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Documento de Marcelo Mathias Estágio curricular

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
MARCELO MATHIAS DE OLIVEIRARELATÓRIO DO
Estágio Curricular em Educação Física Iii: Gestão Educacional
São Carlos
2021
MARCELO MATHIAS DE OLIVEIRA
RELATÓRIO DO
Estágio Curricular em Educação Física Iii: Gestão Educacional
RELATÓRIO APRESENTADO À UNOPAR, COMO REQUISITO PARCIAL PARA O APROVEITAMENTO DA DISCIPLINA DE ESTÁGIO CURRICULAR EM EDUCAÇÃO FÍSICA III: GESTÃO EDUCACIONAL DA LICENCIATURA EDUCAÇÃO FÍSICA.
São Carlos
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................6
PLANO DE AÇÃO - SITUAÇÃO-PROBLEMA........................................7
PROPOSTA DE SOLUÇÃO..................................................................8
OBJETIVOS DO PLANO DE AÇÃO.....................................................9
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA E RECURSOS...................11
GESTÃO ESCOLAR E DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA......................12
QUAL A FUNÇÃO DO REGIMENTO NO AMBIENTE ESCOLAR?........13
QUAIS ASPECTOS SÃO CONTEMPLADOS
EM UM REGIMENTO ESCOLAR?.......................................................14
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES
DO (A) DIRETOR DA ESCOLA............................................................15
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................16
REFERÊNCIAS..................................................................................
INTRODUÇÃO
As constantes mudanças de perspectiva, o sistema de ensino compreende que os objetos do conhecimento designam uma seleção de conhecimentos, saberes e expressões, cultural e socialmente concebidos, cuja construção pelo estudante se dá com base nas relações sociais, favorecendo o seu pleno desenvolvimento. Assim, esses objetos devem estar relacionados a ações pedagógicas que “priorizem aprendizagens através da operacionalidade de linguagens visando à transformação dos conteúdos em modos de pensar, em que o que interessa, fundamentalmente, é o vivido com os outros, aproximando mundo, escola, sociedade, ciência, tecnologia, trabalho, cultura e vida” (BRASIL, 2013, p. 53). Os objetos do conhecimento se referem não só à aprendizagem de conceitos e procedimentos, mas também ao desenvolvimento de uma consciência crítica de valores e atitudes. Isso significa que o critério de gradação e adequação deles deve considerar o que o estudante sabe em relação ao conhecimento de mundo.
PLANO DE AÇÃO
Com o objetivo de garantir o desenvolvimento da aprendizagem em meio à pandemia e em diferentes aspectos, voltados ao processo de aprendizagem no qual o protagonismo e autonomia do estudante são explorados, de forma a avaliar de que maneira eles contribuem para um ensino equitativo e de qualidade. Com base nisso, destaca-se a relevância do papel ativo do sujeito diante do conteúdo a ser aprendido preconizada por Piaget, não basta apenas ter contato com o objeto de conhecimento, já que por meio de suas potencialidades e características próprias o sujeito age sobre tal objeto a fim de desenvolvê-lo e transformá-lo, atribuindo-lhe aplicação e construindo conhecimento. Tendo em vista o fato de estarem em casa e essa relação entre o estudante e o conhecimento, Piaget aborda, também, os conceitos de assimilação e acomodação. A assimilação pode ser compreendida como a incorporação de objetos da realidade a esquemas mentais preexistentes, enquanto a acomodação se refere às modificações dos esquemas de assimilação para incluir novos conhecimentos
SITUAÇÃO-PROBLEMA
A interação entre assimilação e acomodação é permanente ao longo da vida e está presente em todos os níveis de funcionamento intelectual e comportamental do aluno, e, ainda que sejam processos diferentes e opostos, na prática eles ocorrem ao mesmo tempo. O conflito cognitivo se estabelece quando o esquema mental que o indivíduo possui já não contempla as situações nas quais está inserido ou já não supre suas necessidades, como promover o ensejo para que o aluno busque o aprendizado no presente momento?
