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LESÕES CUTÂNEAS POR FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO

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LESÕES CUTÂNEAS POR FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO 
· LARVA MIGRANS – BICHO GEOGRAFICO:
As larvas (normalmente jovens), quando em contato com os humanos, que não são seu hospedeiro normal, podem não ser capazes de evoluir (incapazes de completar seu ciclo evolutivo), apenas realizam migrações através do subcutâneo ou visceral e produzir síndromes como larva migrans cutânea, larva migrans visceral e larva migrans ocular. 
Apresenta distribuição cosmopolita, porém ocorre com maior freq nas regiões tropicais e subtropicais. 
Os principais ag etiológicos envolvidos são as larvas infectantes de Ancylostoma braziliense e A. caninum, parasitos do intestino delgado de cães e gatos. 
CICLO:
As fêmeas destes parasitos depositam milhões de ovos, q são eliminados diariamente com as fezes dos cães e gatos infectados. No meio exterior, em condições ideais, ocorre desenvolvimento de larva de primeiro estádio (L1) dentro do ovo, que eclodem e se alimentam no solo de matéria orgânica e microrganismos. Em um período de 7 dias, a L1 realiza duas mudanças, atingindo o 3° estádio, q é a larva infectante (L3) 
As L3 sofrem duas mudanças nesses hospedeiros, penetram ativamente na pele do ser humano e migram através do tecido subcutâneo durante semanas ou meses e então morrem. À medida q as L3 progridem, deixam atras de si um rastro sinuoso conhecido popularmente como “bicho geográfico” ou bicho das praias
Menos frequentemente, as L3 podem ser ingeridas e ao atingirem o intestino podem migrar através das vísceras, chegam ao intestino delgado e atingem a maturidade sexual em aproximadamente 4 semanas, provocando a síndrome de larva migrans visceral (LMV) 
Q.C:
As partes do corpo atingidas com mais frequência são aquelas que entram em maior contato com o solo: pés, pernas, nádegas, mãos e antebraços e, mais raramente, boca, lábios e palato. Algumas vezes, as lesões são múltiplas, podendo ocorrer em várias partes do corpo.
O momento da penetração pode passar despercebido ou ser acompanhado de eritema e prurido em pacientes sensíveis. No local da penetração das L3 aparece 1° uma lesão eritemopapulosa q evolui, assumindo um aspecto gvesicular. 
Em sua migração, as larvas produzem um rastro saliente e pruriginoso, q por vezes, pode estar acompanhado de infecções 2° mais antigas, há formação de crostas, que desaparecem lentamente, deixando uma linha sinuosa escura, que posteriormente tbm desaparece.
Em alguns casos, há comprometimento pulmonar apresentando sintomas alérgicos, causando síndrome de Loefler é uma forma da doença pulmonar eosinofílica, caracterizada por sintomas respiratórios leves ou pela ausência destes (mais frequentemente, tosse seca), opacidades pulmonares migratórias e efêmeras e eosinofilia sanguínea periférica.
Nos casos de reinfecção, o quadro de hipersensibilidade agrava-se devido à reação do hospedeiro frente à ação antigênica das larvas, sendo frequente ao aparecimento de eosinofilia. 
O sintoma q causa mais moléstia é o prurido, q costuma ser mais intenso a noite e chega a provocar insônia. 
DX: exame clínico- anamnese, sintomas e aspectos dermatológicos da lesão, caracterizado por erupção linear e tortuosa na pele.
TRATAMENTO: Nos casos mais benignos pode ser dispensado, uma vez q se resolve de forma espontânea em alguns dias. Mas, em alguns casos a infecção pode se estender por semanas ou meses, assim, p uso tópico, a droga de escolha é o tiabendazol, sendo recomendado a aplicação de pomada, 4x ao dia. Geralmente, o prurido diminui em 24 a 72 h e a cura clínica entre 7 a 14 dias. 
· Em caso de infecções múltiplas, associa-se ao uso oral de tiabendazol 2x ao dia, durante dois dias.
· O uso oral de albendazol e ivermectina pode ter sucesso.
· Se houver intolerância à medicação, embora menos eficiente, pd usar cloretila ou neve carbônica, q matam a larva pelo frio. 
· DERMATÓFITOS – TINEAS:
AGENTE: Os dermatófitos são fungos que infectam a pele, os pelos e as unhas e incluem membros dos gêneros Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton
Os dermatófitos ocorrem no mundo todo, e infecções com esses microrganismos são extremamente comuns. Alguns causam doenças apenas em seres humanos e podem ser transmitidos por contato interpessoal e por fômites, como escovas de cabelo ou pisos molhados que foram contaminados por pessoas infectadas. Várias espécies causam infecções em cães e gatos e podem ser facilmente transmitidas a partir desses animais para os humanos. E outros são transmitidos a partir do contato com o solo.
Q.C: Os sintomas são causados pela reação inflamatória induzida por antígenos fúngicos e não pela invasão dos tecidos. As infecções ocorrem mais comumente em homens do que em mulheres, e demonstrou-se que a progesterona inibe o crescimento de dermatófitos. Eles vivem dentro de estruturas queratinizadas da pele, dai o nome de dermatófitos. Infecções fúngicas que ocorrem como erupções papuloescamosas incluem tinea corporis, tinea manuum, tinea cruris e tinea pedis. 
