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Doenças do Trato Gastrointestinal (Patologia)

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Doenças do Trato Gastrointestinal
 
 A importância de conhecer as doenças habita na 
importância da ingestão, deglutição, digestão e 
absorção de nutrientes, essenciais para vida. Esse 
conhecimento ajuda na hora da escolha do tipo de 
dietoterapia para o indivíduo. 
Disfagia: 
-Dificuldade na deglutição, por redução do 
controle no SNC ou por disfunção mecânica, 
como problemas na musculatura, alterações 
fisiológicas (como redução da secreção 
salivar em idosos); 
-Disfagia pode ser uma característica de 
algumas doenças; 
-Complicações: desidratação (reduz a 
produção de muco) e/ou desnutrição; 
 Refluxo gastroesofágico: 
-Retorno do conteúdo estomacal/duodenal 
para o esôfago. isso se á pela perda da 
tonicidade do esfíncter, permitindo esse 
retorno, e como o conteúdo do estômago é 
ácido, provoca a sensação de queimação, 
pois leva a corrosão da mucosa. 
-Pode ser de origem aguda (intubação, 
ingestão de agentes irritantes, infecção viral) 
e crônica (vômitos recorrentes, redução da 
pressão do Esfíncter Esofágico Inferior, 
aumento da pressão abdominal, retardo 
esvaziamento gástrico, hérnia de hiato). 
-Pode ser erosiva, quando os exames por 
imagens não estão mostrando a corrosão da 
mucosa. Ou erosiva, quando os exames por 
imagens estão mostrando a corrosão da 
mucosa, principalmente quando os indivíduos 
são fumantes, consomem aspirina e anti-
inflamatórios indiscriminadamente. Nessa 
condição o epitélio estratificado pavimentoso 
estratificado é trocado por um epitélio colunar 
especializado do tipo intestinal. Essa 
condição pode levar a o Esôfago de Barret, 
aumentando o risco de adenocarcinoma; 
Hérnia de hiato: 
-Alterações no processo de motilidade, e 
 
extravasamento do esôfago através do 
diafragma pelo hiato; 
-Sintomas: refluxo, azia com dor subesternal, 
eructações, e espasmos esofagiano, irritação 
da faringe, pigarro, rouquidão e agravamento 
de sintomas asmáticos; crianças: vômito, 
disfagia, recusa alimentar, e queixas de dor 
abdominal; 
 Gastrite: 
-Inflamação crônica ou aguda da mucosa 
gástrica, rompendo a barreira de proteção do 
estômago; há uma dificuldade na digestão 
proteica, absorção do cálcio e da vitamina 
B12 devido à redução na secreção do HCL 
(acloridria); 
-Pode ser aguda, ou crônica (atrofia e perda 
das células parietais do estômago, reduzindo 
a secreção ácida, fator intrínseco e aumento 
da homocisteína); 
-O consumo de álcool, aspirina e anti-
inflamatórios, situação de estresse, infecção 
por Helicobacter pylori; 
-Sintomas: náusea, vômitos, mal-estar, 
anorexia, hemorroidas e dor epigástrica. 
 Úlceras pépticas: 
-Lesão no estômago e/ou duodeno com 
destruição da mucosa da parede destes 
órgãos. Sua evolução é crônica com 
períodos de ativação e remissão; 
-O sangue vai ficar mais ácido; 
-Afetam a parte superficial, adentrando as 
camadas mais profundas; 
-Podem ser assintomáticas ou sintomáticas 
(sintomas similares a gastrite). Também 
podem ser divididas em gástricas ou 
duodenais, sendo a primeira mais grave, pois 
causa uma hemorragia, com erosão de uma 
artéria, provocando febres muito escuras 
(melena). e ainda podem perfurar o tubo, 
podendo levar a morte. 
Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) 
Inflamações do tubo digestivo, evoluindo de forma 
recorrentes com agudezas e remissões. 
 Colite ulcerativa: 
-Afeta o intestino grosso, inflamando o cólon 
ascendente. Sintomas: cólicas abdominais, 
diarreia, anemia, perda de peso, urgência 
para evacuar, sangue e muco nas fezes; 
 Doença de Crohn: 
-Pode afetar todo o TGI com estreitamento 
do tubo, podendo perfurar o intestino. Com 
sintomas de anemia, dores, abdominais, 
febre, emagrecimento, aftas de repetição; 
-Causas: ocorre por ativação do Sistema 
Imunológico, fatores genéticos e ambientais. 
Das formas mais diversas, como muitos MO 
patogênicos, alimentos que irritam a mucosa 
gástrica, favorecendo a produção de 
antígenos, levando ao estado de inflamação; 
-Pode ser leve e episódica, podendo ser 
retirada cirurgicamente. Ou, grave e sem 
remissão. 
-Fisiopatologia (DII): com a redução dos 
mecanismos de defesa ou de tolerância a 
algum MO da flora intestinal acaba 
resultando em uma inflamação, e com isso 
uma fibrose e destruição do tecido; 
 Síndrome do Intestino Irritável (SII): 
-Não há lesões, mas causa desconforto nas 
pessoas, por se apresentarem em episódios 
de diarreia ou constipação. Pois há uma 
alteração na motilidade (aumentando ou 
reduzindo), causando ou não um estímulo 
para a defecação; 
-Os sintomas podem ser agravados por 
estresse, hábitos alimentares, uso 
exacerbado de laxantes, antibióticos, cafeína, 
doença dos TGI prévia, falta de regularidade 
no sono, repouso e ingestão de líquidos, 
alergias também; 
-O diagnóstico é feito com base em um 
questionário, por exclusão, pois não há 
alterações histológica e bioquímica; 
 