PROPOSTA DE SOLUÇÃO
O indivíduo busca novamente um equilíbrio com relação ao meio em que vive. Para se reequilibrar, o estudante aciona os mecanismos de assimilação e acomodação. Essas relações são exploradas por meio de estratégias de ensino que desafiam os estudantes, fazendo com que sejam capazes de identificar e buscar soluções para problemas propostos pelos objetos de conhecimento e aprendizagem, reiterando a participação ativa do estudante nos processos de ensino e aprendizagem.
Reconhecer que os jovens precisam aprender e vivenciar habilidades como empatia, resiliência, criatividade, argumentação e, sobretudo, ser corresponsáveis e assumir desafios. Em suma, é missão do sistema desenvolver nas estudantes habilidades cognitivas e afetivas potencializando respectivamente, a autoconsciência de que se é capaz de pensar, julgar e autocorrigir-se e o sentimento de confiança em si e nos outros, tornando-se capaz de respeitar e ser respeitado na experiência da alteridade. Essas habilidades são imprescindíveis para se constituírem artífices de seus projetos de vida.
OBJETIVOS DO PLANO DE AÇÃO
Essa relação entre o sujeito e o objeto de conhecimento e as ações decorrentes dela para que o estudante perceba seu significado vão ao encontro da teoria de Vygotsky sobre a internalização, o que constitui um fenômeno fundamental para a formação dos processos psicológicos a serem desenvolvidos por meio da interação e mediação.envolvendo problemas, projetos, favorecem nossa prática pedagógica, pois permitem que os estudantes confrontem os problemas com os quais se deparam no cotidiano e consideram significativos, determinando como aborda-los e, então, agindo de forma colaborativa em busca de soluções que em muitos casos irão contribuir para o melhoramento de aspectos da sua própria comunidade e que frequentemente não dependem apenas deles. Ouvir, comunicar, compartilhar e compreender respeitando múltiplas perspectivas e opiniões são habilidades capitais para que os estudantes tenham êxito em seus projetos de vida. Naturalidade digital: em um mundo conectado digitalmente, os estudantes precisam não só dominar recursos tecnológicos, mas também entender o que significa serem usuários e consumidores responsáveis e consumidores de tecnologia. Acredita-se no uso da tecnologia como uma ferramenta para melhorar as oportunidades de aprendizagem, acessar informações e transformá-las em conhecimento. Em um contexto digital, o uso da tecnologia acontece pronta e estrategicamente para aprender, trabalhar e jogar, comunicar-se, interagir com produtos culturais de outros grupos etc., além de propiciar atividades pedagógicas que combinem o pensamento abstrato e o fazer prático envoltos em uma dimensão lúdica, haja vista que a ludicidade é tão importante quanto qualquer outra dimensão humana, pois quando bem vivenciada, ela aumenta as capacidades de ação e de superação de obstáculos, tornando os sujeitos mais fortes e realizados. O uso de diferentes produções tecnológicas como softwares educativos, kits de robótica, games, simuladores, vídeos, objetos de realidade aumentada etc., impulsiona conversações significativas entre estudantes e professores sobre os objetos de aprendizagem que estão em jogo.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA E RECURSOS
A internalização é, assim, um conceito que se refere ao processo de desenvolvimento e aprendizagem humana como incorporação ativa da cultura, já que, para Vygotsky, a internalização é entendida como a reconstrução interna de uma operação externa e não mera cópia do que é externo ao sujeito. O uso das metodologias de ensino, numa abordagem sociointeracionista, deve promover a desestabilização do conhecimento do estudante, de maneira que ele desenvolva estratégias para aprender de forma autônoma, reconstruindo os conhecimentos, e atue como centro do processo de aprendizagem ao mesmo tempo que desenvolve umasérie de habilidades e competências que não se restringem à escola. Esse processo ocorre de forma gradativa, oportunizando a construção da aprendizagem significativa. Outra perspectiva a ser considerada na busca de proporcionar situações de ensino e aprendizagem significativas é a existência de diferentes formas de aprendizagem, tendo em vista a existência de múltiplas aptidões que influenciam na forma como se aprende. Com base nessa multiplicidade, a diversidade de metodologias e recursos a serem desenvolvidas deve ser ampliada, considerando a necessidade de proporcionar condições para o engajamento e a aprendizagem de todos.
