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SISTEMA DE CONTROLE DA QUALIDADE Alan Thomas Pezzatto Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar a correta interpretação da palavra qualidade como abor- dagem de gestão. � Reconhecer os impactos em custos da adoção de uma gestão pela qualidade. � Argumentar sobre os benefícios que a liderança em qualidade pode trazer para a organização. Introdução Qualidade. Está aí uma palavra que você já deve ter ouvido e falado muito. E, muitas vezes, esse termo é buscado de forma incessante por empresas que não entendem o seu real significado. Mas se você pensar em empresas superiores aos seus concorrentes, verá que essas apresentam vantagens de qualidade em seus produtos e serviços. Sendo assim, como definir qualidade e que benefícios ela traz à organização como um todo? Para compreender melhor este assunto, leia o capítulo Desdobra- mento e Gestão de Estratégias de Qualidade e Melhoria, da obra Sis- tema de controle da qualidade, que trata dos conceitos de Qualidade na abordagem de Gestão e as categorias de custos de qualidade. Por fim, o capítulo ainda destaca a liderança em qualidade no meio organizacional. Qualidade como abordagem de gestão Você já deve ter ouvido e falado muito a palavra qualidade. O conceito é algo conhecido por todos, é intuitivo e bem difundido para a sociedade: tudo aquilo que satisfaz ou agrada você define como qualidade. Pois bem, não é tão simples assim definir qualidade, muito pelo contrário, é bastante abrangente e ampla essa definição. Segundo Paladini (2000), há um erro em definir qualidade em um só item, como: luxo, beleza, virtudes, brilhos, grife, marca, embalagem, entrega, de- sign, cores, acabamento e assim por diante. O conceito de qualidade não está somente em um desses itens, mas, sim, em todos eles, pois, ainda segundo Paladini (2000), você deve considerar qualidade como um conjunto de elemen- tos que integram um serviço ou produto como um todo. Para Juran (1990), o conceito de qualidade engloba as necessidades dos clientes sendo satisfeitas pelas características dos produtos. Feigenbaum (1994) diz que qualidade é um conjunto de características relacionadas a fabricação, manutenção, engenharia e marketing e, com essas características, o produto ou o serviço devem cumprir às expectativas dos clientes. Por meio de estudos, Garvin (1992) demonstrou cinco diferentes abordagens para qualidade: a transcendental, a baseada no produto, a baseada no usuário, a baseada na produção e a baseada no valor. Transcendente Neste foco, Garvin (1992) cita qualidade com algo atribuído ao produto ou serviço. É algo com qualidade inata. É algo reconhecido no mundo todo como uma marca com padrões altíssimos de satisfação. A qualidade está nos produtos independentemente de preferências ou estilos, como se você aprendesse a reconhecer que aquele serviço ou produto é de qualidade por experiência. Um exemplo são os relógios Rolex, os quais nem todos os modelos agradam, mas você sabe que o produto tem qualidade. Garvin comentou das pinturas de Michelangelo, dizendo que nem todas agradam, mas vendo várias, é fácil reconhecer e se convencer da qualidade da obra. “A dificuldade desta visão é que ela proporciona pouca orientação prática. Argumentar que o que caracteriza a qualidade é o ‘esforço intenso’ e ‘seriedade de propósito’ pouco nos diz sobre como os produtos de qualidade diferem dos mais grosseiros”. (GARVIN, 1992, p. 50). Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria2 Baseada no produto Nesta abordagem, segundo Garvin (1992), a qualidade é vista como exata e mensurável. Ou seja, quanto mais características (quantidade de ingredientes, por exemplo) o produto tem, mais qualidade ele terá, “[...] mas uma classi- ficação sem ambiguidade só se torna possível se os atributos em questão forem classificados na mesma ordem praticamente por todos os compradores” (GARVIN, 1992, p. 51). Há duas implicações nesta tese. A primeira aborda que quanto mais caro for, mais qualidade terá. E a segunda é que o produto ou serviço tem uma qualidade inerente, diferente da transcendente em que era atribuída qualidade ao produto. Como a qualidade baseada no produto é