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PETIÇÃO Trabalhista

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EXCELENTÍSSMO (a) SENHOR (a) DOUTOR (a) JUIZ (a) DA ______ VARA DO TRABALHO DE ________/____
MIGUEL BORJA, brasileiro, ESTADO CIVIL, PROFISSÃO, inscrito) no CPF sob nº. XXX.XXX.XXX-XX, e no RG nº. XXXXXXXXXX, domiciliado e residente à Rua XXXXXXXXXXXXXXX, nº. XXX, Bairro XXXXXXX, na cidade de XXXXXXXXXXXX–XX, vem perante Vossa Excelência, por suas procuradoras, em instrumento de mandato anexo, propor a presente
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
Em face de EMPRESA PALMEIRAS FOGOS DE ARTIFÍCIO LTDA., pessoa jurídica de direito privado, com sede à XXXXXXXX, nº XXX, Bairro XXXXX, CEP.: XX.XXX-XXX, na cidade de Folgados–MA, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DA SÍNTESE DO CONTRATO DE TRABALHO
O Autor foi contratado pela reclamada em 02/03/2008.
Percebia mensalmente o importe de R$ 1.200,00.
Foi despedido por justa causa em 24/08/2018.
Ocorre que muitos de seus direitos não eram observados pelo reclamado, razão pela qual propõe a presente relação trabalhista.
II – DOS DIREITOS
1. Das Ferias
O Reclamante alega que o reclamado o obrigava a vender 2/3 de suas férias. 
De acordo com o art. 143 da CLT, “é facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes”. 
Posto isso, fica claro que o empregador não dava ao empregado a oportunidade de gozar suas férias conforme previsão legal, inclusive o compelindo a dispor dos 2/3 (dois terços) que lhes são assegurados ao invés de 1/3 (um terço), conforme exposto. 
A esse propósito, vale mencionar a decisão do TST da 3º Turma - GMAAB/obc/ct/smf
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. ABONO PECUNIÁRIO. CONCESSÃO SEM O REQUERIMENTO DO EMPREGADO. O e. Tribunal Regional indeferiu o pedido de indenização pela não concessão do período integral de férias, mesmo reconhecendo que não houve requerimento do empregado de abono pecuniário. Dessa forma, para prevenir eventual ofensa ao art. 143, § 1º, da CLT, considero prudente dar provimento ao agravo de instrumento para melhor análise do tema. Agravo de instrumento provido.
RECURSO DE REVISTA. ABONO PECUNIÁRIO. CONCESSÃO SEM O REQUERIMENTO DO EMPREGADO. Mostra-se evidente a vulneração do art. 143, § 1º, da CLT, uma vez que a empresa concedeu apenas parte do descanso anual do empregado, pagando o abono pecuniário, sem que houvesse requerimento da parte nesse sentido. Recurso de revista conhecido por violação do art. 143 da CLT e provido.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n° TST-RR-542-30.2010.5.04.0002, em que é Recorrente ALAN CALLEGARO DE ALMEIDA e Recorrida KRAFT FOODS BRASIL LTDA.
Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo empregado contra o r. despacho por meio do qual a Presidência do Tribunal Regional do Trabalho negou seguimento ao seu recurso de revista. Sustenta que o aludido despacho deve ser modificado para possibilitar o trânsito respectivo.
Foram apresentadas contrarrazões ao recurso de revista, sendo dispensada, na forma regimental, sendo dispensada a manifestação do d. Ministério Público do Trabalho na forma regimental.
É o relatório.
V O T O
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO
- CONHECIMENTO
O agravo de instrumento é tempestivo (fls. 940 e 944). A parte está regularmente representada (fl. 32 e 66). Dispensado o preparo (fl. 680). Conheço.
- MÉRITO
- ABONO PECUNIÁRIO - CONCESSÃO SEM O REQUERIMENTO DO EMPREGADO
A Presidência do Tribunal Regional do Trabalho negou seguimento ao recurso de revista interposto pelo autor aos seguintes fundamentos:
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
Férias.
Alegação(ões):
- violação do(s) art(s). 143, § 1º, da CLT.
- divergência jurisprudencial.
