Buscar

Transtornos de personalidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Psiquiatria – Transtornos de Personalidade – Nathália 8º período (Medicina) 
 
 
Transtornos de Personalidade 
Personalidade: 
 Constituição corporal  morfológicas, metabólicas, bioquímicas, hormonais, etc 
(aparência física, o perfil de gestos, voz, estilos dos movimentos); 
 Temperamento  determinados por fatores genéticos ou constitucionais precoces 
produzidos por fatores endócrinos ou metabólicos; 
 Caráter  reflete o temperamento moldado, modificado e inserido no meio familiar e 
sociocultural (não necessariamente se sobrepõem). 
 
Tipos de personalidade 
 
 Teoria do Freud: a personalidade do adulto forma-se pela introjeção (sobretudo 
inconsciente) dos relacionamentos que se estabelecem no interior das relações 
familiares, sobretudo das crianças pequenas com seus pais. 
 
FASE ORAL: pessoas que, em geral, tem urgência das necessidades, extrema 
dependência, nenhuma consideração pelos outros e baixa tolerância à frustração e à 
ansiedade de separação  tem necessidade de resposta imediata para suas 
angústias. Pessoas que mordicam constantemente, fumantes e os que costumam 
comer demais podem ser pessoas parcialmente fixadas na fase oral, pessoas cuja 
maturação psicológica pode não ter se completado. 
 
FASE ANAL: o controle fisiológico na infância está ligado à percepção de que esse 
controle é uma nova fonte de prazer. Além disso, as crianças aprendem com rapidez 
que o crescente nível de controle chama atenção e traz elogios por parte de seus 
pais/adultos. Algumas características adultas que podem estar associadas à fixação 
parcial na fase anal são: ordem, parcimônia e obstinação  em geral, são pessoas que 
funcionam bem com regras e metas ou pessoas controladoras. 
 
FASE FÁLICA: a fixação na fase fálica tem como conseqüência dificuldades na 
formação do superego (regras sociais), na identidade do papel sexual e até mesmo na 
sexualidade, envolvendo inibição sexual e promiscuidade sexual, por exemplo. 
 
Personalidades psicopáticas 
“Personalidades que sofrem por sua anormalidade ou que fazem sofrer a sociedade.” 
K. Schneider 
 Etiologia: 
 Fatores genéticos – epigenéticas; 
 Fatores biológicos – hormônios (EX: alguns transtornos ficam mais claros 
durante o período menstrual), neurotransmissores, MAO, eletrofisiológicos; 
 Fatores psicoanalíticos – mecanismos de defesa, estratégias compensatórias 
ou crenças limitantes; 
 
 Características: 
 Adolescência e início da vida adulta – diagnóstico: a partir dos 18 anos porque 
até essa idade o nosso córtex pré-frontal não está completamente formado e 
ele é responsável por controlar os impulsos; No entanto, é possível avaliar 
certa “tendência” e iniciar tratamento e medidas preventivas. 
 Estável ao longo da vida adulto; 
Psiquiatria – Transtornos de Personalidade – Nathália 8º período (Medicina) 
 
 
 Conjunto amplo de comportamentos e vivências internas; 
 Estratégias mal-adaptativas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Prevalência: 5 a 20%* 
- Em amostras clínicas: 30-50% 
- Em pacientes internados: +50% 
 
 Importância: 
 Fonte de grande sofrimento subjetivo e dificuldade de adaptação para 
portadores e familiares; 
 Associada a maior risco de incapacidade para o trabalho, deficiência de 
suporte social, dificuldades de relacionamento interpessoal, problema com 
autoridades legais e maior risco de tentativa de suicídio; 
 São predisponentes a outros fatores psiquiátricos; 
 Relacionados ‘com preditores de mal prognostico no tratamento de transtornos 
de humor, de ansiedade e de alimentação. 
Subtipos de transtornos de personalidade 
Grupo A – “Esquisito e/ou desconfiado” 
 Paranóide – desconfiança e suspeita – em forma de paranóia, mas não delirante; 
- Padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros; 
- As motivações alheias são interpretadas como malévolas; 
- “Colecionadores de injustiças”; 
- Frequentemente se sente enganado e explorado; 
- Percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em comentários benignos; 
- Costuma ter suspeitas recorrentes acerca da fidelidade do parceiro, familiares e 
colagegas de trabalho; 
- Atribuem a outros impulsos e pensamentos que não podem aceitar que sejam 
próprios; 
- Costumam reagir com raiva e contra-ataca rapidamente; 
- Rancoroso. 
Psiquiatria – Transtornos de Personalidade – Nathália 8º período (Medicina) 
 
 
 
 
 
 
 
