Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2012 Tendências em RecuRsos Humanos Profª. Suzana Gauche Farber 1a Edição Copyright © UNIASSELVI 2012 Elaboração: Profª. Suzana Gauche Farber Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. Impresso por: 658.3 F219t Farber, Suzana Gauche Tendências em recursos humanos / Suzana Gauche Farber. Indaial : Uniasselvi, 2012. 198 páginas ISBN 978-85-7830- 593-2 1.Administração de pessoal; 2. Recursos humanos. I. Centro Universitário Leonardo da Vinci. III apResenTação Gerenciar, administrar algo, não podem requerer receitas prontas. Mas, caro(a) acadêmico(a), quero fazer uma pergunta a você: será que podemos usar fórmulas prontas para gerenciar pessoas? É claro que não. Tudo o que é condicionado, previamente elaborado e com uma sequência a ser seguida não funciona com pessoas. Trabalhamos com gente, com sonhos, com valores, culturas, perspectivas, visões de mundo diferentes. E regras e receitas não vão funcionar. Este Caderno de Estudos vem trazer a você, caro(a) acadêmico(a), uma visão ampliada e contemporânea da melhor forma de se trabalhar com pessoas. Quando falamos em tendências e buscamos cenários para uma melhor gestão, nos deparamos com uma crescente busca de melhor compreensão e principalmente de valorização do fator humano, ou melhor, do ser humano. Estar revendo, constantemente, as formas de trabalhar com as pessoas, ajustando-se a tendências e planejando suas ações não somente na visão contemporânea, mas no futuro, é uma necessidade. Atividades de recursos humanos precisam ser dinâmicas, com perspectivas inovadoras. Por isso, repensar nossas estratégias e se adequar às tendências é um desafio. Na Unidade 1, abordaremos como os recursos humanos transcenderam para um RH mais dinâmico e estratégico, realidade esta imposta pelo determinismo do ambiente, do mundo do trabalho. Uma análise do atual mercado com a perspectiva do RH também será realizada. Na Unidade 2, as competências individuais e as organizacionais são desenvolvidas com o objetivo e compreensão da importância do desenvolvimento contínuo e de qualidade nos dois âmbitos (indivíduo-organização). Na última unidade, são pontuadas as ações para ajuste da administração de RH aos cenários apresentados. Este caderno vem sinalizar tal dinamicidade e busca dar suporte às atividades voltadas a recursos humanos nas organizações. Acadêmico(a), que o estudo deste caderno inove sua forma de pensar e agir nas organizações e, especialmente, na forma de gerir pessoas, ainda a forma de gerir suas vidas e carreiras. Prof.ª Suzana Gauche Farber IV Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! NOTA Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais que possuem o código QR Code, que é um código que permite que você acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar mais essa facilidade para aprimorar seus estudos! UNI V VI VII UNIDADE 1 - TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL ...................................................................... 1 TÓPICO 1 - TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ........................ 3 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3 2 INTRODUÇÃO ÀS METAMORFOSES DO MUNDO DO TRABALHO NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO ........................................................................................................................ 3 2.1 ATUAL CENÁRIO EM GESTÃO DE PESSOAS E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS ........3 2.2 AS NECESSIDADES DAS MUDANÇAS DO TRABALHADOR E DA EMPRESA ............. 6 2.3 AS EXIGÊNCIAS DO MERCADO PARA MANTER A VANTAGEM COMPETITIVA ...... 8 2.4 A VANTAGEM COMPETITIVA DO FATOR HUMANO E AS ORGANIZAÇÕES............. 8 2.5 INDÚSTRIA CRIATIVA: DEFINIÇÕES E PERSPECTIVAS .................................................... 9 RESUMO DO TÓPICO 1.................................................................................................................... 11 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 12 TÓPICO 2 - AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO .................................. 13 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 13 2 TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO –CENÁRIO ATUAL ...................... 13 2.1 COMPREENDENDO AS TRANSFORMAÇÕES NAS RELAÇÕES DE TRABALHO NO SÉCULO ATUAL: FIM DO EMPREGO FORMAL .................................................................. 13 2.2 TRANSIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE RH PARA GESTÃO DE PESSOAS ................. 19 2.2.1 O fim do emprego formal .................................................................................................. 21 2.3 FORMAS NOVAS E TRADICIONAIS DE CONTRATAÇÃO ............................................... 21 2.3.1 Planejando um processo seletivo estratégico .................................................................. 23 2.3.2 Seleção estratégica de pessoas .......................................................................................... 24 2.3.2.1 Como avaliar o processo seletivo .................................................................................. 25 2.3.2.2 Algumas ferramentas para o processo de seleção de pessoas .................................. 27 LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................................... 37 2.4 SOCIEDADE: CRESCIMENTO ECONÔMICO, NOVAS CRISES E NOVOS DESAFIOS ................................................................................................... 38 2.5 ORGANIZAÇÃO: COMO RESPONDER ÀS MUDANÇAS DE CONTEXTO E SEGUIR CRESCENDO .............................................................................. 39 RESUMO DO TÓPICO 2.................................................................................................................... 42AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 43 TÓPICO 3 - ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO ........................................................... 45 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 45 2 ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO .............................................................................. 45 2.1 MUNDO DO EMPREGO X MUNDO DO TRABALHO ........................................................ 45 2.2 DIMENSIONAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO .......................................................... 46 2.3 ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO ........................................................................... 46 2.4 RELAÇÃO ENTRE OFERTA (EXTERNA) E DEMANDA (INTERNA) DE RECURSOS HUMANOS ................................................................................. 49 2.5 VISÃO INOVADORA DE RECRUTAMENTO: AS REDES SOCIAIS .................................. 51 sumáRio VIII RESUMO DO TÓPICO 3.................................................................................................................... 53 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 54 UNIDADE 2 - DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS............................................................... 55 TÓPICO 1 - COMPETÊNCIAS E DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL: NECESSIDADE OU MITO? .............................................................................................................. 57 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 57 2 COMPETÊNCIAS E DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL: NECESSIDADE OU MITO? ........................................................................................................... 57 2.1 GESTÃO DE COMPETÊNCIAS: ARTICULANDO INDIVÍDUOS, ORGANIZAÇÕES E SOCIEDADE ........................................................................................... 57 2.2 COMPETÊNCIAS EM EMPRESAS BRASILEIRAS ................................................................ 64 2.3 REMUNERAÇÃO POR COMPETÊNCIAS ............................................................................. 66 2.4 CERTEZAS E INCERTEZAS DA APLICAÇÃO, NO COTIDIANO DA ORGANIZAÇÃO .......... 68 2.5 AS ETAPAS DE GESTÃO DE COMPETÊNCIAS .................................................................... 69 LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................................... 72 RESUMO DO TÓPICO 1.................................................................................................................... 76 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 77 TÓPICO 2 - EDUCAÇÃO CONTINUADA E A CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CORPORATIVO ................................................................................... 79 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 79 2 EDUCAÇÃO CONTINUADA E A CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CORPORATIVO .................................................................................................................................. 79 2.1 APRENDIZAGEM, DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E A NOÇÃO DE MUDANÇA .................................................................................................... 79 2.2 INVESTIMENTO EM P&D SOBRE A EDUCAÇÃO CONTINUADA E DESENVOLVIMENTO CORPORATIVO ................................................................................. 83 2.3 CRIATIVIDADE INDIVIDUAL E EM GRUPOS ..................................................................... 