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Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 1 MICOSES SUPERFICIAIS Gizelle Felinto INTRODUÇÃO ➢ As micoses superficiais são causadas por fungos, limitadas às camadas queratinizadas ou semiqueratinizadas do tegumento ou localizadas na sua superfície, atingindo pele e mucosas ➢ Têm-se 4 grupos: • Dermatofitoses: ▪ São causadas por um conjunto de vários gêneros de parasitas (Dermatófitos), que utilizam a queratina como fonte de subsistência e, por essa razão, parasitam as porções queratinizadas ou semiqueratinizadas da epiderme, dos pelos e das unhas • Ptiríase Vesicolor, Tinha Negra e as Piedras: ▪ São causadas por fungos sem afinidade micológica ou clínica. Assim, como não possuem poder queratolítico, vivem sobre a pele, penetrando nos interstícios da camada córnea ou ao redor dos pelos. Utilizam, como fontes de manutenção, restos epiteliais ou produtos da excreção e, assim, não são considerados parasitas, mas sim comensais ▪ Pacientes imunocomprometidos → esses fungos podem causar fungemia e acometimento de órgãos internos • Candidíase/Candidose: ▪ É uma infecção cutaneomucosa que pode atingir tanto pele e seus apêndices como as mucosas ▪ É determinada por leveduras do gênero Candida • Dermatomicoses: ▪ São causadas por fungos filamentosos e leveduriformes, em geral geofílicos, que podem acometer pele, unhas e, menos frequentemente, os pelos, de modo similar aos dermatófilos DERMATOFITOSES GENERALIDADES ➢ As Dermatofitoses são causadas por DERMATÓFITOS: • Os dermatófitos são fungos do gênero: ▪ Microsporum ▪ Trichophyton ▪ Epidemophyton • Podem ser: ▪ Antropofílicos → exclusivos da espécie humana ▪ Zoofílicos → próprios de animais domésticos ou silvestres ▪ Geofílicos → vivem no solo ➢ Lesões: • Decorrem da presença do próprio fungo ou em virtude da reação de hipersensibilidade específica ao agente causal ou seus produtos (Dermatofítides) • Com a progressão da infecção, há o desenvolvimento da imunidade celular → há a reação contra a tricofitina e, eventualmente, o aparecimento de dermatoditides ➢ Pacientes imunocomprometidos → podem desenvolver dermatofitoses extensas e recidivantes ➢ Quadro clínico → varia de acordo com a região ou o anexo comprometido. De acordo com a localização, tem-se tinhas: • De couro cabeludo • Da barba • Do corpo (pele glabra) • Do pé e da mão • Crural (inguinal) • Da orelha • Imbricada • Das unhas ➢ Fatores que interferem na infecção: • Pele lesada • Virulência do parasita • Umidade ➢ Fatores de proteção: • Pele: ▪ Descamação da pele ▪ Ação dos ácidos graxos • Soro: ▪ Transferrina insaturada ▪ Microglobulina alfa 2 TINHA DO COURO CABELUDO (tinea capitis) INTRODUÇÃO ➢ É causada por diversos dermatófitos ➢ Comum em crianças ➢ Rara em adultos ➢ É adquirida pelo contato com: • Indivíduos infectados (Antropofílicos) • Animais doentes ou portadores (Zoofílicos) → principalmente cães e gatos • Com a própria terra (Geofílicos) ➢ Divide-se em: • Tinha tonsurante (microspórica e tricofítica) • Tinha favosa ou favo MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ➢ TINHA TONSURANTE: • Geralmente o quadro é de evolução crônica • As formas mais comuns são a Microspórica e a Tricofítica • Formas: ▪ Tinha Microspórica (por Microsporum): ✓ Apresenta placas de tonsura → caracterizadas por cotos pilosos e descamação, única ou múltipla, no couro cabeludo Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 2 MICOSES SUPERFICIAIS Gizelle Felinto ▪ Tinha Tricofítica (por T. violaceum): ✓ Placas múltiplas ▪ Tinha Quérion (Kerion Celsi): ✓ É uma forma aguda e grave ✓ Há intensa reação inflamatória ✓ Apresenta-se como placa elevada, geralmente única, bem delimitada, dolorosa, com pústulas e microabscessos que drenam pus à expressão ✓ É causada por dermatófitos zoofílicos ou geofílicos • Ainda, nas tinhas tonsurantes, podem ocorrer pápulas foliculares na pele, principalmente em tronco, por hipersensibilidade (mícides) • Confirmação diagnóstica: ▪ Se dá por → achado do parasita no material retirado das placas