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Protozooses Intestinais ● Amebíase: - Entamoeba histolytica → espécie mais patogênica. Causa amebíase - Atinge mais adultos - CLASSIFICAÇÃO DAS AMEBAS: > Sub-reino: Protozoa > Philum Sarcomastigophora → protozoários flagelados (com função de locomoção) > Subphilum Sarcodina > Ordem: Aemoebida > Família: Entamoebidae > Gêneros: Entamoeba (patogênico), Iodamoeba (apatogênico), Endolimax (apatogênico) > Gênero ENTAMOEBA > Faz parte de um complexo E. histolytica ↳ Esse complexo serve para diferenciar de outras espécies de amebas que são apatogênicas, mas morfologicamente são muito parecidas. ↳ E. histolytica (tem 4 núcleos) ↳ E. coli (tem 8 núcleos na forma de cisto) ↳ E. dispar (não patogênica) → morfologicamente é igual a histolytica (que é patogênica) - MORFOLOGIA: > A E. histolytica tem 2 formas de evolução: 1. Trofozoíta: ● Forma grande, sem forma definida ● 1 núcleo com um cariossoma central ● A coisa escura que tá perto é uma hemácia - característica da E. histolytica 2. Cistos: ● esféricos ou ovais ● de 1 até 4 núcleos ● corpos cromatóides ● Corpo cromatóide é a parte escura no centro - CICLO EVOLUTIVO: > Geralmente tem um cisto com 4 núcleos com cariossoma central → quando ingerir junto com a água contaminada contendo o cisto → quando ingeri ele desencista e origina a forma de trofozoíta (amebóide) → depois quando chega no intestino ele vai parasitar é no intestino grosso → onde eles vão se diferenciar à cistos → vão evoluindo (o º tem um cisto, o 2º tem 2…) mas ainda não estão maduros (prontos para infectar) → A forma madura é que vai sair nas fezes. > Quando ele forma novamente um trofozoíta (2º nº 3) quando tem um desequilíbrio entre o parasito (idade, sexo masculino, estado nutricional e imunitário) e o hospedeiro (alguns são mais patogênicos e outros menos), dá esta outra formação → onde o cisto, ao invés de continuar seu trajeto e sair nas fezes como cisto, vai formar o trofozoíta (que vai parasitar outros locais como fíga, pulmões, cérebro, pele devido a sua facilitade de locomoção). Quando está nesta outra forma, não é possível voltar para a forma de cisto porque o trofozoíto é uma forma penetrante. ↳ Pior tipo de amebíase é quando chega no fígado - abscesso hepático. (lesões em "botão de camisa") - QUADRO CLÍNICO: LIA DE OLIVEIRA JEREISSATI 1. Formas Assintomáticas • 90% dos casos → não é patogênico • comensal → fica na luz intestinal do intestino grosso • cistos sai nas fezes 2. Formas Sintomáticas - 2 tipos: > amebíase intestinal: • colite disentérica → paciente vai no banheiro muitas vezes com fezes escuras • colite necrotizante → contaminação com outras coisa, sem ser apenas pelo protozoário • ameboma → quando adquiri a ameba e tem uma reação do tecido conjuntivo, formando no local que penetrou alguns granulomas (que vão obstruir o intestino) • colite não-disentérica → 2-3 evacuações por dia, E. dispar é responsável > amebíase extra-intestinal → penetrou na mucosa e submucosa e vai atingindo o fígado, pulmões, cérebro... - PATOGENIA E VIRULÊNCIA: > Depende da flora bacteriana associada → quanto maior variedade de bactérias, mais favorece a doença > Ataca células. epiteliais da mucosa > Libera enzimas proteolíticas: (hialuronidase, proteases e mucopolissacaridases) > Na submucosa: úlcera ”botão de camisa” > Período de incubação de sete dias até quatro meses ● Giardíase: - É uma doença mais leve, Atinge mais crianças - Espécie: Giardia lamblia/Giardia intestinalis - MORFOLOGIA: 1. Trofozoíto: - mais comum em fezes líquidas ● 4 pares de flagelos (simetria bilateral) ● Um par de núcleos ("olhinhos") ● Axonemas (esqueleto) e corpos parabasais (boca) ● Disco suctorial → parte clara. Sulga a mucosa do intestino delgado 2. Cisto ● 1 ou 2 pares de núcleos ● Forma oval ou arredondada ● A parte corada é o citoplasma, e tem um espaço claro com uma membrana. ● Mais comum em fezes endurecidas - CICLO EVOLUTIVO: > A contaminação (frutas, água, sexo oral e anal) ocorre principalmente devido ao cisto → e dentro do intestino anterior o cisto vai se transformar em profozoita → vai ter reprodução por divisão binária → até voltar para a forma de cisto, que sairá pelas fezes. - PATOGENIA: > Ação tóxica - ação mecânica (parasitas ficam na forma de trofozoíta aderido à mucosa intestinal formando um tapete que prejudica absorção dos