A Turma ratificou o juízo de improcedência quanto à pretensão relativa a férias. Fundamentou no sentido de que, ‘O reclamante busca a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por não permitir o gozo do período de 30 dias de férias. Alega que a reclamada o sujeitava a fruir somente 20 dias de férias, independentemente de sua vontade. Assevera que os documentos trazidos aos autos pela recorrida tem a opção de ‘20 dias de férias + 10 abono’ pré-assinalada, não podendo ser confundido com requerimento de conversão de férias em abono pecuniário. Os documentos referentes aos períodos de férias dos anos de 2007 e 2008 constam às fls. 80-3. As férias relativas ao ano de 2007 apresentam opção pelo gozo de 20 dias e abono pecuniário, enquanto o período de férias referente ao ano de 2008 foi integralmente usufruído. Negada pela reclamada a prática alegada pelo reclamante e comprovada a concessão regular de férias, cumpria ao reclamante o ônus probatório das suas alegações, a teor do disposto nos arts. 333, II, do CPC e 818 da CLT, ônus este que, pela análise da prova, não se desincumbiu. Conforme mencionado acima, o reclamante não usufruiu o período integral de férias somente no ano de 2007. A mera pré-assinalação do documento da fls. 83 (aviso de saída de férias) no campo ‘opções com abono pecuniário’ não é suficiente para configurar a coerção patronal para a não fruição do período integral de férias. Sinalo que o documento da fl. 81 também encontra-se pré assinalado na opção 30 dias de férias, e nem por isso foi impugnado pelo reclamante. Cumpria ao reclamante, portanto, constituir prova do alegado. Sinalo, por fim, que os fatos deduzidos na inicial, no que diz respeito à venda irregular de férias, sequer foram objeto de produção de prova oral.’
Negou provimento aos embargos de declaração: ‘Inexiste a alegada omissão. Tanto a questão dos documentos referentes aos períodos de férias do contrato quanto a questão referente ao ônus probatório foram expressamente mencionadas na decisão, conforme consta à fl. 447 verso: (...) Houve expressa manifestação acerca dos pontos suscitados como omissos, cumprindo, portanto, negar provimento aos embargos declaratórios do reclamante.’ (Relator: Marçal H. S. Figueiredo).
Não detecto violação literal ao dispositivo de lei invocado, circunstância que obsta a admissão do recurso pelo critério previsto na alínea ‘c’ do art. 896 da CLT.
A reprodução de aresto que provém de órgão julgador não mencionado na alínea ‘a’ do art. 896 da CLT não serve ao confronto de teses.
CONCLUSÃO
Nego seguimento. (fls. 938 – 939).
Na minuta de agravo de instrumento a parte alega que houve ofensa ao art. 143, § 2º, da CLT, aduzindo que "trata-se de completa inversão da previsão legal, eis que sendo faculdade da parte reclamante a venda de parte das suas férias, no mínimo, deve haver a comprovação de que foi solicitado pela parte reclamante e não o contrário". 
O e. Tribunal Regional indeferiu o pedido de indenização pela não concessão do período integral de férias, mesmo reconhecendo que não houve requerimento do empregado de abono pecuniário. Essa decisão parece violar a literalidade do art. 143 da CLT, que reconhece o direito de conversão de parte das férias em dinheiro desde que solicitado pelo empregado. Dessa forma, para prevenir eventual ofensa ao art. 143 § 1º da CLT, considero prudente dar provimento ao agravo de instrumento para melhor análise do tema.
Em face do exposto, DOU PROVIMENTO ao agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de revista.
II – RECURSO DE REVISTA
O recurso de revista é tempestivo (fls. 920 e 924). A parte está regularmente representada (fls. 32 e 66). Dispensado o preparo (fl. 680), pelo que passo à análise dos pressupostos específicos do recurso.
