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Kathlyn Póvoa Sangramento Uterino anormal Introdução As glomerulopatias, que em geral são conhecidas como “glomerulonefrites”, são doenças que acometem os glomérulos, estruturas constituídas por um tufo de capilares sanguíneos (delimitados por uma cápsula), além de uma série de outros elementos (entre eles, vários tipos de célula), responsáveis pela ultrafiltração do plasma. As Glomerulopatias são uma importante causa de doença renal crônica (DRC), sendo a 3ª causa principal, só perdendo para HAS e DM. O Glomérulo é um emaranhado de capilares, diferente do capilar sistêmico, que está situado entre a arteríola aferente e eferente. São doenças muito variadas, algumas de natureza aguda, outras de curso crônico; umas de caráter eminentemente inflamatório, outras não; algumas sabidamente tratáveis, outras não. Podem ter origem nos rins e acometer apenas esses órgãos, sendo chamadas de primárias, ou podem ser secundárias a outras doenças, como diabetes, hepatites, doenças autoimunes, dentre outras. Alterações das propriedades dos Glomérulos: Em condições normais, não perdemos proteínas e moléculas grandes pelo glomérulo, porque a membrana basal é uma barreira física e elétrica, que repele a principal carga negativa que é a albumina. Os podócitos impedem também a perda de proteínas pela urina. O epitélio fenestrado permite que perca líquidos, mas impede que perca células sanguíneas. O mesângio é a célula de sustentação ✓ Na síndrome nefrotica o prejuízo está na membrana basal e no podócito → ocorre um aumento difuso da permeabilidade do capilar glomerular à passagem de proteínas, gerando uma proteinúria maciça ✓ Na síndrome nefrítica, o prejuízo está na Parte interna do capilar glomerular, que é o endotélio → ocorre uma perda abrupta da superfície de filtração glomerular, levando a redução da excreção de líquidos, pequenos solutos e eletrólitos. Obs.: é frequente a associação dessas duas síndromes As duas doenças vão levar ao edema, e é um quadro agudo, repentino. O inchaço das síndromes é diferente. Nefrítica: retenção de sódio e água, levando a ativação do SRAA → OVERFLOW Nefrotica: perda de proteína, levando a queda da albumina sérica, diminuindo a pressão oncótica nos vasos, dificultando a manutenção do liquido intravascular → UNDERFILLING Glomerulopatias Kathlyn Póvoa Kathlyn Póvoa Síndrome Nefrítica: Na síndrome nefrítica, encontra-se morfologicamente a presença de reação inflamatória nos glomérulos, com intensa hipercelularidade decorrente da infiltração de células circulantes, como leucócitos e macrófagos, e proliferação de células residentes. Definição: TRÍADE CLÁSSICA DA SÍNDROME NEFRÍTICA: Hipertensão Edema não generalizado Hematúria ✓ Hipertensão (de início súbito, aguda) ✓ Edema não generalizado (geralmente é um edema facial, edema de MMII) ✓ Hematúria que pode ser micro ou macroscópica (não necessariamente o paciente vê a urina mais escura ou avermelhada) ▪ Sedimento urinário ativo (cor de coca cola) - vou ver se tem hematúria no EAS pela presença de: o Eritrócitos o Leucócitos o Variedade de cilindros → hemáticos ✓ Pode vir associado: • Oliguria (o rim está filtrando menos) • Proteinúria não nefrotica (<3,5g/24h) ➔ o valor da normalidade da Proteinúria 24h é até 150mg/24h e Albuminuria <30mg/24h Alterações Morfológicas na síndrome nefrítica: Microscopia Eletrônica: hemácia emitindo prolongamento através de sitio rompido do capilar glomerular. A hematúria quando vem de origem glomerular, tem a característica de dismorfismo da hemácia, porque ela teve que se espremer por uma fenestra, então ela não sai íntegra Hematúria com dismorfismo eritrocitário → Hematúria de origem glomerular Capilares glomerulares com aumento de celularidade, e uma hemácia fora do capilar glomerular. Indicio de lesão de endotélio, que é o que acontece na síndrome nefrítica. Hemácias em acantocitos (Mickey Mouse): significa hematuria de origem glomerular Kathlyn Póvoa Presença de cilindros hemáticos: Altamente especifico para hematúria de origem glomerular, porém, pouco sensível) Sinais de que a Síndrome Nefrítica