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Tecnocultura Síntese do Conteúdo da Atividade Acadêmica
Paradoxos do Desenvolvimento: Enquanto a máquina artificial só é capaz de programa, a máquina viva é capaz de estratégia, ou seja, de inventar seus comportamentos na incerteza e na eventualidade. Há portanto, na máquina viva, um vínculo consubstancial e complexo entre desorganização e reorganização, desordem e criatividade.
A extensão da lógica da máquina artificial em todos os domínios da vida humana produz o pensamento mecanicista que adquire forma tecnocrática e econocrática. Tal pensamento não percebe senão a causalidade mecânica. Ele reduz o real a tudo que é quantificável. A hiper-especialização e a redução ao quantificável produzem cegueira não apenas em relação à existência, ao concreto, ao individual, mas também em relação ao contexto, ao global, ao fundamental. Elas provocam, em todos os sistemas tecno burocráticos, um parcelamento, uma diluição e finalmente uma perda da responsabilidade.
Precisamos abandonar os dois mitos maiores do Ocidente moderno: a conquista da natureza-objeto pelo homem sujeito do universo, o falso infinito para o qual se lançavam o crescimento industrial, o desenvolvimento, o progresso. Precisamos abandonar as racionalidades parciais e fechadas, as racionalizações abstratas e delirantes que consideram como irracional toda crítica racional dirigida a elas. Precisamos nos livrar do paradigma pseudoracional do Homo Sapiens Faber segundo o qual ciência e técnica assumem e levam a cabo o desenvolvimento humano.
A ciência, a tecnologia e a inovação estão aí para servir as pessoas, e não se servir das pessoas e isso é muito importante. Elas têm que ser subordinadas a um modelo de sociedade que seja humanizado, pautado pela solidariedade e pela equidade. Senão, vamos criar um debate em que inteligência artificial, big data e o padrão da quarta revolução tecnológica serão entendidos por muito poucos. A ciência, a tecnologia e a inovação estão aí para servir as pessoas, e não se servir das pessoas e isso é muito importante. Elas têm que ser subordinadas a um modelo de sociedade que seja humanizado, pautado pela solidariedade e pela equidade. Senão, vamos criar um debate em que inteligência artificial, big data e o padrão da quarta revolução tecnológica serão entendidos por muito poucos. 
A vida é dialética, e não linear. De um lado temos a defesa pela radicalidade do conhecimento para enfrentarmos o lixo informacional – e isso na saúde é decisivo, a decisão bem formada, a decisão qualificada das pessoas, de quem cuida e de quem é cuidado – e de outro lado discutir criticamente e estabelecer mecanismos de incentivo e de estímulo para que a ciência não perca sua natureza de bem público, que não seja apenas um bem privado.A vida é dialética, e não linear. De um lado temos a defesa pela radicalidade do conhecimento para enfrentarmos o lixo informacional – e isso na saúde é decisivo, a decisão bem formada, a decisão qualificada das pessoas, de quem cuida e de quem é cuidado – e de outro lado discutir criticamente e estabelecer mecanismos de incentivo e de estímulo para que a ciência não perca sua natureza de bem público, que não seja apenas um bem privado.
Racionalidade AlgorítmicaEm nossa sociedade, especialmente em nossas experiências tecnologicamente mediadas, os processos algorítmicos vêm se tornando atores decisivos tanto na captura e análise de dados sobre uma série de setores de nossas vidas privadas e comuns, quanto na tomada de decisão automatizada em diferentes contextos.
O triunfo do algoritmo como modelo de gestão e decisão racional está relacionado a um deslocamento epistemológico que marca a passagem do modelo iluminista de razão fundamentado na reflexividade crítica para um modelo de racionalidade baseado em regras algorítmicas. Claro que essa passagem não se dá de forma completa e esses modelos, na realidade, se sobrepõem e convivem. 
Inteligência ColetivaNo mundo dos negócios existe a necessidade de empregar pessoas capazes de tomar iniciativas, de coordenar, de inventar novas soluções, de resolver problemas e de fazer tudo isso coletivamente, de forma organizada. 
Aspectos fundantes: a liberdade – que é o aspecto competição – e o vínculo social, da amizade – que é o aspecto da cooperação. É preciso acostumar-se a pensar nos dois ao mesmo tempo. É a partir do equilíbrio dinâmico entre competição e cooperação que nasce a inteligência coletiva. 
