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Considerar sempre • Revisão do caso clinico • Tratamentos realizados • Avaliação social • Evolução da doença o Ex: paciente com câncer de estomago – pós gastrectomia, com dor abdominal; sabe-se se tumor voltou ou não com a endoscopia • Complicações do tratamento o Ex: Quimioterapia que diminui leucócitos e leva a infecção • Perspectivas futuras Como acompanhar o paciente oncológico ➢ História Natural da Doença • Câncer de cólon o Paciente com T1, N0, M0 e outro com T3, N1, M1 – segundo paciente é mais grave pois tem metástase mais grave – mas pode ser que paciente esteja em período de remissão e tenha dor abdominal resultante de brida, consequente do tratamento (hidrata/ coloca sonda) • Câncer de Mama o Da mama pode progredir para gânglios linfáticos, dar metástase cerebral, pulmonar, hepática, recidiva local o É comum câncer de mama dar metástase óssea • Câncer de Colo de Útero o Normalmente relacionado a HPV o Crescimento local, depois regional – pode levar obstrução de ureteres, a insuficiência renal, invadir bexiga, reto, dar metástases o Paciente tratado do tumor de colo de útero com uremia – primeiro diagnóstico é insuficiência renal aguda provavelmente obstrutiva por progressão da doença; ou radioterapia levou a estenose dos ureteres • Câncer de Ovário o Evolui localmente e regionalmente o Pode dar carcinomatose peritoneal • Câncer de Pâncreas o Cirurgia de Wilbur: retirou cabeça do pâncreas – colédoco é anastamosado com intestino delgado – anastomose pode estra obstruída – colangite ➢ Padrão de progressão • Local • Regional • Metástase ➢ O paciente oncológico numa emergência • Qual o diagnóstico oncológico? • Qual o diagnóstico da doença atual? • Pacientes em tratamento oncológico podem ter doenças não relacionadas ao câncer ou doenças que necessitam tratamento independentemente do tratamento ou condição oncológica • Ex: Muitos quimioterápicos tem cardiotoxicidade Mucosite – terapia com laser • • Complicação comum – aftas • Por que acontece mucosite num paciente que faz quimioterapia? Pois a quimioterapia interfere na divisão celular • Diarreia, mucosite, descamação da pele • Boca é extremamente contaminada • Dentista é importante na abordagem do paciente oncológico • Paciente pode ter problema periodontal – importante fazer limpeza dos dentes antes de cirurgia O paciente ictérico • • Estenose tumoral – pode passar balão para dilatar, e colocar prótese biliar para diminuir icterícia e permitir que seja operado • Paciente com tumor de pâncreas e metástases hepáticas – não tem benefício da ressecção da cabeça de pâncreas • Prótese de plástico/ metal – trata obstrução; plástico pode obstruir – colangite – icterícia – necessário trocar a prótese • Paciente com prótese pode obstruir ducto cístico ou paciente pode fazer colecistite aguda – operar para retirar vesícula biliar • Duodenoscópio tem câmera lateral que consegue enxergar papila – passa cateter, injeta contraste: área estenosada/ obstruída – pode dilatar e colocar prótese • Prótese plástica é mais rápida mas entope com mais frequência • Se paciente não tem perspectiva de operar, coloca prótese metálica Extravasamento de quimioterápico • Complicações relacionadas ao tratamento • Quimioterapia: extravasamento de quimioterápico • Quimioterápico é dado na veia, através de cateter • Cria necrose importante no tecido • Tem que debridar depois fazer enxerto • • Paciente que faz tratamento por meses/anos – usar via profunda para drogas tóxicas aos tecidos • Portocath – punciona-se a veia e coloca-se o cateter dentro do vaso • Esse cateter pode infeccionar/ obstruir – tem que ser cuidado – pode resultar em sepse relacionada a infecção ou trombose do cateter; tem que ser limpo todo mês – injeta soro fisiológico, anticoagulante (dose baixa de heparina) para manter o cateter pérvio • Diagnóstico que cateter está infectado: punciona cateter, tira sangue e manda para a hemocultura – se estiver contaminado, usa-se antibiótico para tentar salvar o cateter ou precisa ser trocado • Tem que ter auxilio de radioscopia/ ultrassom para a punção • • Na hora de furar a veia para colocar cateter pode levar ao estado de hipercoagulação, estase venosa, lesão endotelial • Em situações de menor gravidade, usa-se anticoagulante – trombolítico, heparina - para não perder cateter Emergência oncológica ➢ Entidades clínico-cirúrgicas que: • Ameaçam a vida do paciente. • Necessitam diagnóstico