é de origem glomerular: Hemácias dimórficas Hemácias em acantocitos Presença de cilindros hemáticos Doenças renais que podem manifestar como síndrome Nefrítica: ✓ Glomerulonefrite associada a infecções (Infecção Estreptocócica, endocardites, abcessos) - conhecida como GNDA ✓ Nefropatia de IgA ✓ GN membranoproliferativa ✓ GN do lúpus eritematoso sistêmico ✓ GN das vasculites renais ✓ GN fibrilar Causas mais frequentes: GNDA, Nefropatia do IgA, GN do LES Glomerulonefrite pós estreptocócica (GNDA): Na criança, a principal causa é a GNDA, que é a Glomerulonefrite pós estreptocócica O que não se faz rotineiramente na criança é medir a PA, mas se a criança chega com os sintomas (edema não generalizado + hematúria), é importantíssimo fazer a aferição da PA para fechar o diagnóstico. É uma Reação pós infecciosa, não é a infecção aguda pelo Estreptococo que manifesta os sintomas. Principais características clínicas: É causada pela reação cruzada do imunocomplexo; O médico deve investigar se a criança teve alguma infecção anterior (amigdalite ou piodermite); Os exames que comprovam a infecção prévia por estreptococo são: ▪ ASLO aumentada (amigdalite) → 14 dias após ▪ ANTI-DNAse B (Piodermite) → 21 dias após Porem, podem estar positivas até 30 dias após a infecção; É necessário confirmar a Síndrome nefrítica através dos sintomas (tríade) Apresenta uma proteinúria moderada Hipocomplementemia (C3 e CH450 baixos), C4 é normal → consome complemento Evolução: O Prognostico é excelente em crianças, tendo uma evolução benigna na maioria dos casos Kathlyn Póvoa A remissão completa é em 2 ou até 4 semanas; Essa criança deve ter melhora dos sintomas clínicos (edema e HAS) em até 8 semanas. A hematúria e proteinúria podem demorar ate 1 ano para desaparecerem totalmente A cura acontece em até 90% das crianças e jovens, e 60 a 70% dos adultos Sinais de mau prognostico: ▪ Persistência hipocomplementenemia por mais de 8 semanas; ▪ Manutenção da HAS ▪ Permanência da proteinúria por mais de 12 meses 05% das GNPE em crianças podem evoluir para uma GNPR (glomerulonefrite rapidamente progressivas/crescentes) Diagnostico: Majoritariamente clínico; Quando não se fecha diagnostico, ou quando o paciente não responde ao tratamento, parte para biopsia de rins. Na biopsia será encontrado: ▪ Hipercelularidade de células mesangiais e endoteliais ▪ Infiltração de neutrogilos, monócitos e eosinófilos ▪ Obliteração de capilares com MBG intacta ▪ Envolvimento glomerular uniforme e global ▪ Se houver >50% dos glomérulos → GNRP (mais grave) Glomérulo normal Glomérulo com Sd. Nefrítica Glomérulos com hipercelularidade de células inflamatórias e proliferação de matriz, hemácias perdidas nos túbulos. Dificulta a filtração, levando a HAS, edema e oliguria O que vai nortear a avaliação da evolução é a melhora dos sintomas e normalização do complemento sérico. A hematúria e proteinúria desaparecem em até 1 ano. Caso após 8 semanas não normalize os sintomas e os níveis de complemento, você é obrigado a fazer biopsia renal, porque significa que não é uma doença pós infecciosa (Suspeite de: Glomerulonefrite Membranoproliferativa idiopática) Tratamento: A doença é autolimitada, mas o tratamento é de suporte GNPE → tratamento de suporte: dieta com restrição de Na+, diurético e anti-hipertensivo. Adm de ATB não altera o curso da doença (Pode dar ATB para eliminar cepas e não ter recidivas, mas não para tratar micrroorganismo). GN Pós endocardite: tratar a endocardite e suporte clinico (restrição de Na+, diurético e anti-hipertensivo) Perigo do não tratamento: HAS elevar muito, e entrar em quadro de encefalopatia hipertensiva,edema pulmonar etc Glomerulonefrite por IgA/Doença de Berger Kathlyn Póvoa É a mais frequente forma de glomerulonefrite idiopática no mundo principalmente nos países desenvolvidos, podendo variar de casos leves a formas graves com evolução para insuficiência renal crônica (IRC), sendo responsável por cerca de 10% dos pacientes que evoluem para diálise no mundo. É caracterizada por depósito de IgA. Ela começa com lesão de mesangios, mas evolui para lesão de endotélios, levando