 Esquizóide – distanciamento social e baixa expressividade emocional  lembram 
paciente autista, afeto embotado e pouco demonstrado: 
- Distanciamento; 
- Desconforto com a interação humana; 
- Introversão, afeto rico e constrito; 
- Muitos preferem trabalhar à noite para reduzir interação; 
- Respostas curtas/evitam conversas espontâneas; 
- Dificuldade em expressar raiva; 
- Investem grandes quantidades de energia afetiva em interesses não humanos (Ex: 
animais, tecnologia, matemática, etc.); 
- Não deseja e nem desfruta de relações intimas, inclusive ser parte de uma família; 
- Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam seus familiares próximos; 
- Indiferente ao elogio ou critica dos outros; 
- Demonstra frieza emocional, embotamento afetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Esquizotípico – comportamento típico de esquizofrênico – desconforto em relações 
íntimas, excentricidade: 
- Excêntricos e estranhos; 
- Pensamento mágico; 
- Podem ser supersticiosos ou alegar poderes de clarividência; 
- Mundo interior pode estar cheio de relacionamentos imaginários vívidos e fantasia 
infantil; 
- Costumam ter poucos relacionamentos/ poucos amigos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grupo B – Impulsivos, emocionalmente instáveis e de comportamento errático 
 Antissocial – desrespeito e violação dos direitos – psicopatas; 
- Incapacidade de respeitar regras e enganar até o clínico mais experiente; 
LEMBRAR! 
Paranóide: desconfiança constante; sensível às críticas; 
rancoroso; arrogante; culpa os outros; reivindicativo; 
sente-se prejudicado nas relações. 
 
LEMBRAR! 
Esquizóide (Distanciamento): indiferença, distante, 
sem relações íntimas, esquisito (estranho); vive no seu 
próprio mundo, solitário; não se emociona 
(imperturbável). 
 
LEMBRAR! 
Esquizotípico: idéias e crenças estranhas e de 
autorreferência; desconforto nas relações 
interpessoais; pensamento muito vago e 
excessivamente metafórico; aparência física excêntrica. 
OBS: Não está no CID-11 como transtorno de personalidade. 
 
Psiquiatria – Transtornos de Personalidade – Nathália 8º período (Medicina) 
 
 
- Mentiras, roubos, brigas, abuso de substâncias, atividades ilegais, impulsividade, 
irritabilidade, agressividade, descaso pela segurança de si e do outro, 
irresponsabilidade; 
- Ausência de remorso (indiferença ou racionalização em relação a ter ferido, 
maltratado ou roubado outras pessoas); 
- Em geral, são pacientes que passaram por situações abusivas ou de violência, por 
isso eles atuam de maneira violenta para não sofrerem isso antes. 
 
 
 
 
 
 
 
 Borderline – instável e/ou manipulador: 
- Temperamento muito afetivo, dificuldade em controlar impulsos e alta vulnerabilidade 
emocional; 
- Dificuldade de lidar com frustração, passa muito tempo pensando nas frustrações; 
- Moldadas por ambientes com invalidação – na infância, principalmente, não possuem 
ambientes ou pessoas que ofereceram proteção e por isso ela passa a criar estratégias 
para lidar com as dificuldades e “se proteger”; medo extremo de abandono; 
- Extremos emocionais que podem levar a comportamentos, como: dificuldades de 
saber o que está sentindo (confusão de sentimento), respostas desproporcionais a 
sentimentos ou situações, necessidade de estar testando as pessoas que convivem 
com ela, respondem com raiva e violência o quando não são atendidos ou não sentem 
as demandas atendidas pelos outros, tende a se defender de situações que podem 
trazer “ameaça” (abandono) contra-atacando e se assemelha a paranóia. 
- Baixo controle do córtex pré-frontal, o que leva a baixo controle de impulsos; 
- Humor que tende a depressão – desanimoe pouca vontade de viver associada a 
momentos de extrema irritabilidade e raiva; Existe GATILHO para a situação de 
explosão. 
- Dependência emocional, instabilidade, desconfiança e ansiedade que gira em torno 
de frustração e rejeição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Histriônica – instável e/ou manipulador  busca de atenção; 
- Comporta-se de forma dramática, florida, extrovertida, sexualmente sedutora, 
provocativa, teatral e expressa emoções de forma exagerada e superficial. Discurso 
impressionista; 
- Usa a aparência física para chamar atenção para si; 
- Desconforto em situações em que não é centro das atenções; 
- Incapacidade de manter ligações profundas e duradouras; 
- Considera relações sociais mais íntimas do que na realidade são. 
LEMBRAR! 
Antissocial (Dissocial): frio, insensível, sem compaixão, 
agressivo, cruel, não se culpa ou remorso, 
irresponsável, inconsequente, mente com frequência e 
aproveita-se dos outros. 
 