86 2.4 ENSINO A DISTÂNCIA NOS PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO ................................... 89 RESUMO DO TÓPICO 2.................................................................................................................... 90 AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 91 TÓPICO 3 - APRENDIZAGEM INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL ................................. 93 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 93 2 APRENDIZAGEM INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL .................................................... 93 2.1 A GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL .................................................. 93 2.2 COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS ................................................................................ 96 2.3 O AUTODESENVOLVIMENTO E A PERSPECTIVA DE APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL .................................................................................................................. 96 2.4 INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES EFICAZES ........................................ 98 2.5 TEORIA HIERÁRQUICA DAS NECESSIDADES .................................................................. 99 2.6 TEORIA X e Y ............................................................................................................................. 102 2.7 TEORIA DOS DOIS FATORES DE HERZBERG ................................................................... 103 2.8 TEORIA DO REFORÇO ............................................................................................................ 106 2.9 TEORIA DA EXPECTATIVA .................................................................................................... 107 2.10 TEORIA DA AUTOEFICÁCIA .............................................................................................. 108 2.11 TEORIA DA EQUIDADE ....................................................................................................... 109 2.12 TEORIA DA FIXAÇÃO DE METAS ..................................................................................... 110 2.13 TEORIA DA AÇÃO ................................................................................................................. 112 LEITURA COMPLEMENTAR ......................................................................................................... 113 IX RESUMO DO TÓPICO 3.................................................................................................................. 118 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................................... 119 UNIDADE 3 - RH EM BUSCA DA FLEXIBILIDADE ................................................................ 121 TÓPICO 1 - RESPOSTAS DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS À REALIDADE FLEXÍVEL ................................................................................................................... 123 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 123 2 RESPOSTAS DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS À REALIDADE FLEXÍVEL ............................................................................................................ 123 2.1 AS FERRAMENTAS DE GESTÃO DE PESSOAS CRIADAS NOS ANOS 80 E 90 PARA A MODERNIDADE ............................................................................. 123 2.2 RETENÇÃO DE TALENTOS ................................................................................................... 123 2.3 CULTURA ORGANIZACIONAL COM FERRAMENTA DE RETENÇÃO DE TALENTOS ................................................................................................... 125 2.4 O ENDOMARKETING COMO FERRAMENTA DE GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS ..................................................................................................126 2.4.1 Conceitos de endomarketing ............................................................................................. 127 2.4.2 Objetivos de endomarketing .............................................................................................. 129 2.4.3 A importância do endomarketing .................................................................................. 130 2.4.4 As contribuições do endomarketing ................................................................................. 132 LEITURA COMPLEMENTAR ......................................................................................................... 133 RESUMO DO TÓPICO 1.................................................................................................................. 137 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................................... 138 TÓPICO 2 - FORMANDO O GESTOR DE RH: NOVOS OLHARES PARA O SÉCULO XXI................................................................................................. 139 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 139 2 COOPERATIVISMO COMO ALTERNATIVA ESTRATÉGICA ........................................... 139 3 OS IMPACTOS DO PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS ................................................................................... 140 RESUMO DO TÓPICO 2.................................................................................................................. 143 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................................... 144 TÓPICO 3 - GARANTIR A PRÁTICA DO NOVO MODELO DE GESTÃO DE RH .......... 145 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 145 2 AS RELAÇÕES E PARCERIAS – UMA PERSPECTIVA INTRA E INTERORGANIZACIONAL ........ 145 3 O NOVO PAPEL DE RECURSOS HUMANOS ........................................................................ 146 4 PESSOAS COMO PARCEIROS E NÃO COMO RECURSOS ............................................... 146 5 CONDIÇÕES PARA GARANTIR A PRÁTICA DO NOVO MODELO DE GESTÃO DE RH ....... 147 6 GRUPOS E EQUIPES DE TRABALHO: UMA ESTRATÉGIA DE GESTÃO ATUALIZADA .........147 7 A ADMINISTRAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.................................................................................. 148 RESUMO DO TÓPICO 3.................................................................................................................. 152 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................................... 153 TÓPICO 4 - ATITUDES E CULTURA ORGANIZACIONAL NA MUDANÇA DOS PAPÉIS ........155 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 155 2 CULTURA E PODER NAS ORGANIZAÇÕES ........................................................................ 155 2.1 CONCEITOS DE CULTURA .................................................................................................... 155 2.2 CULTURA ORGANIZACIONAL: GERENCIÁVEL, HOMOGÊNEA E QUANTIFICÁVEL? ....... 157 2.2.1 Elementos culturais na organização .............................................................................. 158 X 2.3 AS TRAMAS DO PODER E O PENSAMENTO ESTRATÉGICO ....................................... 162 2.4 A APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL: UMA ESTRATÉGIA PARA MUDANÇAS ...... 164 2.5 O AUTODESENVOLVIMENTO E A PERSPECTIVA DE APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL ................................................................................................................ 164 RESUMO DO TÓPICO 4.................................................................................................................. 166 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................................... 167 TÓPICO 5 - CARREIRA NA ESCOLHA PROFISSIONAL: ADMINISTRATIVA E PROFISSIONAL ................................................................................................................................ 169 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 169 2 CARREIRA NA ESCOLHA PROFISSIONAL: ADMINISTRATIVA E PROFISSIONAL ................................................................................... 169 2.1 AUTOCONHECIMENTO NA ALAVANCAGEM COMPETITIVA ................................... 170 2.2 DA ESPECIALIZAÇÃO À VOCAÇÃO: A EDUCAÇÃO DO SÉCULO XXI .................... 172 2.3 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: MUITAS DEFINIÇÕES E INÚMEROS SIGNIFICADOS ............................................................................................. 173 RESUMO DO TÓPICO 5.................................................................................................................. 174 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................................... 175 TÓPICO 6 – AGINDO ESTRATEGICAMENTE: CONSULTORIA INTERNA DE RECURSOS HUMANOS.................................................................................................................. 177 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 177 2 CONSULTORIA INTERNA EM RECURSOS HUMANOS .................................................... 177 2.1 O CONSULTOR INTERNO E O SEU PAPEL DENTRO DA ORGANIZAÇÃO .............. 177 2.2 A CONSULTORIA INTERNA E AS FASES DE IMPLEMENTAÇÃO .............................. 179 2.3 OS DESAFIOS DO MODELO DE CONSULTORIA INTERNA EM RECURSOS HUMANOS ....................................................................................................179 LEITURA COMPLEMENTAR ......................................................................................................... 