mensurável, não necessita de experiências ou preferências, pois pode ser avaliada com objetivos próprios. No entanto, segundo Garvin (1992), às vezes, produtos de qualidade são simplesmente diferentes, então essa abordagem deixa a desejar em alguns aspectos, por exemplo, gostos diferentes. Baseada no usuário A maioria das definições de qualidade é atribuída ao usuário/consumidor, pois é seu foco principal. Se “aos olhos” do usuário o produto é bom, no nível de satisfazê-lo, exercendo sua função requerida, pode-se dizer, com base no usuário, que é algo de qualidade. Como você pode imaginar, é um dos conceitos mais difíceis de estabelecer, pois cada um tem seu modo de ver e suas preferências. Com isso, como agregar diferentes características para atender todos os usuários ao mesmo tempo? Essa dificuldade pode se tornar uma limitação. Baseada na produção Uma abordagem que define a qualidade baseada na produção é: “conformi- dade com as especificações”. Em outras palavras, se o produto ou serviço, na produção, está dentro das especificações de projeto, pode-se dizer que tem qualidade. Garvin exemplifica dizendo que tanto uma Mercedes quanto um Chevette têm qualidade se ambos forem bem feitos segundo suas especificações. 3Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria Baseada no valor Segundo Sá e Miranda (2004) e Garvin (1992), neste ponto de vista, com base no valor, um produto ou serviço de qualidade é aquele que disponibiliza alto desempenho por um valor justificável pelo mercado. “[...] Apesar de sua importância óbvia, esta abordagem é de difícil aplicação na prática. Mistura dois conceitos relacionados, mas distintos: excelência e valor. O resultado é uma coisa híbrida sem limites bem definidos, sendo muitas vezes altamente subjetiva” (GARVIN, 1992, p. 55). A Figura 1 mostra duas abordagens do conceito de qualidade, uma ao atributo e outra à gestão. A abordagem ao atributo é definida como caracte- rística de um produto, e a qualidade relacionada com a gestão é definida como modo de organização de empresas que tem o objetivo de fabricar produtos com o atributo de qualidade (MOURA, 1997). No final, o objetivo maior é satisfazer o consumidor. Figura 1. Dois significados de qualidade. Qualidade Cliente Satisfação GestãoAtributo Características Produtos Empresa Métodos Gerência Organização Pode-se dizer que a adoção da qualidade na gestão tem como um dos objetivos juntar vários métodos gerenciais que trazem a qualidade para a empresa com um processo contínuo. Deve-se ter um conjunto de atividades que asseguram resultados satisfatórios para empresas, funcionários e clientes. O desenvolvimento de projetos com alcance de melhorias também deve ser contínuo para sempre estar alcançando mais espaço no mercado e com mais credibilidade. Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria4 Gestão da qualidade “[...] são todas as atividades da função gerencial que determinam a política da qualidade, os objetivos e as responsabilidades, que os implementam por meios tais como: planejamento da qualidade, garantia da qualidade e melhoria da qua- lidade dentro do sistema da qualidade” (ISO 9000:2000 apud MONTEIRO, [201-?], p. 13). Segundo Paladini (2000, p. 314), “[...] gerir qualidade significa garantir que produtos e serviços sejam adequados ao uso que se destinam”. A gestão da qualidade é algo amplo, que envolve toda uma organização empresarial com um processo contínuo de melhoria. A gestão da qualidade não é um processo temporário, pois ela nunca para de evoluir. A Figura 2 ilustra esse processo cíclico (que não para de evoluir) e evol- vente de vários setoresda empresa. A entrada trata-se dos próprios clientes, com requisitos e necessidades que devem ser atendidos na saída do processo, satisfazendo o cliente. Figura 2. Processo cíclico da gestão da qualidade. Fonte: Carpinetti (2012). Responsabilidade da direção Gestão recursos • Medição • Análise • Melhoria Melhoria contínua do SGQ Realização do produto Cl ie nt e Re qu is ito Sa tis fa çã o Cl ie nt e Entrada Saída 5Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria A importância dos custos da qualidade Com o mercado ficando cada vez mais competitivo, os custeios da