· Tinea corporis manifestase como mácula eritematosa policíclica, descamativa, com bordas elevadas, e consiste em pápulas e algumas vezes pústulas. Com a progressão das lesões, a borda avança centrifugamente. O tronco é o local mais comum. 
· Tinea cruris: O envolvimento das regiões inguinais, é mais comum nos homens que nas mulheres. Ele se apresenta como uma erupção eritematosa e descamativa que poupa o escroto. A tinha de virilha é observada quase exclusivamente em homens, e a erupção perineal é eritematosa e pustulosa, tem uma borda escamosa distinta, não têm lesões satélite e, em geral, é pruriginosa. A erupção deve ser diferenciada de candidíase intertriginosa, eritrasma e psoríase.
· Tinea pedis: A infecção do pé, é a dermatofitose mais comum e geralmente é crônica; a doença caracteriza-se por graus variados de eritema, edema, descamação, prurido, maceração e, às vezes, formação de vesículas, q são acompanhados por erupção escamosa ao longo das superfícies lateral e plantar dos pés. Frequentemente ocorrer hiperceratose das plantas do pes. O acometimento pode ser localizado ou difuso, mas geralmente atinge o espaço interdigital entre o quarto e o quinto dedos do pé. 
· Tinea unguium ou onicomicose: A infecção das unhas, ocorre em muitos pacientes com tinea pedis e caracteriza-se por unhas opacas e espessadas e detritos subungueais. A variante distal-lateral é a mais comum. A onicomicose subungueal proximal pode ser um marcador da infecção pelo HIV ou de outros estados de imunossupressão. 
· Tinea capitis: A dermatofitose do couro cabeludo, ainda é comum, principalmente entre crianças, com 3 a 7 anos, de áreas urbanas pobres, mas ocorre também nos adultos. O agente etiológico predominante é o Trichophyton tonsurans, que pode causar uma lesão relativamente não inflamatória com pouca descamação e alopecia difusa ou localizada. O T. tonsurans e o Microsporum canis também podem causar uma dermatose marcadamente inflamatória com edema e nódulos. Essa última apresentação é um quérion. Tbm geralmente apresentam placas escamosas bem demarcadas, nas quais as hastes capilares são quebradas logo acima da pele; pode ocorrer alopecia.
DX: pode ser confirmado pelo exame de raspados de pele usandose preparação de hidróxido de potássio a 10% ou por cultura fúngica. 
TRATAMENTO: consiste em medicamentos antifúngicos tópicos ou orais (p. ex., clotrimazol creme 1% duas vezes ao dia por 24 semanas ou terbinafina, 250 mg durante 212 semanas), dependendo do local envolvido. 
Qnd os pacientes apresentam lesões cutâneas extensas, itraconazol oral ou terbinafina podem acelerar a resolução. A terbinafina interage com menos fármacos do que o itraconazol e, em geral, é o agente de primeira linha. As loções ou xampus que contêm enxofre, ácido salicílico ou sulfeto de selênio são os tratamentos de escolha e atenuam a infecção se forem usados diariamente por 1 a 2 semanas e, em seguida, 1 vez por semana.
· PTIRIASE VERSICOLOR:
AGENTE: A levedura lipofílica Malassezia é dimórfica, pois vive na pele na fase de levedura, mas transforma-se na fase filamentosa quandocausa doença. As espécies de Malassezia fazem parte da flora humana nativa encontrada no estrato córneo de costas, tórax, couro cabeludo e face – áreas ricas em glândulas sebáceas. Os microrganismos não invadem abaixo do estrato córneo e geralmente desencadeiam pouca ou nenhuma resposta inflamatória.
A pitiríase versicolor é uma infecção fúngica da pele causada por Malassezia furfur. 
Ocorre em indivíduos jovens saudáveis, especialmente em ambientes quentes e úmidos durante o verão. A prevalência é estimada entre 2% a 8% nos Estados Unidos e em até 50% nos países tropicais. 
Q.C: aparece como máculas com escamas muito finas; a cor pode ser hipopigmentada, cor da pele, minimamente eritematosa ou marromclara. Nos indivíduos de pele escura, as lesões frequentemente se evidenciam por áreas hipopigmentadas, enquanto, nos pacientes de pele clara, as lesões são ligeiramente eritematosas ou hiperpigmentadas. As máculas iniciamse como máculas perifoliculares, sendo o centro do tórax e das costas os locais mais comuns. Com a progressão das lesões, também pode ocorrer hipopigmentação da pele. A lesão, em geral, é assintomática. 
DX: é confirmado pela aparência características dos elementos fúngicos numa preparação de hidróxido de potássio a 10% — aglomerados semelhantes a cachos de uva de leveduras e hifas curtas e septadas (aparência de “espaguete com almôndegas”). 
TRATAMENTO: é com xampu de sulfeto de selênio a 2,5% (aplicado por 10 minutos, depois retirado com água, cinco vezes por semana durante 46 semanas), preparações antifúngicas tópicas (p. ex., creme de clotrimazol, 1% duas vezes ao dia por quatro semanas) ou curso de cetoconazol oral de 13 dias (200 mg/dia).

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