180 RESUMO DO TÓPICO 6.................................................................................................................. 184 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................................... 186 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 187 1 UNIDADE 1 TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir desta unidade, você será capaz de: • identificar as etapas históricas do processo de gestão de pessoas; • descrever as características da administração científica; • identificar a escola de relações humanas como iniciadora da administração estratégica de pessoas; • descrever as etapas e a evolução do RH para gestão estratégica de pessoas; • identificar as mudanças ocorridas no mundo do trabalho; • analisar o mercado de trabalho. Esta primeira unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles você encontrará atividades que contribuirão para sua reflexão e análise dos conteúdos explorados. TÓPICO 1 – TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO TÓPICO 2 – AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO TÓPICO 3 – ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO 2 3 TÓPICO 1 UNIDADE 1 TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO 1 INTRODUÇÃO Caro(a) acadêmico(a), a seguir faremos uma retrospectiva pelos caminhos que o RH já percorreu, trazendo esta área de Recursos Humanos para uma visão mais estratégica. 2 INTRODUÇÃO ÀS METAMORFOSES DO MUNDO DO TRABALHO NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO 2.1 ATUAL CENÁRIO EM GESTÃO DE PESSOAS E DESENVOLVIMENTO DEPESSOAS As organizações têm sofrido drásticas e importantes transformações como resposta às exigências a diferentes fenômenos como globalização, desenvolvimento científico e tecnológico, entre outros. Essas transformações vão além das estruturas organizacionais, produtos, serviços ou mercados. Elas referem-se, principalmente, aos padrões comportamentais ou culturais e políticas organizacionais. As organizações têm buscado resgatar o lado mais humano de seus colaboradores. As empresas passaram por muitos desafios desde a década de 80. E diante destes desafios, tiveram que realizar algumas ações para poderem se assegurar no mercado. Ações, como: reengenharia, terceirização, downsizing, estas ações suscitaram consequências às pessoas. Em uma busca de revitalizar a relação organização e indivíduo, a partir da década de 90, foram realizados questionamentos quanto à forma que vinha sendo desenvolvida a administração de Recursos Humanos. Um desses questionamentos foi a terminologia que as pessoas deveriam não mais serem tratadas, isto é, eram tratadas como recursos e eram administradas, mas devem ser vistas e tratadas como parceiras, portanto, serem geridas. UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 4 Segundo Chiavenato (2004), as organizações dependem de pessoas para poder funcionar. Por isso, não se pode considerar os trabalhadores somente do ponto de vista, da produtividade, mas também pela qualidade de vida no trabalho, que envolve a satisfação profissional e pessoal. FONTE: Disponível em: <www.cgu.rei.unicamp.br/carreira/.../Manual_METODOLOGIA.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2012. O contexto da gestão de pessoas é formado por pessoas e organizações. Separar o trabalho da existência das pessoas é muito difícil, quase impossível, em face da importância e impacto que nelas provoca. As pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro das organizações e elas dependem dos indivíduos para poderem funcionar e alcançar sucesso. De um lado, o trabalho toma considerável tempo de vida, do esforço das pessoas, que dele depende para a subsistência e o sucesso pessoal. FONTE: Disponível em: <www.administradores.com.br/...se/...pessoas.../download/>.Acesso em: 17 ago. 2012. A relação empresa-indivíduo e indivíduo-empresa é complementar. Ou seja, nestas duas dimensões há uma relação de reciprocidade: a empresa tem objetivos e para o alcance destes objetivos necessita de pessoas, assim como o indivíduo, que possui seus objetivos pessoais e para atingi-los necessita da empresa, de um lugar para trabalhar. A questão é que por um longo período da administração esta relação ficou muito desequilibrada, onde as organizações esqueceram que seus colaboradores são pessoas dotadas de razão e emoção. Na verdade, por um bom tempo o lado humano foi ignorado. Hoje, a gestão de pessoas vem recuperar o lado humano das pessoas. No novo modelo de gestão de pessoas, busca-se o equilíbrio permanente entre as pessoas e a organização. Para isso, o gestor busca garantir esse equilíbrio por meio do conjunto de políticas e práticas organizacionais que suportem e que sirvam de base tanto do equilíbrio, quanto dos processos. A gestão de pessoas tem sido a responsável pela excelência de organizações bem- sucedidas e pelo aporte de capital intelectual que simboliza, mais do que tudo, a importância do fator humano em plena era do conhecimento. FONTE: Adaptado de: <www.egaion.com.br/pdf/gestaodepessoas.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2012. Administrar com pessoas significa tocar a organização juntamente com os colaboradores e os parceiros internos que mais entendem dela e de seu futuro. Trata-se de uma nova visão das pessoas, não mais como recursos, TÓPICO 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO 5 mas como parceiros, como um sujeito ativo e provocador das decisões, empreendedor das ações e criador da inovação dentro das organizações. Um agente proativo, dotado de visão própria, de inteligência e sofisticada habilidade humana. (RIBEIRO, 2005). FONTE: Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAANjwAC/gp-apostila>. Acesso em: 17 ago. 2012. Tem-se uma nova forma de gestão de pessoas, embora se fale também em gestão de talentos, gestão de parceiros, gestão do capital humano, gestão do capital intelectual etc. As empresas vêm aderindo a estas mudanças, percebendo seu até então empregado como parceiro da organização, incentivando sua participação nas decisões e usando o máximo de talentos das pessoas para obtenção de sinergia para o desenvolvimento. (GIL, 2008). O gestor de pessoas não deixa de ser um administrador de Recursos Humanos. Compete-lhe desenvolver os processos de suprimento, aplicação, desenvolvimento, manutenção e monitoração de pessoas. No entanto, precisa desenvolver novas atitudes e posturas. Precisa ver as pessoas como parceiras da organização, precisa tratá-las como elementos que impulsionam a organização e não como agentes passivos. (RIBEIRO, 2005). FONTE: Disponível em: <www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_12/copiar.php?...de>. Acesso em: 17 ago. 2012. UNI Reflita sobre os “velhos” papéis que serão destacados a seguir, segundo Ribeiro (2005). Será que eles ainda não estão muito presentes em nossas organizações? • Controlar rigidamente a carreira de funcionários. • Manter as escalas salariais em segredo. • Manter tudo que diga respeito a RH em um clima cheio de mistérios e segredos. • Conservar a imagem de RH com um departamento fechado e a parte da organização. • Valorizar excessivamente a área, em detrimento dos objetivos estratégicos da empresa. • Oferecer treinamento massivo. Caro(a) acadêmico(a), infelizmente muitas organizações ainda possuem os comportamentos citados acima. UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 6 2.2 AS NECESSIDADES DAS MUDANÇAS DO TRABALHADOR E DA EMPRESA O futuro reserva para as instituições muita inquietação, segundo Gil (2008), com relação à economia e à política. Analisando o título de alguns livros, identificamos esta inquietação: o fim da história, o fim do estado-nação, o fim do emprego, o fim do papel-moeda, o fim da concorrência... E quem gerencia pessoas sente as influências destas mudanças. Pode-se afirmar que a ciência da administração vem sendo desafiada a superar um número cada vez maior de desafios decorrentes das mudanças que passa o mundo contemporâneo. Uma destas mudanças é o declínio da economia de base industrial e o surgimento de uma nova economia, caracterizada por um novo recurso: o conhecimento, ou seja, a matéria- prima principal das organizações agora é o conhecimento. FONTE: Disponível em: <blog.newtonpaiva.br/seer_3/index.php/RevistaPos/article/.../32/34>. Acesso em: 17 ago. 2012. A riqueza, como afirma Gil (2008), passa a ser gerada pela aplicação do conhecimento do que pelo próprio trabalho, e as oportunidades de crescimento e desenvolvimento residem na transformação das organizações em negócios ligados ao conhecimento. FONTE: Disponível em: <www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/.../1989_1185.