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Parasitoses: Prevalência e Tratamento

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PARASITOSES 
EPIDEMIOLOGIA 
a. Doença mais antiga da 
humanidade; 
b. Grande preocupação de 
saúde pública; 
c. Zonas rurais e periferias; 
d. OMS: vermifugação em 
países com alta 
prevalência. 
CLASSIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS 
PARASITOSES: 
1. Helmintos: 
a. Ascaris lumbricoides; 
b. Trichuris trichiuria; 
c. Ancylostoma duodenale; 
d. Stongyloides stercorales; 
e. Taenia solium e saginata; 
f. Enterobius 
vermiculares(oxiurius); 
g. Enterobius vermiculares; 
h. Schistossoma Mansoni. 
2. Protozoários: 
a. Giardia lamblia; 
b. Entamoeba histolytica. 
FISIOPATOLOGIA 
1. DELGADO: 
a. Má absorção; 
b. Perda de peso; 
c. Diarreia aquosa; 
d. Deficiência de zinco e 
ferro = anemia. 
2. CÓLON: 
a. Dor abdominal; 
b. Sangramento; 
c. Anemia. 
3. SISTÊMICA: 
a. Febre; 
b. Hepatoesplenomegalia; 
c. Eosinofilia. 
4. PERIANAL/VAGINAL: 
a. Prurido; 
b. Corrimento. 
TRANSMISSÃO 
a. Alimentos; 
b. Água; 
c. Frutas; 
d. Hortaliças Cruas, 
contaminadas por cisto; 
e. Solo contaminado 
(ancilostomíase); 
f. Banhos em águas paradas 
(esquistossomose); 
g. Hábitos sanitários (ausência 
de banheiro, presença de 
fossa); 
h. Vetores (moscas). 
SINTOMAS 
a. Desnutrição; 
b. Comprometimento imune; 
c. Gastrointestinais; 
d. Hematológica; 
e. Respiratória; 
f. Perda de peso; 
g. Hepatoesplenomegalia; 
h. Febre; 
i. Dermatite Perianal. 
SINTOMAS ESPECÍFICOS 
a. Ascaris – semi-
oclusão/oclusão completa 
intestinal (intestino delgado); 
b. Ancylostomo – principal 
causa de anemia ferropriva 
(amarelão), tosse seca 
(duodeno e jejuno); 
c. Enterobius – prurido anal e 
vulvovaginite – ceco e reto; 
d. Trichuris – anemia, diarreia e 
prolapso retal (intestino 
grosso e ceco); 
e. Strongiloides – 
hiperinfestação em 
imunodeprimidos; dermatite 
larvária, pneumonite larvária; 
f. Schistossoma – 
comprometimento hepático, 
hipertensão portal; 
g. Taenia solium – má absorção 
intestinal (diarreia persistente) 
– duodeno e jejuno; 
h. Entamoeba histolitica – 
desinteria e colite (trofozoíto e 
cistos nas fezes). 
EXAMES 
a. Diagnóstico pode ser clínico 
e presuntivo; 
b. Parasitológico de fezes: 
 Múltiplas amostras (1 
amostra 30-50% sensibilidade, 
sobe para 60-90% se 3 
amostras); 
 Colocar na geladeira se for 
demorar para levar, pode 
colher em qualquer horário. 
 
