Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Adenomegalia Clínica Médica Existem diversas causas para o aumento dos linfonodos. ADENOPATIAS SUPERFICIAIS: podem ser da região inguinal, axilar, cervical e supraclavicular GÂNGLIOS PERIGOSOS: gânglios occipitais, gânglios de fossa supraclavicular, gânglios de epitrocleanos e gânglios de fossa poplítea. Na maioria das vezes, a adenomegalia é uma resposta normal a um estímulo imunológico porque permite a filtragem do fluído linfático e neutralização dos microorganismos e proteínas anormais. Aumento ganglionar agudo ➙ infecção viral ou bacteriana Aumento ganglionar crônico ➙ neoplasia ou inflamação granulomatosa (tuberculose, infecção fúngica e sarcoidose) PERGUNTAS IMPORTANTES: Quando apareceu esse gânglio? Em que idade? – dependendo da idade, pode-se direcionar o raciocínio Teve sintomas associados? – perda de peso, febre, sudorese noturna Dados epidemiológicos – contatos Associação com sintomas de outros órgãos – alteração cutânea Medicamentos – fenitoína Massas cervicais na infância que podem confundir com gânglio palpável: Congênitas Cisto do ducto tireoglosso, cistos branquiais, cisto dermoide etc. Inflamatórias Neoplásicas Diagnóstico diferencias para a adenomegalia são as massas cervicais – pediatria PORTANTO, ADENOMEGALIA: aumento (alargamento) dos gânglios linfáticos superficiais/profundos) (>1cm) Achado de anamnese e/ou exame físico O aumento do volume ganglionar é uma resposta inflamatória que causa hiperplasia de um tecido linfóide (resposta infecciosa, alérgica, auto-imune ou neoplásica). O gânglio cresce devido proliferação de linfócito e migração de outras células (mastócitos, monócitos etc.) A adenomegalia pode ser: Localizada aumento de linfonodos em cadeias contíguas (um pertinho do outro) Generalizada + de 2 cadeias não contíguas (infecção sistêmica, doença auto-imune, doenças de depósito, reação a drogas, neoplasias) – ex: aumento de um gânglio cervical e um inguinal Queixa da anamnese Achado de exame físico Curso benigno Doenças comuns da infância Esse processo de hiperplasia ganglionar é uma reativação antiga ou é um sinal precoce de doença maligna ou grave? A LOCALIZAÇÃO VARIA COM A FAIXA ETÁRIA: Crianças nos primeiros anos de vida: Reatividade aumentada dos tecidos linfóides resistência específica menor experimenta doenças infecciosas Aumento da idade: Mecanismos de resistência mais específicos Reatividade ganglionar tende a ser localizada Até 12 anos de idade Os gânglios podem ser: >1 cm até 3cm Occipital Auricular Submandibular Axilar Epitroclear (dobra do cotovelo – é FUNDAMENTAL) Até 1cm Cervical Inguinal Quantidade de tecido linfóide 500 linfonodos 1-2cm móveis, indolores, consistência firme e elásticas Neonatal – nenhum gânglio deve ser palpável Período pré-púbere – massa 2x maior que no adulto (é o período em que tem maior crescimento de tecido linfóide) TECIDO LINFÓIDE ALÉM DE GÂNGLIO: Amigdala e adenoides A amígdala e adenoides tem maior tamanho entre 2-4 anos Involuem até os 6-8 anos Os linfonodos de TGI são importantes até os 2 anos, respondem a distância de um processo amigdaliano. Sombra do timo Visível aos raios X de tórax nos primeiros meses de vida Imagem pode persistir até 3 anos (se persistir, indica alargamento de mediastino e não mais um timo normal de tecido linfóide) Baço Ponta do baço (sem associação com doenças) normal até os 10 anos de idade DE ONDE AS CADEIAS GANGLIONARES DRENAM? OBS: gânglio de fossa supraclavicular direta – mediastino; gânglio de fossa supraclavicular esquerda – abdômen MECANISMO DO AUMENTO GANGLIONAR 1) Acometimento primário do gânglio 2) Hiperplasia ganglionar reacional Ordem de acometimento geral: