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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA RESPOSTA DO RECLAMADO AUDIÊNCIA DE JULGAMENTO E PROVAS

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Reclamação trabalhista. Resposta do reclamado. 
Audiência. Provas. 
Thainara Lima de Souza Malta 
thainaralima09@gmail.com 
 
 
No Direito do Trabalho, predominantemente, a petição inicial 
é a Reclamação Trabalhista. Podem, porém, ser usadas outras 
petições, de cunho civil, no processo do trabalho. 
REQUISITOS DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. 
A Reclamação Trabalhista escrita deverá conter os seguintes 
requisitos: 
- Designação do Juízo; 
- Qualificação das partes; 
- Breve exposição dos fatos; 
- Pedido (certo, determinado e com indicação do valor). 
- Data; 
- Assinatura do reclamante ou do seu advogado. 
A especificação de provas NÃO é um requisito essencial da 
Reclamação Trabalhista. 
Quanto à Reclamação escrita, uma das principais alterações 
introduzidas pela Reforma Trabalhista é a necessidade de indicação 
do valor da causa. 
 
RECLAMAÇÃO VERBAL. 
Há previsão, na CLT, de que a Reclamação pode ser também 
verbal. Quando verbal, ela será distribuída ANTES de ser reduzida 
a termo. 
Distribuída a Reclamação, o reclamante deverá, dentro do 
prazo de 05 dias, SALVO motivo de força maior, comparecer ao 
cartório ou secretaria, para reduzir à termo a Reclamação, em duas 
vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário. 
 
PENA DE PEREMPÇÃO. 
A pena de perempção significa a perda do direito, pelo PRAZO 
DE 06 MESES, de reclamar perante a Justiça do Trabalho. Ela será 
aplicada em duas situações. 
 
 
 
 
 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
Será aplicada a pena de perempção nas seguintes situações: 
- Se o reclamante não comparecer à Vara do Trabalho no 
prazo de 05 dias, para reduzir a reclamação a termo; ou 
- Se o reclamante der causa ao arquivamento da reclamação 
trabalhista, por falta de comparecimento à audiência de 
julgamento, por duas vezes seguidas. 
 
 
 
A audiência de conciliação e julgamento é incompatível com 
o Processo do Trabalho. 
A Reclamação poderá ser aditada até a contestação. 
A Emenda à Inicial, por sua vez, é uma correção feita na 
petição em razão de algum vício. Neste caso, o Juiz deve deferir 
um prazo de 15 dias para a parte suprir a irregularidade, mediante 
indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado. 
Se, mesmo após intimada, a parte não proceder à emenda, o 
Juiz poderá indeferí-la. 
SÚMULA 263 DO TST: Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC, 
o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se 
desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação 
ou não preencher outro requisito legal, somente é cabivel se, após 
intimada para suprir a irregularidade em 15 dias, mediante 
indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte 
não o fizer. 
Até a contestação, o reclamante pode desistir da Reclamação, 
porém, oferecida a contestação, ele só poderá desistir se houver 
anuência do reclamado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na Justiça do Trabalho, o reclamado não é citado para 
apresentar imediatamente a resposta, mas para comparecer à 
audiência, na qual apresentará a sua defesa. 
Recebida a reclamação trabalhista, o escrivão ou o chefe de 
secretaria, dentro do prazo de 48 horas, notificará, pela via 
postal, o reclamado para comparecer à audiência inaugural, na qual 
apresentará a sua defesa. 
Presume-se o recebimento da notificação pelo réu no prazo de 
48 horas, contado da postagem nos correios. 
Recebida a notificação, o Reclamado poderá apresentar 
contestação por meio eletrônico até a audiência. 
Entre o recebimento da notificação postal e a realização da 
audiência, a CLT exige o decurso de um prazo mínimo de 05 dias. 
Em relação às pessoas jurídicas de direito público, a 
DESISTÊNCIA DA AÇÃO TRABALHISTA 
 
 
 