GESTÃO ESCOLAR E DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA
A criação de um Projeto Político Pedagógico e a interação social vai ao encontro da abordagem sociointeracionista, pois entende-se que “a cultura e a interação social estão envolvidas no desenvolvimento da consciência humana” (LEFRANÇOIS, 2016, p. 254). Dessa forma, deve-se levar em consideração o contexto no qual o estudante está inserido, suas vivências e seus conhecimentos prévios, de forma a ampliar e sistematizar progressivamente essas experiências e desenvolver novas formas de ver o mundo.De acordo com a legislação de ensino brasileira, as escolas de ensino devem contribuir para a formação integral dos estudantes. Portanto, devem criar condições para que os estudantes desenvolvam suas habilidades e competências e construam conhecimento por meio de aprendizagens que lhes permitam compreender a realidade, possibilitando a continuidade progressiva de seus estudos.
QUAL A FUNÇÃO DO REGIMENTO NO AMBIENTE ESCOLAR?
A importância do conhecimento, com o objetivo de relacionar as respectivas ramificações de um mesmo componente, quando pertinente. Dessa forma, faz-se necessário criar mecanismos integradores como o Regimento Escolar que no âmbito do próprio componente auxilia para que os estudantes percebam a integração e conexão entre os diferentes assuntos e objetos de estudo abordados, mesmo tendo conhecimento das peculiaridades dessas ramificações. Para além do trabalho, é também fundamental uma reflexão sobre a visão do conhecimento. Por fim, os Regimentos no sentido de organizar têm como objetivo explicitar uma prática pedagógica direcionada a uma aprendizagem significativa. São estratégias presentes na prática do professor e, por conseguinte, nos planejamentos docentes, tendo como ponto de partida as expectativas de ensino e aprendizagem.
QUAIS ASPECTOS SÃO CONTEMPLADOS EM UM REGIMENTO ESCOLAR?
O regimento escolar propõe um trabalho interdisciplinar entre os componentes, de maneira que os estudantes e corpo docente percebam que todos os conhecimentos fazem parte de uma mesma realidade, um conjunto que foi construído pelos homens para atender a suas demandas e necessidades, embora cada campo do saber construa sua forma própria de indagar o mundo. Vivemos diante de diversas dificuldades que a escola apresenta na sociedade desde as políticas públicas implementadas até aos conflitos existentes internos.
A gestão democrática é definida com os princípios de integração do sistema/escola com a família, comunidade e sociedade, descentralização, participação democrática no processo educacional, maioria dos professores em colegiados e comissões. As situações de aprendizagem vivenciadas ao longo do processo formativo possibilitam caminhos ou soluções para os problemas apresentados, e é nesse momento que o Regimento torna-se necessário, incentivando suposições e opiniões. Faz-se necessário escolher e indicar aos aprendizes fontes para a obtenção de informações necessárias. Deve-se salientar que a análise dos saberes que os estudantes trazem para a aula pressupõe um exame crítico, uma observação, um estudo por parte do professor, antes da tomada de decisão. Essa análise deve sersubsídio para planejar ou realinhar ações. A tomada de decisão assume assim uma função reguladora.
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO (A) DIRETOR DA ESCOLA.
Nessa perspectiva é importante valorizar o Diretor como agente dessa promoção utilizando soluções que conciliem, em sua prática, tanto os desenvolvimentos tecnológicos com os quais entra em contato quanto a sua experiência com as rotinas e dinâmicas da escola. A necessidade de uma educação atualizada que valorize o conhecimento, a ação ativa dos estudantes e o protagonismo de professores e alunos diante do desafio do aprendizado valoriza uma série de saberes tais como: colaboração comunicação, criticidade e criatividade que permitem intensificar as ações pedagógicas. Entre esses saberes podemos ressaltar a capacidade de comunicação do Diretor e Coordenador para com os professores para ampliar as relações tanto com os alunos como entre os alunos. Desta maneira, as ações conjuntas desenvolvidas podem ser intensificadas. Em seu texto, Wunsch comenta que: Aos termos claro que a comunicação, a colaboração e a criatividade são fundamentais para o trabalho docente inovador, é finalmente significativo percebermos que o pensamento crítico do mesmo é, no contexto atual, um conjunto de princípios que permite ‘enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza, e modificar seu desenvolvimento, em virtude das informações adquiridas ao longo do tempo’ […]. (WUNSCH, 2017, p. 13.145) conseguir estabelecer a associação entre as ações intencionais de comunicação e colaboração relacionados por meio da criticidade do docente exige uma capacidade de criação para superar situações ainda não vivenciadas ou que, de forma imprevista, fujam do planejado. Esse contexto evidencia a relação entre as competências de comunicação, colaboração, criatividade e criticidade
No cotidiano escolar, essa concepção se concretiza quando o Diretor busca articular os conhecimentos prévios dos professores aos conhecimentos escolares, oportunizando situações em que percebam os avanços obtidos entre o que pensavam inicialmente e os novos saberes reconstruídos.
