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Boyce/DiPrima 9ª ed. 10.6: Outros problemas de condução do calor Na seção 10.5 estudamos o seguinte problema de condução do calor: Que possui solução Observe que se f for limitada os coeficientes c n serão limitados, então pela presença da exponencial com coeficientes negativos, temos que Lxxfxu ttLutu tLxuu txx 0),()0,( 0,0),(,0),0( 0,0,2 L n n tLn n dxLxnxfL cLxnectxu 0 1 )/( /sin)( 2 ,/sin),( 2 0),(lim txu t Condições de Fronteira (ou Contorno) Não-homogeneas (1 de 5) Consideramos agora o problema de condução de calor com condições de fronteira não homogêneas: Nós resolvemos esse problema, reduzindo-o a um problema com condições de fronteira homogêneas. O problema homogêneo é então resolvido como na seção 10.5. A técnica para reduzir esse problema para um homogêneo é sugerida por um argumento físico, conforme apresentado nos slides a seguir. Lxxfxu tTtLuTtu tLxuu txx 0),()0,( 0,),(,),0( 0,0, 21 2 Estado Estacionário da distribuição de temperatura (2 de 5) Após um longo período de tempo (ou seja, t → ∞), antecipamos que será alcançada uma distribuição de temperatura constante v(x), que é independente do tempo t e das condições iniciais. Uma vez que v(x) deve satisfazer a equação de condução de calor, temos Além disso, v (x) deve satisfazer as condições de contorno Resolvendo para v (x), obtemos ,0,2 Lxuu txx Lxxv 0,0)( 21 )(,)0( TLvTv 112)( TL x TTxv Distribuição de Temperatura Transiente (3 de 5) Voltando ao problema original, tentaremos expressar u(x, t) como a soma da distribuição de temperatura no estado estacionário v(x) e outra (transiente) distribuição de temperatura w(x, t). Portanto Uma vez que temos uma expressão para v(x), resta encontrar w(x, t). Primeiro, encontramos o problema de valores de contorno para w(x, t) da seguinte maneira. Substituindo u (x, t) = v (x) + w (x, t) em α2u xx = u t , obtemos α2w xx = w t , desde que v xx = v t = 0. Em seguida, w (x, t) satisfaz as condições de fronteira e inicial ),()(),( txwxvtxu )()()()0,()0,( 0)(),(),( 0)0(),0(),0( 22 11 xvxfxvxuxw TTLvtLutLw TTvtutw Solução Transiente (4 de 5) • Portanto, o problema de valores de contorno para w(x,t) é onde • Da Seção 10.5, a solução deste problema é onde Lxxvxfxw ttLwtw tLxww txx 0),()()0,( 0,0),(,0),0( 0,0,2 1 )/( /sin),( 2 n tLn n Lxnectxw L n dxLxnTL x TTxf L c 0 112 /sin)( 2 112)( TL x TTxv Solução Não-homogenea (5 de 5) Lembre-se do nosso problema de valores de contorno não homogêneo original: Assim, a solução u (x, t) = v (x) + w (x, t) é dada por onde 1 )/( 112 /sin),( 2 n tLn n LxnecTL x TTtxu L n dxLxnTL x TTxf L c 0 112 /sin)( 2 Lxxfxu tTtLuTtu tLxuu txx 0),()0,( 0,),(,),0( 0,0, 21 2 Exemplo 1: Problema de condução de calor não-homogêneo (1 de 3) Considere o problema de condução de calor não homogêneo A temperatura estacionária satisfaz v '' (x) = 0 e as condições de contorno v (0) = 20 e v (30) = 50. Assim v (x) = x + 20. A distribuição de temperatura transiente w (x, t) satisfaz o problema de condução de calor homogêneo 300,260)0,( 0,50),30(,20),0( 0,300, xxxu ttutu txuu txx 300,34020260)0,( 0,0),30(,0),0( 0,300,2 xxxxxw ttwtw txww txx Exemplo 1: Solução (2 de 3) A solução não homogênea u(x, t) é dada pela soma da distribuição de temperatura no estado estacionário v(x) e a distribuição de temperatura transiente w(x, t). Portanto onde 30 0 30/sin340 15 1 dxxnxcn 1 )30/( 30/sin20),( 2 n tn n xnecxtxu Barra com extremidades isoladas (1 de 