- CONHECIMENTO
- ABONO PECUNIÁRIO - CONCESSÃO SEM O REQUERIMENTO DO EMPREGADO
O Tribunal Regional manteve a sentença em que se indeferira o pagamento de indenização pela não concessão de férias integrais ao empregado. Decidiu nos seguintes termos:
"O reclamante busca a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por não permitir o gozo do período de 30 dias de férias. Alega que a reclamada o sujeitava a fruir somente 20 dias de férias, independentemente de sua vontade. Assevera que os documentos trazidos aos autos pela recorrida tem a opção de ‘20 dias de férias+ 10 abono’ pré-assinalada, não podendo ser confundido com requerimento de conversão de férias em abono pecuniário. Os documentos referentes aos períodos de férias dos anos de 2007 e 2008 constam às fls. 80-3. As férias relativas ao ano de 2007 apresentam opção pelo gozo de 20 dias e abono pecuniário, enquanto o período de férias referente ao ano de 2008 foi integralmente usufruído. Negada pela reclamada a prática alegada pelo reclamante e comprovada a concessão regular de férias, cumpria ao reclamante o ônus probatório das suas alegações, a teor do disposto nos arts. 333, II, do CPC e 818 da CLT, ônus este que, pela análise da prova, não se desincumbiu. Conforme mencionado acima, o reclamante não usufruiu o período integral de férias somente no ano de 2007. A mera pré assinalação do documento da fls. 83 (aviso de saída de férias) no campo ‘opções com abono pecuniário’ não é suficiente para configurar a coerção patronal para a não fruição do período integral de férias. Sinalo que o documento da fl. 81 também encontra-se pré assinalado na opção 30 dias de férias, e nem por isso foi impugnado pelo reclamante. Cumpria ao reclamante, portanto, constituir prova do alegado. Sinalo, por fim, que os fatos deduzidos na inicial, no que diz respeito à venda irregular de férias, sequer foram objeto de produção de prova oral." (fls. 895 – 896).
O art. 130 da CLT assegura o direito à fruição máxima de 30 dias de férias por ano. O art. 143, § 1º, do mesmo diploma legal assegura ao empregado o direito de requerer a conversão de 10 dias de férias em abono pecuniário. O referido dispositivo é taxativo ao dizer que o benefício deve ser solicitado pelo empregado. 
O requerimento a que alude o citado § 1º, informa ao empregador a pretensão do empregado de fazer a conversão de dias de descanso em dias de trabalho, oportunizando o empregador de planejar o pagamento do benefício. Tal medida assegura que a conversão de 10 dias das férias em abono pecuniário ocorra por iniciativa e por vontade do empregado, e não por imposição do empregador, ainda que velada. 
Segundo a jurisprudência desta Corte, mostra-se ilegal a concessão de abono pecuniário sem o requerimento do empregado.
Nesse sentido transcrevo os seguintes precedentes: 
"FÉRIAS - PAGAMENTO DE DEZ DIAS DE FORMA SIMPLES. A conversão de 1/3 das férias em abono pecuniário deve ocorrer por iniciativa e por vontade do empregado, e não por imposição do empregador, ainda que velada (parágrafo 1º do art. 143 da CLT). Precedentes. Assim, não demonstrada a violação dos arts. 5º, II, da CF/88 e 143 da CLT". (RR - 85400-75.2009.5.03.0060, Relator Ministro Emmanoel Pereira, 5ª Turma, DEJT 03/02/2012). 
"CONVERSÃO DE 1/3 DO PERÍODO DAS FÉRIAS EM ABONO PECUNIÁRIO. REQUERIMENTO DO EMPREGADO. ART. 143, § 1º, DA CLT. NECESSIDADE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. PAGAMENTO EM DOBRO DO ABONO. O § 1º do art. 143 da CLT determina que a conversão de 1/3 do período das férias em abono pecuniário deve ser requerida pelo empregado. O citado requerimento tem como principal objetivo assegurar que a conversão em apreço ocorreu por iniciativa e por vontade do empregado, e não por imposição - ainda que velada - do empregador, tendo essa previsão, portanto, caráter protetivo. Assim, a conversão de 1/3 das férias em pecúnia, sem a comprovação de que tenha havido o correspondente requerimento do empregado para tanto, caracteriza a concessão irregular das férias, em face da inobservância do requisito exigido pela lei que rege a matéria e que tem o objetivo de proteger o empregado, impondo, dessa forma, o pagamento em dobro do abono pecuniário a que alude o art. 143 da CLT". (RR-77100-18.2007.5.04.0012, Relator Ministro João Batista Brito Pereira, 5ª Turma, DEJT 23/09/2011).