Cabeça e pescoço ➙ inguinal➙ axilar ➙ supraclavicular ➙ epitroclear e poplíteo ANAMNESE Idade Tempo de evolução Manifestações clínicas associadas Vacinação (BCG ID) Antibioticoterapia prévia EXAME FÍSICO Localização Volume Consistência Coalescência (um grudado no outro) Mobilidade Sinais inflamatórios Sinais associados (estado geral, febre, perda de peso, rash cutâneo, esplenomegalia, hepatomegalia, palidez, petéquia, equimose, infecções recorrentes, artralgias/artrites, sinais de picadas ou arranhaduras) Ex: patologias da infância que causam hiperplasia de amigdala, esplenomegalia etc. – mononucleose Palidez, petéquia e equimose – pode indicar leucemia (no começo da patologia, a hemoglobina pode estar normal devido ao tempo de vida útil da hb (120 dias), pode demorar um tempo para que caia a produção de hb) Epidemiologia o Exposição prévia (tuberculosa, toxoplasmose) o História de doenças na infância o Arranhadura de gato (causa bartonela) o Ingestão de leite não pasteurizado o Condições de moradia o Mudança de residência o Viagens para zonas endêmicas o Contato sexual / uso de drogas EXAMES COMPLEMENTARES Hemograma VHS/DHL Bioquímicos DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO Pensar sempre nas doenças mais comuns, com curso benigno, se o gânglio é persistente por longo período Gânglio é localizado? Doença viral? Faixa etária Duração da adenopatia Contato com animal Contato com doença infecto-contagiosa Seguimento de 4 a 6 semanas Doenças que causam adenopatia: Não confundir aumento ganglionar com doença que esteja ocorrendo em outra estrutura anatômica situada próxima a cadeia ganglionar!!! Bacteriana: strepto, tb, difteria etc Lesão de couro cabeludo > adenopatia pós auricular Arranhadura do gato > adenopatia cervical, axilar HIV – adenopatia cervical Parasitos: toxoplasmose, chagas etc. Viras: IVAS, mononucleose, rubéola, sarampo etc. Faringite viral – adenopatia cervical Fungos: blastomicose, candida etc Colagenoses: LUPUS, artrite Reumatóide Outros: doença de Kawasaki, drogas etc CUIDADO: a palpação pode ser de um vaso cervical ou má formação linfática (ex: hemangioma) Quando indicar biópsia? Região supraclavicular Linfonodo grande, endurecido, fixo a pele (ver resto do slide) ALERTA – PEDIATRIA: Linfonodos maiores que 3cm Duração >4 semanas Envolvimento supraclavicular Alterações laboratoriais e de exames de imagem ADULTO Adenomegalia localizada no adulto: Gânglio de Virchow (aprece em CÂNCER DE PULMÃO) CAUSAS DE LINFADENOPATIA Infecção: bacteriana, micobacteriana, fúngica, clamidia, parasitária, viral Distúrbios benignos do sistema imune: lupus, reação à droga (fenitoína), sindrome de Kawasaki Distúrbios malignos do sistema imune: leucemia linfoide e mieloide aguda e cronica, mieloma multipli com amiloidose, LNH, doença de Hodgkin, carcinoma de mama, carcinoma de pulmão, sarcoma de Kaposi, melanoma Doenças de depósito: doença de Gaucher, doença de Niemann-Pick Endocrinopatias: hipertireoidismo, tireoide, insuficiência de supra-renal Variadas: sarcoidose, amiloidose Fatores a considerar no diagnóstico da linfadenopatia: Sintomas sistêmicos associados Idade do paciente História clínica de infecção, trauma, viagem, medicamentos, malignidade prévia Local: inguinal, intratorácico (broncopulmonar X mediastinal), ilíaco, inguinal, femoral, intra- abdominal (retroperitoneal X mesentérico), cervical, supraclavicular, epitroclear, axilar Localizado X disseminado Hipersensibilidade/inflamação Tamanho Consistência MÉTODOS DE AVALIAR O LINFONODO: Exame físico Hemograma Diagnóstico por imagem RX de TX Linfografia USG TC RNM Mapeamento com gálio PET Amostragem Aspiração por agulha Biópsia excisional
Compartilhar