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2012. Percebe-se que a gestão de pessoas tende a tornar-se o mais importante setor da administração. Como afirma Ulrich (2000), o desafio é o da mudança e mais mudança. DICAS Caro(a) acadêmico(a), para aprofundar mais estas questões leia: ULRICH, Dave. Os campeões de recursos humanos – Inovando para obter os melhores resultados. São Paulo: Futura, 1998. O gestor deve ter habilidades e atitudes que enriquecem o valor da empresa diante de clientes, fornecedores, funcionários e de todos seus stackeholders. Quem trabalha como gestor de pessoas passa a assumir um papel de liderança para ajudar a alcançar a excelência organizacional necessária para TÓPICO 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO 7 alcançar competitividade diante da concorrência. Para tanto, o profissional precisa estar preparado, segundo Ribeiro (2005), aenfrentar tais transições: Da ação operacional para a estratégia. Do caráter administrativo para o consultivo. Do reativo para o preventivo. Do policiamento para parceria. Da preservação cultural para a mudança cultural. Da estrutura hierárquica para a estrutura enxuta. Do foco na atividade para o foco nas soluções. Do foco interno pra o foco no consumidor. Da ênfase na função para a ênfase no negócio. Do planejamento a curto prazo ao longo prazo. Da ênfase nos procedimentos para a ênfase nos resultados. Do isolamento ao benchmarking. Da rotina operacional para a consultoria. Da busca pela eficiência interna para a eficácia organizacional. Da administração de pessoal para a gestão de talentos. Da ênfase no controle para a ênfase na liberdade. Assim, delineia-se um novo perfil para esse profissional de RH que precisa ser capaz de: 1 Atender usuários internos e externos: os dois públicos internos e externos são de extrema importância e relevância ao gestor de pessoas. 2 Manter-se aberto para novas tecnologias administrativas: o gestor abandona a imagem tradicional de normatizador e fiscalizador de políticas, mas assegura que o trabalho vai ser realizado. 3 Proprorcionar à organização empregados capacitados e motivados: um profissional que acredite serem as pessoas o maior patrimônio da empresa tem a obrigação de lhes proporcionar reconhecimento. 4 Preocupar-se com a qualidade de vida no trabalho: garantir um ambiente de trabalho atraente e capaz de proporcionar-lhes a satisfação da maioria das necessidades individuais. 5 Agregar valor aos empregados, à empresa e aos clientes: preocupar-se com o alcance dos objetivos tanto da organização quanto dos empregados e dos clientes. 6 Atuar como agente de mudança: desenvolver a capacidade da organização e das pessoas aceitarem as mudanças. 7 Manter um comportamento ético e socialmente responsável: os princípios éticos devem nortear todas as atividades da organização. UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 8 2.3 AS EXIGÊNCIAS DO MERCADO PARA MANTER A VANTAGEM COMPETITIVA A economia passou por profundas mudanças: os avanços tecnológicos, a globalização, o aumento do nível de exigência dos consumidores, a padronização de mercado. Todas estas situações foram determinantes para o aumento da competitividade nas organizações. As empresas, como destaca Abadde (2010), estão buscando concentrar suas forças nas atividades centrais de seus negócios (core competences). Ou seja, buscam se especializar em algo bem específico, para dominarem aquela especificidade, o core competences é visto como fonte de vantagem competitiva. Mas, para seu desenvolvimento é necessário um grande envolvimento e comprometimento por parte dos colaboradores da organização para que diante de tal comprometimento a empresa otimize seus recursos. Diante deste contexto, novas demandas emergem como, a valorização do conhecimento e a necessidade dos líderes não somente darem ordens, mas construírem uma relação de trabalho participativa e autônoma. Portanto, a necessidade do desenvolvimento de boas relações interpessoais. A necessidade de valorização do capital humano. 2.4 A VANTAGEM COMPETITIVA DO FATOR HUMANO E AS ORGANIZAÇÕES Diante do determinismo do ambiente externo (mercado), o ambiente organizacional vem se transformando e se ajustando ao novo cenário imposto. A evolução tecnológica, a economia, as novas políticas de mercado internacional tornam as organizações cada vez mais competitivas. Com produtos e serviços oferecidos pelas diversas partes do mundo a disputa por clientes está acirrada. Estratégias relacionadas a preço, produto, pontos de vendas são atualizadas e revisadas com frequência. No entanto, são estratégias facilmente copiadas pela concorrência. A diferenciação que torna realmente uma empresa com vantagem competitiva vem de pessoas. Logo, os gestores descobrem práticas intangíveis como a busca e retenção de pessoas. O enfoque, no momento de hoje, é sobre o indivíduo, aquele que ficou por muito tempo subordinado a regras, imposições, à obsessão de resultados a qualquer preço. Um ser essencial nas organizações e que ficou sufocado pela influência da administração científica, pela burocracia. Hoje, esse indivíduo deve sim, ser visto, respeitado, valorizado, para poder ter forças, vontade, coragem, de contribuir para resultados na organização. Somente assim, trará resultados eficazes que edificarão a organização. TÓPICO 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO 9 UNI Lembre-se! Pessoas são complexas e possuem muitas riquezas, mas conseguem disseminar estas riquezas somente quando se identificam com algo. Como, esquecer-se de quem realmente faz a diferença dentro de nossas estruturas organizacionais? A crescente valorização do capital humano e da capacidade da pessoa fazer diferente para os resultados organizacionais, tem estimulado práticas de gestão estratégica de recursos humanos voltados não só para retenção de pessoas, mas também ao comprometimento das pessoas com os objetivos organizacionais. Uma organização inclusive pode seguir entre dois caminhos de gestão de pessoas: a estratégia do controle e a estratégia do comprometimento das pessoas com os objetivos organizacionais. Na estratégia do controle, os empregados são vistos, como: números, custos e recursos substituíveis, enquanto na segunda são parceiros no trabalho. Essas concepções de gestão se refletem nas políticas de recursos humanos. A gestão estratégica de RH, além de estar dando ênfase na retenção de talentos, tem descentralizado as responsabilidades na gestão de pessoas, isto é, todos os gerentes da organização são responsáveis pela gestão de RH. UNI Será que o discurso sobre gestão de RH, ainda está em oposição a práticas que ainda remontam ao departamento de pessoal? 2.5 INDÚSTRIA CRIATIVA: DEFINIÇÕES E PERSPECTIVAS Infelizmente, ainda temo muitos entraves nas organizações para um clima propício de inovação e criatividade. Talvez um dos motivos destes entraves seja o medo de transgredir regras e normas. Toda a burocracia instituída na organização, de certa forma, traz segurança aos seus gestores e inovar, criar traz o rompimento desta segurança. Toda organização que não for criativa, desenvolvendo novos produtos e não estando inserida em novas descobertas, está fadada a ser superada (DUAILIBI, SIMONSEN, 1990). UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 10 A sobrevivência e a expansão somente ocorrem em meio ao mundo organizacional, através da diversificação de seus produtos, de novos insights de demandas de mercado através da agregação de excelentes colaboradores. (ALENCAR, 1993). Acadêmico(a)! Veja a importância e a necessidade de se estimular o processo criativo nas organizações. E veja como o ser humano com sua participação tem uma condição indispensável! Para Torrance (1976), a criatividade é a busca de preenchimento de lacunas no conhecimento, a busca de soluções de problemas através da formulação de hipóteses (relacionadas à comunicação de resultados). 11 Neste tópico, vimos que: ● As organizações têm sofrido drásticas e importantes transformações como resposta às exigências a diferentes fenômenos como globalização, desenvolvimento científico e tecnológico, entre outros. ● O contexto da gestão de pessoas é formado por pessoas e organizações. Separar o trabalho da existência das pessoas é muito difícil, quase impossível, em face da importância e impacto que nelas provoca. ● A riqueza, como afirma Gil (2008), passa a ser gerada pela aplicação do conhecimento do que pelo próprio trabalho, e as oportunidades de crescimento e desenvolvimento residem na transformação das organizações em negócios ligados ao conhecimento. ● A diferenciação que torna realmente uma empresa com vantagem competitiva vem de pessoas. Logo, os gestores descobrem práticas intangíveis como a buscae retenção de pessoas. RESUMO DO TÓPICO 1 12 1 Qual fenômeno ocasionou a mudança do termo administração de recursos humanos para gestão de pessoas? 2 Quem trabalha como gestor de pessoas passa a assumir um papel de liderança para ajudar a alcançar a excelência organizacional. Para tanto, o profissional precisa estar preparado e enfrentar quais transições? 3 Como ocorre a sobrevivência e a expansão em meio ao mundo organizacional? AUTOATIVIDADE 13 TÓPICO 2 AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO Caro(a) acadêmico(a), as transformações no mundo do trabalho se apresentam, constantemente e as organizações, além de acompanhar tais dinâmicas, devem se ajustar aos novos cenários. Os próprios processos de RH precisam ser ajustados para que haja sintonia entre mundo do trabalho, pessoas e organizações. 