamária após o parto e consiste na 
mistura de secreções lácteas e constituintes do 
soro sanguíneo. Com o decorrer do tempo pós-
parto, essa secreção láctea se altera e adquire 
novas características, passando a ser conhecida 
como leite
As secreçõescoletadas entre 24 a 72 horas pós-
parto são denominadas leite de transição, devido ao 
fato de suas composições se assemelharem 
gradualmente à do leite. O colostro difere do leite 
quanto à sua composição, principalmente pelo 
elevado teor de proteínas totais 
As atribuições dos neutrófilos e macrófagos do 
colostro incluem a proteção contra bactérias 
devido à sua capacidade fagocítica, à produção 
intracelular de reativos de oxigênio, bem como à 
síntese de citocinas e peptídeos antimicrobianos.
Componentes do sistema complemento-
fatores de crescimento --> . Essas substâncias 
estimulam o crescimento da mucosa, a secreção de 
enzimas, a síntese de ácido desoxirribonucleico 
(DNA) intestinal e o aumento do tamanho das 
vilosidades intestinais e da absorção de glicose
-
Hormônios-
Citocinas-
Oligossacarídeos --> fornecem proteção contra os 
agentes infecciosos por meio da competição pela 
ligação aos receptores das superfícies epiteliais do 
intestino do neonato 
-
Gangliosídeos-
reativos de oxigênio-
proteínas de fase aguda-
fatores imunomoduladores-
Enzimas-
Ribonucleases-
Nucleotídeos-
poliaminas -
peptídeos e proteínas com atividade antimicrobiana -
Antioxidantes --> protegem o neonato contra o 
estresse oxidativo, o qual pode ocasionar danos 
celulares e geralmente ocorre durante e após o 
parto
-
inibidores de tripsina -
Formação do colostro
As secreções acumuladas na glândula mamária nas 
últimas semanas de gestação, juntamente com 
proteínas ativamente transferidas a partir da corrente 
sanguínea da vaca, vão formar o colostro
A maior porção de IgG do colostro provém do 
soro 
-
pequena parte é produzida por plasmócitos 
pertencentes ao tecido mamário
-
As concentrações de IgG1 diminuem no plasma 
materno a partir de duas a três semanas pré-parto e a 
sua concentração na glândula mamária atinge o pico 
um a três dias antes do parto, o que coincide com 
máxima concentração de IgG1 nas secreções lácteas.
A expressão e regulação dos receptores envolvidos no 
transporte mamário de IgG e IgA parecem ser 
reguladas por mudanças endócrinas que ocorrem na 
proximidade do parto.
O hormônio de crescimento bovino também participa 
da formação do colostro, possivelmente pelo aumento 
da vascularização da glândula mamária, com maior 
disponibilidade de IgG1 para ser captada.
Neonatologia 
Cuidados com os potros começam ainda na vida intra -
uterina (principalmente no terço final da gestação).
A égua necessita de isolamento em um 
piquete
-
Alimentação adequada à parturiente -
bem próximo do parto, requer um 
piquete maternidade. 
-
São esses cuidados:
O parto das éguas ocorre preferencialmente durante a 
madrugada, o que dificulta o acompanhamento e “facilita” a 
proteção do neonato, evitando assim qualquer perturbação. O 
início do parto é marcado geralmente por uma queda de 
temperatura corpórea da égua. 
Após o nascimento os potros passam por várias alterações 
fisiológicas adaptando-se a vida extra-uterina
dilatação do pulmão seguida da aspiração do ar para 
dentro das vias aéreas
-
diafragma se contrai e se forma a pressão intra-torácica 
negativa. 
-
Alguns fatores estimulam a respiração: ausência de 
imersão, estímulos da mãe (lamber), frio, luz, diminuição 
da pressão de O2 e aumento de CO2, etc. 
-
A temperatura retal do potro deve ser aferida e estar 
entre 37,5 - 38,5ºC
-
Após o feto ultrapassar a pelve da mãe ocorre:
livrando o trato respiratório das secreções --> caso 
houver obstrução das vias aéreas por muco, indica-se 
massagear as narinas, no sentido da cabeça para a 
extremidade do focinho, sem invadir a cavidade bucal, 
evitando a introdução de bactérias na boca do potro
-
estabilizar e manter a temperatura corporal-
desenvolver e adquirir coordenação do sistema músculo-
esquelético
-
Em caso de dificuldade respiratória os movimentos 
devem ser:- sustentando o neonato pelos posteriores para a 
drenagem por gravidade das secreções respiratórias. 