TRATAMENTO 
 
O tratamento é feito de 
acordo com a idade da 
criança. 
Mebendazol e Albendazol, 
liberados para crianças 
acima de 2 anos. O ministério 
da saúde postulou que se 
pode fazer o uso de 
Albendazol em crianças 
menores de 2 anos, SE FOR 
UTILIZADA A METADE DA DOSE, 
ou seja, como Albendazol é 
400 mg, se faz a 
administração de 200 mg 
para crianças com menos de 
2 anos. 
Ivermectina liberada para crianças 
acima de 5 anos. 
Em caso de Enterobius (oxiuriase) 
DEVE FAZER O TRATAMENTO DA 
FAMÍLIA TODA. 
Em caso de tratamentos que são de 
terapia imunossupressora, deve-se 
fazer sempre antes de iniciar o 
tratamento imunossupressor, a 
prevenção parasitológica. 
ASCARIDÍASE 
Ascaris lumbricoides 
a. Maior prevalência no 
mundo/maior letalidade no 
Brasil; 
b. Fêmea: 30 a 40 cm; 
c. Macho: 15 a 20 cm; 
d. Transmissão: ingestão do ovo 
com larva madura, 
contaminação das mãos na 
terra, geofagia, 
contaminação de água e 
alimentos; 
e. Intestino delgado: jejuno e 
íleo (vermes maduros). 
 Alteração metabolismo 
proteico; 
 Absorção de gordura; 
 Lactase; 
 Inflamação intestinal; 
 Ação mecânica. 
f. Pulmão: pneumonite larvária, 
com febre, tosse, 
expectoração, dispnéia, 
eosinofilia periférica 
moderada ou intensa; 
g. Diagnóstico: PPF; 
h. Tratamento: 
 Albendazol (400mg > 2 
anos/ 200mg < 2 anos) VO, 
dose única; 
 Mebendazol (100mg) VO, 1 
x/dia, por 3 dias; 
 Ivermectina (150-200 
mcg/kg) VO, dose única; 
 Pamoato de pirantel 
(11mg/kg) máximo 1 g, VO, 1 
x/dia por 3 dias; 
 Nitazoxanida - Anita (7,5 
mg/kg/dose) máximo 500 
mg, 2x/dia por 3 dias. 
i. Bolo de Ascaris: SNG + óleo 
mineral (lubrifica) + 
piperazina (paralisa o Ascaris) 
+ cirurgia. 
ANCILOSTOMÍASE/NECATORIASE 
Necator americanos; 
ancylostoma duodenale; 
a. Vive no intestino de 1 a 10 
anos. Pode haver infestação 
direta, sem ciclo pulmonar; 
b. Local da infecção: 
principalmente o duodeno e 
jejuno, onde se fixam pela 
cápsula bucal; 
c. Quadro clínico: 
 Dermatite Larvária; 
 Pneumonite larvária; 
 Tosse seca; 
 Astenia; 
 Febre baixa; 
 Dermatite; 
 Ulcerações intestinais; 
 Diarreia ou disenteria; 
 Vômitos; 
 Alterações do apetite; 
 Anorexia; 
 Perversão do apetite 
(vontade de comer terra); 
 Palidez; 
 Anemia; 
 Tontura; 
 Déficit pondoroestatural. 
d. Diagnóstico: PF e EDA (em 
casos crônicos e com lesão 
intestinal); 
e. Tratamento: 
 Albendazol (400mg) VO, 
em maiores de 2 anos; (200 
mg) em menores de 2 anos; 
 Mebendazol (100mg) VO, 
1x/dia por 3 dias; 
 Pamoato de pirantel 
(11mg/kg) máximo 1g, VO, 
1x/dia por 3 dias; 
 Nitazoxanida (7,5 
mg/kg/dose) máximo 500mg, 
2 x/dia por 3 dias. 
 
