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AVALIAÇÃO DO PACIENTE EM CHOQUE CHOQUE Principal causa de morte evitável no trauma HIPOVOLÊMICO A princípio, todo choque é hipovolêmico hemorrágico até ser descartado Volume de sangue ideal é 7% do seu peso corporal ideal para adultos e 9% para crianças. HEMORRÁGICO Principal causa de choque no trauma CLASSE IV: > 2.000 mL (> 40%) • confuso, letárgico, inconsciente • hipotensão < 90 sistólica; pressão de pulso↓ • FC >140 • FR > 35 • débito urinário: despresível • cristaloide + transfusão maciça CLASSE III: 1500 - 2000 mL (40%) • FC >120; PA ↓ e pressão de pulso ↓ • FR > 30 • cristaloide e hemoderivados • débito urinário: 5 - 15 mL/h • cuidado, volume inicial da Hb e Ht não reflete o tanto de sangue perdido → organismo demora para compensar a perda sanguínea. ATENÇÃO: paciente chega hipotenso pode precisar de cristaloide e sangue • hemoderivados • concentrado de hemácias CLASSE II: 750 - 1500 mL (30%) • PA normal • Pressão de pulso ↓ • FC > 100 • Diminui pressão de pulso • FR 20 - 30 • débito urinário 20-30 mL/h • ansiedade, medo • Repor cristaloides • fratura de fêmur, pélvica. CLASSE I: até 750 mL (15%) • FC < 100 e PA normal • não exige reposição volêmica → reestabelecimento em 24h. • fraturas de úmero e tíbia • débito urinário normal: 0,5 mL/kg/h adulto; 1mL/kg/h criança; 2mL/kg/h bb <1ano. ↓ pré carga → ↓DC → aumento RVP MECANISMO DE COMPENSAÇÃO (limitado: consegue evitar queda na pressão sistólica com até 30% de perda volêmica): • aumento da atividade simpática • pele fria = vasoconstrição periférica = aumenta RVP → pressão diastólica aumenta e pressão de pulso reduz (diferença entre diastólica e sistólica) • taquicardia = aumento da FC (↓DC = FC x ↓Vsf ) Lactente > 160 Criança >140 Adolescente >120 Adulto >100 Idoso: uso de b-bloqueador ou marcapasso inibe aumento da FC → ver pressão de pulso • hiperventilação NÍVEL CELULAR: • cels privadas de O2 → met. Anaeróbio = ác láctico → acidose metabólica • menor produção ATP → dano celular → inflamação: TNF AVALIAÇÃO PRIMÁRIA: • Localizar sangramento • Equimose • Fratura de ossos longos • Pelve instável • FAST, raio X bacia / tórax TRATAMENTO: 1. conter hemorragia 2. Repor volemia • acesso venoso periférico: mais rápido de ser pulsionais e permite infusão de volume muito mais rápida que o central → 230 ml/min • inserção de pelo menos 1 acesso venoso periférico 16 G (mínimo) antes de tentar o acesso central. • V INICIAL: 1 a 2L adulto e 20mL/kg criança • bomba de infusão rápida com cateter curto e calibroso • líq aquecido a 39ºC • colher sangue para tipagem sanguínea e outros exames + gasometria arterial. • acesso venoso central: é + longo e tem resistencia ao fluxo maior que o periférico, infunde menos e precisa de equipamentos estéreis. • Ringer lactato: preferência em traumas → pH tem outros componentes como K, Ca (cofator na cascata de coagulação para tratar coagulopatia), lactato que é transformado em bicarbonato para gerenciar o pH. Volume: até 2L inicialmente Ringer simples Soro fisiológico: pH do soro = 6 e 134 Cloro/L e pH sangue = 7,35 - 7,45 e 100 cloro/L. Muito soro tende a causar coagulopatia, insuficiência