"FÉRIAS - PAGAMENTO EM DOBRO - CONVERSÃO EM PECÚNIA SEM AUTORIZAÇÃO. Conforme infere-se da decisão recorrida e da sentença, a reclamada converteu parte das férias do reclamante em abono pecuniário sem a autorização expressa inscrita no art. 143, § 1º, da CLT, não permitindo a opção por gozo dos 30 dias de férias. No caso das férias, a legislação confere tal direito aos trabalhadores, sendo que o empregador tem a obrigação de concedê-las e fiscalizar o seu cumprimento. Trata-se de direito irrenunciável, decorrente de norma de ordem pública, não podendo o empregador criar obstáculo ao seu gozo. Assim, a reclamada, ao impor a redução do período de férias do autor, ainda que convertido o período restante em abono pecuniário, subtrai uma faculdade do empregado, infringindo, portanto, o art. 143 da CLT e, consequentemente, frustrando o objetivo da norma, que é o de restituir ao trabalhador as energias gastas e permitir o retorno ao trabalho em melhores condições físicas e psíquicas. Assim, a consequência para tal ilegalidade é o pagamento em dobro do período, nos termos do art. 137 da CLT, que se encontra ileso. Recurso de revista não conhecido". (RR-37913/2002-900-04-00.3, Relator Ministro Vieira de Melo Filho, 1ª Turma, DEJT-22/05/2009).
"FÉRIAS NÃO GOZADAS. CONVERSÃO EM ABONO PECUNIÁRIO. ARTIGO 143 DA CLT". 1. O artigo 143 da CLT faculta ao empregado a conversão de um terço do período de férias em abono pecuniário. Restando consignado que a Reclamada não concedeu o período de gozo, não houve oportunidade de o Reclamante manifestar-se pela conversão, o que torna imperativo o pagamento conforme determinado pelo Tribunal Regional. 2. A adoção de entendimento contrário subverteria o dispositivo em comento, pois suplantaria o direito de opção do trabalhador, essencial para a ocorrência da conversão. Recurso de Revista não conhecido" (RR-1.394/2002-034-15-00.9, Relator Ministro Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, 8ª Turma, DEJT-17/10/2008).
Assim, a atitude do empregador de converter 10 dias de férias em pecúnia sem o prévio requerimento do empregado viola o art. 143, § 1º, da CLT.
Diante do exposto, conheço do recurso de revista por ofensa ao art. 143, § 1º, da CLT.
DOU PROVIMENTO, portanto, ao recurso de revista para deferir o pagamento em dobro, acrescido de 1/3, das férias do ano de 2007 em que houve a conversão de 10 dias de férias em pecúnia, sem a solicitação do empregado, conforme aplicação dos arts. 137 e 143 da CLT.
ISTO POSTO
ACORDAM os Ministros da Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade, dar provimento ao agravo de instrumento. Conhecer do recurso de revista por violação do art. 143, § 1º, da CLT e, no mérito, dar-lhe provimento para deferir o pagamento, em dobro, de 10 dias das férias do ano de 2007, acrescido de 1/3. Custas inalteradas.
Brasília, 16 de Outubro de 2013
 2 – Da Insalubridade
 
O Reclamante no desempenho das suas atividades laborais ficava exposto a riscos de explosão, bem como a ruídos intermitentes. Durante a relação laboral o Reclamante não recebeu o adicional condizente aos perigos expostos. Sabendo-se que se deve escolher por um adicional, escolhe-se o de insalubridade. Sendo evidentemente devido, em grau máximo, ante a exposição a agentes insalubres, de acordo com o art. 192 da CLT, e conforme legislação vigente da Portaria do Ministério do Trabalho nº 3.214 de 8 de junho de 1978, em sua NR nº 13.
