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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/337170867 PERFIL DO ADMINISTRADOR: COMPETÊNCIAS NO CONTEXTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO Conference Paper · November 2019 CITATIONS 0 READS 157 2 authors, including: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Loyalty and proximity relationships of organic food consumers: long and short chains . A taxonomic classification of organic food consumer View project Burnout e Justiça Organizacional: Construção e Validação de Métricas pra o Brasil View project Valéria Da Veiga Dias Universidade Franciscana (UFN) 40 PUBLICATIONS 169 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Valéria Da Veiga Dias on 11 November 2019. The user has requested enhancement of the downloaded file. https://www.researchgate.net/publication/337170867_PERFIL_DO_ADMINISTRADOR_COMPETENCIAS_NO_CONTEXTO_DAS_TECNOLOGIAS_DE_INFORMACAO?enrichId=rgreq-8b7beb45bd6a377f75d9780fb8d82852-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNzE3MDg2NztBUzo4MjQxMTE5OTU1NzYzMjJAMTU3MzQ5NTAxOTY0NQ%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/publication/337170867_PERFIL_DO_ADMINISTRADOR_COMPETENCIAS_NO_CONTEXTO_DAS_TECNOLOGIAS_DE_INFORMACAO?enrichId=rgreq-8b7beb45bd6a377f75d9780fb8d82852-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNzE3MDg2NztBUzo4MjQxMTE5OTU1NzYzMjJAMTU3MzQ5NTAxOTY0NQ%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/Loyalty-and-proximity-relationships-of-organic-food-consumers-long-and-short-chains-A-taxonomic-classification-of-organic-food-consumer?enrichId=rgreq-8b7beb45bd6a377f75d9780fb8d82852-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNzE3MDg2NztBUzo4MjQxMTE5OTU1NzYzMjJAMTU3MzQ5NTAxOTY0NQ%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/Burnout-e-Justica-Organizacional-Construcao-e-Validacao-de-Metricas-pra-o-Brasil?enrichId=rgreq-8b7beb45bd6a377f75d9780fb8d82852-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNzE3MDg2NztBUzo4MjQxMTE5OTU1NzYzMjJAMTU3MzQ5NTAxOTY0NQ%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-8b7beb45bd6a377f75d9780fb8d82852-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNzE3MDg2NztBUzo4MjQxMTE5OTU1NzYzMjJAMTU3MzQ5NTAxOTY0NQ%3D%3D&el=1_x_1&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Valeria-Da-Veiga-Dias?enrichId=rgreq-8b7beb45bd6a377f75d9780fb8d82852-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNzE3MDg2NztBUzo4MjQxMTE5OTU1NzYzMjJAMTU3MzQ5NTAxOTY0NQ%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Valeria-Da-Veiga-Dias?enrichId=rgreq-8b7beb45bd6a377f75d9780fb8d82852-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNzE3MDg2NztBUzo4MjQxMTE5OTU1NzYzMjJAMTU3MzQ5NTAxOTY0NQ%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Valeria-Da-Veiga-Dias?enrichId=rgreq-8b7beb45bd6a377f75d9780fb8d82852-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNzE3MDg2NztBUzo4MjQxMTE5OTU1NzYzMjJAMTU3MzQ5NTAxOTY0NQ%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Valeria-Da-Veiga-Dias?enrichId=rgreq-8b7beb45bd6a377f75d9780fb8d82852-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzNzE3MDg2NztBUzo4MjQxMTE5OTU1NzYzMjJAMTU3MzQ5NTAxOTY0NQ%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf Gestão de Pessoas Enangrad Júnior 1 ARÉA TEMÁTICA: GESTÃO DE PESSOAS PERFIL DO ADMINISTRADOR: COMPETÊNCIAS NO CONTEXTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO 2 RESUMO O presente artigo busca discutir as transformações associadas ao uso da tecnologia e o novo perfil de competências necessárias ao profissional em administração. Para isso, o objetivo deste estudo consiste em identificar de que forma as competências informacionais fazem parte do perfil de estudantes de Administração. A estratégia metodológica utilizada caracterizou-se como um estudo de campo descritivo e quantitativo. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário estruturado, envolvendo uma amostra formada por 103 estudantes do curso de Administração de uma Universidade privada no interior do Rio Grande do Sul. Os resultados evidenciam que as competências mais presentes no perfil dos futuros profissionais da área de administração estão relacionadas as competências tradicionais da área refletindo questões sobre comprometimento e trabalho em equipe. Em relação as competências informacionais ficou evidenciado que as mais presentes no perfil estão relacionadas a comunicação através da internet e o uso de plataformas digitais e que as menos presentes no perfil estão relacionadas a utilizar de gestores de referências bibliográficas e instalar programas e softwares. PALAVRAS-CHAVE: Competências; Competências informacionais; Administrador. ABSTRACT This article aims to discuss the transformations that are associated with the use of technology and the new profile of competencies necessary for the professional in administration. For this, the objective of this study is to identify how the informational competences are part of the profile of students of Administration. The methodological approach used was a descriptive and quantitative field study. The data collection was carried out by means of the application of a structured questionnaire, counting on a sample formed by 103 students of the course of Administration of a private University in the interior of Rio Grande do Sul. The results show that the competences present in the profile of future professionals in the area ofadministration are related to the traditional skills of the area reflecting questions about commitment and teamwork. Regarding the information competences, it was evidenced that the most present in the profile are related to the internet and the use of digital platforms and that the less present in the profile are related to use of bibliographic references managers and to install programs and software . KEYWORDS: Competences; Informational competences; Administrator. 