em exame microscópico após clarificação pela potassa ▪ Para complementar o diagnóstico → isolar o fungo por cultura em meio de Sabourad ▪ Lâmpada de Wood → nesse exame, tem-se os Dermatófitos do gênero: ✓ Microsporum → fluorescência esverdeada ✓ Trichophyton → não fluorescentes, exceto o T. schonleinii, que tem fluorescência verde-palha ➢ TINHA FAVOSA OU FAVO (Tinea favosa): • Tem evolução essencialmente crônica • Agente causal → Trichophyton schonleinii • Ocorre principalmente sob forma de microendemias em zonas rurais ou pequenas comunidades do interior • É a mais grave das tinhas do couro cabeludo → pois o fungo, ao atacar o folículo piloso, pode causar lesões cicatriciais do couro cabeludo, com eventual ALOPECIA DEFINITIVA • Ao contrário das demais tinhas do couro cabeludo, a tinha favosa, uma vez adquirida na infância, raramente se cura espontaneamente na puberdade. Assim, acaba persistindo pelos próximos anos e decênios nos adultos, atuando como fonte de infecção para as crianças • Lesões elementares: ▪ Casos Típicos → Godet ou escútula folicular ✓ São lesões pequenas, crateriformes em torno do óstio folicular ✓ É patognomônico do favo clássico ▪ Outras formas clínicas: ✓ Favo pitiroide → predomínio do elemento descamativo ✓ Favo impetigoide → predomínio do elemento supurativo-crostoso • Na luz de Wood → como é causada pelo Trichophyton schonleinii, tem-se a fluorescência verde-palha TINHA DO CORPO (tinea corporis) INTRODUÇÃO ➢ Sinônimos → tinha glabrosa ou da pele glabra ➢ Apresenta-se sob diversos aspectos morfológicos diversos, desde formas vesiculosas, simulando herpes simples, até nodulares ou em placas ➢ Agentes causadores mais frequentes: • Trichophyton rubrum • Microsporium canis • Trichophyton mentagrophytes Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 3 MICOSES SUPERFICIAIS Gizelle Felinto MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ➢ FORMA VESICULOSA: • É uma forma bastante inflamatória e pode evoluir para cura espontânea • Evolução da lesão: 1. Vesículas → é a lesão primária 2. Superfícies Exulceradas, podendo ter formação de crostas → ocorre devido à fusão e rompimento de várias vesículas 3. Surgimento de novas vesículas na periferia, progredindo à lesão centrifugamente ➢ FORMA ANULAR: • Na maioria das vezes, suas manifestações são acompanhadas de prurido • Lesão: ▪ Inicia-se como uma lesão eritematopapulosa que cresce centrifugamente, com cura central à medida que há progressão pela periferia ▪ As lesões podem ser múltiplas, ocorrendo frequentemente sua confluência ➢ FORMA EM PLACAS: • Não há tendência à cura espontânea no centro da lesão • As placas são essencialmente descamativas e eritematosas, aumentando tanto de tamanho que podem acabar comprometendo extensas áreas do tegumento, podendo simular quadros de dermatite seborreica ou de psoríase TINHA DO PÉ E DA MÃO (tinea pedis e tinea manus) INTRODUÇÃO ➢ A tinha dos pés é bastante comum, enquanto que a das mãos é pouco frequente ➢ Tinea manus → encontram-se, mais comumente, processos decorrentes de hipersensibilidade a foco situado em outro local (dermatofitoses) ➢ Agentes mais comuns: • Trichophyton rubrum • Trichophyton mentagrophytes • Epidermophyton floccosum MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ➢ FORMA INTERTRIGINOSA: • Lesão: ▪ Descamação e maceração da pele nos espaços interdigitais, podendo ocorrer fissuração e prurido • Além dos dermatófitos, tem-se como agentes causadores: ▪ Candida albicans ▪ Corynebacterium minutissimum ➢ TIPO VESICOBOLHOSO: • Geralmente, ocorre em associaçãocom a forma intertriginosa • Tipo agudo → lesões vesicobolhosas • Complicação frequente → infecção bacteriana ➢ TIPO ESCAMOSO: • Tem evolução crônica Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 4 MICOSES SUPERFICIAIS Gizelle Felinto • Apresenta lesões escamosas, geralmente pruriginosas • A reação inflamatória é discreta e, frequentemente, há onicomicose acompanhando o quadro TINHA DA UNHA (ONICOMICOSE) INTRODUÇÃO ➢ É uma infecção da lâmina ungueal ➢ Agentes causadores: • Dermatófitos: ▪ Trichophyton (T. rubrum e T. mentagrophytes) ▪ Epidermophyton (E. floccosum) ▪ Microsporum → raramente • Ou por outros fungos: ▪ Leveduras do gênero Cândida ▪ Leveduras exógenas ▪ Fungos filamentosos não dermatófitos (são raras) → gêneros: ✓ Scopulariopsis ✓ Hendersonula ✓ Aspergillus ✓ Penicilium ✓ Fusarium ✓ Acremonium... ▪ E outros gêneros de fungos existentes na terra e em madeiras podres MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ➢ Inicialmente pode ser: • Subungueal distal e/ou lateral: ▪ O início mais frequente é pela borda distal, que se torna opaca com detritos córneos sob a placa ungueal • Subungueal proximal e superficial: ▪ Na superficial, ocorrem manchas brancas na lâmina ungueal ligeiramente escamosas ➢ Todas essas formas podem evoluir para o comprometimento total da lâmina ungueal ➢ No início, o aspecto é similar na porção subungueal lateral ou proximal ➢ Pode ocorrer o comprometimento de uma única unha ou de várias ➢ Em portadores do vírus HIV → é frequente o acometimento de múltiplas unhas DIAGNÓSTICO ➢ Exame Micológico → é indispensável para o diagnóstico • Confirmação diagnóstica → presença do dermatófitos, podendo ser identificado por exame direto, sem haver necessidade de cultivo • Culturas são de difícil obtenção e tem interesse para a especificação da espécie • É preferível repetir várias vezes o exame direto antes de se recorrer ao cultivo ➢ NUNCA se deve instituir um TRATAMENTO SISTÊMICO de tinha da unha SEM TER O EXAME MICOLÓGICO POSITIVO ➢ Leveduras e outros agentes de onicomicoses são frequentemente encontrados, como contaminantes, em onicopatias. É o que se denomina onicomicotização ➢ Diagnóstico diferencial → deve ser feito com afecções que atingem as unhas, como: • Psoríase • Líquen plano • Onicopatias congênitas ou traumáticas TINHA CRURAL (tinea cruris) INTRODUÇÃO ➢ Também chamada de tinha inguinal (tinea inguinalis) ➢ É uma afecção comum no homem e relativamente rara na mulher ➢ O comprometimento é, geralmente, bilateral e, nas formas extensas, há propagação para o períneo, as regiões glúteas e a parede abdominal ➢ Agentes causadores mais frequentes: • Trichophyton rubrum • Epidermophyton floccosum • Trichophyton mentagrophytes MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ➢ Lesão: • Lesões eritematoescamosas com bordas nítidas, em que, às vezes, encontram-se pequenas vesículas Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 5 MICOSES SUPERFICIAIS Gizelle Felinto • Lesões antigas → tornam-se escuras ou mesmo liquenificadas, em virtude do prurido • O quadro pode apresentar, eventualmente, aspecto eritematoedematoso, pelo uso inadequado de preparações tópicas com corticosteroides ➢ Diagnóstico diferencial → deve ser feito com outros processos habituais na região, como: • Dermatite seborreica • Dermatite de contato • Eritrasma DIAGNÓSTICO DAS TINHAS DIAGNÓSTICO ➢ É CLÍNICO! ➢ EXAME MICOLÓGICO → é indispensável para o diagnóstico • Confirmação diagnóstica → presença do dermatófitos, podendo ser identificado por exame direto, sem haver necessidade de cultivo • Medidas a serem tomadas para a realização do exame: ▪ Tinha da pele → evitar o uso de pomadas, cremes, óleos e protetor solar na região afetada por 24h. a região afetada deve ser higienizada apenas com água e sabão ▪ Tinha de unha das mãos e/ou pés → deve-se retirar o esmalte 3 dias antes de realizar o exame e no caso de limpeza em manicure ou pedicure, aguardar 15 dias ✓ Na tinha da unha do pé o paciente deve ir ao laboratório com sapato fechado ▪ Tinha de couro cabeludo → o paciente não deve lavar o couro cabeludo no dia da coleta. Além disso, paciente em uso de antifúngicos de uso tópico ou oral, deve aguardar no mínimo 15 dias após o término do medicamento ➢ CULTURA → é de difícil obtenção, sendo realizada para a especificação da espécie • É preferível repetir várias vezes o exame direto antes de se recorrer ao cultivo ➢ NUNCA se deve instituir um TRATAMENTO SISTÊMICO de tinha da unha SEM TER O EXAME MICOLÓGICO POSITIVO TRATAMENTO DAS TINHAS TRATAMENTO ➢ São empregadas