- secando vigorosamente o dorso do animal com pano 
seco. 
- realizar tapotagem sobre as paredes torácicas. 
- promover banho com água fria, evitando molhar a 
cabeça. 
Caso o cordão não se rompa sozinho o mesmo deverá ser 
rompido manualmente (uma alternativa menos indicada é a 
ligadura pois não promove a retração natural dos vasos 
umbilicais. 
-
O umbigo deve ser tratado imergindo solução a 0,5% de 
clorexidine ou iodo a 2%.
-
Caso em até 1 hora o potro não estiver de pé e mamando, 
deverá ser auxiliado.
-
O animal deve mamar a cada uma hora. -
Devido ao tipo de placenta no eqüino (epitélio corial difusa) 
não ocorre a passagem de anticorpos diaplacentária, 
tornando-se fundamental a ingestão de colostro nas 
primeiras 24 horas de vida
Principais causas de óbitos em neonatos são as 
diarréias, quem podem ser de causa bacteriana, 
parasitária, decorrente a nutrição, agentes virais e a 
diarréia do cio do potro.
A prevenção vem através: 
minimização da densidade de população de cavalos-
separação em faixas etárias -
fornecimento de apropriada sanidade e higiene-
obtenção de colostro adequado e de boa qualidade-
Expulsão do mecônio, que consiste de líquido aminiótico 
digerido e restos de excreta q se acumulam no intestino 
durante o desenvolvimento fetal. A retenção do mecônio é 
um problema, pois pode provocar cólicas no potro recém-
nascido. 
Enemas profiláticos devem ser aplicados antes e após 
a primeira amamentação do potro
-
Fases de criação
O potro e sua mãe devem ser mantidos no piquete 
maternidade até os 7 a 10 dias após o nascimento. 
-
Após 10 dias, já podem ser transferidos para o piquete de 
éguas com potro ao pé. 
-
A partir daí, os cuidados limitam-se à observação 
constante para ver se o potro está bem.
-
Observar se o animal não apresenta ectoparasitas e 
proceder a uma vermifugação periódica (início 30-60 dias e 
repetir a cada 60-90 dias conforme o tipo de vermífugo e o 
manejo utilizado
-
Caso este animal não tenha mamado o colostro, deve ser 
oferecido, de um banco de colostro,este animal deve ser 
alimentado com o auxilio de uma mamadeira, 200ml de leite 
morno a cada 20 minutos, pode ser utilizado leite de outra 
mãe, este animal deve sempre ficar em lugar limpo e seco e 
deve se tomar muito cuidado com o controle de sua 
temperatura corpórea
Equinos
Bovinos
A primeira e a mais importante é a de iniciar os 
movimentos respiratórios. O controle do balanço ácido 
básico precisa ser iniciado o mais breve possível. Todo 
o metabolismo precisa estar funcionando para que o 
animal possa iniciar o catabolismo de carboidratos, 
gordura e aminoácidos para fornecer energia para as 
funções corpóreas. Outra adaptação necessária é a 
regulação da temperatura corporal. Para isto os 
bezerros precisam rapidamente ativar os mecanismos 
termogênicos, tais como o tremor e o metabolismo da 
gordura marrom.
Após esse processo somando - se a ingestão de 
colostro, a produção de calor corporal aumenta a 
temperatura corporal e se normaliza dentre de 48 a 72 
horas. Muitas dessas mudanças são induzidas pelas 
modificações endócrinas que iniciam sua ação ao parto, 
em particular a elevação dos níveis de corticosteróides, 
estrogênios e prostaglandinas
Cuidados com o neonato
Cuidados com o neonato
Após o parto checar se o bezerro está vivo palpando 
seu coração ou pulso carotídeo e testando os 
reflexos
-
limpar as vias aéreas superiores, fazendo o uso de 
aspiradores para a remoção de secreções da 
cavidade bucal e trato respiratório superior. 
-
Colocar o bezerro de cabeça para baixo de modo 
que o líquido possa drenar a partir do trato 
respiratório superior (a maior parte do líquido vem 
provavelmente do abomaso)
-
Chegar o umbigo para evidências de hemorragia nos 
vasos, se for severa pinçar e ligar. 
-
Fazer a cura imediatamente após o parto com 
tintura de iodo (7 a 10 %), sendo este procedimento 
repetido pelo menos mais três vezes.
