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Micoses Superficiais

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Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 
1 MICOSES SUPERFICIAIS 
Gizelle Felinto 
INTRODUÇÃO 
➢ As micoses superficiais são causadas por fungos, limitadas às 
camadas queratinizadas ou semiqueratinizadas do tegumento ou 
localizadas na sua superfície, atingindo pele e mucosas 
➢ Têm-se 4 grupos: 
• Dermatofitoses: 
▪ São causadas por um conjunto de vários gêneros de 
parasitas (Dermatófitos), que utilizam a queratina 
como fonte de subsistência e, por essa razão, 
parasitam as porções queratinizadas ou 
semiqueratinizadas da epiderme, dos pelos e das unhas 
• Ptiríase Vesicolor, Tinha Negra e as Piedras: 
▪ São causadas por fungos sem afinidade micológica ou 
clínica. Assim, como não possuem poder queratolítico, 
vivem sobre a pele, penetrando nos interstícios da 
camada córnea ou ao redor dos pelos. Utilizam, como 
fontes de manutenção, restos epiteliais ou produtos da 
excreção e, assim, não são considerados parasitas, 
mas sim comensais 
▪ Pacientes imunocomprometidos → esses fungos 
podem causar fungemia e acometimento de órgãos 
internos 
• Candidíase/Candidose: 
▪ É uma infecção cutaneomucosa que pode atingir tanto 
pele e seus apêndices como as mucosas 
▪ É determinada por leveduras do gênero Candida 
• Dermatomicoses: 
▪ São causadas por fungos filamentosos e 
leveduriformes, em geral geofílicos, que podem 
acometer pele, unhas e, menos frequentemente, os 
pelos, de modo similar aos dermatófilos 
DERMATOFITOSES 
GENERALIDADES 
➢ As Dermatofitoses são causadas por DERMATÓFITOS: 
• Os dermatófitos são fungos do gênero: 
▪ Microsporum 
▪ Trichophyton 
▪ Epidemophyton 
• Podem ser: 
▪ Antropofílicos → exclusivos da espécie humana 
▪ Zoofílicos → próprios de animais domésticos ou 
silvestres 
▪ Geofílicos → vivem no solo 
➢ Lesões: 
• Decorrem da presença do próprio fungo ou em virtude da 
reação de hipersensibilidade específica ao agente 
causal ou seus produtos (Dermatofítides) 
• Com a progressão da infecção, há o desenvolvimento da 
imunidade celular → há a reação contra a tricofitina e, 
eventualmente, o aparecimento de dermatoditides 
➢ Pacientes imunocomprometidos → podem desenvolver 
dermatofitoses extensas e recidivantes 
➢ Quadro clínico → varia de acordo com a região ou o anexo 
comprometido. De acordo com a localização, tem-se tinhas: 
• De couro cabeludo 
• Da barba 
• Do corpo (pele glabra) 
• Do pé e da mão 
• Crural (inguinal) 
• Da orelha 
• Imbricada 
• Das unhas 
➢ Fatores que interferem na infecção: 
• Pele lesada 
• Virulência do parasita 
• Umidade 
➢ Fatores de proteção: 
• Pele: 
▪ Descamação da pele 
▪ Ação dos ácidos graxos 
• Soro: 
▪ Transferrina insaturada 
▪ Microglobulina alfa 2 
TINHA DO COURO CABELUDO (tinea capitis) 
INTRODUÇÃO 
➢ É causada por diversos dermatófitos 
➢ Comum em crianças 
➢ Rara em adultos 
➢ É adquirida pelo contato com: 
• Indivíduos infectados (Antropofílicos) 
• Animais doentes ou portadores (Zoofílicos) → 
principalmente cães e gatos 
• Com a própria terra (Geofílicos) 
➢ Divide-se em: 
• Tinha tonsurante (microspórica e tricofítica) 
• Tinha favosa ou favo 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
➢ TINHA TONSURANTE: 
• Geralmente o quadro é de evolução crônica 
• As formas mais comuns são a Microspórica e a Tricofítica 
• Formas: 
▪ Tinha Microspórica (por Microsporum): 
✓ Apresenta placas de tonsura → caracterizadas 
por cotos pilosos e descamação, única ou 
múltipla, no couro cabeludo 
 
Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 
2 MICOSES SUPERFICIAIS 
Gizelle Felinto 
 