3 1 INTRODUÇÃO O surgimento da internet e das tecnologias de informação (TIC)1 mudou a maneira como as organizações desenvolvem uma série de atividades, alterando os padrões para a elaboração, armazenamento e compartilhamento de informações entre empresas, clientes e colaboradores. Essas mudanças afetaram consequentemente, o perfil esperado para os profissionais que atuam em diversas áreas, dentre elas, a área de gestão. Desta forma, o conhecimento a respeito do uso da informação e das tecnologias passa a representar uma série de novas competências2, capazes de garantir ganho de vantagem competitiva individual e organizacional (PRADO e DE SOUZA, 2014). Nesse contexto, além das competências “tradicionais”, é importante considerar a necessidade de avançar na direção de competências orientadas ao uso da tecnologia de informação. Independente da área de atuação e do conhecimento prévio, os profissionais precisam de um certo nível de conhecimento a respeito do uso das tecnologias. Aqueles que consigam conciliar uma visão generalista, com à capacidade de entendimento da informação como um recurso estratégico, não se atendo a um tipo específico de informação, provavelmente serão os responsáveis por articulações entre áreas como a de administração e a de tecnologia de informação (DE BARROS CLANCONI, 1991). Diante disso, alguns autores passaram a destacar a relevância do que foi nomeado como competências informacionais. Pelissaro (2012), discutiu o conceito das competências informacionais a partir da literatura internacional, e concluiu que este tipo de competência está associada a capacidade de aprender a usar a informação, que se transforma constantemente no ambiente global. Além disso, segundo Cheuk (2008), o desenvolvimento de competências informacionais possibilita que o profissional tenha capacidade para lidar com o excesso informacional, tão presente noambiente das organizações, proporcionando confiança e capacitação para avaliar as informações que lhes são necessárias e em contrapartida desconsiderar as irrelevantes As competências informacionais incluem além do entendimento do uso da informação, as questões de operacionalização e escolha de hardwares, conhecimentos associados a comunicação e marketing digital, relacionamentos digitais com colaboradores e clientes, uso de sistemas de informação gerencial (SIG), aprendizagem compartilhada, gestão e uso da informação e bancos de dados, Big Data além de outros elementos que se associam ao atual ambiente de atuação de um administrador. O novo perfil do profissional é diretamente influenciado por uma “explosão informacional”, que faz com que o seu perfil molde-se através da exigência do mesmo estar informado, atualizado e capacitado continuamente para que consigam acompanhar as mudanças e adequar-se aos novos cenários (DE LACERDA ALVES e CAMPELLO, 2015). De acordo com Calvo e Tarumoto (2010) a carreira de Administrador apresenta uma peculiaridade em relação às demais profissões, assim 1 A tecnologia da informação (TI) pode ser conceituada como a tecnologia que influencia na estruturação do conhecimento, envolvendo sistemas e ferramentas que ajudam a organização na transmissão, armazenamento e utilização de dados, informações ou conhecimentos (MIRANDA,2004). 2 Competências representam a soma do aprendizado de todo o conjunto de habilidades, conhecimentos, know-how tecnológico e resultados dos processos decisórios da organização, constituindo uma fonte de vantagem competitiva porque deve ser única (UBEDA; SANTOS, 2008; FLEURY; FLEURY, 2001). 4 como as relações econômicas, ela é dinâmica e constantemente agrega novos campos de atuação ao seu escopo, entre os atuais, estão aqueles associados ao uso da tecnologia. Desta forma, a presente pesquisa buscou responder a seguinte questão: De que forma as competências informacionais fazem parte do perfil de estudantes de Administração? Pretende-se responder essa problemática através do objetivo de pesquisa que consiste em identificar de que forma as competências informacionais presentes no perfil de competências dos futuros administradores. Entre os objetivos específicos estão: realizar um levantamento das competências do administrador presentes na literatura; identificar e descrever o perfil de competências gerais e informacionais dos estudantes de administração; discutir os achados de pesquisa considerando a