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Aurora Leoncio – Odonto UFAL ESTOMATOLOGIA LESÕES PROLIFERATIVAS elas se apresentam como pápulas ou nódulos (ou bolhas e lesões vasculares que se presentem assim) exofíticos ou submucosos. muitas vezes o diagnóstico final só será possível com exames complementares primeiramente deve se certificar que não é uma estrutura com variação anatômica NATUREZA DAS LESÕES MUCOCELE (FIG 1-C E 2-B) causada pela ruptura de ducto salivar muco acumula-se nos tecidos moles adjacentes causando resposta inflamatória e aumento de volume pode ter consistência dura ou bolhosa e aparência mais translucida/azulada (quando mais superficial) ou cor normal do tecido superficial (quando mais profunda). paciente pode relatar recorrência ocorre com mais frequência no lábio inferior conduta: biópsia excisional (retirar também glândulas salivares menores adjacentes)/marsupialização e exame histopatológico para diagnostico definitivo. RÂNULA mucocele em assoalho bucal cisto dermatóide e cisto epidérmico também devem ser considerados como diagóstico diferencial HIPERPLASIA INFLAMATÓRIA (FIG 3 E FIG 6-A) reacional, causada por trauma de baixa intensidade crescimento lento superfície pode ser lisa ou lobulada, com tamanho e localização variáveis conduta: biópsia excisional, exame histopatológico e remoção do agente causal fig 3 COMUNS EM GENGIVA (são reacionais) fig 4 fig 5 FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO (fig 4-c e 5-b) crescimento de tecido mole com material mineralizado no interior consistência depende da calcificação do material no interior; cor pode ser normal ou mais esbranquiçada a radiografia periapical pode mostrar: - grau de erosão superficial do osso causada pelo crescimento da lesão - origem da lesão, que não é um tecido ósseo (diferencia as três de lesão central de células gigantes ou outras com origem intra-óssea - se contém material mineralizado, favorecendo diagnóstico de fibroma ossificante periférico Aurora Leoncio – Odonto UFAL ESTOMATOLOGIA radiografia: mostra material calcificado; pode mostrar deslocamento de dentes GRANULOMA PIOGÊNICO (fig 4-a e b e fig 5-a) crescimento de tecido mole altamente vascularizado coloração avermelhada (lesões mais antigas tem coloração mais clara superfície friável e as vezes ulceradas radiografia: sem alteração; não provocam afastamento dos dentes LESÃO PERIFERICA DE CÉLULAS GIGANTES (fig 2-c ; 4-d ; 5-c e d) ocorre apenas em gengiva/rebordo alveolar microscopicamente idêntica à central, precisa de radiografia para ver se há origem óssea ou não (ela n tem origem óssea) pode haver lesão de tecido ósseo causada pelo crescimento coloração vermelha/vermelha azulada qualquer trauma leva a sangramento DE ORIGEM TUMORAL (BENIGNOS) benignos (crescimento lento e expansivo) e malignos (crescimento rápido e infiltrativo) FIBROMA (FIG 6-B E D) tumor de tecido mole com origem nos fibroblastos ocorre mais na mucosa jugal nódulo liso (~1,5cm) de coloração “normal” ou um pouco branca devido a traumas na superfície LINFOMA tumor de tecido mole com origem nos adipócitos nódulo de superfície lisa mais comum na mucosa jugal e vestíbulo (~3cm) lesões mais superficiais são amareladas lesões boiam quando colocadas em formol fig 6 LINFANGIOMA (FIG 7-A E B) lesão em vasos linfáticos origem: neoplasia verdadeira ou malformação do desenvolvimento usualmente é mal delimitada e superficial superfície pedregosa lembrando “vesículas” transparentes agrupadas coloração semelhante à da mucosa normal ou arroxeada HEMANGIOMA (FIG 2-A ; 7-C E D) lesão em vasos sanguíneos. Biópsia é contraindicada coloração arroxeada superfície irregular, porém, sem superfície pedregosa manobra para auxiliar no diagnóstico: vitropressão: pressão irá diminuir o porte sanguíneo e a lesão fica esbranquiçada. conduta: escleroterapia pela injeção de oleato de monoetanolamina (Ethamolin®) ou a solução hipertônica de glicose (50% ou 75%) feitas de 14 em 14 dias. Aguarda-se a regressão da lesão fig 7 PAPILOMA (FIG 8) Origem nas células epiteliais de revestimento desenvolvimento a partir de infecção pelo HPV nódulo com projeções que podem ser pontudas ou rombas (lesão única ~5mm) coloração branca ou “normal” fig 8 Aurora Leoncio – Odonto UFAL ESTOMATOLOGIA ADENOMA PLEOMÓRFICO (FIG 1-B) Tumor benigno de glândula, mais frequente em palato FIG 1 TUMORES MALIGNOS lesões de comportamento agressivo, crescimento rápido, infiltrativo, destrutivo, levando ao aparecimento de áreas de ulceração, mobilidade dentária e reabsorção óssea (mas geralmente os de glândula salivar não seguem são assim). CARCINOMA ADENÓIDE CÍSTICO E O CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE (FIG 2-D). o mucoepidermoide é mais comum no palato e lábio superior quando o aumento de volume apresenta-se azulado pode se suspeitar que a lesão produz muco e portanto uma das duas NEOPLASIA MALIGNA CARCINOMA ESPINOCELULAR (CEC) nódulo exofítico pode ter superfície fungiforme, papilar ou verrucosa, e a sua coloração pode variar entre semelhante à mucosa, avermelhada (associada a erosão) ou ainda esbranquiçada. consistência firme em decorrência da infiltração de células malignas e histórico de crescimento rápido biópsia incisional e exame histopatológico encaminhas para cirurgião cabeça e pescoço fig 2