a hematúria com proteinúria, agravando a doença Quando suspeitar? Exemplo: Homem, 25 anos, previamente hígido, sem edema, dor de cabeça, PA 180/100 → Pensar causas de hipertensão secundaria → principal causa: doenças glomerulares. Ao suspeitar, pedir exames que avaliam rins: Urina tipo 1 e creatinina Formas de apresentação: 1- Associação com purpura de Henoch – Schonlein 2- Associação com infecção orofaringe dias antes → não é a causadora, é só o gatilho. Quadro Clínico: Hematúria macroscópica ou microscópica (hematúria isolada é a forma mais frequente) Proteinúria moderada (síndrome nefrítica infrequente) Normocolplementemia: complemento sérico normal, não consome. IgA circulante (50% dos casos) Na biópsia: Imunofluorescência com presença de IgA é essencial para o diagnóstico. Evolução: É variável; Pode evoluir para uma hematúria recorrente; Pode progredir para DRCT (fator de pior prognostico é o valor da proteinúria) Pode evoluir para remissão Associação com causas secundarias: Carcinoma/cirrose Biópsia com Imunofluorescência: identifica a IgA grudada no capilar glomerular Lesão de endotélio: escleroses, proliferação de mesangio Kathlyn Póvoa Inflamação intestinal crônica/Doença celíaca Linfomas 1- Púrpura Henoch-Scholein ▪ É uma vasculite de pequenos vasos causada pela IgA ▪ 80 a 90% dos acometidos são crianças; ▪ Patologia semelhante a nefropatia por IgA ▪ 2/3 dos casos tiveram IVAS 30 dias antes; ▪ Não há agente infeccioso ou alérgico circulante; ▪ Dosagem IgA sérica: aumentada na maioria dos casos. ▪ Complemento sérico normal → Não consome complemento Pode dar alteração de purpura na pele e glomerulonefrite nos rins Diagnóstico: Pode fazer a biopsia da pele, que é mais fácil que biopsiar os rins ➔ Se vier vasculite de pequenos vasos e deposito de IgA na imunofluorescência, já fecha o diagnóstico de Purpura de Hemoch-Scholein. Na criança o prognostico é bom, e no adulto tem grande chance de cronificar Tratamento: ▪ Amidalectomia (controverso) ▪ Reposição de óleo de peixe (para impedir a evolução → trabalhos conflitantes ▪ IECA ou BRA funciona como anti-hipertensivo e antiproteinúrico → ficar de olho no potássio ▪ Se IECA ou BRA não resolver, associar a um novo antiproteinúrico com resposta na nefropatia da IgA → ISGLT2 (GLIFOZINAS): Dapaglifozina, Empaglifozina, Canaglifozina o Vasoconstrigem a arteríola aferente e vasodilatam a eferente (reduzindo a pressão de filtração glomerular) ▪ Imunossupressão com corticoide nas formas com PTU>1g/24 persistente ou associadas a piora de função renal e dependendo das características da biopsia renal. (POUCOS CASOS) Glomerulopatia Lúpica/nefrite lúpica A nefrite lúpica é diagnosticada em 50% dos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico e tipicamente desenvolve-se no 1º ano do diagnóstico. Características clinicas: Pode estar associada com outras manifestações clinicas do LES; Síndrome nefrótica ou nefrítica frequentes; Pode assumir forma rapidamente progressiva (crescêntica) Consome complemento → Hipocomplementemia (C3 e C4 baixos) Evolução variável: depende da forma histológica Biopsia renal: IF padrão Full house – casa cheia (IgG, IgA, IgM, C1q, C3 presentes) Pacientes com lúpus e acometimento renal vem com anti-DNA dupla hélice positivo https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/doen%C3%A7as-reum%C3%A1ticas-autoimunes/l%C3%BApus-eritematoso-sist%C3%AAmico-les https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/doen%C3%A7as-reum%C3%A1ticas-autoimunes/l%C3%BApus-eritematoso-sist%C3%AAmico-les Kathlyn Póvoa ▪ Nefrite Lúpica classe III/IV → síndrome nefrítica (Patologia: GN Membrano-proliferativa) IF: Full House (C3, C4, CH50 baixos) ▪ Nefrite Lúpica classe V → síndrome nefrótica (Patologia: GN membranosa) IF: Full House (C3, C4, CH50 baixos) Tratamento: ▪ Classe II → tratar sintomas sistêmicos + hidroxicloroquina ▪ Classe III/IV → corticoide em altas doses (pulso – metilprednisolona EV 500-1000 mg por 03 dias seguidos) → Prednisone 0,1mg/kg, depois ciclofosfamida EV/MICOFENOLATO VO ▪ Classe V → antiproteinúrico + corticoide Vai ter que ter um tratamento com