literatura. Destaca-se a relevância de um estudo desta natureza para que os profissionais possam mensurar o seu nível de preparação e qualificação diante da realidade do mercado, com vistas a estarem preparados para processos de recrutamento, seleção. Essa percepção pode orientar a formação acadêmica e o desenvolvimento de competências comportamentais, técnicas e tecnológicas, de modo que os profissionais sejam capazes de colaborar com o alcance dos objetivos organizacionais e corresponder as exigências do mercado atual. Neste contexto, Echeveste et al. (2012) afirmam que “os papéis e as interações refletem a propagação das mudanças, exigindo uma reformulação da postura dos profissionais para manutenção das vantagens competitivas frente aos cenários de transformações”. Esse ambiente exige que os profissionais considerem a necessidade de transformar suas competências e habilidades, visando corresponder de forma satisfatória as constantes mudanças no ambiente organizacional. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Os profissionais responsáveis pela gestão das organizações estão expostos a um desafio de entregar maior valor com menor curso, agindo através de sistemas de relações produtivas, tecnológicas e humanas de grande complexidade (SCHLATTER e BEHAR, 2014). As mudanças na tecnologia da informação influenciaram a maior parte das atividades organizacionais, redefinindo parâmetros teóricos e conceituais. Esse cenário exige dos profissionais inseridos no mercado de trabalho ou que pretendem se inserir um perfil dinâmico, flexível e adaptativo, ou seja, pessoas com uma visão global, capazes de interpretar, elaborar e transformar para atender necessidades do mercado. As competências pessoais evidenciam-se à medida que os profissionais estão expostos a situações profissionais, representando a ligação entre as capacidades pessoais e as perspectivas organizacionais. “A pessoa expressa a competências quando gera um resultado no trabalho, decorrente da aplicação conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes – os três recursos ou dimensões da competência” (CARBORE, 2009, p.44). A competência pessoal é representada pelo somatório de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores que o indivíduo dispõe e aplica dentro de um contexto organizacional. (FERNANDES, 2013). No que tange aos estudos a respeito do perfil de competências do administrador, o Conselho Federal de Administração (CFA) realizou pesquisa nos anos de 2006, 2011 e 2015 e a competência com maior relevância em relação ao perfil do Administrador foi identificar problemas, formular e implantar soluções; a segunda 5 competência que apresentou maior representatividade foi desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico sobre a realidade organizacional. Outros estudos sobre competências do administrador foram realizados ao longo dos últimos anos. Destaca-se os achados de Cardoso e Fonseca (2012) ao afirmarem que as principais competências presentes no perfil do administrador têm relação com a identificação, análise e utilização de dados, informações e conhecimentos, o estabelecimento de objetivos, metas e estratégias, envolve assumir responsabilidades, ter competência técnica e científica para atuar na administração das organizações, produção de resultados através das pessoas e o desenvolvimento e socialização do conhecimento adquirido no ambiente de trabalho. As competências que tem relação com a cultura e ética no ambiente organizacional, a administração e o desenvolvimento das pessoas e a capacidade de liderança são competências mais desenvolvidas. Em contrapartida as competências menos desenvolvidas relacionam-se a conhecimentos do marco jurídico que se aplicam a gestão, assim como capacidade de gestão de sistemas informacionais e administração de sistemas logísticos (SOUZA, FERRUGINI e ZAMBALDE, 2017). Apesar da já destacada relevância do estudo das competências informacionais no contexto do perfil profissional atual, poucos estudos abordam a temática para a formação do profissional em Administração, o que se reflete na falta de estudos específicos neste referencial teórico, no entanto, procurou-se trazer estudos relevantes e pesquisas atuais que discutiram o tema e podem contribuir com a proposta deste estudo. “A competência informacional configura-se como um conceito dinâmico que continua a crescer para incorporar uma gama cada vez maior de habilidades necessárias aos indivíduos inseridos na era da informação” (WARD, 2006, p.398). Os novos profissionais devem apresentar competências e habilidades relacionadas ao uso de tecnologias de informação, para poder interpretar os dados que estão à sua disposição através da tecnologia, transformando-os em informações relevantes e aliadas ao contexto organizacional para o desenvolvimento das suas atividades administrativas e a criação de diferencial organizacional. “Os novos profissionais estão envolvidos com a administração da informação como recurso, utilizando, sempre que possível, novas tecnologias (DE BARROS, 1991, p.4)”.Em relação aos estudos das competências informacionais relacionadas ao trabalho, Bruce (1997, p.50) estabelece a existência de sete concepções que relacionam a experiência com as competências informacionais, demonstrando como os profissionais interagem com a informação, conforme especificadas no abaixo: Experiência da tecnologia da informação: habilidadesem utilizar tecnologias para recuperação e comunicação de informações. Experiência das fontes de informação: habilidades de encontrar as informações localizadas em fontes diversas. Experiência do processo de informação: capacidade de identificar necessidades de informações advindas de situações inusitadas, posicionando-se estrategicamente em relação a busca e verificação de informações para a tomada de decisão. Experiência do controle da informação: capacidade de controlar e organizar a informação. Experiência de construção do conhecimento: capacidade de construir uma base pessoal e subjetiva de conhecimentos. Experiência da ampliação do conhecimento: capacidade de trabalhar numa perspectiva de novos conhecimentos pessoas, resultando no desenvolvimento de novas ideias e soluções 6 Experiência da sabedoria: capacidade de utilização da informação de maneira sábia para o benefício de outros. “O desenvolvimento de competências informacionais pode tornar mais efetivo o trabalho de qualquer profissional no tocante às tarefas ligadas à informação, principalmente em atividades intensivas em informação” (MIRANDA, 2004, p. 121). Nota-se a relevância do estudo deste tipo de competências associadas ao perfil dos profissionais modernos, em função das novas necessidades presentes no ambiente organizacional em relação ao uso das tecnologias de informação, onde esses devem ser saber interpretar e aplicar essas informações já que são fontes estratégicas para a sua atuação e para que sejam atingidos os objetivos organizacionais. 3 METODOLOGIA Este trabalho foi classificado como um estudo de natureza quantitativa e de objetivos descritivos. A pesquisa realizada, caracteriza-se também como um estudo de campo, que visa coletar dados primários. A pesquisa de campo “consiste na observação dos fatos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados e no registro de variáveis presumivelmente para posteriores análises” (OLIVEIRA, 1999, p.124). A coleta de dados incluiu um levantamento a partir de dados secundários oriundos de publicações sobre o tema deste artigo e uma pesquisa de campo, com coleta de dados primários a partir de um questionário estruturado. O instrumento de coleta foi construído a partir de um levantamento de competências do administrador, bem como da análise de escalas que mensuram competências. Essa construção se fez necessária, já que não foi encontrado nenhum instrumento com finalidade desta mensuração, para a área de gestão ou administração, na literatura. Em função de que são encontradas diversas nomenclaturas e classificações na literatura para tratar as competências do administrador, optou-se por chamá-las apenas de competências gerais, visando a diferenciação das competências informacionais. O primeiro bloco apresenta as competências (gerais e informacionais) dos administradores e foi construído com base em referencial teórico. O grupo de competências gerais teve origem em escalas e na revisão de estudos como a pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Administração (2015), a escala de Antonello e Dutra (2005), Kilimnik; Sant’anna e Luz (2004), Godoy e Antonello (2009) e o estudo de Cardoso e Fonseca (2012). Como não foram encontradas escalas ou modelos de pesquisa para competências informacionais aplicadas a área de Administração, foram compiladas competências de estudos semelhantes, realizados em áreas afins. Os estudos usados como base foram de Bruce (1997), Dudziak (2001), e a escala de Lopes e Pinto (2016). O segundo bloco apresenta dados referentes ao perfil dos respondentes da pesquisa. O instrumento de coleta foi organizado em uma escala intervalar do tipo likert de 5 (cinco) pontos entre Discordo Totalmente e Concordo Totalmente. Pode-se conceituar essa escala como um exemplo de escala de atitude na qual o respondente demonstra seu grau de concordância ou discordância em relação a um questionamento (APPOLINÁRIO, 2007). A amostra desta pesquisa pode ser compreendida como do tipo não probabilística e por conveniência, já que o pesquisador estabeleceu os critérios de seleção dos participantes a partir de parâmetros previamente estabelecidos (MALHOTRA, 2001). Desta forma, a amostra desta pesquisa foi composta por estudantes e para que os mesmos possam participar da pesquisa foram estabelecidos 7 dois pré-requisitos: i) ser estudante do curso de bacharelado em administração; ii) ser estudante de uma Universidade privada no interior do Rio Grande do Sul. O cálculo da amostra pretendida se deu a partir do total de alunos do curso de Administração, conforme informação fornecida pela secretaria do curso no mês de abril de 2018. A população de alunos neste período era de 376 alunos e amostra pretendida foi de 191 alunos. Antes da aplicação do questionário foi realizada a validade de conteúdo, com a submissão do mesmo à dois docentes que atuam nas áreas de Gestão de Pessoas, Sistemas de Informação e Métodos de Pesquisa. Em seguida aplicou-se um teste piloto com sete estudantes com o mesmo perfil da amostra da pesquisa. A intenção foi o aperfeiçoamento do instrumento e identificação de possíveis dificuldades de resposta. O tempo médio de resposta foi de 4 minutos. Os respondentes não apresentaram dificuldade no momento em que responderam ao teste piloto. A coleta de dados se deu de forma presencial, com os alunos que aceitarem participar voluntariamente da pesquisa e na internet, por meio do uso de um formulário online, no Google Forms. A coleta ocorreu entre abril e maio de 2018. Após a aplicação dos questionários os dados coletados foram tabulados usando Microsoft Excel. A análise incluiu frequência, média, desvio padrão. 