2 TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO – CENÁRIO ATUAL 2.1 COMPREENDENDO AS TRANSFORMAÇÕES NAS RELAÇÕES DE TRABALHO NO SÉCULO ATUAL: FIM DO EMPREGO FORMAL A gestão da produção industrial tornou-se imprescindível a partir de 1880. Nesta época, mesmo havendo altas taxas de lucro, ocorria em contrapartida um desperdício desproporcional. Buscando uma solução para tais desperdícios em 1903, publica-se nos Estados Unidos o livro Shop Management de Taylor, que era engenheiro, e cuja primeira atividade profissional fora de mestre em uma fábrica. Taylor ocupava seu tempo com experiências destinadas a aumentar a eficiência do trabalho. Em 1911, publica seu livro mais conhecido: Os princípios da administração científica que ressaltou o conceito do “homem certo no lugar certo”, o estudo dos tempos e movimentos, e a racionalização da produção industrial. (SILVA, 2006). Administração científica de Taylor, como afirma o autor Maximiniano (2004), lançou alguns princípios como: salários altos e custos baixos de produção, identificação da melhor maneira de executar tarefas, seleção e treinamento de pessoal, cooperação entre administração e trabalhadores. Taylor interessava-se pelos métodos e sistemas de racionalização do trabalho na linha de produção, enquanto vindo de uma formação francesa temos Fayol que foi outro autor que contribuiu para a administração científica. UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 14 Fayol, tendo sua experiência como administrador de cúpula, conduziu uma análise lógico dedutiva para estabelecer os princípios da boa administração, voltada para a definição das tarefas dos gerentes executivos. FONTE: Disponível em: <www.castroalves.br/iniciacientifica/eor1811.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2012. O estilo de Fayol é esquemático e bem-estruturado. É dele a clássica divisão das funções do administrador em planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar. Os contemporâneos de Taylor e Fayol foram Frank e Lílian Gilbreth, que escreveram vários trabalhos sobre a aplicação da “administração científica” em sua empresa de construção civil, reunidos sob o nome de The WrittingoftheGilbreths, Spiegeland Myers, livro que figura como um clássico da administração. Esses trabalhos cuidaram principalmente dos estudos de tempo e movimento, mas sua particularidade está na tentativa de Lílian Gilbreth aplicar a psicologia à administração, numa época em que muito pouca gente se preocupava com isso. (MOTTA; VASCONCELOS, 2002). FONTE: Disponível em: <s-www.cengage.com.br/downloadCapituloParcLivro.do;jsessionid...>. Acesso em: 17 ago. 2012. Ainda para fundamentar e consolidar a administração científica Henry Ford, o pioneiro da indústria automobilística americana destacava que para diminuir os custos, a produção deveria ser em massa, em grande quantidade e que o trabalho deveria ser altamente especializado, realizando cada operário uma única tarefa. Ford propôs ainda boa remuneração e jornada de trabalho menor para aumentar a produtividade dos operários. (GIL, 2008). FONTE: Adaptado de: <www4.ifes.com.br/biblioteca/repbib/000000/000000AF.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2012. A seguir, no quadro, uma representação do movimento da administração científica, apresentado por Motta (1974): QUADRO 1 – MOVIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA Concepção da organização Relações adminis-tração empregados Sistema de incentivos Concepção da natureza humana Resultados Organização formal Identidade de interesses Incentivos monetários Homo economicus Máximos FONTE: Motta (1974) TÓPICO 2 | AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO 15 IMPORTANT E Muitos autores ressaltam que o movimento da administração científica foi uma das primeiras bases das organizações industrial. Veja, será que em nossas organizações atuais ainda não temos a administração científica como base de uma organização? Esta visão de homem, na administração científica, mudou com a tão famosa experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e sua equipe, surgindo a escola das relações humanas. A partir desta experiência, o comportamento humano começa a ser visto como o elemento crucial, como o verdadeiro objeto do estudo das organizações. O movimento da valorização das relações humanas no trabalho surgiu da constatação da necessidade de considerar a relevância dos fatores psicológicos e sociais na produtividade. (GIL, 2008). FONTE: Disponível em: <http://www.artigonal.com/gestao-artigos/a-administracao-de-recursos- humanos-1153930.html>. Acesso em: 17 ago. 2012. Assim, temas como comunicação, motivação, liderança passaram a ser considerados na administração. Acadêmico(a), a experiência de Hawtorne está detalhada na Leitura Complementar. Sugere-se uma leitura com bastante dedicação. ATENCAO Outros dois autores importantes da Escola de Relações Humanas foram Roethlsberger e Dickson, representado pela sua obra Management and the Worker. Eles propuseram um modelo de organização como sistema social, segundo eles, a organização industrial tem duas funções: a eficiência técnica: produzir o produto de modo eficiente a baixo custo. Essa função está ligada à busca de um equilíbrio externo entre a organização e o mercado de fornecedores, demanda e competição. E a eficiência social: criar e distribuir satisfação e realização para os membros da organização. Essa função estaria ligada à busca de equilíbrio interno entre as necessidades dos indivíduos e as necessidades da organização. (MOTTA; VASCONCELOS, 2002). FONTE: Adaptado de: <www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/dissertacoes/.../lucimar.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2012. UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 16 O movimento das relações humanas trouxe um desafio à função de chefe. Este movimento mudou a relação empregador – empregado, enquanto a escola clássica operava à base da força e do autocratismo. O novo movimento propunha trazer produtividade pela eliminação de conflitos. Follet, Mayo, Roethlisberge, Dickson, Leavitt, McGregor e outros fizeram nascer dessa escola o homo social em substituição do homem economicus. (MARRAS, 2009). A escola das relações humanas, na visão de Gil (2008), trouxe relevância ao fator humano na empresa, onde proporcionou a integração do indivíduo numa situação de trabalho, fazendo os trabalhadores colaborarem com a empresa e até encontrarem satisfação de suas necessidades sociais e psicológicas. Chester Barnard realizou a análise da organização formal para grupos informais. “As organizações informais são necessárias ao funcionamento da organização formal, como um meio de comunicação, coesão e proteção da integridade individual. “Os trabalhos de Barnard são da década 30, e esse autor se diferenciava dos outros, porque tinha experiência prática como gerente”. Em sua obra “As funções do executivo”, enfatiza as tensões entre o indivíduo e a organização. Ele observa que as organizações são construídas com fins específicos e determinados, porém empregam indivíduos que possuem objetivos diversos e interesses próprios que podem não se coadunar com os da organização.Ele reconhece a natureza única de cada indivíduo, que detém poder de escolha e vontade própria. E ainda, que as organizações são sistemas cooperativos que emergem porque os indivíduos, que detêm objetivos próprios, não podem realizar estes objetivos sozinhos, então se associam a fim de satisfazê-los. FONTE: Disponível em: <www.uniriotec.br/~simone/Analise%20Empresarial/.../5_TGA.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2012. As organizações são assim meios para a satisfação de objetivos individuais (MOTTA; VASCONCELOS, 2002). IMPORTANT E Jamais esqueça! As organizações precisam dos indivíduos para conseguir seus objetivos e os indivíduos precisam das organizações para atingir seus objetivos pessoais. Esta reciprocidade jamais pode ser esquecida. TÓPICO 2 | AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO 17 Após a Segunda Guerra Mundial, nas relações industriais, emergiu muito o poder dos sindicatos trabalhistas. Esta situação determinou mudanças na administração de pessoas nas organizações, onde as atividades se restringiram às rotinas de pessoal orientadas pelo enfoque legal e disciplinar. Em virtude desta nova relação de forças, as empresas se preocuparam mais com as condições de trabalho e a concessão de benefícios a seus colaboradores. Passaram também a negociar com as entidades representativas dos trabalhadores. Como resultado houve alteração das estruturas voltadas à administração de pessoal. A seção de pessoal deu origem ao departamento de relações industriais e alterou o perfil de seus dirigentes. FONTE: Disponível em: <http://www.artigonal.com/gestao-artigos/a-administracao-de-recursos- humanos-1153930.html>. Acesso em: 17 ago. 2012. Na década de 60, os termos administração de pessoal e relações industriais foram substituídos pela expressão administração de recursos humanos. O aparecimento do termo “administração de recursos humanos” deve-se à introdução de conceitos originários da Teoria Geral dos Sistemas à gestão de pessoal. FONTE: Disponível em: <www.inpeau.ufsc.br/wp/wp-content/BD_documentos/.../IX-1132.