alimentos) - reação imune > Cepa – número de cistos ingeridos > Assintomática – diarréia com esteatorréia (fezes com gorduras e odor muito forte) > tem deficiência vitaminas (K, A, D, E, B12 e ácido fólico) pela má absorção > Atrofia das vilosidades intestinais LIA DE OLIVEIRA JEREISSATI > Diarréia intercalada com constipação ● Epidemiologia da Amebíase e Giardíase: - Prevalência maior em regiões tropicais e subtropicais - Baixas condições de higiene - clima temperado - Incidência variável dependendo da condição sanitária e sócio-econômica - Condições de habitação - Presença de esgotos e água tratada - 480 milhões de pessoas infectadas - 10% apresentam formas invasoras - Na região amazônica é mais prevalente - Viabilidade dos cistos: > amebas – 20 dias > giardia – 2 meses ● Diagnóstico da Amebíase e Giardíase: - Clínico: > Amebíase – fezes muco sanguinolentas (fezes escuras) > Giardíase – esteatorréia (gordura nas fezes) e má-absorção - Laboratorial: Parasitológico de fezes: 3 amostras > exame direto a fresco (trofozoítas) > métodos de concentração - Faust & cols. > fixação e coloração p/hematoxilina férrica - Imunológico: Teste imunológico - Imagiológico: Raio-X ● Profilaxia da Amebíase e Giardíase: - Programas de controle - Educação sanitária - Saneamento ambiental - Medidas específicas - Tratamento das fontes de infecção ● Trichomonas vaginalis: - É um protozoário flagelado - Tem 1 nucleo - Local de preferência deles é a vagina, porém também pode dar no homem (assintomático) - TAXONOMIA: > Filo: Sarcomastigophora > Classe: Zoomastigophorea > Ordem: Trichomonadida > Família: Trichomonadidae > Gênero: Trichomonas > Espécie: Trichomonas vaginalis - IMPORTÂNCIA: > Infecção mais comum transmitida sexualmente e curável > 175 milhões de casos novos por ano (quase 90% em população de baixa renda) > Até 1/3 das infecções femininas e a maioria das masculinas são assintomáticas > Aumenta a chance de infecção pelo HIV > Doença Inflamatória Pélvica (DIP) - MORFOLOGIA: > Polimorfa, os espécimes vivos são elipsóides ou ovais e algumas vezes esféricos. Em preparações coradas, ele é tipicamente elipsóide, piriforme ou oval. > O comprimento é em média 9,7 µm (4,5 a 19 µm) e a largura 7,0 µm (2,5 a 12,5 µm) > Possui quatro flagelos anteriores e um recorrente, axóstilo, costa e pelta. > Núcleo elipsóide próximo à extremidade anterior LIA DE OLIVEIRA JEREISSATI - HABITAT: > homem (uretra, próstata e prepúcio) > mulher (mucosa vaginal) - REPRODUÇÃO: > Divisão binária longitudinal do trofozoíta. Não há formação de cistos. - FISIOLOGIA: ➢ Anaeróbio facultativo. ➢ Utiliza glicose, maltose e galactose como fontes de energia e não utiliza a sacarose e a manose. ➢ Ciclo de Krebs incompleto. ➢ Não possui mitocôndrias, mas grânulos densos (hidrogenossomos → bolinhas perto do núcleo). ➢ É capaz de manter reserva de glicogênio e sintetizar alguns aminoácidos. - TRANSMISSÃO: > O homem é o vetor - pela ejaculação os tricomonas são levados à vagina pelo esperma. > A tricomonose é uma DST > O homem é facilmente infectado e o parasito vai se alojar na uretra, vesículas seminais ou na próstata. > As mães podem contaminar suas filhas durante o parto. > Através de roupas de cama, de assentos sanitários, de artigos de toalete, de instrumentos ginecológicos contaminados, de água de piscinas e roupas íntimas (Fômites). - RESISTÊNCIA AO PARASITO: > Alterações do meio vaginal que favorecem a infecção: ● modificações da flora bacteriana vaginal ● diminuição da acidez local ● diminuição do glicogênio nas células do epitélio ● acentuada escamação epitelial > T. vaginalis pode ser encontrado em mulheres com pH vaginal entre 4 e 8, porém incide com maior freqüenciaentre pH 6 e 6,5. - SINTOMAS: > Na mulher: ● Corrimento vaginal (claro a muco-purulento) ● Dor no baixo abdome ● Disúria ● Complicações: DIP, neoplasia cervical intraepitelial, ruptura prematura de membranas, parto prematuro e recémnascidos de baixo peso. > No homem: ● Uretrite (corrimento uretral, disúria e >5 leucócitos/campo no esfregaço corado pelo Gram e observado em grande aumento) ● Complicações: prostatite, epididimite e infertilidade - DIAGNÓSTICO: ➢ Exame a fresco: * Mulher – secreção vaginal e uretral * Homem – secreção uretral ou prostática ➢ Cultura ➢ Imunofluorescência direta LIA DE OLIVEIRA JEREISSATI
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