-
O objetivo da cura do umbigo é a desidratação do coto 
umbilical com o colabamento dos vasos sanguíneos e do 
úraco
Assegurar-seque a vaca aceitará o bezerro, de 
modo a ser estabelecido o vínculo maternal e que 
ela não atacará ou machucará o bezerro. 
-
Vermifugação ao nascimento (1ml avermectina). -
Checar o úbere da vaca para a presença de colostro 
e colocar o bezerro para mamar um colostro de boa 
qualidade imediatamente --> pois a absorção das 
imunoglobulinas através do epitélio intestinal do 
neonato para a circulação é aproximadamente 24h 
após o nascimento. 
-
O tempo da administração do colostro é importante por 
duas razões: perda dos sítios de absorção e colonização 
do intestino pelas bactérias 
Identificação do animal por tatuagem ou 
brinco deve ser realizada nos primeiros dias 
de vida
-
Fases de criação
Na primeira semana de vida as bezerras devem 
ser inspecionadas e devem ter as tetas extra 
numerárias retiradas. 
-
Após 15 dias de vida deve ser realizada a 
mochação dos animais.
-
Vacinação contra pasteurelose e salmonelose (15 a 
30 dias de vida)
-
se o animal não conseguiu mamar o colostro, é 
muito importante oferecer para o bezerro, de um 
banco de colostro e depois a alimentação com 
auxilio de uma mamadeira, 3 litros de leite duas 
vezes ao dia 
-
Qual a 
importância do 
colostro?
Apesar de os neonatos serem capazes de 
responder a agentes infecciosos por meio das 
respostas imune inata e adquirida, estas são lentas, 
de pequena magnitude e com baixas concentrações 
de anticorpos. Assim, a ingestão e a absorção de 
quantidades adequadas de imunoglobulinas 
presentes no colostro são condições essenciais 
para o estabelecimento da imunidade do bezerro, 
até que o seu sistema imune se torne 
completamente funcional
A formação do colostro ocorre no período pré-
parto e é influenciada por fatores hormonais 
sistêmicos e locais. 
-
A qualidade da transferência de imunidade 
passiva ao bezerro neonato é influenciada pelo 
momento da ingestão de colostro, como também 
pelo método e volume de sua administração, pela 
concentração de imunoglobulina existente no 
colostro ingerido e pela idade da mãe
-
Sistema imunológico
O sistema imunológico dos mamíferos 
domésticos – composto por barreiras físicas, 
solúveis e celulares, que permitem ao organismo 
sobreviver a diversos tipos de agressões 
provenientes, inclusive, de agentes infecciosos – é 
constituído pelo sistema imune inato ou natural 
(SIN) e pelo sistema imune adquirido ou adaptativo 
(SIA), entretanto, a delimitação desses dois 
componentes é extremamente difícil, pois ambos 
compartilham sistemas e mecanismos efetores da 
resposta imune. 
SISTEMA IMUNE ADQUIRIDO 
SISTEMA IMUNE INATO (SIN) 
constituído por barreiras físicas, mecânicas e 
biológicas, que atuam como primeira linha de 
defesa
-
responsável pela prevenção de replicação, 
morte ou redução do número inicial de 
microrganismos, também é capaz de criar 
condições para a geração de uma resposta 
imune adaptativa eficaz
-
compreende mecanismos pré-existentes que 
não dependem de estímulos para ser ativado
-
quando é estimulado apresenta alterações 
quantitativas, com aumento do número de 
células e a expressão de citocinas e 
quimiocinas. 
-
reconhece padrões moleculares associados a 
patógenos, como lipopolissacarídeos (LPS), 
peptideoglicanos e flagelinas
-
dependência de células especializadas, 
especificidade, memória, diversidade para 
reconhecimento dos diferentes determinantes 
antigênicos
-
autolimitação e tolerância aos componentes do 
próprio organismo
-
reconhece proteínas específicas de um 
determinado patógeno
-
geralmente quanto mais curta é a gestação, menos 
desenvolvido é o sistema imune quando do 
nascimento 
Esse desenvolvimento segue determinado padrão, no 
qual o timo é o primeiro órgão linfoide a se 
desenvolver, seguido dos órgãos linfoides 
secundários, como baço e linfonodos. 
TIMO - ocorre o desenvolvimento e a diferenciação 
dos timócitos em linhagens celulares. 