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2012. Nas ciências físicas e biológicas, o conceito de sistema já foi há muito tempo usado e a partir da década de 50, o conceito passou a ser utilizado também nas ciências sociais, a ponto de tornar-se comum a classificação das atividades administrativas em sistemas: de produção, de recursos humanos etc. (GIL, 2008). “Sistema é um conjunto de elementos unidos por alguma forma de interação ou interdependência, uma combinação de partes, formando um todo unitário”. (GIL, 2008, p. 21). Logo, percebe-se que a empresa também é um sistema. Várias partes interagindo entre si para uma finalidade comum. E o que caracteriza a administração de recursos humanos é justamente a adoção do enfoque sistêmico. Vamos agora, entender um pouco de como fica a administração de recursos humanos como o enfoque sistêmico. Em seguida, Gil (2008) destaca alguns pontos: ● Interdependência das partes: o sistema de administração de recursos humanos pode envolver muitos subprocessos, como: recrutamento e seleção; treinamento e desenvolvimento, entre outros. ● Ênfase no processo: a organização não é uma estrutura estática, mas sim está em mudança contínua. UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 18 ● Multidisciplinaridade: uma organização sistêmica busca contribuições dos mais diversos campos do conhecimento: psicologia, sociologia... O RH também deve ser constituído por uma diversidade de modelos mentais. ● Concepção multicausal: sempre deve considerar o contexto. ● Caráter multimotivacional: a compreensão que os atos humanos podem ser determinados por múltiplos motivos. O caráter multimotivacional também transpassa a questão da reciprocidade de satisfação de objetivos, ou seja, organizações e as pessoas possuem seus objetivos, e ambas precisam satisfazê-los. ● Participação: requer a participação e envolvimento de todos da organização. ● Abertura: o adequado funcionamento de uma organização sistêmica necessita de permanente abertura em relação ao ambiente. ● Ênfase nos papéis: os membros de uma organização precisam estar permanentemente informados acerca do que deles se espera. Por 1945, surge o behaviorismo (comportamentalismo), onde surgem os primeiros estudos sobre liderança, autocratismo, democracia no trabalho e motivação humana. É neste cenário, que começa ser valorizada a função de “cuidar do pessoal”. A função de chefe de pessoal ganha status de gerência. Esta função sobe um degrau no conceito organizacional e na estrutura piramidal. Observe no quadro a seguir que, segundo Marras (2009), o ganho não foi somente na nomenclatura, nem só de status, a função de gerente de RH ganhou diversas subáreas que passaram a lhe dar uma abrangência muito maior: QUADRO 2 – ÁREAS DE RESPONSABILIDADE DA FUNÇÃO DE PESSOAL ÁREAS DE RESPONSABILIDADE DE FUNÇÃO DE PESSOAL Gerente de RH Gerente de RI Chefe de pessoal De 1970 até 1999 De 1950 a 1970 Até 1950 Controles de frequência Controles de frequência Controles de frequência Faltas ao trabalho Faltas ao trabalho Faltas ao trabalho Pagamentos Pagamentos Pagamentos Admissões e Demissões Admissões e Demissões Admissões e Demissões Cumprimento da CLT Cumprimento da CLT Cumprimento da CLT Serviços gerais Serviços gerais Medicina e Higiene Medicina e Higiene Segurança industrial Segurança industrial Contencioso trabalhista Contencioso trabalhista Cargos e Salários Cargos e Salários TÓPICO 2 | AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO 19 Benefícios Benefícios Recrutamento e Seleção Recrutamento e Seleção Treinamento Treinamento Avaliação de desempenho Qualidade de vida Desenvolvimento gerencial Relações trabalhistas Sindicalismo Desenvolvimento Organizacional Estrutura Organizacional FONTE: Marras (2009) 2.2 TRANSIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE RH PARA GESTÃO DE PESSOAS Segundo Tose (1997), podem-se destacar cinco fases na evolução do perfil profissional de RH e suas respectivas épocas, conforme segue: Fase 1 – (antes de 1930): a fase contábil caracterizava-se pela preocupação existente com os custos da organização. Comprava-se mão de obra, e as entradas e saídas provenientes dessa conta deveriam ser registradas contabilmente. FONTE: Disponível em: <www.lo.unisal.br/sistemas/professores/elcio/.../RH%20-%20Inicio.ppt>. Acesso em: 17 ago. 2012. Fase 2 – (1930 a 1950): a fase legal registrou o aparecimento da função de chefe de pessoal, cuja preocupação estava no acompanhamento e na manutenção das recém-criadas leis trabalhistas da era getulista. O poder até então centrado nos feitores (chefes de produção) sobre os empregados passou para as mãos do chefe de pessoal pelo domínio exercido sobre as regras e normas jurídicas. Fase 3 – (1950 a 1965): a fase tecnicista foi a que trouxe para o Brasil o modelo americano de gestão de pessoas e que trouxe a função de RH aos status de gerência. Nesta fase, a área de RH passou a operacionalizar serviços como de recrutamento e seleção, treinamento, cargos e salários, entre outros. Fase 4 – (1965 a 1985): a fase administrativa, nesta fase a mudança na denominação e na responsabilidade do até aqui gerente de relações industriais. O cargo passou a ser gerente de recursos humanos. Pretendia- UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 20 se com esta mudança transferir a ênfase em processos burocráticos e operacionais para responsabilidades de ordem mais humanísticas. (indivíduos e suas relações). FONTE: Adaptado de: <www.ateneusantista.com.br/.../Material%20para%20Download/ Apost...>.Acesso em: 17 ago. 2012. Fase 5 – (1985 a atual): a fase estratégia. Nesta fase, emergiram as primeiras preocupações de longo prazo, surgiram os primeiros programas de planejamento estratégico de RH. Ainda retomou-se mais enfaticamente a preocupação com o viés do humanismo. O administrador de RH precisou desenvolver um perfil cognitivo, para analisar cenários multidisciplinaresdos indivíduos, não mais como trabalhadores assalariados, mas como parceiros do negócio, ou seja, responsáveis também pelos resultados esperados. IMPORTANT E A busca por melhores práticas no processo de agregar pessoas e retê-las à organização é um processo contínuo de aprender, desaprender e reaprender. Deve-se ter a preocupação de atualizar-se quanto às melhores estratégias para buscar e reter pessoas. Após a revolução industrial, as práticas de administração de pessoas estão em constante evolução. Este desenvolvimento é gerado por uma melhor compreensão da importância do potencial humano. O ambiente organizacional passou por muitas práticas de administração do trabalho. Estas práticas estão representadas no quadro a seguir: QUADRO 3 – MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DO TRABALHO Pessoal tratado Como custo Divisão do trabalho Ênfase no comprometimento 1900 Administração científica Estudo do método autogerenciado 1950 Ergonomia 1970 Abordagem comportamental 1980 Empowerment Trabalho em equipe 2000 Trabalho flexível Pessoal tratado Como recurso FONTE: Adaptado de Slack (2002, p. 303) TÓPICO 2 | AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO 21 Conforme observamos, os modelos de administração do trabalho podem ser classificados, de acordo com o entendimento da função do trabalhador. Pode- se também observar a tendência histórica de valorização do potencial humano para a organização. O trabalhador deixa der ser visto como custo e passa a ser tratado como recurso da empresa. Diante de influências ambientais externas e influências organizacionais internas, tem-se esperado da administração de recursos humanos práticas éticas e socialmente responsáveis; oferta de bens e serviços competitivos e de alta qualidade; qualidade de vida no trabalho. 2.2.1 O fim do emprego formal Gil (2008) destaca o fim da segurança no emprego. Downsizing, reestruturação, cortes de pessoal têm sido uma prática natural nas organizações. Alterações na estrutura de emprego trazem novos modelos de trabalho que são identificados por Medrado (2010): Contratos atípicos. Contratos de tempo parcial. Debilitação do princípio de estabilidade. Maior utilização dos contratos de prazo determinado. Ressurgimento do trabalho em domícilio. Difusão da subcontratação. Expansão da multiplicidade de emprego. Incorporação das mulheres ao mercado de trabalho. Elasticimento da economia submersa. Utilização do contrato de aprendizagem como medida de fomento ao emprego. Revisão da seguridade social, com vista à contenção das despesas respectivas. Na década de 1980, os economistas e os especialistas em mão de obra diziam que na década de 1990 teria escassez de mão de obra. Essa mensagem era animadora. Mas – surpresa! Não funcionou desta maneira. Tanto na década de 1990, como atualmente, encontramo-nos num mercado de trabalho extremamente estreito. E começou uma nova estatística, que não se preocupa em medir simplesmente os números de desempregados, mas os empregos que desapareceram. (BRIDGES, 1995). 2.3 FORMAS NOVAS E TRADICIONAIS DE CONTRATAÇÃO As exigências de mercado levaram os gestores de RH mudarem sua concepção de que suas equipes deveriam ser uniformes. Hoje, o ideal é a heterogeneidade tanto quanto a nacionalidade, raça, valores, hábitos... A diversidade nas organizações passou a ser discutida, porém ainda é pouco praticada e quando praticada é somente para cumprir legislações. UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 22 A partir do momento que as organizações reconhecerem a diversidade humana e adotarem esta diversidade em suas organizações no dia a dia, contratando, por exemplo, mais pessoas portadoras de deficiências físicas, além de ter ganhos na produtividade estarão assumindo um compromisso ético com a sociedade. No entanto, esta diversificação de mão de obra organizacional com pessoas portadoras de deficiência não se tem tornado prática nas empresas. O convencionalismo e a falta de informação são fatores que dificultam estas contratações. Está mais do que na hora de nos adaptarmos ao novo, ao diferente. Isto é mercado de trabalho. UNI Acadêmico(a), a experiência de Hawtorne está detalhada na Leitura Complementar. Sugere-se uma leitura com bastante dedicação. O processo de agregar pessoas à organização é o processo que particularmente irá definir o sucesso de uma organização. Afinal, selecionar pessoas certas para estarem ocupando os cargos e realizando as funções dentro da organização, é sim, o ponto-chave. Hoje se percebe muito descaso e limitações no processo de agregar pessoas. Todos nós já sabemos que ainda contrata-se pelas competências técnicas e demite-se pelas competências comportamentais. Mais uma prova que a subjetividade tem sim influência nas organizações, mas que ainda muitas delas optam pela objetividade. Caro(a) scadêmico(a), é muito mais fácil desenvolver uma competência técnica, através de treinamento, especialização, busca de suporte para um determinada fragilidade que o funcionário tenha, do que desenvolver e mudar o seu comportamento. Como as pessoas constituem o mais importante ativo das organizações, devem ser escolhidas com a maior competência possível. Como Gil (2008) ressalta: as atividades de recrutamento e seleção em muitas empresas não vêm sendo confiadas a um órgão específico, mas a chefias imediatas, e muitas vezes estas chefias não dispõem dos conhecimentos e da experiência necessária. TÓPICO 2 | AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO 23 Nota-se que nem sempre utilizam adequadamente as fontes de recrutamento, o que acaba por reduzir o número de candidatos. Muitas vezes, seleciona-se com base somente no currículo, eliminando os candidatos de boa potencialidade, ou ainda utilizam a entrevista de maneira imperfeita, deixando de obter informações relevantes. FONTE: Adaptado de: <www.youblisher.com/files/publications/25/147811/pdf.