drogas de uso tópico ou sistêmico ➢ DROGAS TÓPICAS: • Grupo 1 → atualmente são pouco utilizadas. São menos ativas e mais irritantes ÁCIDO SALICÍLICO ÁCIDO BENZOICO IODO DERIVADOS MERCURIAIS VIOLETA DE GENCIANA FUCSINA FENOLIZADA ÁCIDO UNDECILÊNICO HALOPROGIN TOLNAFATO TOLCICLATO • Grupo 2 → tem alta eficácia e excelente tolerância. São os derivados imidazólicos, como: ISOCONAZOL TIOCONAZOL ECONAZOL BIFONAZOL • Outros tópicos → drogas em creme, solução ou spray a 1% que são usadas 1 a 2 vezes por dia, por 6 a 8 semanas CICLOPIROX OLAMINA TERBINAFINA AMOROLFINA ➢ DROGAS SISTÊMICAS: GRISEOFULVINA → é um antibiótico extraído do Penicillium griseofulvum, e foi a primeira droga efetiva no tratamento das dermatofitoses ▪ Hoje em dia é utilizada apenas para o tratamento da tinhas Microspórica do couro cabeludo • Também podem ser utilizados os derivados imidazólicos (ITRACONAZOL ou FLUCONAZOL) ou um derivado da alilamina (TERBINAFINA) Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 6 MICOSES SUPERFICIAIS Gizelle Felinto ➢ INDICAÇÕES DO TRATAMENTO TÓPICO E/OU SISTÊMICO NAS DERMATOFITOSES: • Tinha do couro cabeludo → Sistêmico + Tópico GRISEOFULVINA 15 a 20mg/Kg/dia → duas tomadas após as refeições, por 6 a 12 semanas TERBINAFINA → é efetiva e mais bem tolerada, sendo usada por 4 a 8 semanas ✓ Em crianças → 3 a 6 mg/Kg/dia (62,5 mg/dia, ✓ crianças com 10 a 20 kg, 125 mg/dia, 20 a 40 kg e 250 mg/dia acima de 40 kg) FLUCONAZOL 6mg/Kg/dia por 3 semanas ou Gmg/Kg/dia por semanas ✓ Está aprovado o seu uso em crianças com mais de 6 meses de idade ▪ Como terapia complementar → antifúngicos tópicos ▪ Quérion → quando a supuração for intensa, é indicada a drenagem ▪ Prognóstico: ✓ Tinhas tonsurantes → é favorável, com restitutio ad integrum nas áreas afetadas (ou seja, retornam ao normal após o tratamento ou após cura espontânea) ✓ Sem tratamento para a tinha → pode ocorrer cura, após tempo variável, exceto na tinha favosa ✓ Tinha favosa → necessita de maior tempo de tratamento, deixando alopecia cicatricial • Tinha do corpo: ▪ Em forma localizada → tratamento tópico do grupo 2 por 2 a 4 semanas ISOCONAZOL TIOCONAZOL ECONAZOL BIFONAZOL ▪ Se disseminada (como na tinha de barba) → associar tratamento sistêmico • Tinha do pé e da mão ▪ Nas formas não inflamatórias → tratamento tópico do grupo 2 por 6 a 8 semanas ▪ Infecção secundária na tinha do pé → banhos ou compressas de permanganato de potássio, creme do grupo 2 e administração inicial de antibiótico do grupo TETRACICLINA OU MACROLÍDEO. Posteriormente, se necessário, associar terapia sistêmica antifúngica • Tinha crural ou inguinal → tratamento tópico por 6 a 8 semanas ▪ Em forma extensa ou inflamatória (frequentemente pelo uso de preparações com corticoides) → associar tratamento sistêmico ▪ As tinhas inguinal e do pé, particularmente por Trichophytum rubrum, com frequência recidivam ▪ É necessário esclarecer sobre a necessidadede secar bem essas regiões após os banhos e usar, profilaticamente, cremes ou pós antifúngicos • Tinha ungueal: ▪ A terapia deve ser instituída após exame micológico positivo ▪ Deve ser sistêmica e tópica, ainda que, eventualmente, seja indicada somente a tópica ▪ O tratamento sistêmico poder ser feito com (há cura micológica em 70% dos casos): ITRACONAZOL: o 200mg/dia → cápsulas de 100mg após o café da manhã e jantar, por 4 a 6 meses ou o Pulsoterapia → consiste em administrar 200mg de itraconazol, 2 vezes por dia (após café da manhã e jantar) por 1 semana. Interromper por 3 semanas e repetir de 4 a 6 vezes TERBINAFINA: o 250 mg/dia → por 3 a 4 meses o Pulsoterapia → 250mg, 2 vezes por dia, por 1 semana. Suspender por 3 semanas e repetir de 4 a 6 vezes FLUCONAZOL 150mg/semana, por 4 a 6 meses ➢ TERAPIA TÓPICA: • Grupo 2 → a baixa concentração dessas drogas (1%) nos cremes não possibilita a penetração na lâmina ungueal ▪ Podem ser usados como profiláticos e em outras onicomicoses • Drogas tópicas que possibilitam a penetração na lâmina ungueal, por apresentarem maior concentração (são usados 1 a 2 vezes por