11) Suponha agora que as extremidades da barra estejam isoladas de modo que não haja passagem de calor através delas. Pode ser mostrado (ver Apêndice A deste capítulo) que a taxa de fluxo de calor em uma seção transversal é proporcional à taxa de mudança de temperatura na direção x. Assim, no caso de nenhum fluxo de calor na fronteira, nosso problema de valores de contorno toma a forma Este problema pode ser resolvido usando o método de separação de variáveis, conforme examinamos a seguir. Lxxfxu ttLutu tLxuu xx txx 0),()0,( 0,0),(,0),0( 0,0,2 Método da separação de variáveis (2 de 11) Como na Seção 10.5, começamos assumindo Substituindo isso em nossa equação diferencial nós obtemos ou onde λ é uma constante, como na Seção 10.5. Consideramos as condições de contorno. )()(),( tTxXtxu txx uu 2 TXTX 2 ,0 01 22 TT XX T T X X Condições de Fronteira (3 de 11) Lembre-se do nosso problema original Substituindo u (x, t) = X (x) T (t) na condição de limite em x = 0, Uma vez que estamos interessados em soluções não triviais, exigimos X '(0) = 0 em vez de T (t) = 0 para t> 0. Similarmente, X' (L) = 0. Portanto, temos o seguinte problema de valores de contorno 0)()0(),0( tTXtux 0)()0(,0 LXXXX Lxxfxu ttLutu tLxuu xx txx 0),()0,( 0,0),(,0),0( 0,0,2 Problema de valores de contorno para λ < 0 (4 de 11) Assim, devemos resolver o problema de valores de contorno Suponha λ <0, e faça λ = -μ2, onde μ é real e positivo. Então nossa equação torna-se Cuja solução geral é X(x)=C 1 eμx+C 2 e-μx Neste caso, as condições de contorno requerem C 1 = C 2 = 0 e, assim, a única solução é trivial. Portanto, λ não pode ser negativo. 0)()0(,02 LXXXX 0)()0(,0 LXXXX Problema de valores de contorno para λ = 0 (5 de 11) Nosso problema de valores de contorno é Suponha que λ = 0. Então nossa equação se torna Cuja solução geral é A partir das condições de contorno, k 1 = 0 e k 2 não é determinado. Portanto, para λ= 0 a solução é a função X(x) = 1. Além disso, a partir da equação abaixo, T (t) = k 3 , com k 3 uma constante. Segue-se que u(x, t) = C, onde C = k 2 k 3 é uma constante. 0)()0(,0 LXXX 0)()0(,0 LXXXX 21)( kxkxX 02 TT Problema de valores de contorno para λ > 0 (6 de 11) Nosso problema de valores de contorno é Suponha que λ > 0, e faça λ =μ2, onde μ é real e positivo. Então nossa equação torna-se Cuja solução geral é Calculando a derivada desta função X, temos que X’(x)=μ[k 1 cos(μx)-k 2 sen(μx)] Usando X’(0)=0, temos que k 1 = 0, Usando X’(L)=0, temos que sen(μL)=0 ou k 2 = 0 , como queremos uma solução não-trivial, vamos escolher μ tal que sen(μL)=0, ou seja, μL=nπ, para n=1,2,… Logo, temos que ter λ n =(nπ/L)2, para n=1,2,…, para ter uma solução não trivial. Para os outros valores de λ só temos X(x)=0 como solução. No caso de λ n =(nπ/L)2 a solução é X(x)= k 2 cos(nπx/L), para n=1,2, … Como k 2 é abitrário podemos fazer X(x)=cos(nπx/L), para n=1,2,… 0)()0(,02 LXXXX 0)()0(,0 LXXXX xkxkxX cossin)( 21 Soluções Fundamentais (7 de 11) Para λ n =(nπ/L)2, a equação tem solução Combinando todos esses resultados, temos as seguintes soluções fundamentais para o nosso problema original: Onde foram omitidas constantes arbitrárias de proporcionalidade. 