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2012. Quando as pessoas responsáveis pela seleção de pessoas não dispõem de conhecimentos, habilidades e atitudes tendem a contratar com base em suas experiências de vida ou na própria imagem. Como consequência, muitas das pessoas contratadas não desempenham de maneira adequada as tarefas que lhe são confiadas. É de extrema necessidade e importância o selecionador ser uma pessoa preparada para tal função tão essencial para o sucesso da organização. Diante da realidade por que passa o mercado de trabalho com o fenômeno denominado "fim do emprego", resultado do processo de globalização, downsizing e reengenharia, observadas fortemente nos anos 90, novas formas de tecnologia gerencial são buscadas como alternativas de empregabilidade .(PAIVA; CORDEIRO, 2002). FONTE: Disponível em: <www.aedb.br/seget/.../850_Art%20Tira%20Magoa%20Seget.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2012. O empreendedorismo surge, neste cenário, como mais um caminho a ser ofertado para solução deste problema. 2.3.1 Planejando um processo seletivo estratégico O processo de agregar pessoas à organização, também chamado de recrutamento e seleção, é composto por políticas que determinam quem irá trabalhar na organização. Popularmente se diz que a seleção constitui a escolha exata da pessoa certa para o lugar certo e no tempo certo. De acordo com Monteiro (2010), o recrutamento pode ser definido como um processo de identificação e atração de um grupo de candidatos para o emprego, que pode ser interno ou externo e requer planejamento e constante avaliação. Em termos mais amplos, a seleção busca, dentre vários candidatos recrutados, aqueles que são mais adequados aos cargos existentes na organização ou às competências necessárias, o processo seletivo visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho humano, bem como a eficácia da organização. FONTE: Disponível em: <books.google.com.br/books?isbn=8535225129>. Acesso em: 17 ago. 2012. UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 24 Podemos citar algumas condiçõesessenciais para o processo seletivo: • Planejamento – previsão de vagas futuras. • Investir tempo na escolha das pessoas. • Tratar o candidato como cliente. • Envolver o solicitante nas atividades propostas pela área de RH. • Se possível, preencher as vagas mediante promoção interna. → AS FASES DE UM SISTEMA EFICAZ DE CONTRATAÇÃO • Preparação – decidindo o que você busca. • Recrutamento – escolhendo bons candidates. • Avaliação/seleção – fazendo a melhor escolha. PREPARAÇÃO ● Avaliação dos dados da cultura organizacional: • Estilo de liderança. • Cultura da empresa. • Clientes internos e externos. • Dinâmica e características da equipe. • Sistemas de remuneração. ● Avaliação da função/cargo: • Tarefas. • Responsabilidades. ● Levantamento dos requisitos: • Conhecimento técnico. • Competências básicas. • Experiência desejada. ● Elaboração do perfil profissiográfico. ● Consenso com o requisitante a respeito do perfil desejado. 2.3.2 Seleção estratégica de pessoas Decisões corretas sobre as pessoas exigem, de modo geral, conhecimento de sua individualidade e de como as habilidades de cada uma podem ser reconhecidas e utilizadas da melhor maneira. FONTE: Disponível em: < http://www.andersonrocha.com.br/main.asp?link=amateria&id=67>. Acesso em: 17 ago. 2012. TÓPICO 2 | AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO 25 O recrutamento é o procedimento do sistema estratégico de RH que visa atrair o maior e melhor número possível de candidatos com potencial para preencher determinados cargos oferecidos pela empresa. Já a seleção de pessoal tem a finalidade de escolher, entre os candidatos recrutados, aqueles que revelarem mais qualificados na triagem inicial do recrutamento. Em um mercado de trabalho ideal, o objetivo da seleção seria colocar todos os candidatos com um bom potencial profissional em cargos perfeitamente adequados ao seu tipo. Entretanto, há inúmeros candidatos, capazes e extremamente diferenciados entre si, concorrendo às vagas oferecidas pela empresa. IMPORTANT E Caro(a) acadêmico(a), todo processo de seleção de pessoal baseia-se fundamentalmente na análise comparativa de dois campos: EXIGÊNCIAS DO CARGO CARACTERÍSTICAS DO CANDIDATO São as características que o cargo exige do profissional em termos de conhecimentos, habilidades e atitudes para o bom desempenho das funções. É o conjunto de conhecimentos, ha- bilidades e atitudes que cada candidato possui para desempenhar as suas tarefas. Em todo processo de seleção deve ser observado o seguinte modelo de competência: PODE FAZER? QUER FAZER? É COMPATÍVEL COM A ESTRUTURA DA EMPRESA? 2.3.2.1 Como avaliar o processo seletivo A avaliação do processo de seleção é a atividade que analisa, avalia e escolhe entre os bons candidatos capacitados pelo recrutamento, os melhores ou mais adequados aos cargos/funções existentes na empresa, visando manter ou aumentar a produtividade. Ter como principal objetivo prever o êxito do candidato no exercício de suas futuras atribuições. Para selecionar existem ferramentas que devem ser utilizadas e avaliadas. UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 26 IMPORTANT E Estamos invadidos pela globalização, tecnologia, mas as organizações estão cada vez mais investindo em pessoas, especialmente no relacionamento interpessoal. Logo, o processo de recrutamento e seleção deixa somente de ser baseado na experiência e na capacidade técnica dos candidatos, as organizações estão cada vez mais valorizando o ser humano, ou seja, estão avaliando também seu potencial emocional e intelectual. É imprescindível que o candidato saiba trabalhar em grupo, tenha espírito de liderança, carisma, comunicabilidade e equilíbrio emocional para um bom desempenho profissional, associado ao conhecimento técnico e administrativo. Dentro de uma organização estes aspectos são primordiais, e através destas habilidades, que o funcionário saberá lidar com diferentes situações que possam vir acontecer na empresa. Essas são as novas exigências do mercado. No momento de avaliação do processo seletivo, o selecionador de pessoas deve se preocupar com a: medição das diferenças individuais. Deve-se ter a plena consciência das diferenças entre as pessoas no que se refere particularmente à capacidade individual de aprender. Nesse sentido, é muito útil para aferir o grau de conhecimento, por meio do método da maiêutica, onde o entrevistador auxilia o entrevistado a encontrar a resposta por meio de um trabalho de reflexão. As variações nos indivíduos, que levam a diferenciação de cada um em relação aos outros, originando as variações no desempenho profissional. A seleção de pessoal deve se basear nesse princípio. O estudo comparativo de indivíduos, que analisa diferenças de idade, sexo, nacionalidade, aptidões, inteligência, grupo social a que pertence etc., recebe o nome de psicologia diferencial. (CARVALHO, 2007). Etapas do processo de avaliação: • consenso com o requisitante; • triagem (entrevista preliminar); • jogos – dinâmicas de grupo – provas situacionais; • testes de seleção; • entrevistas por competências; • elaboração de parecer/laudo; • apresentação dos melhores candidatos ao requisitante; • avaliação conjunta das possibilidades de aproveitamento; • entrevista dos candidatos com o requisitante; • avaliação conjunta com o requisitante sobre o candidato a ser aprovado; • comunicação aos candidatos a respeito dos resultados. Erros mais comuns na contratação de funcionários: • focar somente na experiência do candidato; • colocar muita ênfase na entrevista; TÓPICO 2 | AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO 27 • contratar com base na própria imagem; • ficar demasiadamente impressionado com a educação formal; • depender de treinamento para suprir deficiências; • pirateando da concorrência; • deixar de avaliar características da personalidade comparadas com os valores da empresa; • achar que é o todo poderoso. O que se perde com contratações erradas: • dinheiro; • tempo; • atraso na produção; • moral da equipe; • imagem perante os clientes. O que não funciona em seleção: • indicações/apadrinhamentos; • considerar somente a escolaridade; • sentimentalismo; • discriminação; • preconceitos; • valorização exagerada da aparência; • bola de cristal. No processo de seleção estratégica, a pessoa responsável pela escolha dos candidatos pode utilizar-se da triagem, que consiste em uma entrevista preliminar. Pode ser feita através de perguntas ao candidato sobre o seu currículo e das características básicas de personalidade. Tem como objetivo colher informações básicas do candidato, verificando os requisitos mínimos indispensáveis para o preenchimento da vaga. A triagem é eliminatória. 