qualidade se tornam cada vez mais importantes para uma organização empresarial, pois o objetivo destas é lucrar com seus produtos e serviços. Para isso acontecer, o foco principal é ter controle de qualidade e cumprir com expectativas geradas pelo produto. Produtos defeituosos que chegam aos consumidores geram perdas inestimáveis à empresa, não sendo só perdas de valor financeiro, mas também relacionadas à credibilidade e à fidelidade de clientes, dependendo dos casos. As primeiras definições de custos da qualidade falavam, equivocadamente, que para se ter qualidade satisfatória, exigia-se custos muito elevados. Porém, não era bem assim. Segundo Feigenbaum (1994, p. 151): Qualidade insatisfatória significa utilização insatisfatória dos recursos. Isto implica desperdícios de material, mão-de-obra e tempo em equipamento, e consequentemente envolve maiores custos. Por outro lado, qualidade satis- fatória significa utilização satisfatória de recursos e, por conseguinte, custos reduzidos. Áreas dos custos da qualidade Os custos da qualidade podem ser simplificados conforme a Figura 3 mostra a seguir. Figura 3. As áreas dos custos da qualidade. Fonte: Feigenbaum (1994). Custos do controle ou custos da qualidade Custos de falhas no controle ou custos da não qualidade Custos de prevenção Custos de avaliação Custos das falhas internas Custos das falhas externas Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria6 São divididos em duas áreas de custos: os custos do controle ou custos da qualidade e os custos de falhas no controle ou custos da não qualidade, que também se dividem em dois tipos cada, como mostrou a Figura 3 anterior e como são definidos a seguir. Custos da prevenção: são custos decorrentes de planejamento de qualidade e controle do processo; manutenção do sistema de qualidade; elaboração de manuais; aumento da confiabilidade nos processos; treinamento e desenvol- vimento de mão de obra em qualidade; verificação e análise do projeto do produto; e gerenciamento dos sistemas. Em outras palavras, são os custos expostos para detecção de falhas e defeitos que possam, eventualmente, chegar ao consumidor. Custos com avaliações técnicas de fornecedores e clientes. Custos da avaliação: são todos os tipos de ferramentas e softwares usados para se ter melhoria no início do processo ou serviço. Os custos são em torno de: ensaio e inspeção de materiais adquiridos; ensaios de laboratório; mão de obra para verificação; auditorias de qualidade; verificações externas; manutenção e calibração de equipamento para inspeção de informação sobre qualidade; e ensaio no campo. Ou seja, são atividades com a finalidade de identificar não conformidades antes de o produto cair nas mãos do cliente. Custos das falhas internas: são os custos de retrabalho e rejeitos, de qualidade abaixo do esperado na empresa. Custos na identificação de defeitos e no uso de materiais adicionais para a correção destes. Os custos das falhas internas também são custos identificados antes de o produto ou serviço chegar ao consumidor. Custos das falhas externas: são os custos de produtos ou serviços com qualidade insatisfatória que já chegaram ao consumidor e voltaram em razão de devoluções, reclamações, garantia técnica ou assistência para reparos. Esses custos acarretam perdas de consumidores para a concorrência e queda no mercado, pois afeta diretamente o consumidor. 7Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria Juran (1990) determinou um ponto ótimo de qualidade que envolve o ponto de intersecção das duas áreas de custos da qualidade e que é ilustrado na Figura 4. Figura 4. Relação das áreas dos custos da qualidade. Fonte: Juran (1990). 100 Qualidade de conformação % Total dos custos da qualidade Custos de avaliação e prevenção Valor ótimo de esforço da qualidade Custo por unidade de produto bom Custos das falhas Essa interpretação mostra, segundo Juran (1990), o ponto de valor ótimo de esforço da qualidade, em que se tem o menor custo por unidade produzida e a maior qualidade de conformação (em porcentagem) possível. À esquerda desse ponto, tem-se um gasto menor do que o retorno que seria obtido, então seriam justificáveis investimentos nessa área. Já ao lado direito, tal retorno diminuiria. Porém, Slack et al. (1999), não concordam com Juran e reconhecem a falha e a má qualidade como aceitáveis no ponto ótimo de seu modelo. Slack et al. (1999) dizem que são necessárias mais inspeções do que prevenções para diminuir as falhas e alcançar a maior qualidade. A Figura 5 demonstra o método mencionado. Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria8 Figura 5. Relação das áreas dos custos da qualidade. Fonte: Slack et al. (1999). Custos $ Valor ótimo da qualidade Conformidade Custos de prevenção e avaliação Custo das falhas Custo total Os custos de prevenção e avaliação se afunilam com os custos das falhas internas e externas à medida que aumenta a conformidade. À medida que são feitos investimentos em prevenção, principalmente nos aspectos relacionados à educação e ao treinamento de funcionários, o custo total da qualidade pode aumentar (LIMA; RIBEIRO, 2011). Não tem só uma forma de trabalhar com custos da qualidade, os dois modelos mencionados anteriormente são exemplos disso. No entanto, o que não se pode deixar passar é a importância desse assunto para se ter controle, direcionamento e monitoramento do desempenho da gestão da qualidade nas empresas. Liderança na qualidade O que é a liderança de qualidade? Assim como todos os temas abordados até aqui neste capítulo, a liderança de qualidade tem em seu foco principal o consumidor. Concentra-se em dar valor ao consumidor, agregando excelência em todos os aspectos da organização. Para desenvolver excelência, todos os envolvidos com a organização devem ajudar melhorando constantemente os processos, suas habilidades, etc. 9Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria Os processos estão presentes em todas as organizações, tanto fabricação, vendas e disseminação como outros que procuram encontrar os problemas dos consumidores e que procuram informações de organizações concorrentes. Há, também, aqueles que procuram novas tecnologias, gerando novos produtos, processos focados nos custos, entre outros diversos que existem para direcionar a empresa à maior qualidade. A liderança em qualidade é focada em estudar e melhorar (sempre) esses processos para oferecer produtos de qualidade aos seus consumidores. Qual o foco na liderança de qualidade? Foco é que cada processo seja estudado e administrado de forma segura. Usam-se fluxogramas para descrever os processos e identificar os proble- mas. As causas raízes dos problemas são encontradas cuidadosamente por pesquisas. São criados novos sistemas para que não ocorram mais falhas, ou seja, procura-se trazer todo o processo para o controle estatístico, reduzindo variações no processo. No método de Deming, as pessoas aprendem a considerar as outras pessoas na empresa como clientes internos. Esse modo de pensar derruba as barreiras interdepartamentais, que se tornam tão pesadas nas grandes empresas. Para realizar um trabalho de qualidade, as pessoas precisam deixar de culpar seus colegas em outros departamentos e começar a tratar umas às outras com o respeito e o interesse que gostariamde dispensar aos clientes externos. Segundo Deming (1990), não se deve focar nas responsabilidades indi- viduais e nas suas hierarquias, e sim nos processos pelos quais o trabalho é feito. A ideia é que cada processo interaja com o anterior e com o próximo, alimentando, sempre, um ao outro e trabalhando em conjunto para chegar à excelência, atingindo e ultrapassando as expectativas dos consumidores. O feedback do consumidor é muito importante para dar continuidade no pro- cesso de melhoria. “Não há nada que substitua o trabalho em equipe e bons líderes de equipe para atingir uma consistência nos esforços, juntamente com conhecimento.” (DEMING, 1990). Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria10 Esses princípios de William Edwards Deming contêm a essência de sua filosofia e são aplicáveis em organizações de qualquer dimensão, tanto para produtos como para serviços. Da mesma forma, podem ser aplicados a qualquer departamento ou unidade de uma organização. Os 14 princípios de Deming 1. Mantenha constância de propósito de contínua melhoria para se tornar mais competitivo e permanecer atuante no negócio. 