renal, acidose... evitar o uso excessivo. Se não for suficiente → repor com sangue • total → preferencial para uma reposição balanceada pois tem hemácias, plaquetas e plasma • plasma • hemácias • plaquetas INTERCORRÊNCIAS E REAÇÕES ADVERSAS: • lesão pulmonar induzida por plaquetas = TRALE • toda bolsa de doação de sangue tem citrato → quelante de Ca (se liga ao Ca) para não coagular. Qdo vai infundir no paciente o citrato vai junto e tende a quelar o Ca do paciente e por isso o Ringer lactato tem Ca. Importante dosar Ca se for infundido para não atrapalhar na hemostasia. LEI DE POISEUILLE: A velocidade do fluxo é diretamente proporcional ao raio do cateter à 4ª potência e inversamente ao comprimento. MELHORA DA FUNÇÃO ORGÂNICA • pele quente, TEC < 2s • aumento do débito urinário • DC, FR Resposta rápida: • 1L de ringer e já normalizou a pressão e consciencia • pode ter necessidade de cirurgia Resposta transitória: • sinais vitais melhoram, mas paciente volta a chocar → não parou o sagramento ou destampou um coágulo • necessidade de sangue • pode precisar de cirurgia NECESSIDADE DE SANGUE: • SHOCK ÍNDEX (SI): marcador para ligar alerta!! Paciente pode estar mal perfundido. Normal = 0,5 a 0,7 Indicação de transfusão no choque hemorrágico > 0,9 • em geral, manter Hb > 7g/dL. (Em cardiopatas manter > 8g/dL). • teste de provas cruzadas pode demora até 1h no laboratório. • sangue tipo específico: compatível no sistema ABO e Rh, mas pode ser incompatível em outros Ac. É o ideal para a resposta transitória. • não tem tipo específico → usa concentrado de hemácias tipo O. AUTOTRANSFUSÃO: • sangramento do tórax ainda é estéril e pôde-ser coletado e auto transfundido com coletores contendo citrato Sem resposta: • grande hemorragia + 2 ou 3 L • necessidade de sangue imediata • precisa de cirurgia DROGAS VASOATIVAS INOTRÓPICOS → agem do DC • Dobutamina: ação predominante em B-1 VASOPRESSORES → agem na pressão arterial média PAM • Noradrenalina: vasoconstrição → agem em alfa e beta-1 (efeito duplo - droga de escolha) Arritmias em doses elevadas. • Adrenalina: choque anafilático. Efeito alfa e beta mto potente. Usar na parada cardíaca tb. • Dopamina: efeito conforme dose dose baixa: dopaminérgico Dose moderada: receptor beta Dose alta: receptor alfa Tem + efeitos colaterais de a NO • Vasopressina: adjuvante para potencializar. Receptor V1 → usar no choque séptico. Não usar em paciente com ↓DC • Fenilefrina: droga do anestesista. Efeito alfa para hipotensão transitória. TRANSFUSÃO MACIÇA: 10 unidades de sangue em 24h Ex: Sangrou, ficou hipotenso só que formou coágulo HIPOTENSÃO PERMISSIVA = 90 sistólica Pode aceitar a hipotensão pois repor volemia pode retirar o coágulo. Isso até ir para cirurgia e fazer o tratamento definitivo. EXCETO em casos de TCE. A adm excessiva de fluidos pode exacerbar coagulopatia, acidose e hipotermia. REANIMAÇÃO HEMOSTÁTICA Compressão direta Torniquete → + próximo da lesão Redução do volume pélvico, imobilização de ossos longos (fratura de femur pode sagrar 1,5L) Agentes hemostáticos → transamin 1g na cena APH + 1g em perfusão durante 8h (antifibrinolítico → impede a degradação da fibrina e a degradação do coágulo) Cirurgia com sutura de vasos Angioembolização: procedimento endovascular pela arteriografia. 