Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nome: Rayssa Alves Pinheiro Borges
Matricula: 201803241624
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA   VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE SETE LAGOAS MINAS GERAIS
NELSON, brasileiro,TÉCNICO EM INFORMÁTICA, portador de identidade XXX, expedida pelo XXX, inscrito sob o CPF XXX, CTPS nº XXX, PIS/PASEP XXX, filha de XXX , nascido em XXX, no e-mail: XXX , telefone: xxx ,residente da rua XXX, nº XX, Sete Lagoas ,Minas Geras, MG, Cep: XXX, por seu advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 840 da CLT e 319 do CPC, propor a presente :
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Pelo rito ordinário,
Em face da sociedade empresária ALFA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob o CNPJ XXX , a ser citada na pessoa do seu representante legal, situado na XXX, nº XX, XX, XX, CEP: XXX, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
I-DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer a concessão da gratuidade de justiça por não ter a autora condições de arcar com o pagamento de custas judiciais, sem prejuízo do próprio sustento em conformidade do artigo 790 parágrafo 3º da CLT
II- DO CONTRATO DE TRABALHO
O reclamante iniciou suas atividades laborativas para a reclamada em 17/12/2017, exercendo na prática a função de técnico de informática, trabalhando sempre das 20h às 5 horas, de segunda a sábado, mas em sua CTPS consta a função de auxiliar de serviços gerais.
Foi dispensado com justa causa em 28/04/2018, quando então percebia o salário de R$ 1.200,00
III-DA DEMISSÃO - NULIDADE DA JUSTA CAUSA
O reclamante no momento da assinatura do termo de rescisão do contrato de trabalho foi surpreendido pela demissão por justa causa, pois durante a relação empregatícia sempre exerceu sua função com zelo, jamais provocando qualquer ato que desabonasse sua pessoa ou atividade laborativa.
A demissão, que se deu por justa causa, foi arbitrária, dado que desprovida de justificativa e sem qualquer fundamentação legal; Inclusive, o Reclamante, até a presente data, não sabe o motivo que justificou sua dispensa, ferindo o Reclamado a cláusula vigésima da Convenção Coletiva de Trabalho (em anexo), a qual determina a comunicação do empregado dos motivo da dispensa.
Na verdade, a dispensa do Reclamante pela alegação de justo motivo - foi planejada pela empresa Reclamada com o único propósito de ser ver livre dos encargos trabalhistas que a dispensa sem justa causa acarretaria, tais como: aviso prévio, 13º salário e férias proporcionais, multa de 50% sobre o saldo do FGTS, liberação das guias de seguro desemprego.
Essa atitude arbitrária e ilícita deixou o reclamante totalmente desamparado financeiramente: primeiro, porque não recebeu integralmente as verbas rescisórias; segundo, porque lhe obstou de receber o seguro-desemprego; terceiro, vedou-lhe de levantar o saldo existente do FGTS, a fim de amenizar as despesas corriqueiras do ser humano, tais como: alimentação, despesas médicas, água, luz, medicamentos, etc...
Na realidade é a reclamada quem não vinha cumprindo o contrato de trabalho, como adiante se demonstrará, tais como: supressão no pagamento de horas extras, adicional noturno, intervalo de trabalho e reflexos.
Inexistindo motivação, há que se ter a rescisão como sem justa causa, assim, requer-se a anulação da rescisão por justa causa, nos termos do artigo 9º da CLT, condenando-se o Reclamado ao pagamento do aviso prévio, 13º salário proporcionais, férias proporcionais e multa de 50% do FGTS incidente sobre os depósitos havidos bem como liberação dos mesmos pelo cód. 01 e entrega das guias respectivas, como também as guias do seguro desemprego ou a sua indenização pelos prejuízos que causou ao Reclamante.
IV-DO DANO MORAL PELA ANOTAÇÃO INDEVIDA NA CTPS
Inicialmente, trazemos à colação o ensinamento de Savatier, neste diapasão, firma sua definição assim:
 “(...)Danos Morais são lesões sofridas pelo sujeito físico ou pessoa natural de direito em seu patrimônio ideal, entendendo-se por patrimônio ideal, em contraposição ao patrimônio material, o conjunto de tudo aquilo que não seja suscetível de valor econômico. Danos Morais, pois, seriam, exemplificadamente os decorrentes das ofensas à honra, ao decoro à paz interior de cada qual, às crenças íntimas, aos sentimentos afetivos de qualquer espécie, à liberdade, à vida, à integridade corporal(...)”(citado Autor e obra Pág.11,Ed.Forense,1955). 
A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais a devida proteção, inclusive, estando amparada Art 5º inciso X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
De acordo com o Art 29 § 4º É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. 
No caso em tela, o empregador demitiu o reclamante imotivadamente ainda fez anotação da referida justa causa na carteira de trabalho do empregado, portanto, pretende o Autor que seja fixado a título de reparação por DANOS MORAIS o importe de R$ 3.000,00 (três mil reais) pleiteando em forma de pedido de caráter sucessivo, na eventualidade de entendimento diferente que V. Excelência determine, o pagamento de outra quantia, justa a suportar e atenuar as desmoralizações sofridas pelo Autor.