▪ Tinha Tricofítica (por T. violaceum): 
✓ Placas múltiplas 
 
▪ Tinha Quérion (Kerion Celsi): 
✓ É uma forma aguda e grave 
✓ Há intensa reação inflamatória 
✓ Apresenta-se como placa elevada, geralmente 
única, bem delimitada, dolorosa, com pústulas 
e microabscessos que drenam pus à expressão 
✓ É causada por dermatófitos zoofílicos ou 
geofílicos 
 
 
 
 
 
 
 
• Ainda, nas tinhas tonsurantes, podem ocorrer pápulas 
foliculares na pele, principalmente em tronco, por 
hipersensibilidade (mícides) 
• Confirmação diagnóstica: 
▪ Se dá por → achado do parasita no material retirado 
das placas em exame microscópico após clarificação 
pela potassa 
▪ Para complementar o diagnóstico → isolar o fungo por 
cultura em meio de Sabourad 
▪ Lâmpada de Wood → nesse exame, tem-se os 
Dermatófitos do gênero: 
✓ Microsporum → fluorescência esverdeada 
✓ Trichophyton → não fluorescentes, exceto o T. 
schonleinii, que tem fluorescência verde-palha 
➢ TINHA FAVOSA OU FAVO (Tinea favosa): 
• Tem evolução essencialmente crônica 
• Agente causal → Trichophyton schonleinii 
• Ocorre principalmente sob forma de microendemias em 
zonas rurais ou pequenas comunidades do interior 
• É a mais grave das tinhas do couro cabeludo → pois o fungo, 
ao atacar o folículo piloso, pode causar lesões 
cicatriciais do couro cabeludo, com eventual ALOPECIA 
DEFINITIVA 
• Ao contrário das demais tinhas do couro cabeludo, a tinha 
favosa, uma vez adquirida na infância, raramente se cura 
espontaneamente na puberdade. Assim, acaba persistindo 
pelos próximos anos e decênios nos adultos, atuando como 
fonte de infecção para as crianças 
• Lesões elementares: 
▪ Casos Típicos → Godet ou escútula folicular 
✓ São lesões pequenas, crateriformes em torno do 
óstio folicular 
✓ É patognomônico do favo clássico 
 
▪ Outras formas clínicas: 
✓ Favo pitiroide → predomínio do elemento 
descamativo 
✓ Favo impetigoide → predomínio do elemento 
supurativo-crostoso 
• Na luz de Wood → como é causada pelo Trichophyton 
schonleinii, tem-se a fluorescência verde-palha 
TINHA DO CORPO (tinea corporis) 
INTRODUÇÃO 
➢ Sinônimos → tinha glabrosa ou da pele glabra 
➢ Apresenta-se sob diversos aspectos morfológicos diversos, 
desde formas vesiculosas, simulando herpes simples, até 
nodulares ou em placas 
➢ Agentes causadores mais frequentes: 
• Trichophyton rubrum 
• Microsporium canis 
• Trichophyton mentagrophytes 
 
Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 
3 MICOSES SUPERFICIAIS 
Gizelle Felinto 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
➢ FORMA VESICULOSA: 
• É uma forma bastante inflamatória e pode evoluir para cura 
espontânea 
• Evolução da lesão: 
1. Vesículas → é a lesão primária 
2. Superfícies Exulceradas, podendo ter formação de 
crostas → ocorre devido à fusão e rompimento de 
várias vesículas 
3. Surgimento de novas vesículas na periferia, 
progredindo à lesão centrifugamente 
➢ FORMA ANULAR: 
• Na maioria das vezes, suas manifestações são 
acompanhadas de prurido 
• Lesão: 
▪ Inicia-se como uma lesão eritematopapulosa que 
cresce centrifugamente, com cura central à medida 
que há progressão pela periferia 
▪ As lesões podem ser múltiplas, ocorrendo 
frequentemente sua confluência 
➢ FORMA EM PLACAS: 
• Não há tendência à cura espontânea no centro da lesão 
• As placas são essencialmente descamativas e 
eritematosas, aumentando tanto de tamanho que podem 
acabar comprometendo extensas áreas do tegumento, 
podendo simular quadros de dermatite seborreica ou de 
psoríase 
 
