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Insulina e Antidiabéticos Orais

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FARMACOLOGIA – BÁRBARA ALBUQUERQUE AZEVEDO 
 
INSULINA E ANTIDIABÉTICOS ORAIS 
 
INSULINA 
o Principal hormônio controlador do 
metabolismo intermediário. 
o Principal efeito: diminui a glicose no sangue. 
o Secreção reduzida ou falta dela provoca 
diabetes melito. 
SÍNTESE E SECREÇÃO 
o Síntese na forma de um precursor, que vai 
até o RER e sofre clivagem proteolítica. 
o É armazenada em grânulos nas células β 
pela GLUT2. 
o Aumento do ATP nas células β bloqueia os 
canais de sódio, consequentemente abre os canais 
de cálcio. 
o Despolarização da membrana e exocitose 
de insulina. 
o Principal fator que controla sua síntese e 
secreção é a concentração de glicose no sangue. 
o A insulina é fosforilada e associada a 
GLUT4, que é responsável pela entrada de glicose 
na célula. 
AÇÕES 
o Hormônio anabólico: conversa os 
combustíveis energéticos ao facilitar a captação e 
o armazenamento de glicose, aminoácidos e 
lipídeos após uma refeição. 
o Agudamente, promove redução da 
glicemia. 
o No fígado, inibe a glicogenólise e a 
gliconeogênese, enquanto estimula a síntese de 
glicogênio. 
o Aumenta a utilização da glicose na glicólise. 
o Eleva as reservas de glicogênio hepático. 
o Nos músculos e tecido adiposo, aumenta a 
captação de glicose por intermédio do GLUT4. 
o Aumenta a síntese de ácidos graxos e de 
triglicerídeos no tecido adiposo e fígado. 
o Estimula a captação de aminoácidos pelo 
músculo e aumenta a síntese proteica. 
EFEITOS A LONGO PRAZO 
o Hormônio anabólico durante o 
desenvolvimento fetal. 
→ Estimula a proliferação celular. 
→ Envolvida no crescimento e 
desenvolvimento somático e visceral. 
INSULINA COMO FÁRMACO 
FARMACOCINÉTICA 
o Administração vias parenterais (injeção 
subcutânea), pois é destruída no TGI. 
→ Emergências: intravenosa e 
intramuscular. 
→ Pacientes com insuficiência renal: 
dialise peritoneal. 
o Meia-vida de eliminação de 
aproximadamente 10 minutos. 
o Metabolização hepática e renal. 
→ Comprometimento renal reduz as 
necessidades de insulina. 
o 10% são eliminados na urina. 
o Insulina solúvel: ação rápida e pouco 
duradoura. 
o Insulina lispro, asparte e glulisina: ação 
ultrarrápida e curta. 
o Glargina e detemir: fornece uma 
quantidade basal constante e simula a secreção 
basal fisiológica pós-abortiva de insulina – forma 
um microprecipitado em pH fisiológico do tecido 
subcutâneo. 
o NPH: ação e duração intermediária. 
EFEITOS ADVERSOS 
o Hipoglicemia (pode causar danos cerebrais 
e até a morte). 
o Alergia (pouco comum): reações locais ou 
sistêmicas. 
o Resistência a insulina devido a formação de 
anticorpos. 
USO CLÍNICO 
o Diabetes tipo 1: tratamento a longo prazo. 
o Emergências hiperglicêmicas. 
o Diabetes tipo 2: tratamento a curto prazo. 
o Diabetes gestacional, quando não 
controlado com dieta. 
o Emergências de hiperpotassemia. 
BIGUANIDAS 
o Mais conhecido: metformina. 
o Tratamento de diabetes tipo 2. 
AÇÕES E MECANISMO 
o Redução da produção da glicose hepática 
(gliconeogênese), que está aumentada de maneira 
acentuada na diabetes tipo 2. 
o Aumenta da captação de glicose e 
utilização no músculo esquelético. 
o Redução da absorção de carboidratos pelo 
intestino. 
o Aumento da oxidação de ácidos graxos. 
o Redução de LDL e VLDL. 
FARMACOCINÉTICA 
o Meia-vida de cerca de 3 h. 
o Eliminada de maneira inalterada na urina. 
EFEITOS ADVERSOS 
o Distúrbios gastrointestinais. 
o Anorexia. 
o Acidose láctica (raro): não deve ser dada a 
pacientes com doença renal ou hepática, doença 
pulmonar hipoxica ou choque. 
o Uso prolongado pode interferir na absorção 
da vitamina B12. 
SECRETAGOGOS DE INSULINA 
(SULFONILUREIAS, MEGLITIDINAS E 
DERIVADOS DA D-FENILALANINA) 
MECANISMO DE AÇÃO 
o Estimula a secreção de insulina pelas 
células beta pancreáticas. 
o Reduz os níveis de glicose no plasma. 
o Bloqueio dos canais de potássio causa 
despolarização das células beta, entrada de cálcio 
e secreção de insulina. 
FARMACOCINETICA 
o Administrados via oral. 
o Concentrações plasmáticas máximas em 2 
a 4 h. 
o Maior parte eliminada na urina. 
o Atravessa a placenta e está presente no 
leite materno: contraindicada na gravidez e na 
lactação. 
EFEITOS ADVERSOS 
o Hipoglicemia. 
o Aumento do apetite e consequente 
aumento de peso. 
o Hipoglicemia grave se interagir com alguns 
medicamentos e álcool. 
USO CLÍNICO 
o Diabetes tipo 2 em estágios iniciais. 
TIAZOLIDINADIONAS 
AÇÕES E MECANISMOS 
o Efeitos são de início lento e ação máxima só 
é alcançada após 1 a 2 meses de tratamento. 
o Reforço da eficácia da insulina endógena, 
reduzindo a produção de glicose no fígado e 
aumentando a sua captação no músculo. 
o Reduz a insulina necessária para manter 
índice glicêmico em 30%. 
o Redução das concentrações de insulina e 
ácidos graxos livres. 
o Redução da hemoglobina. 
o Aumento no fluido extravascular e na 
deposição de gordura no tecido subcutâneo. 
EFEITOS ADVERSOS 
o Rosiglitazona e pioglitazona: 
hepatotoxicidade rara. 
o Ganho de peso e retenção hídrica. 
o Cefaleia, cansaço e distúrbios 
gastrointestinais. 
o Contraindicada em gravidas, lactantes e 
crianças. 
INIBIDORES DAS ALFA GLICOSIDASES 
o Acarbose: utilizada em pacientes 
portadores de diabetes tipo 2 controlada de 
maneira inadequada com a dieta ou sem outros 
agentes. 
o Retarda a absorção de carboidratos, 
reduzindo a elevação da glicemia pós-prandial. 
o Efeitos adversos mais comuns são 
flatulências, fezes amolecidas ou diarreia, dor 
abdominal e sensação de plenitude.

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