MEDULA ÓSSEA FETAL - as células B se 
desenvolvem e se diferenciam em subpopulações
À medida que a gestação progride, há um aumento 
progressivo dos linfócitos periféricos, 
majoritariamente linfócitos T. Um mês antes do parto, 
os linfócitos T começam a migrar e a povoar os 
tecidos linfoides fetais. Ao mesmo tempo, há o 
desenvolvimento e a distinção de outras populações 
de leucócitos, tais como macrófagos, neutrófilos e 
células natural killer (NK)
Transferência da imunidade passiva 
A placenta dos bovinos é a do tipo sindesmocorial 
(caracterizada por apresentar um sincício entre o 
endométrio maternal e o trofoblasto fetal) --> 
impedindo o encontro do sangue da vaca e do feto 
e, consequentemente, a transmissão intrauterina 
de Ig 
-
Dessa forma, o bezerro nasce 
agamaglobulinêmico e o seu sistema imune ainda 
não é capaz de produzir anticorpos em 
quantidades necessárias para o combate das 
infecções 
-
ingestão e a absorção de quantidades adequadas 
de imunoglobulinas presentes no colostro são 
condições essenciais para o estabelecimento da 
imunidade do bezerro, até que o seu sistema 
imune se torne completamente funcional
-
O monitoramento da quantidade de imunoglobulinas 
absorvidas pelo bezerro pode ser efetuado até o 
segundo dia de vida do animal, com o emprego de 
um refratômetro que mede as proteínas totais no 
soro ou com a utilização de kits específicos para 
dosagem de Ig 
A absorção das Ig e de leucócitos maternais 
durante as primeiras horas de vida via colostro é 
chamada de transferência passiva de imunidade e 
ajuda a proteger o neonato de diversos patógenos.
Os fatores que influenciam a transferência de 
imunidade passiva ao bezerro neonato são: 
o momento da ingestão de colostro-
o método e o volume de colostro administrado-
a concentração de imunoglobulina no colostro 
ingerido 
-
idade da mãe-
quando o bezerro mama o colostro direto da vaca e 
no reflexo de sucção que leva ao fechamento da 
goteira esofágica, foi constatado que a 
administração do colostro em mamadeiras (reflexo 
de sucção presente) é superior a outras formas de 
administração 
--> um colostro de boa qualidade deve fornecer 
pelo menos 100 gramas de IgG ao neonato, 
entretanto, foi observado que apenas 36% dos 
colostros analisados fornecem a massa adequada 
de IgG quando fornecidos na quantidade de dois 
litros
Composição do colostro
colostro é definido como a primeira secreção da 
glândula mamária após o parto e consiste na 
mistura de secreções lácteas e constituintes do 
soro sanguíneo. Com o decorrer do tempo pós-
parto, essa secreção láctea se altera e adquire 
novas características, passando a ser conhecida 
como leite
As secreções coletadas entre 24 a 72 horas pós-
parto são denominadas leite de transição, devido ao 
fato de suas composições se assemelharem 
gradualmente à do leite. O colostro difere do leite 
quanto à sua composição, principalmente pelo 
elevado teor de proteínas totais 
As atribuições dos neutrófilos e macrófagos do 
colostro incluem a proteção contra bactérias 
devido à sua capacidade fagocítica, à produção 
intracelular de reativos de oxigênio, bem como à 
síntese de citocinas e peptídeos antimicrobianos.
Componentes do sistema complemento-
fatores de crescimento --> . Essas substâncias 
estimulam o crescimento da mucosa, a secreção de 
enzimas, a síntese de ácido desoxirribonucleico 
(DNA) intestinal e o aumento do tamanho das 
vilosidades intestinais e da absorção de glicose
-
Hormônios-
Citocinas-
Oligossacarídeos --> fornecem proteção contra os 
agentes infecciosos por meio da competição pela 
ligação aos receptores das superfícies epiteliais do 
intestino do neonato 
-
Gangliosídeos-
reativos de oxigênio-
proteínas de fase aguda-
fatores imunomoduladores-
Enzimas-
Ribonucleases-
Nucleotídeos-
poliaminas -
peptídeos e proteínas com atividade antimicrobiana -
Antioxidantes --> protegem o neonato contra o 
estresse oxidativo, o qual pode ocasionar danos 
celulares e geralmente ocorre durante e após o 
parto
-
inibidores de tripsina -
Formação do colostro
As secreções acumuladas na glândula mamária nas 
últimassemanas de gestação, juntamente com 
proteínas ativamente transferidas a partir da corrente 
sanguínea da vaca, vão formar o colostro
A maior porção de IgG do colostro provém do 
soro 
-
pequena parte é produzida por plasmócitos 
pertencentes ao tecido mamário
-
As concentrações de IgG1 diminuem no plasma 
materno a partir de duas a três semanas pré-parto e a 
sua concentração na glândula mamária atinge o pico 
um a três dias antes do parto, o que coincide com 
máxima concentração de IgG1 nas secreções lácteas.