 
ANTES DA 
CONTESTAÇÃO
INDEPENDE DA 
ANUÊNCIA DO 
RECLAMADO
APÓS A 
CONTESTAÇÃO
DEPENDE DA 
ANUÊNCIA DO 
RECLAMADO
notificação postal para o comparecimento à audiência será feita 
no prazo de 20 dias. 
O reclamante será notificado no ato da apresentação da 
reclamação ou pela via postal, da mesma forma do reclamado. 
RECLAMAÇÕES PLÚRIMAS. 
Quando existirem várias reclamações, com identidade de 
matéria, elas poderão ser cumuladas em um único processo, desde 
que se tratem de empregados da mesma empresa ou estabelecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na audiência de julgamento da Justiça do Trabalho DEVEM estar 
presentes Reclamante e Reclamado, independentemente de estarem 
acompanhados de advogados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ausência do empregador poderá ocorrer, desde que compareça 
em seu lugar gerente ou qualquer outro preposto. 
O preposto NÃO precisa ser, necessariamente, empregado do 
reclamado, bastando que tenha conhecimento dos fatos. Suas 
declarações obrigam o empregador. 
A ausência do empregado somente será possível em caso de 
doença ou outro motivo poderoso, desde que devidamente comprovado. 
Ele poderá ser representado por outro empregado da mesma profissão 
ou pelo seu sindicato. 
Quais as consequências da ausência do reclamado ou 
do reclamante? 
O não comparecimento do RECLAMANTE à audiência gera o 
ARQUIVAMENTO DA RECLAMAÇÃO. Bem como, ele será condenado ao 
pagamento das custas. O pagamento destas custas será CONDIÇÃO PARA 
ATENÇÃO! 
Para ser possível a interposição da Reclamação Plúrima é 
necessário que haja identidade de matéria, não basta apenas que 
se tratem de empregados do mesmo estabelecimento. Se, por 
exemplo, estivermos diante de uma situação em que existem 
diversos empregados da mesma empresa ou estabelecimento, no 
entanto, enquanto o pedido de um é adicional de insalubridade e 
do outro são verbas rescisórias, NÃO HAVERÁ IDENTIDADE DE 
MATÉRIA E, PORTANTO, NÃO SERÁ CABÍVEL A RECLAMAÇÃO PLÚRIMA! 
 
AUDIÊNCIA DE JULGAMENTO 
Em algumas situações é excetuada a regra da necessidade do 
comparecimento das partes: 
- Reclamações Plúrimas; 
- Ações de Cumprimento. 
Nestes casos, os empregados podem ser representados pelo 
Sindicato da sua categoria. 
 
 
A PROPOSITURA DE NOVA DEMANDA, e será necessário ainda que o 
reclamante seja beneficiário da justiça gratuita, SALVO 
comprovação, em juízo, de ausência por motivo legalmente 
justificável. 
O não comparecimento do RECLAMADO gera a REVELIA, além de 
CONFISSÃO QUANDO À MATÉRIA DE FATO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda que o Reclamado não compareça na audiência, se o seu 
advogado nela comparecer, será aceita a contestação e os 
documentos por ele apresentados. 
 
 
 
 
No Processo do Trabalho, a defesa do reclamado será 
apresentada em audiência. 
Aberta a audiência, não havendo acordo, o reclamado terá 20 
minutos para aduzir oralmente a sua defesa. 
A contestação também poderá ser apresentada na forma escrita 
por meio eletrônico, até a audiência. 
São respostas do réu: a contestação e as exceções de 
incompetência e de suspeição e impedimento. 
A compensação só poderá ser arguida em sede de contestação. 
CONTESTAÇÃO. 
É a espécie principal de defesa do réu, a única modalidade 
de resposta com o condão de evitar a revelia processual. 
À contestação do processo trabalhista apliza-se, 
subsidiariamente, o princípio civilista da eventualidade, o qual 
determina que todos os meios de defesa sejam apresentados em uma 
única etapa processual. 
Logo, toda a matéria de defesa deve ser arguida na 
contestação, sob pena de preclusão. 
Aplica-se, também, ao processo do trabalo, o princípio da 
impugnação específica, o qual determina que incumbe ao réu 
manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes 
da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas. 
O réu deverá impugnar, individual e especificamente, todos 
RESPOSTA DA RECLAMADA 
A revelia NÃO PRODUZIRÁ SEUS EFEITOS se houver alguma das 
seguintes situações: 
- Pluralidade de reclamados, e algum deles apresentar 
contestação; 
- Litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
- A petição inicial não estiver acompanhada de instrumento 
que a lei considere indispensável à prova do ato; ou 
- As alegações de fato formuladas pelo reclamante forem 
inverossímeis ou estiverem em contradiçãocom a prova constante 
dos autos. 
 