imunossupressão Tratamento da síndrome nefrítica em geral: Tirar história clínica do paciente e pedir complemento sérico, proteinúria, urina, creatinina etc Sempre fazer restrição de sal na dieta (2g de Na/24h) Diurético para inchaço + antihipetensivos; Tratamento da infecção se esse for o caso Tratamento da inflamação (corticoide + imunossupressores) Medidas de nefroproteção, se a GN não for reversível (IECA, estatinas, anti-fibróticos, anti-oxidantes) Síndrome Nefrótica: São doenças que vão acometer a membrana basal e podócito, gerando perda de proteína muito intensa Alterações das propriedades dos glomérulos: Ocorrendo aumento difuso da permeabilidade do capilar glomerular à passagem de proteínas → proteinúria maciça → SINDOME NEFRÓTICA É comum a associação destas 2 síndromes. Síndrome nefrotica no adulto ➔ BIOPSIA RENAL (exceto se diagnosticada nefropatia diabética) Na criança consideramos inicialmente como lesões mínimas. Se não responder ao corticoide → Biopsia renal. Síndrome nefrótica Proteinúria > ou igual a 3,5/dia/1,73mg ou >50mg/kg/dia Hipoalbuminemia (albumina <3,5g/dl) Edema generalizado → ANASARCA Kathlyn Póvoa Hiperlipidemia grave (as custas de LDL), lipidúria (gordura na urina) ▪ Edema clássico da síndrome nefrotica ▪ Generalizado ▪ Cacife positivo Devido a lesão renal característica, vai perder muita proteína na urina, levando a uma queda da albumina no sangue. O fígado começa a produzir mais albumina para compensar, o que não vai normalizar a albumina no sangue, pois os rins continuam perdendo proteína. Na tentativa de produzir mais albumina, ele produz também algumas proteínas, aumentando a produção de lipoproteínas, causando a hiperlipidemia Consequências da proteinúria maciça → Hipoalbuminemia, gerando edema generalizado, dislipidemia (produção de lipoproteínas), aumenta risco de tromboembolismo (pela hiperlipidemia), desnutrição (pela perda crônica de proteína), infecções (principalmente por bactérias encapsuladas, por perder globulinas na urina). Avaliação de ascite: Investigar Gasa: dosar a albumina do sangue e dosar a albumina do liquido ascítico do paciente e fazer a subtração. >1,1→ ascite por hipertensão porta (cirrose, ICC) <1,1 → ascite (SN, carcinometose peritoneal) Trombose de veia renal na síndrome nefrótica: Pacientes com SD nefrotica aumentam o risco de trombose, e as que aumentam o risco de trombose de veia renal são a doença membranosa e amiloidose. Quadro clinico da trombose de veia renal: Os rins ficam cheios de sangue, por estar com a passagem de sangue ocluída e com isso distende a capsula, causando dor lombar. Dor lombar + síndrome nefrotica ➔ Trombose de veia renal Dx: exame contrastado. Principais causas de sd nefrotica: Glomerulopatias de lesões mínimas: É a principal causa na criança A microscopia óptica vem normal, porque a alteração não é histologicamente importante; A fusão dos processos podocitarios faz perder a carga negativa da membrana basal, e aí começa a perder albumina na urina. Vai começar a ter proteinúria as custas da albuminuria. Principaiscaracterísticas clinicas: ▪ É uma síndrome nefrótica sem manifestações nefríticas Kathlyn Póvoa ▪ É a mais frequente forma de SN em crianças (entre 1 e 6 anos de idade) e adolescentes e também em idosos (extremos etários) → pode ocorrer em qualquer faixa etária, sexo, raça e região geográfica. ▪ Frequência nos adultos: <25%, é típica da infância. ▪ Incidência em crianças: 2-3/100.000, com prevalência de 16/100.000; 2meninos:1menina ▪ Resposta rápida a tratamento com esteroides; ▪ Complemento sérico normal ➔ Doença que não consome complemento ▪ Não evolui para DRCT ▪ Edema generalizado ▪ Na criança, quando vê Síndrome nefrotica já pensa em lesões mínimas e faz um Diagnóstico presuntivo, dando corticoide com dose supressora; Apresentações: GN primaria ou idiopática com ou sem atopia GN: secundária: neoplasias, drogas (AINE, ampicilina, lítio), alergênicos, infecções (Síndrome. Guillain Barré), miastenia gravis. Tratamento: Dar o corticoide e ver a evolução Só pensa em biopsiar a criança quando tem piora da função renal associada, ou não responder ao corticoide