👁 vasopressores são contraindicados NÃO HEMORRÁGICO • DESIDRATAÇÃO Perda de volume: • queimado • diarreia, vomito • excesso de diuréticos → poliúria • perda p 3º espaço: pancreatite aguda, obstrução intestinal) • hipertermia OBSTRUTIVO Considerado qdo há lesões acima do diafragma Obstrução mecânica do fluxo de sangue, normalmente no VD. • turgência jugular sem edema pulmonar TAMPONAMENTO CARDÍACO: • o sangue no pericárdio inibe contratilidade e DC. Diminui pré e pós carga TRÍADE DE BECK: • turgência jugular • hipotensão • taquicardia DIAGNÓSTICO • FAST TRATAMENTO: • tocacotomia de emergência • punção de MARFAN se não tiver em um centro de emergência ou paciente instável. PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO Entra ar no espaço pleural → pressão intrapleural normal é -5 a 8 mmHg e qdo rompe fica 1atm → colapso do pulmão e desvio do mediastino p lado oposto → reduz retorno venoso e DC. • ausência de MV • timpanismo à percussão no hemitórax • insuficiência respiratória • desvio da traqueia • turgência jugular TIPOS: • Primário: rotura de bolhas subpleurais • Secundário:DPOC, fibrose cística, neoplasias, infecções, catamenial • Adquirido: trauma fechado ou penetrante, toracocentese, punção de veias centrais. • simples ou hipertensivo QUADRO CLÍNICO: • dor súbita e dispneia em repouso ou após acidente que piora qdo inspira e tosse. • raio X aparece, se, pelo menos 50mL de ar TRATAMENTO: • descompressão torácica imediata!! → sem raio X. • drenagem torácica • menor que 3cm → tratamento conservador: analgésico e repouso/ observação. O2 em alto fluxo pode aumentar reabsorção do pneumotórax. Pericardite restritiva TEP Dissecção aórtica DISTRIBUTIVO Má perfusão tecidual por vasodilatação periférica global → reduz pressão de enchimento capilar = ↓RVP Mecanismo compensatório não consegue atuar (vasoconstrição). Pior prognóstico. • DC sobre para compensar a queda da RVP ANAFILÁTIVOAdrenalina: estimula alfa e beta → SÉPTICO Infecção pós trauma • contaminação peritoneal por conteúdo intestinal → ferimento abdominal de víscera oca. • demora no atendimento FISIOPATO • excesso de IL-6 e leucotrienos • hipotensão • taquicardia • vasodilatação com aumento da pressão de pulso TRATAMENTO • achar foco e tratar • antibioticoterapia NEUROGÊNICO: Lesão extensa da medula a nível cervical e torácico alto (acima de T7) → inervações simpáticas estão acima de T7. (Trauma de crânio isolado não, lombar tb não) Choque por vasodilatação e hipovolemia • hipotensão sem taquicardia e sem vasoconstrição compensatória (não tem simpático agindo) predomínio do tônus parassimpático (vagal) • vasodilatação • pode estar associado ao choque hemorrágico. Acesso venoso central para injetar volume e drogas vasoativas Noradrenalina/norepinefrina Alfa-1e ß-2: aumenta RVP, volume sistólico e DC ↓ lactato Adrenalinaß-1, ß-2 e alfa-1: aumenta volume sistólico e lactato Dobutamina Derivado da dopamina e precursor da noradrenalina e epinefrina → DA1 e DA2 • inotrópico: aumenta força de contratilidade, DC • vasodilatação renal, mesentérica e coronária • 15µg/kg/min: aumenta