e tratamento imediatos. • Direta e mais frequentemente relacionadas ao câncer. • Ocorrem em cerca de 10 a 20% dos pacientes com câncer em algum momento • Pacientes graves (ex leucemia) – índice maior de complicação do tratamento • Hematológicas: Síndrome de hiperviscosidade, Tromboses, Sangramentos, CID. • Metabólicas: Hipercalcemia, Síndrome de lise tumoral, secreção inapropriada de ADH. • Infecciosas: Neutropenia febril – baixa de neutrófilos que leva a febre; há competição entre morte celular de células malignas e de defesa, por isso quimioterápicos são feitos com intervalo de tempo; e a partir de determinado número de neutrófilos há maior chance de paciente evoluir com sepse • Mecânicas: Síndrome de veia cava superior, compressão medular, hipertensão craniana e tamponamento cardíaco Urgências metabólicas – Síndrome de Lise Tumoral Síndrome de Lise Tumoral – Clínica • Liberação de grandes quantidades do conteúdo celular decorrente de morte celular. • Quadro clínico relacionado ao distúrbio metabólico: Náuseas, vômitos, anorexia, letargia, dor e câimbras musculares. Tetania, convulsões, arritmias cardíacas até morte. Dor lombar decorrente de cristais de ácido úrico e fosfatos de cálcio no sistema coletor. • Hidratar bem paciente - soro Síndrome de Lise tumoral – Diagnóstico • Laboratorial: o Ácido úrico > 8mg/dL ou 25% do basal. o Potássio ≥ 6nmol/L ou aumento de 25% do basal. – íon vai para meio extracelular por conta de destruição celular o Fosforo ≥ 6,5mg/dL (criança) e ≥ 4,5mg/dL em adultos ou aumento de 25% do basal. o Cálcio ≤ 7mg/dL ou queda de 25% do basal. o Obs.: Alguns pacientes vão precisar de hemodiálise/ glicoinsulinoterapia – glicose + insulina – puxa glicose do meio extracelular para intracelular • Clínico: insuficiência renal aguda, arritmia cardíaca (potássio elevado), convulsões ou morte súbita associados a um ou mais critérios laboratoriais Síndrome de Lise Tumoral – Profilaxia (esquerda) e Tratamento (direita) • Linfoma – responde bem a quimioterapia Hipercalcemia • As neoplasias mais frequentemente associadas são: carcinoma escamoso de pulmão e CP, mama, ovário, bexiga e rim. • Fisiopatologia: o Humoral: 80% dos casos. Em consequência do efeito do PTHrp nos ossos e no rim. o Metástases ósseas por indução de osteólise. o Aumento da produção de calcitriol (extra renal) EX: linfomas em mononucleares • • Cintilografia óssea – pontos pretos = metástase • Metástase óssea pode ser confundida com artrose Urgência metabólica – Hipercalcemia ➢ Quadro clinico: • leve< 12mg/dL: assintomáticos • Moderado: entre 12 < 14mg/dL: poliúria, polidipsia, anorexia, náuseas e constipação. • Graves: > 14mg/dL: fraqueza, estupor e coma. ➢ Diagnóstico: dosagem do cálcio corrigido, PTH e calcitriol ➢ Tratamento em pacientes sintomáticos ou Ca>14. • Expansão volêmica com salina: debito de 100 a 150 ml/h • Diuréticos de alça: furosemida - Bifosfonatos e denosumabe: inibe a reabsorção óssea. • Calcitonina: aumenta a excreção renal de cálcio e diminui a reabsorção óssea. • Corticoide: Diminui a produção de calcitriol. • O princípio ativo do calcitriol é um dos metabólitos principais da vitamina D3; geralmente se produz nos rins, através do precursor 25- hidroxicolecalciferol (25 HCC). Calcitriol, promove a absorção intestinal do cálcio e a mineralização ósseaUrgências infecciosas – Neutropenia febril • Decorrente de infiltração de MO por células neoplásicas: leucemias e linfomas • Decorrente do tratamento com quimioterapia e radioterapia o Radioterapia – irradia medula, onde ocorre a produção de células sanguíneas; onde há mais medula óssea – vértebras, bacia o Se irradia várias vértebras com metástase – pode levar a neutropenia irreversível • Nadir da quimioterapia cerca de 7 a 15 dias após o tratamento; ou dar substancia, por ex granuloquine, que estimula proliferação de leucócitos o Nadir – menor taxa de leucócitos • Neutropenia contagem de neutrófilos abaixo de 1000 cels/mm3. Neutropenia moderada abaixo de 500céls/mm3 e neutropenia severa abaixo de 100céls/mm3. o Abaixo de 500 – paciente deve ser internado • Febre: T Axilar > 37.80C ou 37.50C por mais de uma hora o Febre alta – abordar paciente ➢ Exames de diagnóstico: • Mínimo de 2 sets de hemocultura periférica e 1 set de hemocultura do cateter – 2 colhidas no intervalo de 1 hora – mais chances de pegar bactéria reproduzindo • Cultura de urina – mulher com câncer ginecológico tem infecção urinaria com frequência • EAS (?) - ↓ neutrófilos para piúria – escolha de antibiótico com excreção urinária • Radiografia de tórax • TC Tórax - detecta infiltrados de pneumonia em 50% do pacientes com RX Tórax normal • Valorizar inflamações ➢ Definição de paciente de alto risco: • Neutropenia profunda (< 100 células/mm3) com previsão de manter-se por mais de 7 dias • Presença de uma das seguintes comorbidades o Instabilidade hemodinâmica – séptico; adrenalina; tratamento para choque o Mucosite oral ou GI que interfira com a deglutição ou cause diarreia grave o Sintomas gastrointestinais (dor abdominal, náuseas e vômitos ou diarreia) o Alterações neurológicas recentes o Infecção relacionada ao CIV, especialmente a infecção do túnel cateter o Infiltrado pulmonar novo, hipoxemia, ou doença pulmonar crônica subjacente • Evidência de insuficiência hepática ou insuficiência renal. ➢ Tratamento • Antes da era do uso de antibióticos empíricos, 50% a 75% da mortalidade relacionada com a quimioterapia era relacionada às infecções. • A terapia empírica é justificada pela rapidez com que o paciente neutropênico pode desenvolver febre e progredir para a sepse. • A cobertura antimicrobiana pode ser reduzida assim que mais dados microbiológicos estejam disponíveis (culturas) • Não espera resultado da cultura, começa-se imediatamente o antibiótico – se antibiograma mostrar que é sensível antibiótico com espectro menor, diminui o antibiótico • Dependendo da patologia, anti fúngico pode ser necessário Urgências Oncológicas mecânicas • Síndrome de veia cava superior • Síndrome de compressão medular • Hipertensão intracraniana • • • Paciente com síndrome de veia cava superior – pensar primeiramente em câncer de pulmão ➢ Síndrome de veia cava superior • • • Trombo na VCS – seta verde • • Borramento do seio costofrênico – no mínimo 300 ml de derrame • PET: lesão diminuiu clinicamente • • Importante fazer biópsia da lesão • Corticoide – diminui reação inflamatória • Morfina ajuda • Linfoma – radioterapia tem mais efeito que quimioterapia • Stent pode ser usado em paciente com estenose não tumoral, em função da radioterapia – permite que cava fique aberta – usa anticoagulante por toda vida ➢ Síndromes de compressão medular • Ruptura do disco fibroso – hérnia de disco • Metástase óssea pode comprimir medula • Paciente pode ficar paraplégico se intervenção rápida não for feita • A metástase pode comprimir apenas uma raiz nervosa, ou dar carcinomatose/ meningite neoplásica ou pode comprimir todo conteúdo do saco dural • Paciente com doença neoplásica com dor radicular – pede ressonância nuclear magnética • • Irradiar área – IMRT – intensidade modulada para não queimar medula do paciente • Paciente em mal estado geral: puncionar corpo vertebral e injetar cimento, que fixa (transforma vértebra fragmentada em vértebra dura) e depois irradia região – feita via percutânea ➢ Hipertensão intracraniana • A hipertensão intracraniana é o aumento da pressão dentro crânio causada por: lesões expansivas cerebrais ou aumento do liquor (100 a 150ml) devido ao tumor, hemorragia, infecção, AVC ou efeito colateral de remédios. • Geralmente, a pressão normal dentro do crânio varia entre 5 e 15 mmHg. Acima de 20 mmHg é HC, existe diminuição da absorção liquorica. • Com elevação da mesma o sangue fica impedido de entrar no crânio, deixando de haver oxigenação do cérebro • Complicação frequente em pacientes com câncer envolvendo SNC. • Metástases causa mais frequente • Massa leptomenigea ou subependimal • Trombose dos seios durais • Hemorragias • Infecções por imunossupressão. • Diagnóstico: o Fundo de Olho: edema de papila e diminuição da pulsação venosa o Monitorização da PIC – medição da pressão intracraniana o RM cerebral. o Punção lombar (contra indicações) – se paciente tiver hipertensão muito elevada, e tiver liquor, pode herniar o tronco cerebral e paciente vir a óbito o Manifestação clínica: edema de papila • Paciente com metástase cerebral – irradiar paciente ou fazer derivação do liquor do paciente • Desvio da linha média – pode levar a herniação • Cateter – drena líquor • Tratamento: o Corticoide: decadrom 6 a 10 mg de 6/6h. o Manitol 1g/kg seguido de 0,25 cada 3 a 6 horas – diurético o Cirurgia: Hidrocefalia: ventricolostomia ou derivação o Radioterapia e ou quimioterapia. • Punciona cérebro – vai até ventrículo; coloca dreno externo ou faz drenagem com a cavidade peritoneal –
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