O desafio é inventarmos todos juntos formas de organização que não sejam nem anárquicas – onde não haveria nenhuma forma de cooperação – nem demasiadamente rígidas, mas sim as que permitam otimizar a capacidade de invenção das pessoas, suas competências, suas experiências, suas memórias. 
Quando fazemos perguntas uns aos outros inicia-se um diálogo e, frequentemente, respondemos às perguntas com histórias. Isso é o motor da produção do universo da significação. No diálogo nos apercebemos que existe um outro que não somos nós.
Capitais de ICCapital Físico e TécnicoCapital Cultural – memóriaCapital Social = vínculos, confiançaCapital Intelectual: essa inventividade (que não é a relação das pessoas entre si, nem dos signos entre si) é a relação das pessoas com as ideias. Nós oferecemos nossa energia, nossa atenção, nossas emoções e em troca as ideias nos dão mais capital social, mais capital cultural e mais capital técnico. Capitais de ICCapital Físico e TécnicoCapital Cultural – memóriaCapital Social = vínculos, confiançaCapital Intelectual: essa inventividade (que não é a relação das pessoas entre si, nem dos signos entre si) é a relação das pessoas com as ideias. Nós oferecemos nossa energia, nossa atenção, nossas emoções e em troca as ideias nos dão mais capital social, mais capital cultural e mais capital técnico. 
Aprender na Era DigitalO ensino mediado pela tecnologia tende a aumentar a possibilidade do aluno aprender, uma vez que somos seres humanos diferentes e temos capacidades e inteligências diferentes. E mais: ele permite, pela flexibilidade, que você estude em qualquer local e que veja e reveja aquela disciplina quantas vezes quiser.Aprender na Era DigitalO ensino mediado pela tecnologia tende a aumentar a possibilidade do aluno aprender, uma vez que somos seres humanos diferentes e temos capacidades e inteligências diferentes. E mais: ele permite, pela flexibilidade, que você estude em qualquer local e que veja e reveja aquela disciplina quantas vezes quiser.
As articulações entre educação e tecnologias digitais implicam em seguir valorizando escolas e universidades como espaços em que se aprende a pensar. Afinal, inovação metodológica desprovida de um debate sobre os propósitos formativos resvala facilmente para certo utilitarismo.
* Não precisamos de transmissão de informação, mas processos que favoreçam a emergência de um poder intelectual dos ‘aprendizes’. Não é a informação que deve ser ensinada, mas como buscá-la e combiná-la com projetos pessoais, profissionais e novos contextos.* Não tem hora para o conhecimento. A curiosidade e a necessidade precisam se combinar de tal forma que tenhamos uma qualificação para a vida inteira; não é possível parar.* Não precisamos de transmissão de informação, mas processos que favoreçam a emergência de um poder intelectual dos ‘aprendizes’. Não é a informação que deve ser ensinada, mas como buscá-la e combiná-la com projetos pessoais, profissionais e novos contextos.* Não tem hora para o conhecimento. A curiosidade e a necessidade precisam se combinar de tal forma que tenhamos uma qualificação para a vida inteira; não é possível parar.
Temos que pensar em ter sinergia com o computador, para ele nos auxiliar a sermos seres humanos melhores. Esse é o ponto. A discussão sobre tecnologia não é por causa dos robôs, mas por causa das pessoas; elas têm que melhorar e avançar. A busca do conhecimento permanente é chave: aprender línguas, viajar, conhecer culturas, aprender a conviver com o diferente, ter tolerância.Temos que pensar em ter sinergia com o computador, para ele nos auxiliar a sermos seres humanos melhores.Esse é o ponto. A discussão sobre tecnologia não é por causa dos robôs, mas por causa das pessoas; elas têm que melhorar e avançar. A busca do conhecimento permanente é chave: aprender línguas, viajar, conhecer culturas, aprender a conviver com o diferente, ter tolerância.
Temos ciência e tecnologia voltada para a área técnica, mas os pesquisadores estão percebendo que toda a área da filosofia, que investiga o que é inteligência, sensibilidade, emoção, tem que estar ligada às pesquisas técnicas, porque do contrário, não vai funcionar.