PA em 24% após reposição de volume. Insuficiência adrenal Queimadura grave Considerado se paciente demorou mto p chegar à emergência CARDIOGÊNICO: Traumatismo fechado no coração ou falência da bomba cardíaca Suspeitar qdo causa for rápida desaceleração Menor pressão de perfusão coronariana, levando à lesão miocárdica progressiva • IAM • valvopatias • ICC • cardiomiopatia • arritmias • miocardite ↓DC e aumento da RVP Há aumento do volume de enchimento diastólico ventricular = sobra sangue dentro do coração. ÚNICO CHOQUE QUE O PACIENTE ESTÁ HIPERVOLÊMICO. Mas sempre com PAM ↓ CONTUSÃO MIOCÁRDICA • trauma torácico de alta energia • câmara + acometida é o VD • ECG contínuo: arritmias e outras lesões • Ecocardiografia • FAST: pode identificar líq pericárdico e tamponamento Embolia gasosa Infarto do miocárdio associado ao trauma • lesão direta da coronária → trombosa → área de isquemia • laceração da coronária • uso de cocaína → vasoespasmo coronariano, aumenta FC Dobutamina: ação predominante em B-1 → melhor função ventricular Desequilíbrio de oferta e demanda de O2 (Perfusão e oxigenação inadequadas) • catecolaminas • metabolismo anaeróbico (ác láctico) • disfunção celular - morte celular - lesão irreversível ABORDAGEM INICIAL DO CHOQUE • acesso venoso calibroso • acesso venoso central (caso precise de drogas vasoativas e PVC) • sonda vesical • monitoração invasiva da pressão arterial (coleta seriada de gasometria) • avalie volemia (VVS, PCAP, PVC, VCI) • ver índice cardíaco (DC) ≤ 2,5 L/min/m² ruim • PAM < 65 mmHg → vasopressor noradrenalina Outras causas de hipoperfusão: PaO2, anemia, acidose metabólica… AVALIAR FLUIDORRESPONSIVIDADE: Elevação passiva de membros inferiores com monitor de DC. Aumenta retorno venoso e aumenta DC. Usar em paciente que não está intubado. Paciente intubado: • PVC: é a pressão do AD (cateter). Normal entre 5 e 8 mmHg, menor que isso é hipovolemia. • PCAP: pressão capilar da artéria pulmonar mede pressão no átrio esquerdo (cavidades esquerdas na ICC). < 8 mmHg é hipovolemia. • eco com diâmetro da veia cava inferior diminuídos. • VVS: variação do volume sistólico: na inspiração tem aumento do retorno venoso e aumento do DC. Qdo paciente está hipervolêmico essa variação é pequena e se varia mto está hipovolêmico. Usar com paciente na ventilação controlada. • diferença da pressão de pulso grande → mais hipovolêmico SINAIS DE HIPOVOLEMIA: • mucosas secas • sinais clínicos de desidratação • aumento do DC à elevação de membros inferiores • veia cava inferior de pequeno calibre • VVS ou DPP >12% • PVC < 5mmHg (pressão no átrio direito) RESSUCITAÇÃO VOLÊMICA • 30 mL/kg ringer Nunca usar coloides, albumina ou dextran p repor volume OXIGENAÇÃO Manter Sat O2 > 90% REDUZIR CONSUMO DE O2 PERIFÉRICO = tratar: • febre ou hipertermia • dor • ansiedade • trabalho respiratório → ventilação mecânica COMPLICAÇÕES DILATAÇÃO GÁSTRICA: • ocorre frequentemente no trauma, especialmente em crianças • hipotensão inexplicada • arritmia cardíaca • bradicardia por estímulo vagal • risco de aspiração TRATAMENTO: • descompressão do estômago por tubo orogástrico para aspiração de conteúdo. COAGULOPATIAS: • traumatismos graves