Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Trombose Venosa Superficial A trombose venosa superficial (TVS) consiste em um evento que culmina com a formação de um trombo no leito venoso da circulação superficial, acometendo, desse modo, veias que se localizam acima da fáscia superficial. Os fatores de risco para a ocorrência do evento são: trauma (pode causar lesão endotelial), presença de veias varicosas (veias dilatadas acometidas por insuficiência valvar, a qual pode ocasionar estase venosa), uso de substâncias esclerosantes (pode causar lesão endotelial), permanência de cateter venoso periférico por longos períodos (causa lesão endotelial) e desidratação. O quadro clínico típico da trombose venosa superficial consiste na presença inflamação, com a visualização de uma veia superficial palpável e nitidamente endurecida, com dor, calor, edema e rubor, decorrentes do quadro inflamatório. Diante desse cenário, devem ser investigadas a presença de fatores de risco para a ocorrência desse evento patológico. Ao prosseguir com a investigação, deve-se questionar a hipótese diagnóstica de TVS com os possíveis diagnósticos diferenciais, que são: Vasculites: inflamações dos vasos podem cursar com sintomas semelhantes. Celulites: por consistir em quadro inflamatório que se dá na pele, pode envolver regiões próximas aos vasos, podendo confundir os achados que podem ser comuns. Veias varicosas: apesar de não possuírem um quadro inflamatório tão exuberante, podem cursar com dor e edema, podendo ser confundida com o quadro de TVS. Diagnóstico: O diagnóstico da TVS é eminentemente clínico, feito a partir da junção de uma história clínica compatível juntamente com um exame físico adequado e característico da patologia. A partir disso, deve-se investigar a presença dos fatores de risco, principalmente nos casos em que não há a presença de cateter ou de veias varicosas, uma vez que a eliminação desses fatores pode evitar a reincidência do quadro. Tratamento: O tratamento da TVS deve ser iniciado pelo alívio dos sintomas inflamatórios locais, devendo-se lançar mão de analgésicos e anti-inflamatórios com o uso de compressas quentes. É de extrema importância que seja feita a compressão elástica da extremidade, com o uso de meias de compressão três quartos ou sete oitavos, a fim de evitar a propagação da trombose, facilitando o retorno venoso. Porém, devemos nos atentar para o risco de a TVS evoluir para uma trombose venosa profunda (TVP), a qual realmente traz risco para a vida do paciente. Tendo isso em mente, temos que os pacientes que possuem risco para tal evolução são os que possuem: Trombose venosa superficial que acomete a junção safenofemoral ou safenopoplítea; Trombose superficial de veias não varicosas do terço superior da coxa.
Compartilhar