3 – Indenização por danos morais
O Reclamante foi demitido por justa causa devido a discordância em cumprir as 4 horas extras impostas pelo Reclamado. No entanto, o Reclamante tem estabilidade de serviço, pois foi admitido em 02/03/2008 e demitido em 24/08/2018, somando-se um período de dez anos e cinco meses. Sendo, assim, conforme o art. 492 da CLT: “O empregado que contar mais de dez anos de serviço na mesma empresa não poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstancias de força maior, devidamente comprovada”. Também, ficando evidente que o motivo da demissão do reclamante é impertinente aos expostos nos art. 482 da CLT, pois a justa causa se deu pelo fato do mesmo não querer cumprir a carga horaria de 04 horas extras imposta pelo Reclamado, indo em desacordo com o art. 59 da CLT que diz que a fração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras,em números não excedentes de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Sendo assim, conforme o art 483, alíneas a e d, parágrafo 1º da CLT o empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização.
4. Da Gratuidade da Justiça
Nos termos do artigo 5º, LXXIV da Carta Magna, àqueles que comprovarem a insuficiência de recursos terá assistência jurídica integral e gratuita.
Neste sentido dispõe o artigo 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, bem como dispõe o artigo 99 § 4º do mesmo Diploma Legal que “a assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça”.
Pode-se observar, também pelo todo já dito no decorrer da presente peça, que o Reclamante não possui emprego atualmente, o que deixa indubitável a impossibilidade de arcar com as despesas processuais aqui demandadas.
Requer o Autor, ante o aqui esposado, seja julgado procedente o pedido de Gratuidade da Justiça, abstendo-o de toda e qualquer despesa advinda desta lide, nos termos dos artigos supracitados.
5. Dos Honorários Advocatícios
Segundo declaração acostada à presente, há de constatar que a Reclamante é hipossuficiente na acepção financeira, de modo a não possuir condições de arcar com as custas processuais, e, menos ainda, com a remuneração dos serviços prestados pelo seu patrono em defesa dos seus interesses.
Requer, pois, a condenação da Reclamada em honorários sucumbenciais no percentual de 15% sobre o valor bruto total resultante desta demanda, como medida apta a custear o trabalho advocatício.
III- DOS PEDIDOS
Ex positis, requer a Vossa Excelência a condenação do Reclamado:
a) ao pagamento do adicional de insalubridade, no seu grau máximo, se assim for verificado, equivalente ao valor de R$ 38.668,80 (trinta e oito mil seiscentos e sessenta e oito reais e oitenta centavos), ou ao pagamento do adicional de periculosidade no valor de R$ 24.960,00 (vinte e quatro mil novecentos e sessenta reais) conforme cálculos efetuados e descritos na folha nº 11, tabelas nº 01 e 02 respectivamente.-
b) ao pagamento das férias no valor R$ 15.040,50 (quinze mil quarenta reais e cinquenta centavos, considerando o valor com o adicional de insalubridade) ou no valor de R$ 24.960,00 (vinte e quatro mil novecentos e sessenta reais, considerando o valor com o adicional de periculosidade) conforme cálculos efetuados e descritos na folha de nº 12, tabela nº 03.-
c) considerando o caráter punitivo e pedagógico que deve ter a indenização por danos morais, requer seja fixada no montante equivalente a 10 vezes o valor da última remuneração do Autor no valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais).
d) ao pagamento do Aviso Prévio, 13º salário, Férias Proporcionais + 1/3, Saque do FGTS, Multa de 40% sobre o FGTS, já que a demissão por justa causa não se configura.
Por fim, requer ainda:
a) a realização de perícia técnica para apuração do grau de insalubridade a ser pago à Reclamante;
b) incidência de juros e correção monetária até a data do efetivo pagamento;
c) a notificação da Reclamada para apresentar defesa, se quiser, sob pena de revelia e confissão;
d) a concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, por tratar-se o Reclamante de pessoa pobre nos termos da lei, não possuindo condições financeiras de arcar com os custos da presente ação sem prejuízo de sua subsistência e de sua família;
e) a condenação da Reclamada ao pagamento de custas judiciais e honorários advocatícios de 15% sobre o valor bruto da condenação;
f) a produção de todas as provas em direito admitidas, como documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial.
Atribui à causa, aproximadamente, o valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).-
Termos em que pedem e esperam deferimento.
XXXXXX/XX, XX de ___________ de 20XX.