A expressão e regulação dos receptores envolvidos no 
transporte mamário de IgG e IgA parecem ser 
reguladas por mudanças endócrinas que ocorrem na 
proximidade do parto.
O hormônio de crescimento bovino também participa 
da formação do colostro, possivelmente pelo aumento 
da vascularização da glândula mamária, com maior 
disponibilidade de IgG1 para ser captada.
Neonatologia 
Cuidados com os potros começam ainda na vida intra -
uterina (principalmente no terço final da gestação).
A égua necessita de isolamento em um 
piquete
-
Alimentação adequada à parturiente -
bem próximo do parto, requer um 
piquete maternidade. 
-
São esses cuidados:
O parto das éguas ocorre preferencialmente durante a 
madrugada, o que dificulta o acompanhamento e “facilita” a 
proteção do neonato, evitando assim qualquer perturbação. O 
início do parto é marcado geralmente por uma queda de 
temperatura corpórea da égua. 
Após o nascimento os potros passam por várias alterações 
fisiológicas adaptando-se a vida extra-uterina
dilatação do pulmão seguida da aspiração do ar para 
dentro das vias aéreas
-
diafragma se contrai e se forma a pressão intra-torácica 
negativa. 
-
Alguns fatores estimulam a respiração: ausência de 
imersão, estímulos da mãe (lamber), frio, luz, diminuição 
da pressão de O2 e aumento de CO2, etc. 
-
A temperatura retal do potro deve ser aferida e estar 
entre 37,5 - 38,5ºC
-
Após o feto ultrapassar a pelve da mãe ocorre:
livrando o trato respiratório das secreções --> caso 
houver obstrução das vias aéreas por muco, indica-se 
massagear as narinas, no sentido da cabeça para a 
extremidade do focinho, sem invadir a cavidade bucal, 
evitando a introdução de bactérias na boca do potro
-
estabilizar e manter a temperatura corporal-
desenvolver e adquirir coordenação do sistema músculo-
esquelético
-
Em caso de dificuldade respiratória os movimentos 
devem ser:- sustentando o neonato pelos posteriores para a 
drenagem por gravidade das secreções respiratórias. 
- secando vigorosamente o dorso do animal com pano 
seco. 
- realizar tapotagem sobre as paredes torácicas. 
- promover banho com água fria, evitando molhar a 
cabeça. 
Caso o cordão não se rompa sozinho o mesmo deverá ser 
rompido manualmente (uma alternativa menos indicada é a 
ligadura pois não promove a retração natural dos vasos 
umbilicais. 
-
O umbigo deve ser tratado imergindo solução a 0,5% de 
clorexidine ou iodo a 2%.
-
Caso em até 1 hora o potro não estiver de pé e mamando, 
deverá ser auxiliado.
-
O animal deve mamar a cada uma hora. -
Devido ao tipo de placenta no eqüino (epitélio corial difusa) 
não ocorre a passagem de anticorpos diaplacentária, 
tornando-se fundamental a ingestão de colostro nas 
primeiras 24 horas de vida
Principais causas de óbitos em neonatos são as 
diarréias, quem podem ser de causa bacteriana, 
parasitária, decorrente a nutrição, agentes virais e a 
diarréia do cio do potro.
A prevenção vem através: 
minimização da densidade de população de cavalos-
separação em faixas etárias -
fornecimento de apropriada sanidade e higiene-
obtenção de colostro adequado e de boa qualidade-
Expulsão do mecônio, que consiste de líquido aminiótico 
digerido e restos de excreta q se acumulam no intestino 
durante o desenvolvimento fetal. A retenção do mecônio é 
um problema, pois pode provocar cólicas no potro recém-
nascido. 