4 ANÁLISE DE RESULTADOS Nesta seção foram apresentados os resultados da coleta de dados realizada. Cabe lembrar que foram consideradas apenas as respostas dos estudantes do curso de Administração, respeitando o parâmetro estabelecido para a seleção da amostra. Do total dos 105 respondentes, dois eram de outros cursos (Psicologia e Ciências Contábeis), sendo, portanto, excluídos da amostra, que totalizou 103 respondentes. Os respondentes da pesquisa foram, em sua maioria, do sexo masculino (53,92%). Quanto à faixa etária, destacam-se as faixas de 19 anos a 23 anos (59,80%) e de 24 anos até 28 anos (26,47%). Em relação a ocupação percebe-se que a maioria dos respondentes estuda e trabalha (70%). De acordo com Calvo e Tarumoto (2010) essa característica em geral representa os cursos de graduação em Administração. Na pesquisa destes autores, 87% dos estudantes agregava alguma atividade remunerada, seja ela estágio ou atividade profissional com registro em carteira. No que tange ao semestre a qual pertencem os alunos nota-se a predominância de estudantes que já cursaram pelo menos a metade da graduação, visto que 72,54% dos respondentes estão entre o quinto e o oitavo semestre do curso. Nesse sentido, seria esperado que algumas das competências se fizessem presentes de forma relevante no perfil dos alunos. A primeira análise concentra-se em apresentar os pontos de destaque sobre as competências, indiferente de sua classificação e na sequência o foco é a análise das competências informacionais. No Quadro 01 (um) foram evidenciados os resultados da pesquisa realizada quanto as competências gerais e informacionais presentes no perfil dos futuros administradores. Posteriormente as competências gerais e informacionais foram ilustradas separadamente. Competências Média Desvio Padrão Trabalhar e produzir resultados em equipes 4,36 0,88 Resumir e esquematizar a informação de forma rápida 4,02 0,84 Negociar, mediar e arbitrar conflitos 3,85 0,87 8 Encontrar, analisar e utilizar dados e informações de fontes confiáveis 3,88 1,02 Desenvolver relacionamento interpessoal 4,04 0,97 Utilizar gestores de referências bibliográficas (ex. EndNote, ReferenceManger) 3,07 1,09 Exercer autocontroleemocional 3,85 0,87 Organizar dados e informações para leitura e escrita 3,87 0,86 Desenvolver boa comunicação escrita e falada 4,05 1,00 Encontrar as informações localizadas em fontes diversas 3,69 0,93 Inovar 3,86 1,02 Utilizar fontes eletrônicas e digitais de informação informal para o trabalho e estudo (Ex. Blog, websites, redes sociais) 3,95 0,94 Ser criativo 3,67 1,09 Usar bases de dados secundários para coletar informações (Scielo, Scopus, Web of Science) 3,32 1,29 Negociar 3,80 0,89 Organizar (adquirir, registrar, recuperar) e distribuir informação em sua forma original ou como produtos elaborados a partir dela 3,91 0,87 Praticar visão ampla e global 4,02 0,84 Utilizar programas estatísticos (Ex. SPSS, Stata) 3,05 1,24 Comprometer-me com os objetivos da organização 4,39 0,86 Instalar programas e softwares 3,27 1,22 Desenvolver visão crítica, raciocínio lógico e analítico 4,12 0,84 Usar recursos para construir trabalhos, relatórios e apresentações (Pacote Office ou Linux) 3,99 1,00 Ter iniciativa de ação e decisão 4,07 0,91 Difundir a informação na Internet (Ex. Webs, blogs) 3,56 1,16 Estar de prontidão a mudança 4,00 0,94 Aprender rapidamente novos conceitos ligados a tecnologia 4,03 0,90 Assumir o processo decisório das ações de planejamento, organização, direção e controle 4,18 0,79 Comunicar-me usando internet e plataformas digitais 4,33 0,81 Lidar com incertezas, ambiguidades e situações novas e inusitadas 4,00 0,89 Integrar conhecimentos específicos e gerais em sua área de atuação 4,18 0,75 Quadro 01 – Resultados da pesquisa sobre competências Fonte: Dados de pesquisa Ao avaliar os resultados presentes no Quadro 01 (um) pode-se perceber que as competências que os respondentes julgam possuir de maneira mais significativa dizem respeito a “comprometer-se com os objetivos da organização” e “trabalhar e produzir resultados em equipe”, representando médias de 4,39 e 4,36 e desvios padrão de 0,86 e 0,88 respectivamente. Martins-Silva, Silva e Junior Silva (2016) realizaram um estudo sobre competências de estudantes de administração e identificaram que dentre as competências com maior percentual figuram a capacidade de trabalhar em