semana, além de complementarem a terapia sistêmica, possibilitam a cura da tinha ungueal incipiente após alguns meses de uso): AMOROLFINA a 5% em esmalte CICLOPIROX OLAMINA a 8% em esmalte ➢ ORIENTAÇÕES NO TRATAMENTO DAS ONICOMICOSES: • É sempre preferível associar o tratamento tópico ao sistêmico quando há preocupação e indicação para cura • Nos seguintes grupos não é aconselhável a terapia sistêmica, pelos efeitos colaterais e pelas possíveis interações medicamentosas: ▪ Idosos ▪ Hipertensos ▪ Doentes Cardíacos ▪ Doentes Hepáticos ▪ Doentes Renais ▪ Outras doenças gerais ▪ Nesses casos deve-se prescrever apenas a terapia tópica • Evulsão Cirúrgica da unha → é dolorosa e inútil • Evulsão com ureia a 40% → possibilita resultado, mas, com os atuais tópicos, está em desuso Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 7 MICOSES SUPERFICIAIS Gizelle Felinto DERMATOFITOSES EM IMUNODEPRESSÃO ➢ Doentes imunodeprimidos, portadores do vírus HIV, transplantados, sob quimioterapia ou radioterapia anti- neoplásica têm dermatofitoses extensas e recidivantes. Necessitam de doses maiores e maior tempo de tratamento tópico e sistêmico. O mesmo ocorre em relação a diabéticos e doentes em uso de corticoides sistêmico PITIRÍASE VERSICOLOR (tinea versicolor) INTRODUÇÃO ➢ É uma afecção fúngica causada pela Malassezia furfur ➢ Tem incidência universal, mas tem maior prevalência em regiões de clima quente e úmido ➢ Acomete adultos de ambos os sexos, sendo menos frequentes em crianças e idosos ➢ Fatores predisponentes: • Malnutrição • Hiperidrose • Imunodepressão ➢ Quase sempre é assintomática, sendo evidenciada, geralmente, após exposição solar, quando surgem manchas discrômicas na pele, derivando a denominação “Versicolor” MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ➢ São máculas/manchas com descamação de cor variável • Indivíduos de pele clara → máculas acastanhadas, cor de café com leite ou hipocrômicas • Indivíduos de pele escura ou negra → manchas hipocrômicas e, menos frequentemente, hipercrômicas ➢ Sinal da unha → ao se passar a unha sobre a mancha, surge uma descamação furfurácea, que pode ser observada pelo estiramento da pele (sinal de Zileri) ➢ Essas máculas são múltiplas, de formatos variáveis, podendo confluir e atingir grandes áreas da superfície corporal ➢ Localização das lesões: • Geralmente, situam-se em: ▪ Pescoço ▪ Tórax ▪ Porções proximais dos membros superiores • Em casos com grande disseminação de manchas, há acometimento desde a região mandibular da face e do pescoço, o tronco, os braços, os antebraços e as coxas • Frequentemente há comprometimento do couro cabeludo, onde as lesões podem passar despercebidas • As regiões palmoplantares e as mucosas nunca são afetadas! ➢ Patógenos oportunistas → a M. furfur e outras espécies do mesmo gênero, como M. pachydermatis, podem se tornar patógenas oportunistas, causando fungemia, quando introduzidas no organismo, por exemplo por sonda, particularmente em neonatos prematuros e imunodeprimidos DIAGNÓSTICO ➢ Exame em luz de Wood: • É o exame que confirma o diagnóstico • Há uma fluorescência róseo-dourada • Também possibilita verificar a extensão da erupção ➢ Exame micológico de escamas da lesão → após a clarificação pela potassa 10%, permite sempre o encontro de esporos e pseudo-hifas • A negatividade exclui o diagnóstico ➢ Técnica de Porto → também pode ser empregada • Trata-se de uma fita adesiva na lesão e depois colada em lâmina ➢ Diagnóstico diferencial → em geral, não apresenta dificuldade com lesões hipocrômicas residuais • Pitiríase alba → localiza-se nas porções superiores do tórax e nos braços Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 8 MICOSES SUPERFICIAIS Gizelle Felinto • Vitiligo → é de cor branca-nacarada e atinge outras áreas • Em caso de dúvida diagnóstica → o exame na luz de Wood e o exame direto permitem a confirmação diagnóstica de imediato TRATAMENTO ➢ TÓPICOS: • Solução ou loção a 1%: TIOCONAZOL ISOCONAZOL BIFONAZOL ▪ Aplicar diariamente, após o banho, por 4 semanas ▪ Tem excelente tolerância e cura