ESTRONGILOIDÍASE 
 
Strongyloides stercoralis 
 
a. Causa doença grave em 
indivíduos 
imunossuprimidos. 
b. Pode cursar com 
autoinfecção e invasão 
maciça do hospedeiro; 
c. Manifestações clínicas 
dependem da carga 
parasitária, estado 
nutricional, sensibilidade 
imunológica e fase de 
migração do verme no 
hospedeiro; 
d. Quadro clínico: 
 Assintomática, 
oligossintomática ou 
forma grave; 
 Dermatite larvária: pés, 
mãos, nádegas ou região 
anogenital; 
 Pneumonite larvária: 
dispneia, tosse, febre e 
eosinofilia; 
 Síndrome da má 
absorção: diarreia 
secretora ou esteatorreia 
e desnutrição proteico-
energética; 
 Vermes localizados nas 
criptas do intestino 
delgado proximal: 
anorexia, náuseas, 
vômitos, distensão 
abdominal, dor em cólica 
ou queimação. 
e. Diagnóstico: PF seriado; 
f. Tratamento: 
 Ivermectina 
(200mcg/kg) VO, por 2 
dias. Na hiperinfecção 
deve se prolongar para 7-
24 dias após a depuração 
do parasita ou repetições 
podem ser necessárias. 
 Albendazol (400mg), 
VO, 2x/dia, 10 -14 dias. Na 
hiperinfecção associar a 
Ivermectina; 
 Tiabendazol (25mg/kg) 
VO, 2 x/dia por 3 dias; 
 Nitazoxanida (7,5 
mg/kg/dose) máximo de 
500 mg, 2x/dia por 3 dias. 
 
TENÍASE 
Taenia solium e Taenia 
saginata 
a. Homem como hospedeiro 
definitivo; 
b. Mais incidência no Sul e 
Sudeste do Brasil; 
c. Ciclo biológico; 
d. Quadro clínico: 
Assintomático; 
 Fadiga, irritação, 
cefaleia, tontura, bulimia, 
anorexia, náuseas, 
vômitos, dor abdominal 
(“dor da fome”), perda de 
peso, diarreia e/ou 
constipação, urticária, 
eosinofilia moderada ou 
intensa. 
e. T. solium: homem é o 
hospedeiro intermediário 
e se contamina através 
da ingestão de ovos do 
meio externo ou pela 
autoinfecção (na qual as 
proglotes refluem ao 
estômago e liberam os 
ovos e estes liberam o 
embrião), tendo 
migração por via 
circulatória até os tecidos. 
 Neurocisticercose; 
f. Diagnóstico: ovos e 
proglótides nas fezes por 
microscopia; 
g. Tratamento: 
 Praziquantel (teníase 
ativa) 5 – 10 mg/kg por via 
oral em dose única; 
 Niclosamida. 
 
ENTEROBÍASE OU OXIURÍASE 
 
Enterobius vermicularis ou 
Oxyurus vermicularis 
 
a. Ocorre em países 
desenvolvidos e é a 
helmintíase de maior 
prevalência; 
b. Locais de infestação: 
ceco e reto; 
c. Quadro clínico: 
 Inflamação superficial 
da mucosa colônica: 
náuseas, cólica 
abdominal, tenesmo; 
 Prurido anal (presença 
de fêmeas a noite). 
d. Diagnóstico: 
 Ovos de oxiúros 
(método da fita, amostras 
de unha); 
 Vermes em região 
perianal; 
e. Tratamento: 
 Albendazol (400 mg) 
VO, dose única, repetir em 
2 semanas; 
 Mebendazol (100mg) 
VO, dose única, repetir em 
2 semanas; 
 Pamoato de pirantel (11 
mg/kg) máximo 1 g, VO, 
1x/dia por 3dias; 
 Nitazoxanida (7,5 
mg/kg/dose) máximo 500 
mg, 2x/dia por 3 dias. 
AMEBÍASE 
Entamoeba histolytica 
a. Patogênica e invasiva, capaz 
de causar diversas síndromes 
clínicas graves; 
b. E. díspar: baixa virulência e 
não invasiva, responsável por 
90% dos casos; 
c. Parasitose mais identificada 
nos EUA; 
 Assintomática; 
 Intestinal: 
 - Colite não 
desinterica; 
 - Colite desinterica; 
 - Colite neccrosante; 
 - Ameboma; 
 Extra intestinal (adultos). 
d. Diagnóstico: 
 Identificação de trofozoítos 
ou cistos nas FEZES; 
 Testes imunológicos. 
e. Tratamento: 
 Paciente assintomático 
com excreção de cistos 
(infecções intraluminais) – 
TECLOSAN OU ETOFAMIDA; 
 Colite invasiva com 
síndromes leves a moderadas 
ou graves ou doença 
extraintestinal – Amebicina 
tissular (METRONIDAZOL, 
TINIDAZOL, SECNIDAZOL), 
seguido por um amebicida 
intraluminal (TECLOSAN ou 
ETOFAMIDA). 
GIARDÍASE 
Giardia duodenalis, Giardia lamblia 
a. Pré-escolares e escolares; 
b. Distribuição cosmopolita; 
c. Localização preferida: 
duodeno e jejuno; 
d. Assintomática; 
e. Sintomas dispépticos gerais, 
como náuseas, vômitos, 
distensão abdominal alta, dor 
abdominal difusa ou 
epigástrica, flatulência e 
anorexia, ou pode manifestar 
uma síndrome de má 
absorção; 
f. Diagnóstico: 
 Teste imunoenzimático 
específicos (ELISA) e de 
imunofluorescência direta 
(IFD) nas fezes; 
g. Tratamento: 
 Metronidazol (15 
mg/kg/dia, 3x/dia, por 5 a 7 
dias; 
 Albendazol (400 mg/dia), 5 
dias; 
 Tinidazol > 3 anos, 50 
mg/kg, dose única; 
 Secnidazol (30mg/kg, dose 
única; 
 Nitazoxanida >1 ano, 7,5 
mg/kg/dose, 2x/dia por 3 
dias. 
 