2. Não aceite defeitos seus e de terceiros como se isso fosse inevitável. Adote uma postura de desafio. 3. Termine com a dependência da inspeção em massa. Garanta a qualidade do processo. 4. Considere prioritariamente a qualidade ao selecionar fornecedores de produtos e serviços. 5. Antecipe-se às consequências da falta de qualidade. Identifique problemas, descubra suas causas e trate de eliminá-las. 6. Institua métodos atualizados de treinamento no trabalho. 7. O papel da supervisão deve ser o de dar condições para a realização adequada do trabalho. 8. Afaste o medo e a apreensão. Crie um clima de confiança e respeito mútuo. 9. Elimine as barreiras entre departamentos. Identifique e conheça os seus clientes. Identifique e atenda suas necessidades. 10. Elimine metas numéricas, cartazes e slogans que apenas pedem maiores níveis de produtividade para os trabalhadores, sem indicar métodos ou ideias para atingi-los. 11. Elimine estudos de métodos no chão de fábrica. Eles criam um limite superior à melhoria da qualidade e da produtividade. 12. Institua programas de educação e treinamento para todos, a fim de afastar o medo e as barreiras que impedem que as pessoas se sintam responsáveis pelo seu trabalho. 13. Mantenha sua equipe atualizada. Faça com que todos estejam em dia com mudanças de modelo, estilo, materiais, métodos e, quando necessário, novos equipamentos. 14. Ponha todo mundo da organização para trabalhar com o objetivo de alcançar a transformação necessária. Fonte: Camargo (2011). Principais componentes da liderança de qualidade Juran (1990) diz que pelo menos 85% das falhas que ocorrem nos processos nas diversas empresas que existem são responsabilidade dos sistemas controlados pela própria empresa ou sua administração. O restante (15%) é relacionado 11Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria às pessoas que trabalham no processo. Por isso, afirma que o trabalho não é simplesmente algo casual. Existem ferramentas para se trabalhar de forma eficiente; o trabalho pode ser estudado, analisado e repassado. � Processos e procedimentos padronizados estão para serem seguidos. � Foco no consumidor; melhorias sempre. � O reconhecimento de clientes externos (consumidores no geral) e clientes internos (trabalhadores que fazem parte da empresa). � É essencial ter bom relacionamento com os fornecedores. � Ênfase em melhorar o processo, e não na responsabilidade individual. � A prioridade é se adaptar às necessidades do processo, e não somente às da hierarquia. � Estabilidade e durabilidade no propósito dos processos da organização. A Revista Manufatura em Foco abordou o tema a influência da liderança no sucesso do sistema de gestão de qualidade de uma forma simples e de fácil entendimento. Para complementar sua leitura e conhecimento, acesse o link: https://goo.gl/hcVR9g 1. Dentre as cinco abordagens da qualidade feita por Garvin (1992), a transcendental é uma delas. Qual das alternativas a seguir cita essa abordagem? a) A qualidade é vista como exata e mensurável. b) Conformidade com as especificações. c) Produto ou serviço de qualidade por um valor justificável no mercado. d) Qualidade atribuída ao produto ou serviço. e) Baseado nos “olhos de quem vê”. 2. Qual dos tipos de custos se reduz drasticamente à medida que as não conformidades tendem a zero? a) Custos de falhas (internas e externas). b) Custos de avaliação. c) Custos de prevenção. d) Custos de conformidade. e) Custos de inspeção. Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria12 https://goo.gl/hcVR9g 3. A gestão da qualidade é algo amplo, que tem foco na organização como um todo. É um processo de melhoria contínua, e não um processo temporário. Pode-se dizer que esse processo é um ciclo de tarefas que necessitam de organização e liderança para realizá-las. Se tratando do ciclo, em que se tem sempre uma “entrada” e uma “saída” de informação, qual das alternativas a seguir cita uma entrada do processo cíclico da gestão da qualidade? a) Gestão de recursos. b) Análise de projeto. c) Requisitos do cliente. d) Realização do produto. e) Características do produto. 