os pedidos postulados pelo autor, sendo a impugnação genérica, em 
que o demandado apenas alega que os argumentos do autor não merecer 
guarida, requerendo a improcedência, sem especificar as razões 
que subsidiam a conclusão, ineficaz, presumindo-se verdadeiros os 
fatos articulados na inicial. 
EXCEÇÕES. 
As exceções processuais constituem-se espécies de defesa do 
reclamado. É lícito a qualquer das partes arguir, por meio delas, 
a incompetência relativa, o impedimento e a suspeição do 
magistrado. 
O oferecimento de qualquer das eceções acarreta a suspensão 
do processo. 
A exceção de incompetência tramita conforme as regras da CLT 
e as exceções de impedimento e suspeição de acordo com as regras 
do CPC. 
- Exceção de incompetência territorial. 
Ela é arguida em autos apartados. 
Deve ser apresentada no prazo de 05 dias a contar da 
notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a sua 
existência. 
Protocolada a petição, o processo será suspenso e a audiência 
do art. 844 da CLT NÃO será realizada. 
Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz que intimará 
o reclamante e, se houvere, os litisconsortes, para se 
manifestarem no prazo de 05 dias. 
Decidida a exceção, o processo retomará seu curso, com a 
designação da audiência, a apresentação da defesa e a instrução 
processual perante o juízo competente. 
Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, 
salvo as exceções de competência TERMINATIVAS DO FEITO. Para 
estas, NÃO caberá recurso, mas as partes podem alegar a suspeição 
ou incompetência no recurso cabível em face da decisão final. 
- Exceção de impedimento e suspeição. 
As hipóteses do art. 801 da CLT são meramente 
exemplificativos, aplicando-se, de forma subsidiária, as regras 
dos arts. 144 e 145 do CPC. 
A CLT tornou-se inaplicável quanto ao processamento das 
exceções de impedimento e suspeição. 
Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja 
consentido na pessoa do juiz, não poderá mais alegar a exceção, 
salvo sobrevindo novo motivo. 
A suspeição também NÃO será admitida se o recusante deixou 
de alegá-la anteriormente, quando já conhecia ou, depois de 
conhecida, aceitou juiz recusado, ou se de propósito procurou o 
motivo do qual se originou a suspeição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cabe ao autor o ônus da prova dos fatos CONSTITUTIVOS do seu 
direito. 
Incumbe ao réu o ônus da prova quanto à existência de fatos 
MODIFICATIVOS, IMPEDITIVOS ou EXTINTIVOS do direito do autor. 
Ao juiz é possibilitado distribuir de modo diverso o ônus da 
prova, considerando as peculiaridades do caso concreto. A 
distribuição pode ser em favor do reclamante ou do reclamado, 
devendo a decisão ser fundamentada. 
A decisão que distribui de modo diverso o onus da prova deve 
ser proferida pelo juiz ANTES da abertura da instrução, implicando 
o adiamento da audiência. 
Essa decisão NÃO pode fazer com que a desincumbência do 
encargo pela parte se torne impossível ou excessivamente difícil. 
A decisão que determinar a distribuição do ônus da prova 
deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a 
requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e 
possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito 
admitido. 
É nula a decisão que inverte o ônus probatório sem permitir 
à parte a quem ele foi atribuído desincumbir-se do mesmo. 
É ônus do empregador com mais de 10 empregados o registro da 
jornada de trabalho. 
Cada parte somente poderá arrolar 3 testemunhas, SALVO em 
caso de inquérito, em que o número poderá ser elevado a 6 
testemunhas. 
As testemunhas devem comparecer em juízo independentemente 
de notificação ou intimação. Se não comparecerem, serão intimadas, 
de ofício ou a pedido da parte. 
Em suma, NÃO será admitida a alegação de suspeição feita pelo 
recusante que: 
- Praticar ato que importe em consentimento da pessoa do juiz, 
SALVO superveniência de novo motivo; 
- Já conhecendo a suspeição, deixou de alegá-la anteriormente; 
- Já conhecia a suspeição e aceitou o juiz; 
- Não conhecia, mas depois de conhecida, aceitou o juiz; 
- Procurou, de propósito, o motivo que gerou a suspeição. 
 
PROVAS

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