 “Para atribuir quanto vale a integridade moral de outrem no caso de uma indenização, basta questionarmos quanto valeria a nossa integridade moral, caso fossemos a vítima!!!!!”
V-DAS HORAS EXTRAS
O reclamante laborava para a reclamada das 20h às 5 horas, com intervalo de 20 minutos apenas para refeição e descanso, totalizando, assim, 9 horas diárias. Referida jornada extrapola o limite máximo de 8 horas diárias, permitido pelo art. 7º, XIII, da CR/88, razão pela qual faz jus o autor a 1 horas extras diária, com adicional de 50%, nos exatos termos do art. 59, § 1o, da CLT. Por serem habituais, requer ainda os reflexos das horas extras nas verbas contratuais (DSR, 13o Salário, férias + 1/3 e FGTS), bem como nas rescisórias (aviso prévio, saldo de salário, 13o Proporcional, férias proporcionais + 1/3 e multa de 40% sobre o FGTS).
VI-INTRAJORNADA
 O reclamado não usufruía do intervalo de 1 (uma) hora para refeição e descanso, apenas alimentando-se rapidamente durante o expediente em no máximo 20 (vinte) minutos.
Assim, durante a vigência do contrato de trabalho não foi observado o disposto no artigo 71 da CLT, portanto, havendo incidência do estabelecido no § 4º.
A reclamada, contudo, jamais efetuou o pagamento da indenização devida.
Assim, requer seja a reclamada condenada ao pagamento do intrajornada correspondente a 40 (quarenta) minutos diários, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho, de segunda a sábado, ao longo de todo o contrato de trabalho, conforme § 4º do artigo 71 da CLT.
VII-DO DESVIO DE FUNÇÃO
Em que pese o Reclamante ter sido contratado, conforme atesta seu contrato de trabalho, para o cargo de Auxiliar de Serviços Gerais, o mesmo foi deslocado para laborar como Técnico em informática, fato este, que ocorreu no decorrer de todo o pacto laboral, passando a exercer funções incompatíveis com a classe descrita em sua CTPS.
Posto isso, requer a retificação da CTPS para constar a verdadeira função exercida, além da diferença salarial entre as funções de técnico de informática e auxiliar de serviços gerais, nos termos do:
 Art. 29. O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia.
VIII-ADICIONAL NOTURNO
O reclamante trabalhava de segunda a sexta-feira das 20:00 da noite às 5:00 da manhã. Aos sábados, trabalhava no mesmo horário.
De acordo com o artigo 73 e parágrafos da CLT, a jornada de desempenhada das 22 horas às 5 horas éconsiderada trabalho noturno, sendo a hora computada como de 52 minutos e 30 segundos e devendo ser paga com acréscimo de no mínimo 20% (vinte por cento).
Assim, o reclamante realizava 7 horas de trabalho noturno por dia, de segunda a sexta-feira.
Entretanto, a reclamada jamais efetuou o pagamento do adicional noturno devido.
Portanto, requer seja a reclamada condenada ao pagamento do adicional noturno correspondente a 168 horas mensais, além de reflexos sobre férias, décimo terceiro salário, aviso prévio, DSR e FGTS.
IX-DEVOLUÇÃO DO FGTS
O reclamante exibe cópias dos contracheques nos autos, nos quais há, na parte de crédito, salário de R$ 1.200,00 em uma cota de salário-família, já na parte de descontos, há INSS, vale transporte e FGTS. 
Conforme Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
Trata-se de uma obrigação do empregador, por isso requer a devolução do desconto de FGTS.
X-DAS PROVAS 
A Reclamada protesta pela produção de todas as provas admissíveis em juízo, juntada de novos documentos, bem como pelo depoimento pessoal do representante legal da Reclamante, ou seu preposto designado, sob pena de confissão e oitiva testemunhal para todos os efeitos de direito.
XI-DO PEDIDO
Por tudo exposto, serve a presente Ação, para requerer a V. Exa., se digne:
1- Que seja afastada a justa causa da demissão; 
2- A condenação do reclamado ao pagamento de uma indenização a título de danos morais, pela anotação na CTPS do autor R$ 5.000,00
3- As horas extras devidas com adicional de 50% superior da hora normal, haja vistas o labor superior de 44 horas semanais de 4 horas, R$ XXX
4- O pagamento de natureza indenizatória do período suprimido (40 minutos) com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração hora normal do trabalho, R$ XX
5- O provimento do adicional noturno, com o adicional de 20% sobre as horas diurnas das 7 horas em que o reclamante laborava conforme explicado anteriormente, R$ XX
6- As diferenças salariais diante o piso salarial apresentado, condenando o reclamado ao pagamento das diferenças de todo o período em que o reclamante exercia a função de técnico de informática e a retificação da CTPS a fim de que conste o real valor e função; 
7- Devolução do desconto de FGTS, R$ XX; e 
8- Por fim, a procedência dos pedidos e a condenação do reclamado ao pagamento de honorários advocatícios no importe de 15% conforme estabelece o Art 791-A da CLT
XII-VALOR DA CAUSA
Atribui-se a causa, para efeito de alçada o valor de R$ 40.000,00 (dezoito mil reais).
 
 Nestes termos,
 Pede e espera deferimento.
 Minas Gerais, XX de março de 2021
 Advogado- OAB