Na maioria das vezes a GN por lesão mínima é primaria do rim Quando tem proteinúria, usar antiproteinúrico (IECA E BRA) GESF – GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR E FOCAL É uma doença renal caracterizada por cicatrização (esclerose) e endurecimento de um segmento de alguns glomérulos renais. Os glomérulos são responsáveis pela filtração do sangue para remover substâncias indesejadas pela urina. Características clinicas: ▪ Mais comum entre 20 e 40 anos ▪ Glomerulopatia primaria em adultos mais comum em nosso meio ▪ Progressao para DRCT em 5 a 10 anos (50%) ▪ Sindrome nefrotica frequente ▪ Proteunuria não nefrótica: evolução melhor ▪ Sindrome nefrótica e creatinina elevada desde o inicio: mau prognostico ▪ Não consome complemento ▪ Se tiver alterado proteinúria e creatinina → pensar em doença glomerular Capilar totalmente esclerosado e fibrosado, irreversível. Apresentações: 1- Primária: idiopática ou familiar 2- Secundária: a) Hiperfluxo: anemia falciforme, obesidade, rim único, hipoplasia renal b) HIV: GESF colapsante → mau prognostico c) Uso de heroína e pamidronato Mais comuns secundarias: HIV e hiperfluxo renal Diagnóstico e Tratamento: ▪ Diagnóstico com biopsia renal com IF (visualiza deposito de IgM e C3 nas áreas de esclerose glomerular) → Tenho que ter diagnóstico fechado por biopsia renal para tratar. ▪ Tratar com antiproteinúrico ▪ Alguns casos imunossupressão ▪ Sempre pedir sorologias Kathlyn Póvoa glomerulonefrite membranosa É uma doença renal caracterizada pela inflamação e espessamento lento e gradual da membrana basal dos capilares sanguíneos dos glomérulos renais. Ocorre uma significativa perda de proteínas (síndrome nefrótica), mas a função renal segue saudável. Apresentação: ▪ Mais frequentes após os 40 anos ▪ Associação com neoplasias: tumores sólidos e linfomas ▪ HBV, esquistossomose, medicações (sais de ouro, AINES) ▪ LES – Consumo de C3 e C4 (as demais não consomem complementos) ▪ Principais causas secundárias: infecções por hepatite B ou esquistossomose crônica e tumores sólidos Caracteristicas clínicas: É uma síndrome nefrótica Hematúria é infrequente Complemento sérico é normal (na idiopática) → não consome complemento Presença de anticorpo circulante do receptor de fosfolipase A2 do tipo IgM → GN MEMBRANOSA IDIOPÁTICA (75% sensível e 100% de especificidade)➔ Principal causa de membranosa: fosfolipase a2 Evolução: Remissão espontânea em 20-30% dos casos Perda lenta e progressiva de função renal (>10 anos para chegar a DRC estágio V) Proteinúria alta e hipertensão → manda para o nefro biopsiar Lesão da membrana basal → glomerulonefrite membranosa Tratamento: ▪ Não responde ao corticoide isolado, o tratamento é com Ciclofosfamida via oral + baixas doses de Prednisona ou + Ciclosporina ou Rituximab (anti-CD20) → Antifosfolipase A2 ▪ Antiproteinúrico (IECA ou BRA) Imunofluorescência com lesões da membrana basal Tratamento da síndrome nefrotica em geral Dieta pobre em sal, diuréticos, antiproteinúrico (IECA ou BRA) e alguns casos ISGLT2 Corticosteroides (Bons resultados em N. Lesões mínimas e no LES) Imunossupressores (LES) Anticoagulação: se houver trombose ou alto risco Estatinas: na dislipidemia prolongada Nefropatia diabética Principal causa de sindrome nefrotica no adulto (englobando doenças sistemicas) É uma doença crônica que vai gerando lesão progressiva do glomérulo, que vai perdendo microalbuminuria e microproteinuria até aumentar a lesão Kathlyn Póvoa Glomerulonefrite membranoproliferativa: Misto de síndrome nefrítica e nefrotica É de origem idiopática Consome complemento C3 Relacionada ao vírus da hepatite C → Crioglobulinemia: consome C3 e C4, tem associação com purpuras em MMII. Crio x associada a LED, doenças linfoproliferativas Purpuras necrotizantes + Síndrome nefrítica + síndrome nefrotica Crioglobulinemia Mista EXAMES COMPLEMENTARES SÍNDROME NEFRITICA E NEFROTICA Urina 1 Proteinúria 24h Complemento total Eletroforese de proteínas Etiológicos: ASLO, hemoculturas, anti-HCV, FAN, ANCA (GNPR), crio globulinas, HIV, HBV Biopsia Renal
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