em todos os casos • Xampu a 2,5%: SULFETO DE SELÊNIO ▪ Aplicado diariamente por 2 semanas, antes do banho. Em seguida, 1 vez por semana, por 4 semanas ▪ Tem melhor resultado se esperados 15 minutos para o banho • Solução aquosa a 25%: HIPOSSULFITO DE SÓDIO ▪ 1 vez por dia, após o banho ▪ Acrescentar água-de-colônia, na proporção de 5 a 10%, para melhorar o odor • Solução a 1%: TERBINAFINA ▪ Diariamente por 4 semanas • Comprometimento do couro cabeludo → usar simultaneamente xampu de cetoconazol ou de ciclopirox olamina ➢ SISTÊMICOS: ITRACONAZOL → 100mg após o café e 100mg após o jantar todos os dias, por 5 dias FLUCONAZOL: ▪ 150mg/semana por 4 semanas ▪ 450mg em dose única, que pode ser repetida após 3 semanas CETOCONAZOL 200mg/dia por 10 dias: ▪ A tolerância é satisfatória ▪ Cura entre 90 e 95% ▪ Após o tratamento → verifica-se com frequência hipopigmentação residual, que pode persistir por meses até a recuperação dos melanócitos lesados ▪ A repigmentação pode ser estimulada pela exposição solar, eventualmente com psoralênico PITIRÍASE VESICOLOR RECIDIVANTE ➢ Há doentes em que a infecção é recidivante na ausência de qualquer fator predisponente ➢ É um quadro constitucional causado provavelmente pela seborreia ou pela composição do sebo, que propicia o desenvolvimento da M. furfur ➢ Como prevenir a recidiva, pós-tratamento: XAMPU + MEDICAMENTO TÓPICO → é o primeiro recurso para prevenir a recidiva ITRACONAZOL 200mg/mês ou CETOCONAZOL 400mg/mês, por 6 meses → são outra possibilidade de prevenção de recidiva ➢ Em casos resistentes: ISOTRETINOÍNA 0,5 a 1mg/Kg por 4 a 5 meses CANDIDÍASE INTRODUÇÃO ➢ Sinônimos → Candidose ou Monilíase ➢ Trata-se de uma infecção cutânea, cutâneo-sistêmica ou sistêmica causada por leveduras do gênero Candida ➢ Agentes causadores: • C. albicans → é a mais frequente ▪ É uma levedura de ocorrência universal, saprófita e eventualmente patógena ▪ Habita a superfívie da pele, da mucosa oral, do intestino e da mucosa vaginal • C. tropicalis • C. parapsilosis • C guilliermondii ➢ Condições que facilitam a proliferação de leveduras do gênero Candida: • Menor grau de defesa → como na criança e no idoso • Gravidez → pelo aumento de glicídios na vagina • Anticoncepcionais • Diabetes • Terapia com antibióticos, corticoidese citostáticos • Doenças gerais como linfomas, tumores malignos e Aids • Umidade e maceração cutânea → como ocorre na dermatite das fraldas, intertrigos dos obesos e ocupacionais • Irritação mecânica na mucosa bucal por próteses • Deficiências congênitas • Deficiência de zinco, ferro, da função neutrofílica ou endocrinopatias ➢ Fatores de proteção: • Linfócitos T • Função fagocitária dos neutrófilos ➢ Localização da lesão: • Na maioria dos casos, a infecção localiza-se somente na pele ou em mucosas (candidose mucocutânea) • Em imunodeprimidos → pode ocorrer fungemia, com comprometimento sistêmico e, inclusive, endocardite ➢ Pode ocorrer o acometimento de: • Pele • Intestino • Mucosa oral • Mucosa vaginal Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 9 MICOSES SUPERFICIAIS Gizelle Felinto CANDIDOSE ORAL ➢ Também é denominada dermatite cremosa ou “sapinho” ➢ É comum nos lactentes, após a 2ª semana de vida → pois a flora microbiológica da boca não está estabelecida e há provável contaminação durante a passagem, no parto, pelo canal vaginal ➢ Também pode ocorrer em: • Idosos com dentes mal conservados ou com próteses • Imunodeprimidos • Como contaminação secundária em lesões da mucosa bucal → como no pênfigo vulgar e na sífilis ➢ Lesão elementar: • Placas cremosas esbranquiçadas, circulares ou ovais, isoladas ou confluentes, que podem comprometer toda a cavidade oral • Essas placas são recobertas por induto esbranquiçado e, em casos graves, pode atingir a faringe, a laringe, o esôfago, a traqueia e os brônquios, podendo causar dificuldade respiratória • Queilite angular (perleche) → fissuras na junção dos lábios ▪ Pode ser provocada por cândida, porém, na maioria dos casos, principalmente em idosos, a levedura é contaminante, já que a causa é