equipes (76%) e capacidade de comprometer-se com os objetivos da organização (72,1%), corroborando para os resultados obtidos nesse artigo para as competências mais 9 presentes no perfil do aluno. Muller (2005) destaca que as organizações precisam de pessoas comprometidas e que tenham identificação com a organização para que sejam obtidas vantagens competitivas e atingidas as metas organizacionais. Em contrapartida as competências que os respondentes julgam possuir em menor nível dizem respeito ao uso de programas estatísticos (Ex. SPSS, Stata), que apresenta uma média de 3,05 e desvio padrão de 1,24 e utilizar gestores de referências bibliográficas (ex. EndNote, ReferenceManger) com média de 3,07 e desvio padrão de 1,09. Esses resultados podem indicar uma dificuldade dos estudantes em assimilar novas formas de utilizar e gerir uma grande quantidade de dados aos quais estão expostos. De forma geral, ao analisar o quadro que sumariza os resultados, nota-se que as competências com maiores médias, destacadas anteriormente, referem-se a duas competências “tradicionais” dentro do perfil do curso e da área, esperadas pelo futuro profissional, enquanto, as competências informacionais, que fazem parte de exigências novas, aparecem com médias mais baixas. É valido destacar, diante do referencial já apresentado, a importância do desenvolvimento de competências informacionais para que os profissionais consigam atuar e desenvolver suas atividades no contexto tecnológico em que as organizações estão expostas, o que pode se configurar como um indicativo de que os alunos e/ou cursos ainda podem estar focados apenas nas funções básicas do Administrador. Na década de 1980 Motta (1983) já destacava que as funções básicas do Administrador, que orientavam a formação e por consequência, refletiam o perfil esperado de competências, já necessitaria mais do que planejar, organizar, dirigir e controlar. Em meados dos anos de 1980 o autor já afirmava que a tecnologia (neste contexto se referia a automação de processos), dependia do fortalecimento de funções de planejamento, controle e análise, mas que, essas funções ao tornarem-se mais complexas, exigiriam mão-de-obra mais qualificada. O Quadro 02 apresenta as competências gerais e o Quadro 03 apresenta as competências informacionais, sendo que cada classificação apresenta seu grupo de competências específicas. Competências gerais Itens do questionário Média Desvio Padrão Trabalhar e produzir resultados em equipes 4,36 0,88 Negociar, mediar e arbitrar conflitos 3,85 0,87 Desenvolver relacionamento interpessoal 4,04 0,97 Exercer autocontrole emocional 3,85 0,87 Desenvolver boa comunicação escrita e falada 4,05 1,00 Inovar 3,86 1,02 Ser criativo 3,67 1,09 Negociar 3,80 0,89 Praticar visão ampla e global 4,02 0,84 Comprometer-me com os objetivos da organização 4,39 0,86 Desenvolver visão crítica, raciocínio lógico e analítico 4,12 0,84 Ter iniciativa de ação e decisão 4,07 0,91 10 Quadro 02 – Competências gerais Fonte: Dados de pesquisa Nota-se que a média deste grupo de 16 competências foi alta (4,02) considerando a avaliação em uma escala de 1 a 5 pontos. Conforme já descrito, as competências com maior média refletem questões sobre comprometimento e trabalho em equipe. Dentre as competências gerais, cabe destacar que, apesar de ainda ser uma média acima de 3 (ponto central na escala), a média mais baixa dentre este grupo foi de 3,67 e refere-se a criatividade. Em relação a criatividade, estudos realizados por De Souza et. al (2014) apresentam resultados semelhantes ao desse estudo, uma vez que competências que envolvem o estímulo a criatividade e a inovação foram apontadas como as menos desenvolvidas. Esse resultado pode sinalizar a necessidade de desenvolver profissionais de modo que esses sejam capazes de criar novos conceitos e interpretações, para que produzam soluções organizacionais criativas e resultados inovadores, o que possibilitará o alcance de vantagem competitiva e o posicionamento estratégico da organização no contexto tecnológico ao qual estão expostas. A busca pela inovação, por meio da criação e desenvolvimento de novos produtos e processos, diversificação, qualidade e absorção de tecnologias avançadas, é fundamental para que os níveis de eficiência, produtividade e competitividade sejam mantidos pelas organizações (TOMAEL, ALCARA e DI CHIARA, 2005). O Quadro 03 representa as competências informacionais e foi apresentado a seguir. Estar de prontidão a mudança 4,00 0,94 Assumir o processo decisório das ações de planejamento, organização, direção e controle 4,18 0,79 Lidar com incertezas, ambiguidades e situações novas e inusitadas 4,00 0,89 Integrar conhecimentos específicos e gerais em sua área de atuação 4,18 0,75 Competências Informacionais Itens do questionário Média Desvio Padrão Resumir e esquematizar a informação de forma rápida 4,02 0,84 Encontrar, analisar e utilizar dados e informações de fontes confiáveis 3,88 1,02 Utilizar gestores de referências bibliográficas (ex. EndNote, ReferenceManger) 3,07 1,09 Organizar dados e informações para leitura e escrita 3,87 0,86 Encontrar as informações localizadas em