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DOENÇAS INFECCIOSAS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS TOSSE DOS CANIS TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA INFORMAÇÕES GERAIS É caracterizada por uma doença aguda e ALTAMENTE contagiosa, localizada principalmente nas vias aéreas. Pode ser causada por um ou mais agentes infecciosos, como: Adenovírus canino tipo 2, Parainfluenza, Coronavírus respiratório canino ou Bordetella bronchiseptica. AGENTES CAUSADORES BORDETELLA BRONCHISEPTICA É a bactéria mais importante na doença respiratória canina, infectando o epitélio respiratório e reduz a ação mucociliar, favorecendo a ocorrência de infecções secundárias. Em geral, a infecção é autolimitante e os animais se recuperam sozinhos em cerca de duas semanas. Existem relatos de que ela seja uma comensal do sistema respiratório superior, vivendo por um curto período de tempo no ambiente. ADENOVÍRUS CANINO TIPO 2 É um vírus de DNA da família Adenoviridae, que causa a laringotraqueíte infecciosa aguda em cães (sinônimo). Animais silvestres não canídeos podem servir como reservatórios. PARAINFLUENZA CANINA Vírus de RNA fita única, da família Paramyxoviridae. É o principal patógeno respiratório, sendo encontrado em cães de todo o mundo e caracterizando-se por ser altamente transmissível. CORONAVÍRUS RESPIRATÓRIO CANINO Pertence à família Coronaviridae. Em cães, é mais relacionado a infecções gastrointestinais, mas possui descrições em trato respiratório. Foi associado a tosse dos canis após ser isolado em animais com os sinais da doença. EPIDEMIOLOGIA É uma das doenças mais comuns com início agudo em cães. Um dia o animal está bem, no outro desenvolve sinais. Quanto maior a aglomeração, maior a suscetibilidade. Apesar de participar de campanhas de vacinações, ainda ocorrem surtos! Não foi possível conferir uma proteção contra a doença. Infecções por 2 ou mais patógenos pode aumentar as chances de morte, e o caso contrário, diminuir. Os sinais clínicos se iniciam de 1 a 3 dias após a exposição, e a eliminação começa em seguida e dura de 6 a 10 dias. Porém, a Bordetella pode sobreviver de semanas a MESES. TRANSMISSÃO Semelhante, tanto em vírus quanto em bactérias: Contato oronasal com secreções respiratórias e aerossóis. Portanto, aglomerações de cães são extremamente perigosas! Daí o nome, “tosse dos canis”! PATOGENIA BORDETELLA BRONCHISEPTICA Pode ser isolada no trato respiratório de cães sadios! Portanto, pode ser considerado comensal. Para que cause lesão tecidual, ela deve reconhecer receptores específicos do epitélio respiratório ciliado e ligar-se a ele, escapando do sistema imune. Ela produz também uma toxina que lesa neutrófilos, facilitando sua resistência. ADENOVÍRUS CANINO TIPO 2 Realiza replicação no epitélio da superfície da cavidade nasal, orofaringe, criptas tonsilares e células globosas da traqueia. As lesões mais notáveis ocorrem nas vias distais e nos pulmões, mas a doença clínica pode ser inaparente ou mínima (tosse isolada). PARAINFLUENZA Realiza replicação no epitélio da mucosa nasal, faringe, laringe, traqueia e brônquios. Com isso, faz desnudamento desse epitélio, destruindo seus cílios. CORONAVÍRUS RESPIRATÓRIO CANINO Semelhante ao Adenovírus canino tipo 2. O animal pode ser positivo, mas não apresentar sinais clínicos. Normalmente, os sinais indicam uma coinfecção. SINAIS CLÍNICOS Tosse aguda, sendo produtiva ou não. Normalmente essa tosse é aumentada quando o animal usa coleiras cervicais. Náuseas, secreção nasal, esforço para êmese, dentre outros sinais como: perda de peso, anorexia, angústia respiratória, etc. Não existe um sinal patognomônico. DIAGNÓSTICO Realizado através, principalmente, da anamnese e exame clínico! Ele frequenta petshop? Participa de aglomeração, mesmo que em sua gaiola? Fazer uma pressão na traqueia e observar o reflexo tussígeno. Por ser uma doença de evolução rápida, a possibilidade de coinfecção é grande e o patógeno que causou em um primeiro momento pode não aparecer no isolado. Canis podem utilizar técnicas como a PCR. TRATAMENTO O uso de fármacos como antimicrobianos é controverso! Se o animal estiver com sinais brandos, o ideal é não usar. Em contrapartida, caso exames indiquem uma real necessidade, pode se utilizar a Doxiciclina, Amoxi+clavulanato. Alguns glicocorticoides, como a Prednisona (1mg/kg BID), são indicados para diminuir a inflamação da traqueia (traqueobronquite). É utilizado para melhorar sinais brandos. Antitussígenos, como Butorfanol e Hidrocodona podem ser associados ou não a broncodilatadores. Porém, deve ser usado com cautela, pois reduz a expectoração e dificulta casos onde a tosse é produtiva. PREVENÇÃO Imunidade passiva (mãe-filhote) e adquirida (vacinação intranasal e SC). É importante não realizar uma vacinação muito precoce em filhotes caso a mãe já tenha recebido! Lembrar das reações cruzadas em Ac. Tomar nota das diferenças intranasais e SC!
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