_________________________________________
Andréa Cristina Fascioni Ferraz – OAB: 228.961/SP
_________________________________________
Karin Francine Silva Ortega - OAB nº 226.742/sp
_________________________________________
Rosana Carvalho de Jesus – OAB nº 229.082/SP
PROCURAÇÃO AD-JUDICIA ET EXTRA
OUTORGANTE: MIGUEL BORJA, brasileiro, ESTADO CIVIL, PROFISSÃO, inscrito) no CPF sob nº. XXX.XXX.XXX-XX, e no RG nº. XXXXXXXXXX, domiciliado e residente à Rua XXXXXXXXXXXXXXX, nº. XXX, Bairro XXXXXXX, na cidade de XXXXXXXXXXXX–XX, ESTADO DE XXXXXX.
	
OUTORGADAS: Andréa Cristina Fascioni Ferraz – OAB/SP nº 228.961; Karin Francine Silva Ortega – OAB/SP nº 226.742; Rosana Carvalho de Jesus – OAB/SP nº 229.082; todas estabelecidos na Rua Mandaguaris, nº 1010, Centro, CEP: 17.600-575, na cidade e comarca de Tupã/SP, com endereço eletrônico: g3fadap.adv.@terra.com.br.
PODERES : Por este instrumento de mandato, o outorgante nomeia e constitui suas procuradoras, as profissionais acima nomeadas, a quem confere poderes
para o foro em geral, com cláusula “ad judicia e extra”, em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, podendo propor contra quem de direito, as ações competentes e defendê-lo nas contrárias, seguindo umas e outras até final decisão, usando dos recursos legais e acompanhando-os, conferindo-lhes, ainda, poderes especiais para confessar, desistir, renunciar, transigir, receber e dar quitação, além de todos os poderes, sem exclusão de qualquer um, inclusive para representação extrajudicial e administrativa, perante órgãos públicos, agindo em conjunto ou separadamente, dando tudo de bom, firme e valioso.
XXXXXX, 23 de Abril de 2020.-
________________________________________
Tabela nº 01 
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
	VIGÊNCIA
	VLR MENSAL
	VLR DIÁRIO
	VLR HORA
	NORMA LEGAL
	D.O.U
	TOTAL MENSAL +INSALUB.
	TOTAL ANUAL +INSALUB
	01.01.2018
	R$ 954,00
	R$ 31,80
	R$ 4,34
	Dec. 9.255/2017
	29.12.2017
	R$381,60
	R$4.579,20
	01.01.2017
	R$ 937,00
	R$ 31,23
	R$ 4,26
	Dec. 8.948/2016
	30.12.2016
	R$374,80
	R$4.497,60
	01.01.2016
	R$ 880,00
	R$ 29,33
	R$ 4,00
	Dec. 8.618/2015
	30.12.2015
	R$352,00
	R$4.224,00
	01.01.2015
	R$ 788,00
	R$ 26,27
	R$ 3,58
	Dec. 8.381/2014
	30.12.2014
	R$315,20
	R$3.782,40
	01.01.2014
	R$ 724,00
	R$ 24,13
	R$ 3,29
	Dec. 8.166/2013
	24.12.2013
	R$289,60
	R$3.475,20
	01.01.2013
	R$ 678,00
	R$ 22,60
	R$ 3,08
	Dec. 7.872/2012
	26.12.2012
	R$271,20
	R$3.254,40
	01.01.2012
	R$ 622,00
	R$ 20,73
	R$ 2,83
	Dec. 7.655/2011
	26.12.2011
	R$248,00
	R$2.976,00
	01.03.2011
	R$ 545,00
	R$ 18,17
	R$ 2,48
	Lei 12.382/2011
	28.02.2011
	R$218,00
	R$2.616,00
	01.01.2011
	R$ 540,00
	R$ 18,00
	R$ 2,45
	MP 516/2010
	31.12.2010
	R$216,00
	R$2.592,00
	01.01.2010
	R$ 510,00
	R$ 17,00
	R$ 2,32
	Lei 12.255/2010
	16.06.2010
	R$204,00
	R$2.448,00
	01.02.2009
	R$ 465,00
	R$ 15,50
	R$ 2,11
	Lei 11.944/2009
	29.05.2009
	R$186,00
	R$2.232,00
	01.03.2008
	R$ 415,00
	R$ 13,83
	R$ 1,88
	
	
	R$166,00
	R$1.992,00
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	TOTAL
	R$ 38.668,80
Tabela nº 02
FÉRIAS DEVIDAS CONSIDERANDO O ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
	VIGÊNCIA 
	VALOR MENSAL
	TOTAL MENSAL +
ADIC.INSALUB. 40%
	TOTAL......