4. Na interpretação de Juran para a relação das áreas dos custos da qualidade, o que se determina na intersecção da curva de custos de falhas com a curva de custos de avaliação e prevenção? a) Ponto ótimo de qualidade. b) Ponto de qualidade total. c) Ponto de baixa qualidade (qualidade mínima). d) Ponto de custo zero. e) Ponto de custo mais alto no processo. 5. A palavra gestão significa gerenciamento e administração, em que existe uma instituição, uma empresa ou uma entidade social de pessoas a ser gerida ou administrada. As empresas estão sempre em busca de qualidade e satisfação total. Com essa relação, a gestão da qualidade pode ser definida como: a) uma proposta de reorganização do ambiente produtivo assentada no entendimento de que a eliminação de desperdícios visa ao melhoramento contínuo dos processos de produção. É a base para a melhoria da posição competitiva de uma empresa, em particular no que se refere a fatores, como a velocidade, a qualidade e o preço dos produtos. b) um sistema que busca a melhora contínua. A qualidade é entendida como a superação das expectativas não apenas do cliente, mas de todos os interessados. c) um conceito relacionado com a utilização de cartões para indicar o andamento dos fluxos de produção em empresas de fabricação em série. Nesses cartões, são colocadas indicações sobre determinada tarefa. d) um sistema interfuncional que atua como uma estrutura para integrar e automatizar muitos dos processos de negócios que devem ser realizados pelas funções de produção, logística, distribuição, contabilidade, finanças e recursos humanos de uma empresa. e) um termo usado para o gerenciamento do relacionamento com o cliente ou, ainda, um sistema integrado de gestão com foco no cliente, que reúne vários processos ou tarefas de uma forma organizada e integrada. 13Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria CAMARGO, W. Controle de qualidade total. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2011. CARPINETTI, L. C. R. Gestão da qualidade: conceitos e técnicas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012. DEMING, W. E. Qualidade: a revolução da administração. Rio de Janeiro: Marques Saraiva, 1990. FEIGENBAUM, A. V. Controle da qualidade total: gestão e sistemas. São Paulo: Makron Books, 1994. v. 1. GARVIN, D. A. Gerenciando a qualidade: a visão estratégica e competitiva. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1992. JURAN, J. M. Planejando para a qualidade. São Paulo: Pioneira, 1990. LIMA, S. A.; RIBEIRO, M. S. Custos da qualidade: conceitos e abordagens. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 8., 2001, São Leopoldo. Anais eletrônicos... Disponívelem: <https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/2832/2832>. Acesso em: 05 jul. 2018. MONTEIRO, L. C. Fundamentos da qualidade. [201-?]. Disponível em: <http://www.inme- tro.gov.br/qualidade/iaac/pdf/fundamentos-qualidade.pdf>. Acesso em: 05 jul. 2018. MOURA, L. R. Qualidade simplesmente total: uma abordagem simples e prática da gestão da qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. PALADINI, E. P. Gestão da qualidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000. SÁ, V. M. R.; MIRANDA, L. C. Custo da qualidade versus gestão da qualidade: uma pes- quisa empírica nas indústrias de transformação de Pernambuco. In: CONGRESSO USP - CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 4., 2004, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 2004. SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1999. Leituras recomendadas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9000: Sistemas de gestão da qualidade: fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. DEFEO, J. A.; JURAN, J. M. Fundamentos da qualidade: para líderes. Porto Alegre: Book- man, 2016. JURAN, J. M.; GRYNA, F. M. Controle da qualidade handbook: conceitos, políticas e filosofia da Qualidade. São Paulo: Makron Books; MacGraw Hill, 1991. Desdobramento e gestão de estratégias de qualidade e melhoria14 https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/2832/2832 http://www.inme/ http://tro.gov.br/qualidade/iaac/pdf/fundamentos-qualidade.pdf Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Conteúdo:
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