a dobra cutânea, pelo uso de próteses inadequadas ➢ Diagnóstico: • Confirmação → Exame de raspado das lesões, em preparações com KOH a 10% • Também pode ser feita Cultura, que, em 24 a 48h, mostra colônias cremosas brancas ➢ Tratamento: • Eliminação dos fatores predisponentes • Droga de escolha: NISTATINA em suspensão oral → 3 a 4 vezes por dia, após limpeza, podendo a suspensão ser ingerida • Também é efetivo: CLOTRIMAZOL em solução • Crianças e adolescentes: VIOLETA DE GENCIANA em solução aquosa a 0,5% • Outro medicamento tópico: BICARBONATO DE SÓDIO solução a 2% → se possível, fazer bochecho • Na afecção em lactentes → desinfecção das mamadeiras e chupetas é imprescindível • No adulto: ▪ Lesões somente na mucosa oral → NISTATINA em suspensão oral, podendo também ser prescritas drágeas para ingestão ou Clotrimazol em solução ▪ Casos extensos → associar a medicação sistêmica CANDIDOSE VULVOVAGINAL ➢ É frequente pelos seguintes fatores predisponentes: • Gravidez • Uso de anticoncepcionais • Diabetes • Antibioticoterapia prolongada • Irritação mecânica ou química da mucosa vaginal (duchas vaginais) → facilitam o desenvolvimento da levedura, oriunda do intestino ➢ O quadro caracteriza-se por: • Leucorreia • Placas esbranquiçadas cremosas na vulva e na mucosa vaginal ➢ Diagnóstico: • Pelo Exame direto em KOH e pela Cultura ➢ Diagnóstico diferencial → devem ser excluídos outros agentes da leucorreia, como: • Gonococos • Tricomonas • Micoplasma • Clamídias ➢ Tratamento: NISTATINA em creme vaginal ANFOTERICINA B em creme vaginal ISOCONAZOL Outro imidazólico em creme ou óvulos vaginais • Lavagem com bicarbonato de sódio também pode ser realizada → uma colher de sopa em um litro de água • Em formas extensas → associar medicação sistêmica Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 10 MICOSES SUPERFICIAIS Gizelle Felinto CANDIDOSE BALANOPREPUCIAL ➢ Lesão elementar: • Lesões eritematosas ou eritematoerosivas na glande, recobertas ou não por induto esbranquiçado • Prepúcio → há eritema e edema • Subjetivamente há ardor e prurido • Pode haver secreção purulenta por infecção bacteriana secundária ➢ Condições predisponentes: • Idade avançada • Obesidade • Diabetes • Fimose • Higiene inadequada • Secagem insuficiente após lavagem • Uso de cremes ou pomadas com corticoides ➢ Pode ocorrer por transmissão sexual, de parceira com candidose vulvovaginal ➢ Diagnóstico → confirma-se pelo Exame micológico ➢ Tratamento: • Banhos com PERMANGANATO DE POTÁSSIO a 1:10.000 e secagem • Cremes Imidazólicos de uso vaginal são úteis VIOLETA DE GENCIANA em solução aquosa a 0,1% → é um recurso eficaz, com desvantagem da coloração ▪ Não deve ser usada por mais de 4 dias, já que a concentração da droga aumenta com o uso continuado e pode provocar irritação • Em casos graves → associar medicação sistêmica • É importante a exclusão de diabetes ou contágio • Postectomia (retirada do prepúcio) → em formas recidivantes que apresentam fimose CANDIDOSE INTERTRIGINOSA ➢ Localização → dobras: • Axilares • Inguinais • Submamárias ➢ Lesão elementar: • Lesões eritematosas, úmidas, secretantes, que podem destruir a epiderme, formando erosões ou fissuras, que são envoltas por um colarete córneo, bastante sugestivo • Frequentemente há lesões-satélite que se iniciam como vesículas ou pústulas • Subjetivamente há prurido de intensidade variável que pode ser acompanhado de ardor ➢ Causas predisponentes: • Obesidade • Diabetes • Umidade • Higiene inadequada ➢ Forma típica (erosio interdigitalis blastomycetica) → ocorre entre os dedos das mãos ou dos pés, geralmente no 3º espaço interdigital • Nos pés → a causa mais comum é a hiperidrose • Nas mãos → ocorre frequentemente como doença ocupacional, pelo manuseio de água e sabão ➢ Diagnóstico → confirma-se pelo Exame Micológico ➢ Tratamento: VIOLETA DE GENCIANA em solução aquosa a 1% → por 3 a 4 dias, no máximo ou CREMES IMIDAZÓLICOS • Deve-se atenuar ou excluir as causas predisponentes! • Em formas extensas → Terapia Sistêmica Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 