É como se no espaço em que “tudo” acontece, a escola, não fosse considerado o sujeito discente, o currículo, a formação do educador e o trabalho pedagógico, enquanto protagonistas das perspectivas de mudança da realidade através da pesquisa.
Esse percurso de aprendizagem requer diálogo entre Diretor, professores e estudantes, e entre os estudantes, admite a dúvida, a hipótese e o erro e suas reformulações, requer espaço onde a afetividade assenta-se no respeito às diferenças culturais, de ritmos de aprendizagem, de gênero, de origem social, étnico-raciais, de crenças etc., na compreensão da adolescência e das características próprias desse período da vida. No cotidiano escolar, essa concepção se concretiza quando o Diretor busca articular os conhecimentos prévios dos professores aos conhecimentos escolares, oportunizando situações em que percebam os avanços obtidos entre o que pensavam inicialmente e os novos saberes reconstruídos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Gestão Escolar organiza a prática pedagógica com base em um modelo metodológico no qual se valorizam os saberes dos estudantes e se almeja a resolução de problemas requer a adoção de atitudes que se alinhem a esse interesse. O planejamento de situações de ensino e aprendizagem, ao mesmo tempo difíceis e possíveis, exige o desenvolvimento de atividades e intervenções pedagógicas adequadas às necessidades e possibilidades de aprendizagem dos estudantes. Para tanto, o ato de planejar afigura-se imprescindível. Permeiam-no ações referentes à gestão administrativa (plano de gestão escolar), à gestão pedagógica (projeto formativo) e à gestão da sala de aula (planejamento docente). A elaboração do planejamento docente se constitui em uma atividade inerente ao trabalho docente. O ato de planejar é uma atividade intencional que busca determinar fins, o que torna presentes e explícitos valores e crenças de como se vê o homem, o que se pensa sobre a educação, o mundo, a sociedade (MASETTO, 1997, p. 76). Trata-se, portanto, de um ato político-pedagógico. O planejamentocomo instrumento voltado para o processo de ensino e aprendizagem serve de roteiro para as ações do professor e dos estudantes. Essa característica também lhe possibilita uma flexibilidade passível de adaptações e ajustes. Outro facilitador nesse processo é o registro, que, aliado à avaliação do processo, auxilia o “replanejamento” das ações – tanto por parte dos professores quanto dos estudantes.
REFERÊNCIAS
BERNADO, Elisangela da Silva.; BORDE, Amanda Moreira. PNE 2014-2024: uma reflexão sobre a meta 19 e os desafios da gestão democrática. Revista Educação e Cultura Contemporânea, v. 13, n. 33., 2016.
CERQUEIRA, Leonardo Meirelles; GONZALEZ; Wania Regina Coutinho; BERNADO, Elisangela da Silva. Política de Avaliação do Estado do Rio de Janeiro: repercussões na gestão escolar e no currículo. Práxis Educativa, Ponta Grossa, p. 676- 692, v. 11, n. 3, set./dez., 201
(NICOLESCU, 1999, p. 16).
Alves, M. M., Ribeiro, R., & Simões, F. (2013). Universal design for learning (UDL): Contributos para uma escola para todos. Tecnologias da Informação em Educação, Indagatio Didactica, 5(4), 121-146.
1BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996. Disponível em: . Acesso em: 23 mar. 2017.
2 BRASIL. Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão; Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC; SEB; DICEI, 2013. Disponível em: . Acesso em: 16 out. 2017.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394. Brasília-DF, de 20 de dezembro de 1996. disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm. Acesso em: 20/06/2013.
(MASETTO, 1997, p. 76).

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