	2/3 FÉRIAS
	DOBRO COMPUTADO
	01.01.2018
	R$ 954,00
	R$381,60
	R$ 1.335,60
	R$ 890,40
	1.780,80
	01.01.2017
	R$ 937,00
	R$374,80
	R$ 1.311,80
	R$ 874,53
	1.749,06
	01.01.2016
	R$ 880,00
	R$352,00
	R$ 1.232,00
	R$ 821,33
	1.642,66
	01.01.2015
	R$ 788,00
	R$315,20
	R$ 1.103,20
	R$ 735,46
	1.470,93
	01.01.2014
	R$ 724,00
	R$289,60
	R$ 1.013,60
	R$ 675,73
	1.351,46
	01.01.2013
	R$ 678,00
	R$271,20
	R$ 949,20
	R$ 632,80
	1.265,60
	01.01.2012
	R$ 622,00
	R$248,00
	R$ 870,00
	R$ 580,00
	1.160,00
	01.03.2011
	R$ 545,00
	R$218,00
	R$ 763,00
	R$ 598,66
	1.017,33
	01.01.2011
	R$ 540,00
	R$216,00
	R$ 756,00
	R$ 504,00
	1.008,00
	01.01.2010
	R$ 510,00
	R$204,00
	R$ 714,00
	R$ 476,00
	 952,00
	01.02.2009
	R$ 465,00
	R$186,00
	R$ 651,00
	R$ 434,00
	 868,00
	01.03.2008
	R$ 415,00
	R$166,00
	R$ 581,00
	R$ 387,33
	774,66
	
	
	
	
	.
TOTAL
	
R$ 15.040,50
Tabela nº 03
FÉRIAS DEVIDAS CONSIDERANDO O ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
	VIGÊNCIA
	VALOR MENSAL 
	TOTAL MENS. + 
ADIC. PERICUL. 30%
	TOTAL 
	2/3 FÉRIAS.......
	DOBROCOMPUTADO
	01.01.2018
	R$ 1.200,00
	R$ 360,00
	R$ 1.560,00
	R$ 1.040,00
	R$ 2.080,00
	01.01.2017
	R$ 1.200,00
	R$ 360,00
	R$ 1.560,00
	R$ 1.040,00
	R$ 2.080,00
	01.01.2016
	R$ 1.200,00
	R$ 360,00
	R$ 1.560,00
	R$ 1.040,00
	R$ 2.080,00
	01.01.2015
	R$ 1.200,00
	R$ 360,00
	R$ 1.560,00
	R$ 1.040,00
	R$ 2.080,00
	01.01.2014
	R$ 1.200,00
	R$ 360,00
	R$ 1.560,00
	R$ 1.040,00
	R$ 2.080,00
	01.01.2013
	R$ 1.200,00
	R$ 360,00
	R$ 1.560,00
	R$ 1.040,00
	R$ 2.080,00
	01.01.2012
	R$ 1.200,00
	R$ 360,00
	R$ 1.560,00
	R$ 1.040,00
	R$ 2.080,00
	01.03.2011
	R$ 1.200,00
	R$ 360,00
	R$ 1.560,00
	R$ 1.040,00
	R$ 2.080,00
	01.01.2011
	R$ 1.200,00
	R$ 360,00
	R$ 1.560,00
	R$ 1.040,00
	R$ 2.080,00
	01.01.2010
	R$ 1.200,00
	R$ 360,00
	R$ 1.560,00
	R$ 1.040,00
	R$ 2.080,00
	01.02.2009
	R$ 1.200,00
	R$ 360,00
	R$ 1.560,00
	R$ 1.040,00
	R$ 2.080,00
	01.03.2008
	R$ 1.200,00
	R$ 360,00
	R$ 1.560,00
	R$ 1.040,00
	R$ 2.080,00
	
	
	
	
	.
TOTAL
	
R$ 24.960,00

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