fontes diversas 3,69 0,93 Utilizar fontes eletrônicas e digitais de informação informal para o trabalho e estudo (Ex. Blog, websites, redes sociais) 3,95 0,94 Usar bases de dados secundários para coletar informações (Scielo, Scopus, Web of Science) 3,32 1,29 Organizar (adquirir, registrar, recuperar) e distribuir informação em sua forma original ou como produtos elaborados a partir dela 3,91 0,87 11 Quadro 03 – Competências informacionaisFonte: Dados da pesquisa Apesar de a avaliação deste grupo de competências também ficar acima de 3 (três), nota-se uma média mais baixa para o grupo e médias mais baixas no geral. Além disso, os desvios padrões também demonstram uma amplitude maior nas respostas dos estudantes, o que indica uma necessidade de amadurecimento e desenvolvimento desse perfil. Ao avaliar o Quadro 03 pode-se perceber que em relação as competências informacionais, as competências que os respondentes julgam possuir em maior nível tem relação a comunicação através da internet e o uso de plataformas digitais, que representa uma média de 4,33 e desvio padrão de 0,81 e a capacidade de aprender rapidamente novos conceitos ligados a tecnologia, com média de 4,03 e desvio padrão de 0,90. Esses resultados evidenciam a presença dos recursos tecnológicos e a influência da tecnologia e de suas ferramentas no cotidiano dos estudantes, como por exemplo, o uso da internet e das redes sociais. Almeida (2018) destaca a influência das redes sociais na vida do jovem, que possui vantagens na comunicação rápida, mas também possui maiores problemas de comportamento, interação humana, depressão, ansiedade e dependência das ações virtuais. Apesar de multiplicar as interações sociais e proporcionar mudanças de comportamentos dos atores envolvidos (LIMA, 2010), que pode ser positiva ou negativa, não basta “apenas” utilizar ferramentas digitais, é necessário saber como usá-las adequadamente. Estar inserido no contexto tecnológico não garante que as competências informacionais estejam desenvolvidas para que sejam apresentadas em nível profissional. Essa limitação pode ser interpretada como resultante do processo de transição em que estamos inseridos em relação a tecnologia, já que a grande maioria das empresas apresentam estruturas tradicionais de trabalho e o uso da tecnologia está sendo acrescentado aos poucos nos ambientes organizacionais. Na educação, pensar a tecnologia apenas como ferramenta implica o risco de manter uma prática tradicional (GARCIA, 2011), isso porque em geral a aprendizagem se dá pela transformação e pela percepção de novas concepções. Garcia (2011) evidencia a mudança nos processos de ensino-aprendizagem, que hoje depende de múltiplas fontes e não apenas do professor, no entanto, o professor, da mesma forma que a maioria das pessoas precisa estar em aprendizagem constante de formas e métodos para auxiliar na construção de um processo dinâmico que é a construção de competências dos alunos. Para o mesmo autor, além da expectativa relacionada ao aluno pode-se pensar na importância de expandir o repertório tecnológico dos docentes como meio de instrumentalizá-los para uma prática pedagógica fundamentada em um novo paradigma. Ainda em relação ao perfil de competências informacionais estudado, percebe- se que utilizar gestores de referências bibliográficas e instalar programas e softwares Utilizar programas estatísticos (Ex. SPSS, Stata) 3,05 1,24 Instalar programas e softwares 3,27 1,22 Usar recursos para construir trabalhos, relatórios e apresentações (Ex. Pacote Office ou Linux) 3,99 1,00 Difundir a informação na Internet (Ex. Webs, blogs) 3,56 1,16 Aprender rapidamente novos conceitos ligados a tecnologia 4,03 0,90 Comunicar-me usando internet e plataformas digitais 4,33 0,81 12 estão entre as competências informacionais que os respondentes julgam possuir em menor nível, sendo suas médias 3,07 e 3,27 e desvios padrões de 1,09 e 1,22 respectivamente. Apesar da área de Administração utilizar análises estatísticas em pesquisas diversas, os estudantes que responderam podem representar um grupo que ainda não aprendeu a fazer uso dessas ferramentas por diversos motivos, mas o que é importante afirmar é que estas ferramentas são cada vez mais importantes em função do contexto tecnológico, de modo a produzir, gerenciar e utilizar as informações provenientes do ambiente. Essa necessidade reflete muitas vezes na capacidade de produzir informação útil por meio de dados, indicadores e análises diversas. O desvio padrão neste caso, também pode sinalizar que uma maior amplitude de respostas reflete perfis de compreensão diferente dentro do grupo pesquisado, já que é possível que as respostas tenham se concentrado nas extremidades, alguns tenham respondido que possuem esta capacidade em menor nível enquanto outros consideram que dominam o uso das ferramentas como softwares e gestores de referências. Outras competências associadas a difusão de informação e uso de bases de dados para coleta de dados secundários também reflete dificuldade na coleta e gestão de informações úteis e passíveis de análise. Em sua fala, Lopes e Pinto (2011) corroboram com este achado, ao