 
TINHA DO PÉ E DA MÃO (tinea pedis e tinea 
manus) 
INTRODUÇÃO 
➢ A tinha dos pés é bastante comum, enquanto que a das mãos é 
pouco frequente 
➢ Tinea manus → encontram-se, mais comumente, processos 
decorrentes de hipersensibilidade a foco situado em outro local 
(dermatofitoses) 
➢ Agentes mais comuns: 
• Trichophyton rubrum 
• Trichophyton mentagrophytes 
• Epidermophyton floccosum 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
➢ FORMA INTERTRIGINOSA: 
• Lesão: 
▪ Descamação e maceração da pele nos espaços 
interdigitais, podendo ocorrer fissuração e prurido 
• Além dos dermatófitos, tem-se como agentes causadores: 
▪ Candida albicans 
▪ Corynebacterium minutissimum 
 
➢ TIPO VESICOBOLHOSO: 
• Geralmente, ocorre em associaçãocom a forma 
intertriginosa 
• Tipo agudo → lesões vesicobolhosas 
• Complicação frequente → infecção bacteriana 
 
➢ TIPO ESCAMOSO: 
• Tem evolução crônica 
 
Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 
4 MICOSES SUPERFICIAIS 
Gizelle Felinto 
• Apresenta lesões escamosas, geralmente pruriginosas 
• A reação inflamatória é discreta e, frequentemente, há 
onicomicose acompanhando o quadro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TINHA DA UNHA (ONICOMICOSE) 
INTRODUÇÃO 
➢ É uma infecção da lâmina ungueal 
➢ Agentes causadores: 
• Dermatófitos: 
▪ Trichophyton (T. rubrum e T. mentagrophytes) 
▪ Epidermophyton (E. floccosum) 
▪ Microsporum → raramente 
• Ou por outros fungos: 
▪ Leveduras do gênero Cândida 
▪ Leveduras exógenas 
▪ Fungos filamentosos não dermatófitos (são raras) → 
gêneros: 
✓ Scopulariopsis 
✓ Hendersonula 
✓ Aspergillus 
✓ Penicilium 
✓ Fusarium 
✓ Acremonium... 
▪ E outros gêneros de fungos existentes na terra e em 
madeiras podres 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
➢ Inicialmente pode ser: 
• Subungueal distal e/ou lateral: 
▪ O início mais frequente é pela borda distal, que se 
torna opaca com detritos córneos sob a placa 
ungueal 
• Subungueal proximal e superficial: 
▪ Na superficial, ocorrem manchas brancas na lâmina 
ungueal ligeiramente escamosas 
➢ Todas essas formas podem evoluir para o comprometimento total 
da lâmina ungueal 
➢ No início, o aspecto é similar na porção subungueal lateral ou 
proximal 
➢ Pode ocorrer o comprometimento de uma única unha ou de 
várias 
➢ Em portadores do vírus HIV → é frequente o acometimento de 
múltiplas unhas 
DIAGNÓSTICO 
➢ Exame Micológico → é indispensável para o diagnóstico 
• Confirmação diagnóstica → presença do dermatófitos, 
podendo ser identificado por exame direto, sem haver 
necessidade de cultivo 
• Culturas são de difícil obtenção e tem interesse para a 
especificação da espécie 
• É preferível repetir várias vezes o exame direto antes de 
se recorrer ao cultivo 
➢ NUNCA se deve instituir um TRATAMENTO SISTÊMICO de tinha 
da unha SEM TER O EXAME MICOLÓGICO POSITIVO 
➢ Leveduras e outros agentes de onicomicoses são frequentemente 
encontrados, como contaminantes, em onicopatias. É o que se 
denomina onicomicotização 
➢ Diagnóstico diferencial → deve ser feito com afecções que 
atingem as unhas, como: 
• Psoríase 
• Líquen plano 
• Onicopatias congênitas ou traumáticas 
TINHA CRURAL (tinea cruris) 
INTRODUÇÃO 
➢ Também chamada de tinha inguinal (tinea inguinalis) 
➢ É uma afecção comum no homem e relativamente rara na 
mulher 
➢ O comprometimento é, geralmente, bilateral e, nas formas 
extensas, há propagação para o períneo, as regiões glúteas e 
a parede abdominal 
➢ Agentes causadores mais frequentes: 
• Trichophyton rubrum 
• Epidermophyton floccosum 
• Trichophyton mentagrophytes 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
➢ Lesão: 
• Lesões eritematoescamosas com bordas nítidas, em 
que, às vezes, encontram-se pequenas vesículas 
 
Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 
5 MICOSES SUPERFICIAIS 
Gizelle Felinto 
• Lesões antigas → tornam-se escuras ou mesmo 
liquenificadas, em virtude do prurido 
• O quadro pode apresentar, eventualmente, aspecto 
eritematoedematoso, pelo uso inadequado de preparações 
tópicas com corticosteroides 
➢ Diagnóstico diferencial → deve ser feito com outros processos 
habituais na região, como: 
• Dermatite seborreica 
• Dermatite de contato 
• Eritrasma 
 
DIAGNÓSTICO DAS TINHAS 
DIAGNÓSTICO 
➢ É CLÍNICO! 
➢ EXAME MICOLÓGICO → é indispensável para o diagnóstico 
• Confirmação diagnóstica → presença do dermatófitos, 
podendo ser identificado por exame direto, sem haver 
necessidade de cultivo 
• Medidas a serem tomadas para a realização do exame: 
▪ Tinha da pele → evitar o uso de pomadas, cremes, 
óleos e protetor solar na região afetada por 24h. a 
região afetada deve ser higienizada apenas com água 
e sabão 
▪ Tinha de unha das mãos e/ou pés → deve-se 
retirar o esmalte 3 dias antes de realizar o exame e 
no caso de limpeza em manicure ou pedicure, 
aguardar 15 dias 
✓ Na tinha da unha do pé o paciente deve ir ao 
laboratório com sapato fechado 
▪ Tinha de couro cabeludo → o paciente não deve 
lavar o couro cabeludo no dia da coleta. Além disso, 
paciente em uso de antifúngicos de uso tópico ou oral, 
deve aguardar no mínimo 15 dias após o término do 
medicamento 
➢ CULTURA → é de difícil obtenção, sendo realizada para a 
especificação da espécie 
• É preferível repetir várias vezes o exame direto antes de 
se recorrer ao cultivo 
➢ NUNCA se deve instituir um TRATAMENTO SISTÊMICO de tinha 
da unha SEM TER O EXAME MICOLÓGICO POSITIVO 
 
TRATAMENTO DAS TINHAS 
TRATAMENTO 
➢ São empregadas drogas de uso tópico ou sistêmico 
➢ DROGAS TÓPICAS: 
• Grupo 1 → atualmente são pouco utilizadas. São menos 
ativas e mais irritantes 
 ÁCIDO SALICÍLICO 
 ÁCIDO BENZOICO 
 IODO 
 DERIVADOS MERCURIAIS 
 VIOLETA DE GENCIANA 
 FUCSINA FENOLIZADA 
 ÁCIDO UNDECILÊNICO 
 HALOPROGIN 
 TOLNAFATO 
 TOLCICLATO 
• Grupo 2 → tem alta eficácia e excelente tolerância. São os 
derivados imidazólicos, como: 
 ISOCONAZOL 
 TIOCONAZOL 
 ECONAZOL 
 BIFONAZOL 
• Outros tópicos → drogas em creme, solução ou spray a 
1% que são usadas 1 a 2 vezes por dia, por 6 a 8 semanas 
 CICLOPIROX 
 OLAMINA 
 TERBINAFINA 
 AMOROLFINA 
➢ DROGAS SISTÊMICAS: 
 GRISEOFULVINA → é um antibiótico extraído do Penicillium 
griseofulvum, e foi a primeira droga efetiva no tratamento 
das dermatofitoses 
▪ Hoje em dia é utilizada apenas para o tratamento da 
tinhas Microspórica do couro cabeludo 
• Também podem ser utilizados os derivados imidazólicos 
(ITRACONAZOL ou FLUCONAZOL) ou um derivado da alilamina 
(TERBINAFINA) 
 
Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 
6 MICOSES SUPERFICIAIS 
Gizelle Felinto 
➢ INDICAÇÕES DO TRATAMENTO TÓPICO E/OU SISTÊMICO NAS 
DERMATOFITOSES: 
• Tinha do couro cabeludo → Sistêmico + Tópico 
 GRISEOFULVINA 15 a 20mg/Kg/dia → duas tomadas 
após as refeições, por 6 a 12 semanas 
 TERBINAFINA → é efetiva e mais bem tolerada, sendo 
usada por 4 a 8 semanas 
✓ Em crianças → 3 a 6 mg/Kg/dia (62,5 mg/dia, 
✓ crianças com 10 a 20 kg, 125 mg/dia, 20 a 40 kg 
e 250 mg/dia acima de 40 kg) 
 FLUCONAZOL 6mg/Kg/dia por 3 semanas ou 
Gmg/Kg/dia por semanas 
✓ Está aprovado o seu uso em crianças com mais 
de 6 meses de idade 
▪ Como terapia complementar → antifúngicos tópicos 
▪ Quérion → quando a supuração for intensa, é 
indicada a drenagem 
▪ Prognóstico: 
✓ Tinhas tonsurantes → é favorável, com 
restitutio ad integrum nas áreas afetadas (ou 
seja, retornam ao normal após o tratamento ou 
após cura espontânea) 
✓ Sem tratamento para a tinha → pode ocorrer 
cura, após tempo variável, exceto na tinha 
favosa 
✓ Tinha favosa → necessita de maior tempo de 
tratamento, deixando alopecia cicatricial 
• Tinha do corpo: 
▪ Em forma localizada → tratamento tópico do grupo 2 
por 2 a 4 semanas 
 ISOCONAZOL 
 TIOCONAZOL 
 ECONAZOL 
 BIFONAZOL 
▪ Se disseminada (como na tinha de barba) → 
associar tratamento sistêmico 
• Tinha do pé e da mão 
▪ Nas formas não inflamatórias → tratamento tópico 
do grupo 2 por 6 a 8 semanas 
▪ Infecção secundária na tinha do pé → banhos ou 
compressas de permanganato de potássio, creme do 
grupo 2 e administração inicial de antibiótico do grupo 
TETRACICLINA OU MACROLÍDEO. Posteriormente, se 
necessário, associar terapia sistêmica antifúngica 
• Tinha crural ou inguinal → tratamento tópico por 6 a 8 
semanas 
▪ Em forma extensa ou inflamatória (frequentemente 
pelo uso de preparações com corticoides) → 
associar tratamento sistêmico 
▪ As tinhas inguinal e do pé, particularmente por 
Trichophytum rubrum, com frequência recidivam 
▪ É necessário esclarecer sobre a necessidadede secar 
bem essas regiões após os banhos e usar, 
profilaticamente, cremes ou pós antifúngicos 
• Tinha ungueal: 
▪ A terapia deve ser instituída após exame micológico 
positivo 
▪ Deve ser sistêmica e tópica, ainda que, 
eventualmente, seja indicada somente a tópica 
▪ O tratamento sistêmico poder ser feito com (há 
cura micológica em 70% dos casos): 
 ITRACONAZOL: 
o 200mg/dia → cápsulas de 100mg após o 
café da manhã e jantar, por 4 a 6 meses 
ou 
o Pulsoterapia → consiste em administrar 
200mg de itraconazol, 2 vezes por dia 
(após café da manhã e jantar) por 1 
semana. Interromper por 3 semanas e 
repetir de 4 a 6 vezes 
 TERBINAFINA: 
o 250 mg/dia → por 3 a 4 meses 
o Pulsoterapia → 250mg, 2 vezes por dia, 
por 1 semana. Suspender por 3 semanas e 
repetir de 4 a 6 vezes 
 FLUCONAZOL 150mg/semana, por 4 a 6 meses 
➢ TERAPIA TÓPICA: 
• Grupo 2 → a baixa concentração dessas drogas (1%) nos 
cremes não possibilita a penetração na lâmina ungueal 
▪ Podem ser usados como profiláticos e em outras 
onicomicoses 
• Drogas tópicas que possibilitam a penetração na lâmina 
ungueal, por apresentarem maior concentração (são 
usados 1 a 2 vezes por semana, além de complementarem a 
terapia sistêmica, possibilitam a cura da tinha ungueal 
incipiente após alguns meses de uso): 
 AMOROLFINA a 5% em esmalte 
 CICLOPIROX OLAMINA a 8% em esmalte 
➢ ORIENTAÇÕES NO TRATAMENTO DAS ONICOMICOSES: 
• É sempre preferível associar o tratamento tópico ao 
sistêmico quando há preocupação e indicação para cura 
• Nos seguintes grupos não é aconselhável a terapia 
sistêmica, pelos efeitos colaterais e pelas possíveis 
interações medicamentosas: 
▪ Idosos 
▪ Hipertensos 
▪ Doentes Cardíacos 
▪ Doentes Hepáticos 
▪ Doentes Renais 
▪ Outras doenças gerais 
▪ Nesses casos deve-se prescrever apenas a terapia 
tópica 
• Evulsão Cirúrgica da unha → é dolorosa e inútil 
• Evulsão com ureia a 40% → possibilita resultado, mas, 
com os atuais tópicos, está em desuso 
 