consomem fatores de coagulação • medir TTP TTPA e plaquetas na 1ª hora ACIDOSE METABÓLICA: • reanimação inadequada ou perda continuada → perfusão tecidual ruim → metabolismo anaeróbio → produção de ác láctico.MEDICAMENTOS ou marcapasso: • b-bloqueadores: não altera a FC • diuréticos: + hipovolemia • anticoagulantes: marevam, AAS. • marcapasso = incapaz de responder à hipovolemia → precisa monitorar a pressão venosa central p orientar a reposição volêmica. HISTÓRIA • buscar a causa na história: febre, dor, dispneial • não esperar a hipotensão, não é obrigatório • sinais de hipoperfusão SNC: confusão mental, rebaixamento consciência = má perfusão cerebral RINS: redução do débito urinário (<0,5mL/kg/ h) = hipoperfusão PELE: fria pegajosa principalmente em extremidades ou TEC > 2s EXAME FÍSICO • turgência jugular • crepitações, MV abolido, • pressão venosa central PVC: precisa de um cateter central • B3: pode ser choque cardiogênico DIAGNÓSTICO CLÍNICO: • pele fria e pegajosa, palidez, sudorese • FR alta - taquipneia • FC alta - taquicardia • hipotensão • confusão ou inconsciência • ansioso, agitado (hipóxia) a princípio depois rebaixa (hipercapnia) • diminuição do débito urinário < 0,5mL/kg/h Sinal do livedo (figura): trama reticulada, coloração mosqueada, linhas avermelhadas ou azuladas na pele de contornos irregulares. EXAMES COMPLEMENTARES: • HC: anemia pode ser causa do choque • TAP, PTT • lactato: marcador de hipoperfusão, bom para fazer acompanhamento, se cai é sinal que tem boa evolução. • função renal • função hepática • troponina • EAS • gasometria arterial: traz PaO2 = se O2 está sendo levado para todos os tecidos. Traz tb acidose = outro sinal de má perfusão. • ECG: taqui ou bradi podem ser causa de choque. • ecocardiograma: diâmetro da veia cava inferior < 1,5 cm (Mecanismo de FRANK-STARLING • pouca distensão cardíaca = pouca ejeção • muita distensão = pouca ejeção → ICC) EVITAR TRÍADE DA MORTE • hipotermia • coagulopatia precoce • acidose ECG 1: ondas S1 Q3 e T3 → embolia pulmonar ECG 2: QRS grande - QRS pequeno = alternância elétrica → tamponamento cardíaco (hora coração bate próximo da parede torácica hora bate longe por causa do derrame pericárdico. / CHOQUE / HIPOVOLÊMICO / HEMORRÁGICO / ↓ pré carga … / AVALIAÇÃO PR… / TRATAMENTO: / 2. / MELHORADA F… / Resposta tra… / NECESSIDADE … / CHOQUE / HIPOVOLÊMICO / HEMORRÁGICO / ↓ pré carga … / AVALIAÇÃO PR… / TRATAMENTO: / 2. / MELHORA DA F… / Sem resposta… / DROGAS VASOA… / Desequilíbrio de oferta e demanda de O2 / ABORDAGEM INICIAL DO CHOQUE / AVALIAR FLUIDORRESPONSIVIDADE: / Desequilíbrio de oferta … / ABORDAGEM INICIAL DO CHO… / AVALIAR FLUIDORRESPONSIV… / SINAIS DE HIPOVOLEMIA: / RESSUCITAÇÃO VOLÊMICA / Desequilíbrio de oferta e demanda de O2 / ABORDAGEM INICIAL DO CHOQUE / AVALIAR FLUIDORRESPONSIVIDADE: / SINAIS DE HIPOVOLEMIA: / Desequilíbrio de oferta e demanda de O2 / HISTÓRIA / EXAME FÍSICO / DIAGNÓSTICO CLÍNICO: / Desequilíbrio de ofe… / HISTÓRIA / EXAME FÍSICO / DIAGNÓSTICO CLÍNICO: / EXAMES COMPLEMENTARE… / ECG 1: ondas S1 Q3 e… / Desequilíbrio de … / HISTÓRIA / EXAME FÍSICO / DIAGNÓSTICO CLÍNI… / EXAMES COMPLEMENT… / ECG 1: ondas S1 Q… / ECG 2: QRS grande…