2.3.2.2 Algumas ferramentas para o processo de seleção de pessoas ● Provas situacionais: são provas que preveem uma determinada situação diante da qual o candidato deverá posicionar-se como seria o seu comportamento. ● Dinâmica de grupo: - é uma atividade – física ou mental – envolvendo dois ou mais participantes, organizada por meio de um conjunto de regras desde o seu início, desenvolvimento e término; UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 28 - permite vivenciar as mais variadas situações, onde as decisões são tomadas rapidamente com tempo e recursos limitados. ● Jogo: ferramenta de observação de competências específicas no repertório comportamental do candidato, cujo objetivo é desenvolver leitura de comportamento. ● Requisitos para utilização de jogos e dinâmicas de grupos em processos seletivos: - definir quais os objetivos da dinâmica; - saber adequar a técnica aos objetivos; - escolher a técnica de acordo com as características dos participantes; - dar todas as instruções necessárias e tirar possíveis dúvidas. ● Vantagens dos jogos e dinâmicas de grupo: - há participação de todos; - tem caráter experimental; - proporcionam motivação; - asseguram ganhos para todos; - criammaior responsabilidade para o grupo. ● Algumas competências que podem ser identificadas nas dinâmicas de grupo: - comunicação; - tomada de decisão; - liderança; - negociação; - trabalho em equipe; - flexibilidade; - raciocínio lógico; - iniciativa; - criatividade; - respeito; - ética; - reação à pressão; - percepção; - interação; - empatia. ● Ciclo da dinâmica: - objetivo; - abertura; - vivência; TÓPICO 2 | AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO 29 - relato; - generalização; - aplicação; - fechamento. ● Características básicas do facilitador do processo: - saber ouvir e interpretar; - empatia; - autenticidade; - linguagem adequada; - postura corporal; - capacidade de síntese; - saber respeitar e manter sigilo; - sensibilidade e capacidade de percepção; - capacidade para lidar com discussões, conflitos, silêncio, monopolização do espaço; - paciência; - não subestimar o potencial do grupo; - tratar todos com igualdade. ● Participantes: número ideal de 6 e 12 participantes. ● Duração da dinâmica: entre 3 e 4 horas. ● Modelo de ficha de observação: QUADRO 4 – MODELO DE FICHA DE OBSERVAÇÃO Rafaela Anselmo Daniela Juliana Espírito de equipe Cooperação Relacionamento interpessoal Empatia Saber ouvir Liderança FONTE: A autora UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 30 UNI ! Acadêmico(a)! Muitas ferramentas podem ser utilizadas nos testes de seleção. A seguir identificam-se outros suportes para tomada de decisão no processo seletivo como: testes psicológicos, de conhecimento, psicométricos e testes de personalidade: ● Testes psicológicos O selecionador deve verificar, ao mesmo tempo, o que é realmente importante saber sobre o candidato a um determinado posto de trabalho. Há ocasiões em que necessitamos de informações diferentes daquelas obtidas nos testes. Muitas vezes, os testes procuram saber mais sobre menos. Daí a importância de se definir com clareza o que se deseja saber sobre o candidato antes de se aplicar um determinado teste. Os testes não são infalíveis, porque eles, às vezes, dão resultados que não são uma indicação real da eficiência potencial no cargo do candidato. O teste é algo instantâneo que apresenta, certamente, estruturas profundas, mas que podem ser notavelmente modificadas pela existência. Muitos empresários afirmam que os testes de seleção de pessoal não merecem a confiança que seus idealizadores apregoam. Argumenta-se que é extremamente difícil avaliar questões como o caráter, a fidelidade, a alegria ou a tristeza, enfim, as emoções em geral. Ainda coloca-se que quando for possível, devem ser elaborados pela própria organização que contrata. ● Testes de conhecimentos São instrumentos para avaliar o nível de conhecimentos gerais e específicos dos candidatos exigidos pelo cargo a ser preenchido. As provas podem ser orais, escritas ou de realização (ex.: digitação, desenho, manobra de veículo, usinagem). FONTE: Adapatado de: <arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_3mod/.../gp_aula08.pdf>. Acesso em: 18 ago. 2012. ● Testes psicométricos Servem para avaliar o desenvolvimento mental, aptidões, habilidades e competências dos candidatos. TÓPICO 2 | AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO 31 Os testes de seleção devem ser sempre elaborados com base nas exigências do cargo a ser preenchido pelo candidato recrutado, aferindo seus conhecimentos, habilidades e aptidões. Caro(a) acadêmico(a): CUIDADO! Os testes psicométricos apresentam limitações, nem sempre os testes revelam unanimidade em matéria de eficiência no processo de seleção de pessoal. ATENCAO Como Peter Drucker (1998) afirmou: identificar traços ou condições físicas é muito mais fácil. Pouco sabemos sobre configuração do caráter, da personalidade e do talento que afetarão o trabalho intelectual. ● Testes de personalidade Têm o objetivo de analisar traços de personalidade. A entrevista técnica é outra ferramenta que pode ser usada no processo de seleção de pessoas. Na entrevista técnica, o foco está nas questões ligadas aos conhecimentos e experiências estritamente técnicos do entrevistado. Normalmente, esse tipo de entrevista é feita por um entrevistador com conhecimentos no mínimo compatíveis com aqueles do seu nível profissional. FONTE: Disponível em: <http://www.manager.com.br/reportagem/entrevista/tecnica.php>. Acesso em: 18 ago. 2012 Acadêmico(a), a entrevista é a técnica mais difundida, mais praticada e mais aceita nas relações de trabalho e deve ser conduzida como uma conversa. ATENCAO UNIDADE 1 | TRANSIÇÃO DO RH OPERACIONAL AO RH ESTRATÉGICO ATUANTE NO CENÁRIO ATUAL 32 A entrevista é a técnica mais difundida, mais praticada e mais aceita nas relações de trabalho. QUADRO 5 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DE ENTREVISTAS PRÓS CONTRAS Permite contato face a face com o candidato. Técnica altamente subjetiva e forte margem de erro e variação. Proporciona interação direta com o candidato. Nem sem sempre o candidato se sai bem na entrevista. Focaliza o candidato como pessoa humana. Difícil comparar vários candidatos entre si. Permite avaliar como o candidato se comporta e suas reações. Exige treinamento do entrevistador. FONTE: A autora As entrevistas de emprego, poucas vezes, duram mais de uma hora. As consequências, porém, podem durar anos. Prepare-se bem para identificar o melhor candidato. A seguir alguns modelos de entrevista do processo seletivo: • Entrevista totalmente padronizada (estruturada): é a entrevista estruturada e com um roteiro preestabelecido. O objetivo é obter respostas definidas e fechadas. • Entrevista padronizada apenas nas perguntas (semiestruturada): é a entrevista com perguntas previamente elaboradas, mas que permitem respostas abertas. • Entrevista diretiva (aberta): é a entrevista que determina o tipo de resposta desejada, mas não especifica as questões, ou seja, deixa as perguntas a critério do entrevistador. • Entrevista não diretiva (exploratória): é a entrevista totalmente livre e que não especifica nem as questões, nem as respostas requeridas. FONTE: Adapatado de: <ftp://ftp.unilins.edu.br/.../O%20RECRUTAMENTO%20DE%20PESS...>. Acesso em: 18 ago. 2012. Caro(a) acadêmico(a): aqui você irá ter pontos essenciais para desenvolver uma entrevista, segundo Carvalho (2007): TÓPICO 2 | AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO 33 1. Ajude a pessoa a se sentir à vontade e com disposição de falar. Crie um clima favorável. O curso da entrevista dependerá dessa abordagem inicial. 2. Não formule “perguntas diretas” enquanto não estiver convencido de que a pessoa está disposta a colaborar. Faça uma abordagem indireta. FONTE: Disponível em: <www.gerenciamentoverde.com.br/.../Gestao%20de%20Pessoas%20 ...>.Acesso em: 18 ago. 2012. 3. Não formule inicialmente perguntas que induzam a uma atitude negativa ou defensiva. Faça perguntas “inocentes” sobre os últimos empregos. 4. Permita que a pessoa exponha os “fatos a seu modo” e ajude a preencher as “omissões”. Permita liberdade de expressão. FONTE: Adapatado de: <http://www.slideshare.net/kittylili/investigacao-diagnostico>. Acesso em: 18 ago. 2012. 5. Mostre franqueza em vez de astúcia, pois a esperteza atrai a esperteza. 6. Não se mostre agressivo. 7. Nunca pergunte nada sem propósito. 8. Empregue a entrevista como meio de observação. Faça perguntas de longa resposta que lhe permitam observar e avaliar o interlocutor. 9. Procure determinar “opiniões e atitudes”, ou “formas de pensar”. 10. Assimile o significado completo de cada reação ou resposta. FONTE: Disponível em: <www.gerenciamentoverde.com.br/.../Roteiro%20Entrevista%20DNT....>. Acesso em: 18 ago. 2012. Atualmente, as entrevistas acontecem com o viés de análise de competências. A entrevista de seleção por competência é uma investigação de comportamentos específicos baseados em experiências passadas do candidato. É um diálogo estruturado onde se obtêm informações sobre a vida profissional, escolar, aspectos familiares, sociais e comportamentais
Compartilhar