LEMBRAR! 
Borderline/emocionalmente instável: relações 
pessoais muito instáveis, atos autolesivos repetitivos, 
humor muito instável, impulsivo e explosivo, graves 
problemas de identidade, sentimentos intensos e 
vazios. 
Psiquiatria – Transtornos de Personalidade – Nathália 8º período (Medicina) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Narcisista – necessidade de administração, pouca empatia; 
- Hipersensibilidade a crítica e insultos (reais ou imaginados) e não conseguem lidar 
bem com derrotas, frustrações e rejeições; 
- Não tem maturidade emocional. 
- Podem reagir com raiva, irritação e nervosismo quando são contrariados; 
- Por terem baixa autoestima, usam a agressividade para disfarçar sua insegurança; 
- Ideação suicida destinada a alguém, para ter atenção; 
- Acreditam que suas prioridades, interesses e opiniões são mais importantes e têm 
mais valor do que as de qualquer outra pessoa; 
- Sua percepção e discurso estão sempre voltados para valorizar exageradamente a 
sua “importância”; 
- Costuma não ter empatia, é incapaz de se colocar no lugar dos outros e de manifestar 
compaixão. Seus problemas, sua dor e seu ponto de vista dominam o universo. 
Grupo C – Ansiedade acentuada, estilo de enfrentamento esquivante e necessidade de 
controle do ambiente e das relações interpessoais: 
 Evitativa – inadequação, inibição social, hipersensibilidade a avaliação; 
- “Complexo de inferioridade”; 
- Hipersensibilidade a rejeição; 
- Podem ser socialmente retraídos e tímidos por medo da rejeição, mas demonstram 
um grande desejo por companhia; 
- Precisam ter garantias muito fortes de aceitação sem críticas; 
- Seu comportamento tende a se expandir quando se sente aceito; 
- Tendência a interpretar comentários como depreciativos; 
- Sente-se inadequado, socialmente incapaz e sem atrativos; 
- Medo de ser constrangido em situações sociais; 
- Esquivas fóbicas são comuns, principalmente fobia social. 
 
 
 
 
 
 
 Dependente – submisso e tem necessidade de ser cuidado; 
- Necessidade difusa e excessiva de cuidado; 
- Sensação de ser incapaz de cuidar de si; 
- Submissão; 
- Medo de ser abandonada a própria sorte; 
- Busca com urgência outro relacionamento logo após o término de um relacionamento 
anterior; 
- Dificuldade de tomar decisões cotidianas sem conselhos e reasseguramento; 
- Transferem a responsabilidade de áreas importantes da sua vida a outros; 
LEMBRAR! 
Histriônico: busca atenção, visa ser o centro das 
atenções, dramatiza e é muito teatral, sugestionável e 
superficial, manipulador, discurso vago, impressionista, 
erotiza situações não normalmente erotizáveis. 
 
LEMBRAR! 
Evitativo: evita ao máximo interações sociais; 
sentimentos constantes de inadequação; muita 
sensibilidade à avaliação negativa. 
OBS: Não está no CID-11 como transtorno de personalidade. 
Psiquiatria – Transtornos de Personalidade – Nathália 8º período (Medicina) 
 
 
- Necessidade de “agradar” mesmo que não concorde por medo de perder apoio; 
- Dificuldade em iniciar projetos por conta própria por falta de autoconfiança e não por 
falta de motivação e energia. 
 
 
 
 
 
 
 Obsessivo – Compulsivo – preocupação com ordem, perfeccionismo; 
- Padrão global de perfeccionismo e inflexibilidade; 
- Constrição emocional; 
- Organização; 
- Perseverança/teimosia; 
- Se sentem mais confortáveis quando estão no controle; 
- Costumam detalhar muito suas perguntas e respostas; 
- Preferem trabalhos rotineiros; 
- Qualquer coisa que ameace a sua rotina gera ansiedade; 
- Formais, geralmente são tem senso de humor; 
- Como temem cometer erros, são indecisos e “ruminam” tomadas de decisão; 
- Em geral, essas pessoas convivem ou conviveram em ambientes muito exigentes ou 
com altas cobranças – fazendo com que não se sintam seguros ou confortáveis 
enquanto fazem tarefas, com extremo perfeccionismo. 
 
 
 
 
 
Tratamento 
O tratamento, de maneira geral, pode ser realizado com a psicoterapia. No entanto, a técnica 
terapêutica varia de acordo com o próprio comportamento e preferência do paciente. A 
terapia cognitiva comportamental possui boa resposta. 
 Medicamentos 
Grupo A – Geralmente não são medicados; 
Grupo B – Estabilizador de humor e Antipsicoticos podem apresentar boa resposta; 
Grupo C – Antidepressivos, principalmente serotoninérgicos, são os mais indicados. 
LEMBRAR! 
Dependente: dependente em alto grau, necessidade de 
agradar, desamparado quando sozinho, sem iniciativa, 
sem energia e sem autonomia pessoal. 
 
LEMBRAR! 
Anancástico ou obsessivo: rígido, metódico, minucioso, 
não tolera variações ou improvisações, perfeccionista e 
escrupuloso, muito convencional, segue rigorosamente 
as regras, controlador (dos outros e de si).

Continue navegando