DERMATOZOONOSE – 
ECTOPARASITOSES 
 
a. São doenças de pele 
transmitidas por parasitas; 
b. Sobrevivem fora dos 
hospedeiros; 
c. Necessitam de contato; 
d. 2/3 populações urbana e 
carente; 
e. Ocorrem em todas as 
idades; 
f. Podem ocorrer 
complicações. 
ESCABIOSE 
Sarcoptes scabiei var.hominis 
a. Macho se aloja na 
epiderme, fecunda a 
fêmea e morre; 
b. Fêmea penetra na 
epiderme e cava um 
túnel; 
c. Fêmea deposita os ovos a 
noite e morre em 10 dias; 
d. Transmissão contato 
interpessoal prolongado; 
e. Roupas e objetos 
contaminados; 
f. Sintomas: 
 Prurido (noturno); 
 Lesões cutâneas 
características; 
 Lesões entre os dedos 
(nas crianças maiores); 
 Eczema atópico (nas 
crianças menores) – 
vesícula palma da mão e 
pés. 
g. Tratamento: 
 Deve tratar todos os 
contactantes, trocar, 
lavar e ferver todas as 
roupas de cama; 
 Permetrina (loção 5%), 
monossulfiran, benzoato 
de benzila; 
 Ivermectina (>5 anos); 
Prurido pode persistir por 2 
a 4 semanas após o 
tratamento eficaz. 
PEDICULOSE (piolho) 
Pediculus humanus capitis 
a. Insetos que se alimentam de 
sangue; 
b. Ciclo de vida 4-8 semanas; 
c. As fêmeas colocam 160 ovos; 
 Estas se aderem 
firmemente ao couro 
cabeludo; 
d. Transmissão por contato 
direto; 
e. O quadro clínico típico é do 
prurido e de lesões 
eczematizadas, ferimentos; 
f. Diagnóstico: presença de 
lêndeas ou piolho no couro 
cabeludo e cabelo; 
g. Tratamento: 
 Shampoo > permetrina; 
 Pente fino para retirada de 
lêndeas; 
 Medicação oral > 
Ivermectina. 
O Shampoo de permetrina é 
diferente da loção de permetrina, a 
loção é utilizada em Escabiose e o 
shampoo em Pediculose. 
TUNGIASE (bicho de pé) 
Tunga penetrans 
a. Pulga que habita o solo; 
b. Transmissão dada em solo 
contaminado; 
c. Lesão amarelada em local 
de penetração; 
d. Ponto escuro no meio; 
e. Dor e prurido; 
f. Tratamento: 
 Remoção mecânica 
(localizada); 
 Ivermectina (disseminada).

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