afirmar que apesar dos avanços tecnológicos facilitaram o acesso a informação, em geral, os estudantes não apresentam, de maneira suficiente, as competências para usar e gerir informação. Para os mesmos autores, apesar de serem responsáveis pela geração de grande volume de informação por meio da Internet, estes estudantes não sabem como utilizá-la para desenvolver um posicionamento estratégico. Considerando esse contexto, cabe citar a necessidade do desenvolvimento de competências informacionais por parte de todos os profissionais para que sejam capazes de compreender a dimensão dessas mudanças organizacionais e para que possam vir a desenvolver as competências com excelência. Em consonância Miranda (2004) destaca que as competências informacionais em situações de trabalho pode ser percebida como um dos requisitos necessários para trabalhar com a informação e que seria desejável que as competências informacionais fizessem parte do conjunto de competências dos mais variados profissionais, atividades e organizações. 5 CONCLUSÃO E APRECIAÇÃO CRÍTICA O objetivo de identificar as competências informacionais presentes no perfil de competências dos futuros administradores foi atingido, o que foi evidenciado nos resultados apresentados no capítulo anterior. Os resultados evidenciam as competências gerais e informacionais que os respondentes julgam possuir. Dentre essas, as que apresentaram maiores médias foram as competências “tradicionais” dentro do perfil do curso e da área, ou seja, as que são esperadas pelos futuros profissionais de Administração. Em contrapartida as competências com médias mais baixas estão relacionadas ao grupo de competências informacionais. Em relação as competências gerais, os respondentes julgam possuir em maior nível as competências relacionadas ao comprometimento com os objetivos da organização e ao trabalho em equipe e a competência com média mais baixa dentre esse grupo foi a que refere-se a criatividade. Já em relação as competências informacionais, os respondentes julgam possuir em maior nível as competências relacionadas a comunicação através da internet e de plataformas digitais e a capacidade de aprender rapidamente novos conceitos ligados 13 a tecnologia. Em contrapartida, ainda em relação a esse grupo de competências, os respondentes julgam possuir em menor nível as que dizem respeito ao uso de programas estatísticos e utilização de gestores de referências bibliográficas (ex. EndNote, ReferenceManger). Este perfil reflete aspectos associados a um aluno com inserção tecnológica, mas dificuldade no aprofundamento do uso da tecnologia aplicada ao trabalho, ressaltando a necessidade de aprofundar conhecimentos e desenvolver habilidades. Cabe ressaltar que estamos vivenciando um momento de transição em relação ao uso da tecnologia, com a grande significância do uso das redes sociais e as alterações provenientes desse contexto tecnológico nas realidades organizacionais. Nesse sentido, esse cenário acaba requerendo das organizações e dos profissionais o desenvolvimento e a adaptação em relação ao atendimento da demanda por competências que tem relação com o uso da informação. Os profissionais contemporâneosprecisam aprender a comunicar-se dentro da organização, administrar o grande volume de dados resultantes das ferramentas atreladas a tecnologia, produzir resultados através da transformação de suas habilidades e competências para corresponder as atuais necessidades do mercado. Isso requer investimento pessoal e organizacional, ou seja, ambos os envolvidos devem apresentar flexibilidade em relação aos novos conhecimentos que devem ser adquiridos e as alterações que devem ser produzidas no ambiente de trabalho no contexto tecnológico atual ao qual todos estão expostos. Em relação aos achados, é pertinente considerar que os estudantes fizeram uma auto avaliação ao responderem aos questionários, e em função disso deve ser considerado a possibilidade de superavaliações e subavaliações, que podem ocorrer neste tipo de análise. Por fim, com o intuito de sugerir novas pesquisas, é relevante desenvolver o aprofundamento nos estudos sobre as competências informacionais na área de gestão e os impactos que podem ser produzidos nas áreas de administração, pessoas e processos através da interpretação da relevância da gestão de competências dos profissionais modernos. Além disso, pode-se comparar a importância das competências no perfil e as competências presentes no profissional e interpretar a relação entre o surgimento de novas competências e novas profissões. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Natacha. A influência das redes sociais e aplicações na vida dos jovens. Disponível em: http://iasaude.pt/index.php/informacao- documentacao/recortes-de-imprensa/919-a-influencia-das-redes-sociais-e- aplicacoes-na-vida-dos-jovens Acesso em 19 de Junho de 2018. ANDRADE, Antonio Rodrigues de. Comportamento e estratégias de organizações em tempos de mudança sob a perspectiva da tecnologia da informação. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v.9, n.2,p. 48-58, 2002. 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