O grande problema dos computadores é que são ótimos em dar respostas. É justamente isso. A questão não são só as respostas, mas as perguntas. O ser humano ainda preserva essa capacidade única de fazer perguntas.O grande problema dos computadores é que são ótimos em dar respostas. É justamente isso. A questão não são só as respostas, mas as perguntas. O ser humano ainda preserva essa capacidade única de fazer perguntas.
O que há de comum a todas as profissões sob risco? Tratam-se de atividades mecânicas, calculistas, que abrangem de engenharia de dados ao gerenciamento mais, digamos assim, mecanizado – calcado em metas meramente numéricas, no método de produção do fordismo.
Se robôs serão tão mais incríveis, o que sobra a nós fazermos? Em vez de apostarmos em nossas habilidades estritamente cognitivas, estritamente racionais (nisso, os seres de bytes e qubits serão mais avançados...), devíamos investir naquilo que nos faz demasiadamente humanos: as emoções. Se robôs serão tão mais incríveis, o que sobra a nós fazermos? Em vez de apostarmos em nossas habilidades estritamente cognitivas, estritamente racionais (nisso, os seres de bytes e qubits serão mais avançados...), devíamos investir naquilo que nos faz demasiadamente humanos: as emoções. 
A mudança mais notável no mundo do trabalho é a sinergia que a Internet propicia aos que buscam livremente o conhecimento. Num momento de reacomodação das fronteiras de eficácia e de eficiência entre competição e cooperação, como o que estamos vivendo, as oportunidades se multiplicam e podem frutificar com abundância. Liberdade ao conhecimento e espaços livres, abertos e colaborativos...
1- Para Kern e Morin, o desenvolvimento tecnocientítico é paradoxal, pois ao mesmo tempo que abre possibilidades para que a humanidade alcance um futuro melhor, traz consequências negativas que devem nos levar ao questionamento sobre seus limites e sobre a forma com que devemos trabalhar com a ideia de progresso. Entre os sintomas negativos que acompanham o desenvolvimento tecnocientífico, apresentados pelos referidos autores, podemos destacar:
I	– A crença e certeza num futuro radioso reduzido à lógica da racionalidade técnica e instrumental, o que desqualifica o pensamento crítico, reflexivo e criativo.
II	– A origem de um subdesenvolvimento do desenvolvimento, ou seja, uma cegueira produzida por um pensamento parcelar e redutor que ignora a complexidade do real.
III	– A substituição do trabalho repetitivo por robôs e máquinas e de sistemas rígidos de ensino por uma educação para a complexidade.
2- Sobre a lógica da Máquina Artificial e da Máquina Viva e seus efeitos em relação às atividades humanas, podemos afirmar corretamente com base no material de apoio que:
I	- A mecanização da vida agilizou procedimentos de competência complexa que exigem grande habilidade estratégica diante de situações que fogem à previsibilidade.
II	– A máquina viva é capaz de construir constituintes novos que substituam os que degradam ou morrem, ou seja, é capaz de se auto-regenerar.
III	– A máquina artificial não tolera desordem, imprevisibilidade e caos, se restringindo ao seu programa e sendo previsível em sua operacionalidade.
3- Diante do contexto da invasão da lógica da máquina artificial e de efeitos negativos do desenvolvimentismo tecnocientífico, Morin e Kern apresentam algumas alternativas de (re)ação positiva. Podemos afirmar corretamente que eles propõem que devemos:
I	– Resistir às racionalidades parciais e fechadas, às racionalizações abstratas e delirantes que consideram como irracional toda crítica racional dirigida a elas.
II	– Investir todos os nossos esforços no desenvolvimento da ciência e da técnica, únicos instrumentos capazes de levar a espécie humana ao domínio da natureza e ao controle dos efeitos colaterais sobre a saúde humana e planetária.
III	– Abandonar dos dois mitos maiores do Ocidente moderno: a conquista da natureza-objeto pelo homem sujeito do universo e o falso infinito para o qual se lançavam o crescimento industrial, o desenvolvimento e o progresso.
4- Quando comparamos o paradigma da racionalidade algorítmica com o paradigma da razão iluminista constatamos que:
I	- A objetividade, a mecanização e a automação são princípios que alimentaram o sonho iluminista de uma sociedade liberta da dominação e da alienação.
II	– A reflexividade tende a ocupar menos espaço de nossas vidas a partir dos princípios da lógica de controle da racionalidade algorítmica.