02 TT constant. , 2)/( n tLn nn kekT ,,2,1,/cos),( ,1),( 2)/( 0 nLxnetxu txu tLn n Condição Inicial (8 de 11) Como a equação diferencial original e suas condições de contorno são lineares e homogêneas, qualquer combinação linear finita das soluções fundamentais as satisfaz também. Assumimos que isso é verdade para combinações lineares infinitas convergentes de soluções fundamentais também. Assim, para satisfazer a condição inicial fazemos Lxxfxu 0),()0,( 1 )/(0 1 0 0 /cos 2 ),(),( 2 ),( 2 n tLn n n nn Lxnec c txuctxuc txu Condição Inicial (9 de 11) Assim, para satisfazer a condição inicial fazemos onde o c n é escolhido para que a condição inicial seja satisfeita: Assim, escolhemos os coeficientes c n para uma série de Fourier dos cossenos: Lxxfxu 0),()0,( 1 )/(0 /cos 2 ),( 2 n tLn n Lxnec c txu 1 0 /cos 2 )()0,( n n Lxnc c xfxu L n ndxLxnxfL c 0 ,2,1,0,/cos)( 2 Solução (10 de 11) Portanto, a solução para o problema de condução de calor para uma barra com extremidades isoladas (e lados isolados) É dado por Onde Lxxfxu ttLutu tLxuu xx txx 0),()0,( 0,0),(,0),0( 0,0,2 1 )/(0 /cos 2 ),( 2 n tLn n Lxnec c txu L n ndxLxnxfL c 0 ,2,1,0,/cos)( 2 Interpretação física (11 de 11) A solução para o nosso problema de condução de calor Pode ser pensado como a soma da distribuição de temperatura estacionária (dada por c 0 / 2) que é independente do tempo e uma solução transitória (dada pela série) que tende a 0 quando t →∞. Físicamente, esperamos que o processo de condução de calor gradualmente suavize a distribuição de temperatura na barra, pois nenhum calor escapa ou entra da/na barra. Observe que o valor médio da distribuição de temperatura inicial é 1 )/(0 /cos 2 ),( 2 n tLn n Lxnec c txu L dxxf L c 0 0 )( 1 2 Exemplo 2: Problema de condução do calor (1 de 2) Encontre a temperatura u (x, t) em uma haste de metal de 25 cm de comprimento, isolada nos lados e nas extremidades e cuja distribuição de temperatura inicial é u (x, 0) = x para 0 <x <25. Este problema de condução de calor tem a forma 250,)0,( 0,0),25(,0),0( 0,250,2 xxxu ttutu txuu xx txx Exemplo 2: Solução (2 de 2) A solução para o nosso problema de condução de calor é Onde portanto 1 )25/(0 25/cos 2 ),( 2 n tn n xnec c txu 1, even,0 odd,)/(100 25/cos 25 2 ,25 25 2 2 25 0 25 00 n n nn dxxnxc dxxc n ,5,3,1 )50/( 2 25/cos 1100 2 25 ),( 2 n tn xne n txu Problemas mais gerais (1 de 2) O método de separação de variáveis também pode ser usado para resolver problemas de condução de calor com outras condições de contorno além das discutidas nesta seção. Por exemplo, a extremidade esquerda da barra pode ser mantida a uma temperatura fixa T enquanto a outra extremidade é isolada. Neste caso, as condições de fronteira são O primeiro passo é reduzir as condições de fronteira atribuídas a homogênea, subtraindo a solução de estado estacionário. O problema resultante é resolvido essencialmente pelo mesmo procedimento que nos problemas considerados anteriormente. 0,0),(,),0( ttLuTtu x Problemas mais gerais (2 de 2) Outro tipo de condição de fronteira ocorre quando a taxa de fluxo de calor através da extremidade da barra é proporcional à temperatura. É mostrado no Apêndice A que as condições de contorno neste caso são da forma Onde h 1 e h 2 são constantes não negativas. Se aplicarmos o método de separação de variáveis ao problema de condução de calor com essas condições de contorno, temos Como antes, apenas certos valores não negativos de λ dão origem a soluções fundamentais, que podem ser superpostas para formar uma solução global que satisfaça a condição inicial. Veja o texto. ,0,0),(),(,0),0(),0( 21 ttLuhtLutuhtu xx 0)()(,0)0()0(,0 21 LXhLXXhXXX Boyce/DiPrima – 9ª ed. - Seção 10.6 – Exercícios: 1,3,5,7,21,22. 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