 Doença Diverticular: 
-Herniação sacular (divertículos) na parede 
do cólon, bolsas, para que se possa 
aumentar o volume fecal. Ocorre após uma 
constipação prolongada. Causa inflamações, 
abscessos, perfuração aguda, sangramento 
agudo, obstrução e sepse; 
-Fisiopatologia: o material fecal acumulado 
aumenta a pressão na tentativa de empurrá-
los em direção ao lúmen intestinal, então se 
desenvolvem hérnias na parede do cólon. 
Essa patologia pode ter contribuição de uma 
dieta rica em alimentos refinados com 
contribuição do sedentarismo; 
-Complicações: sangramento leve, hábitos 
intestinais alterados, ou diverticulite (forma 
inflamatória, com formação de abscesso, 
perfuração aguda hemorragia aguda, 
obstrução e sepse); 
-As causas podem ser: a estrutura do cólon, 
fator genético, redução da motilidade e dieta, 
aumentando a pressão intracolônica (colón). 
Doença de órgãos acessórios 
 Pancreatite: 
-Inflamação do pâncreas, caracterizada por 
edema, e necrose de gordura. Podendo ser 
moderada ou autolimitante; 
-Ocorre de forma aguda (súbita, durando 
pouco). E crônica, com dano irreversível, 
destruição do tecido e redução da função, 
além de fibrose); a amilase e lipase séricas 
podem se apresentar normais; 
-Sintomas: dor abdominal contínua, náusea, 
vômito, distensão abdominal, esteatose 
(resultante da ausência das enzimas). E em 
casos graves: hipotensão, oligúria e dispneia; 
-Causas: alcoolismo, doença do trato biliar, 
aumento dos triglicérides e Ca, cálculos 
biliares, trauma e medicamentos. 
REFERENCIAS: MAHAN, L. katheleen Mahan; 
ESCOTT-STUMP, Sylvia Escott-Stump; RAYMOND, 
Janice L. KRAUSE: Alimentos, nutrição e 
dietoterapia. 13. ed. [S. l.]: ELSEVIER, 2013. cap. 
Ingestões: nutrientes e metabolismo, p. 56-89. ISBN 
9798535255126.

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