11 MICOSES SUPERFICIAIS Gizelle Felinto DERMATITE DAS FRALDAS ➢ A retenção urinária e das fezes pelas fraudas provoca maceração da pele, constituindo excelente campo para o desenvolvimento de leveduras e bactérias PARONÍQUIA E ONICOMICOSE ➢ Lesão elementar: • Eritema e edema na dobra em torno da matriz da unha e dedo da mão • A pressão é dolorosa e pode eliminar gotículas de líquido seropurulento • O número de dedos acometidos é variável • O processo inflamatório, atingindo a matiz, provoca distrofia ungueal → há um descolamento, ficando um espaço entre a dobre a lâmina ungueal ➢ Agentes que participam do processo: • C. albicans • Outros fungos e, eventualmente, dermatófitos e bactérias: ▪ Estafilococos ▪ Estreptococos ▪ Pseudomonas aeruginosa ▪ Proteus mirabilis... ➢ É fundamentalmente uma afecção ocupacional → causada pelo contato continuado com água, sabão e detergentes ➢ Fatores predisponentes: • Diabetes • Desnutrição • Imunodepressão • Em mulheres → além do contato, a retirada da cutícula também é outro fator significativo no desenvolvimento da paroníquia, pois ela favorece a infecção. Além disso, há o hábito de lavar excessivamente ➢ Diagnóstico: • Coloração verde-escura → infecção associada a P. aeruginosa • Exame micológico → pode mostrar cândida ou outros fungos • Sempre há contaminação bacteriana e a paroníquia pode ser somente bacteriana ➢ Tratamento: • Primeira medida → evitar contato com água, sabão e detergentes • Retirar a umidade existente na cavidade resultante da perda da aderência entre a cutícula ea lâmina ungueal → expor a dobra ungueal ao calor seco após cada contato com água • Terapia medicamentosa → de acordo com o exame micológico CREME IMIDAZÓLICO → para infecção com levedura associado a CREME ANTIBACTERIANAO ANTIFÚNGICO OU ANTIBACTERIANO por via sistêmica → eventualmente ANTIFÚNGICOS NA CANDIDOSE ➢ TÓPICOS: NISTATINA: ▪ Indicações → Candidose: ✓ Oral ✓ Esofagiana ✓ Intestinal ▪ Não é absorvida, sendo eliminada inalterada ▪ Apresentações: ✓ Solução com 100 mil unidades por mL ✓ Via oral → drágeas com 500mil unidades, podendo ser usadas 1 a 2 drágeas, 3 vezes ao dia ✓ Em crianças → suspensão oral com 100 mil unidades por mL, na dose de 1 a 2mL, de 3 a 4 vezes ao dia IMIDAZÓLICOS → CLOTRIMAZOL, ISOCONAZOL E TIOCONAZOL ▪ São agentes mais eficientes ▪ Encontrados em solução, creme e creme vaginal para aplicações na pele e nas mucosas ➢ SISTÊMICOS: FLUCONAZOL → É a 1ª escolha ▪ 50 a 100 mg/dia por 7 a 14 dias → candidose oral e balanoprepucial ▪ Dose única de 150mg → candidose vulvovaginal ▪ 200 a 400mg/dia até o desaparecimento do quadro → candidose mucocutânea crônica ou sistêmica ▪ 3 a 6 mg/Kg/dia, por 7 a 14 dias → em crianças ITRACONAZOL: Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 12 MICOSES SUPERFICIAIS Gizelle Felinto ▪ Indicações: ✓ Candidose oral ✓ Candidose vulvovaginal ✓ Candidose prepucial ✓ Candidose intertiginosa ✓ Paroníquia ▪ Dose → 200mg/ dia por 5 dias ✓ Na candidose crônica mucocutânea → administração até o desaparecimento do quadro ✓ Em crianças: o Com até 20kg → 25mg/dia o 20 a 40kg → 50mg/dia o > 40kg → 100 a 200mg/dia CETOCONAZOL: ▪ É menos efetivo que o Itraconazol, apresentando menor tolerância ▪ Dosagens: ✓ Candidose oral, esofagiana e intestinal → 200 a 400 mg/dia por 5 a 10 dias ✓ Candidose crônica mucocutânea → 200 a 400mg/dia até o desaparecimento do quadro ✓ Crianças: o Com até 20kg → 50mg/dia o 20 a 40kg → 100mg/dia o > 40kg → 200mg/dia FLUCITOSINA → em candidoses resistentes a outros medicamentos ▪ Dosagem → 150 a 200mg/kg/dia dividida em doses com intervalo de 6h ANFOTERICINA B → em formas sistêmicas ou resistentes a outros medicamentos ▪ Dose inicial → 25 mg e continuar com 50 mg ▪ Diluir o antibiótico em 500 mL de solução glicosada a 5%, adicionar 25 mg de succinato de hidrocortisona, aplicar via intravenosa, gota a gota, com duração de seis horas, em dias alternados ▪ Dosagem total → 1,5 a 3 g ▪ Não deve ser usado em doentes com alterações cardíacas ou renais
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