III	– Os processos e decisões mediados por algoritmos não representam maior imparcialidade ou neutralidade como defendem certos discursos.
5- Em sua Conferência (vídeo do Módulo 1), Edgar Morin discursa sobre o contexto atual da globalização e do desenvolvimento. Entre algumas de suas afirmações (constatações e propostas) podemos destacar como verdadeiras:
I	– O desenvolvimento tecnológico trouxe conforto e qualidade de vida para parte da população que é fundamental que seja estendido também às camadas mais pobres, porém, este desenvolvimento não veio acompanhado de uma vida mais plena em termos de afetos construtivos e de relações humanas solidárias.
II	– Devemos abandonar o projeto da globalização engendrado pelo Ocidente e investir na desglobalização, em que cada comunidade local assume sua história e resiste aos processos de unidade global.
III	– Vivemos a partir da globalização e do desenvolvimento tecnológico um processo ambivalente e paradoxal que nos desafia a ultrapassar uma visão binária do ponto de vista político e cultural para resistir aos efeitos negativos do progresso e investir na construção de um novo projeto de democracia mundial.
6- O desenvolvimento da Inteligência Coletiva está cada vez mais a desafiar grupos e organizações. Entre diferentes fatores que podem favorecer a emergência da Inteligência Coletiva, segundo Pierre Lévy, podemos apontar corretamente:
I	- O acesso a um capital técnico mais sofisticado, em especial a uma rede digital que facilite o encaminhamento colaborativo dos processos.
II	- O aumento do nível de confiança e a capacidade de diálogo.
III	- A limitação da atuação dos profissionais ao seu espaço de responsabilidade e atuação.
7- Pierre Lévy discorre sobre contextos que facilitam e dificultam a emergência da Inteligência Coletiva. Podemos destacar entre suas propostas:
I	– A importância da cooperação competitiva, ou seja, de espaços em que as pessoas possam dialogar e apresentar ideias e argumentos contrários de forma aberta e dinâmica.
II	– Estruturas organizacionais horizontais e democráticas tendem a favorecer a potência criativa de mais pessoas e fortalecer a inteligência coletiva.
III	– O ecossistema de ideias humanas emerge da atividade do pensamento, da comunicação, da ação dos seres humanos, ou seja, cada um de nós faz viver o mundo das ideias, que não existiria sem nós.
8- André Lemos, em sua exposição sobre Pierre Lévy (Pierre Lévy: Fronteiras do Pensamento) e alguns de seus pensamentos destaca que para ele:
I	- A técnica determina uma sociedade ou cultura e não o inverso, ou seja, a humanidade é modelada pela lógica tecnicista e é incapaz de assumir posição de sujeito da história.
II	- As tecnologias de comunicação e informação devem ser formas de expansão da inteligência, do imaginário e da consciência humana.
III	– As tecnologias da inteligência, as mídias de comunicação e informação devem ser atualizadas em sua potência (virtualização) para elevar o espírito humano.
9- Entre aspectos positivos queas tecnologias digitais e em especial a internet nos legaram Pierre Lévy destaca em sua entrevista:
I – Quando se tem o acesso à informação, a possibilidade de participar em redes sociais que impulsionam aprendizado colaborativo e se tem algoritmos ao seu alcance que podem auxiliar a fazer muitas coisas, temos um aumento genuíno na inteligência humana coletiva que implica na democratização do conhecimento.
II	- Temos uma grande responsabilidade pelo que ocorre online. O que quer que esteja acontecendo é resultado do que todas as pessoas estão fazendo juntas; a internet é a expressão da inteligência humana coletiva.
III	- Temos que desenvolver pensamento crítico. Tudo que você encontra na internet é uma expressão de pontos de vista particulares, que não são nem neutros, nem objetivos, mas uma expressão de subjetividades ativas.
10- Conforme André Lemos, explicitando alguns aspectos do pensamento de Lévy, “A partir de conceitos de Deleuze, virtual e real não se opõem ao real, mas o compõem. A virtualização é sempre o colocar em questão, a leitura complexa de um fato ou ideia.” (André Lemos, Pierre Lévy: Fronteiras do Pensamento. P. 23.), podemos considerar que:
Virtual e real compõem a mesma natureza para formarem aquilo que chamamos de real. O virtual é parte integrante do real, assim como, o real está sempre imbuído de virtualização.

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