Enemas profiláticos devem ser aplicados antes e após 
a primeira amamentação do potro
-
Fases de criação
O potro e sua mãe devem ser mantidos no piquete 
maternidade até os 7 a 10 dias após o nascimento. 
-
Após 10 dias, já podem ser transferidos para o piquete de 
éguas com potro ao pé. 
-
A partir daí, os cuidados limitam-se à observação 
constante para ver se o potro está bem.
-
Observar se o animal não apresenta ectoparasitas e 
proceder a uma vermifugação periódica (início 30-60 dias e 
repetir a cada 60-90 dias conforme o tipo de vermífugo e o 
manejo utilizado
-
Caso este animal não tenha mamado o colostro, deve ser 
oferecido, de um banco de colostro,este animal deve ser 
alimentado com o auxilio de uma mamadeira, 200ml de leite 
morno a cada 20 minutos, pode ser utilizado leite de outra 
mãe, este animal deve sempre ficar em lugar limpo e seco e 
deve se tomar muito cuidado com o controle de sua 
temperatura corpórea
Equinos
Bovinos
A primeira e a mais importante é a de iniciar os 
movimentos respiratórios. O controle do balanço ácido 
básico precisa ser iniciado o mais breve possível. Todo 
o metabolismo precisa estar funcionando para que o 
animal possa iniciar o catabolismo de carboidratos, 
gordura e aminoácidos para fornecer energia para as 
funções corpóreas. Outra adaptação necessária é a 
regulação da temperatura corporal. Para isto os 
bezerros precisam rapidamente ativar os mecanismos 
termogênicos, tais como o tremor e o metabolismo da 
gordura marrom.
Após esse processo somando - se a ingestão de 
colostro, a produção de calor corporal aumenta a 
temperatura corporal e se normaliza dentre de 48 a 72 
horas. Muitas dessas mudanças são induzidas pelas 
modificações endócrinas que iniciam sua ação ao parto, 
em particular a elevação dos níveis de corticosteróides, 
estrogênios e prostaglandinas
Cuidados com o neonato
Cuidados com o neonato
Após o parto checar se o bezerro está vivo palpando 
seu coração ou pulso carotídeo e testando os 
reflexos
-
limpar as vias aéreas superiores, fazendo o uso de 
aspiradores para a remoção de secreções da 
cavidade bucal e trato respiratório superior. 
-
Colocar o bezerro de cabeça para baixo de modo 
que o líquido possa drenar a partir do trato 
respiratório superior (a maior parte do líquido vem 
provavelmente do abomaso)
-
Chegar o umbigo para evidências de hemorragia nos 
vasos, se for severa pinçar e ligar. 
-
Fazer a cura imediatamente após o parto com 
tintura de iodo (7 a 10 %), sendo este procedimento 
repetido pelo menos mais três vezes.
-
O objetivo da cura do umbigo é a desidratação do coto 
umbilical com o colabamento dos vasos sanguíneos e do 
úraco
Assegurar-se que a vaca aceitará o bezerro, de 
modo a ser estabelecido o vínculo maternal e que 
ela não atacará ou machucará o bezerro. 
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Vermifugação ao nascimento (1ml avermectina). -
Checar o úbere da vaca para a presença de colostro 
e colocar o bezerro para mamar um colostro de boa 
qualidade imediatamente --> pois a absorção das 
imunoglobulinas através do epitélio intestinal do 
neonato para a circulação é aproximadamente 24h 
após o nascimento. 
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O tempo da administração do colostro é importante por 
duas razões: perda dos sítios de absorção e colonização 
do intestino pelas bactérias 
Identificação do animal por tatuagem ou 
brinco deve ser realizada nos primeiros dias 
de vida
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Fases de criação
Na primeira semana de vida as bezerras devem 
ser inspecionadas e devem ter as tetas extra 
numerárias retiradas. 
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Após 15 dias de vida deve ser realizada a 
mochação dos animais.
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Vacinação contra pasteurelose e salmonelose (15 a 
30 dias de vida)
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se o animal não conseguiu mamar o colostro, é 
muito importante oferecer para o bezerro, de um 
banco de colostro e depois a alimentação com 
auxilio de uma mamadeira, 3 litros de leite duas 
vezes ao dia 
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Qual a 
importância do 
colostro?
Apesar de os neonatos serem capazes de 
responder a agentes infecciosos por meio das 
respostas imune inata e adquirida, estas são lentas, 
de pequena magnitude e com baixas concentrações 
de anticorpos. Assim,

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