 
 
 
Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 
7 MICOSES SUPERFICIAIS 
Gizelle Felinto 
DERMATOFITOSES EM IMUNODEPRESSÃO 
➢ Doentes imunodeprimidos, portadores do vírus HIV, 
transplantados, sob quimioterapia ou radioterapia anti-
neoplásica têm dermatofitoses extensas e recidivantes. 
Necessitam de doses maiores e maior tempo de tratamento 
tópico e sistêmico. O mesmo ocorre em relação a 
diabéticos e doentes em uso de corticoides sistêmico 
 
PITIRÍASE VERSICOLOR (tinea 
versicolor) 
INTRODUÇÃO 
➢ É uma afecção fúngica causada pela Malassezia furfur 
➢ Tem incidência universal, mas tem maior prevalência em regiões 
de clima quente e úmido 
➢ Acomete adultos de ambos os sexos, sendo menos frequentes em 
crianças e idosos 
➢ Fatores predisponentes: 
• Malnutrição 
• Hiperidrose 
• Imunodepressão 
➢ Quase sempre é assintomática, sendo evidenciada, geralmente, 
após exposição solar, quando surgem manchas discrômicas na 
pele, derivando a denominação “Versicolor” 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
➢ São máculas/manchas com descamação de cor variável 
• Indivíduos de pele clara → máculas acastanhadas, cor de 
café com leite ou hipocrômicas 
• Indivíduos de pele escura ou negra → manchas 
hipocrômicas e, menos frequentemente, hipercrômicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Sinal da unha → ao se passar a unha sobre a mancha, surge 
uma descamação furfurácea, que pode ser observada pelo 
estiramento da pele (sinal de Zileri) 
➢ Essas máculas são múltiplas, de formatos variáveis, podendo 
confluir e atingir grandes áreas da superfície corporal 
➢ Localização das lesões: 
• Geralmente, situam-se em: 
▪ Pescoço 
▪ Tórax 
▪ Porções proximais dos membros superiores 
• Em casos com grande disseminação de manchas, há 
acometimento desde a região mandibular da face e do 
pescoço, o tronco, os braços, os antebraços e as coxas 
• Frequentemente há comprometimento do couro cabeludo, 
onde as lesões podem passar despercebidas 
• As regiões palmoplantares e as mucosas nunca são 
afetadas! 
➢ Patógenos oportunistas → a M. furfur e outras espécies do 
mesmo gênero, como M. pachydermatis, podem se tornar 
patógenas oportunistas, causando fungemia, quando introduzidas 
no organismo, por exemplo por sonda, particularmente em 
neonatos prematuros e imunodeprimidos 
 
DIAGNÓSTICO 
➢ Exame em luz de Wood: 
• É o exame que confirma o diagnóstico 
• Há uma fluorescência róseo-dourada 
• Também possibilita verificar a extensão da erupção 
➢ Exame micológico de escamas da lesão → após a clarificação 
pela potassa 10%, permite sempre o encontro de esporos e 
pseudo-hifas 
• A negatividade exclui o diagnóstico 
➢ Técnica de Porto → também pode ser empregada 
• Trata-se de uma fita adesiva na lesão e depois colada em 
lâmina 
➢ Diagnóstico diferencial → em geral, não apresenta dificuldade 
com lesões hipocrômicas residuais 
• Pitiríase alba → localiza-se nas porções superiores do 
tórax e nos braços 
 
Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 
8 MICOSES SUPERFICIAIS 
Gizelle Felinto 
• Vitiligo → é de cor branca-nacarada e atinge outras áreas 
• Em caso de dúvida diagnóstica → o exame na luz de Wood 
e o exame direto permitem a confirmação diagnóstica 
de imediato 
TRATAMENTO 
➢ TÓPICOS: 
• Solução ou loção a 1%: 
 TIOCONAZOL 
 ISOCONAZOL 
 BIFONAZOL 
▪ Aplicar diariamente, após o banho, por 4 semanas 
▪ Tem excelente tolerância e cura em todos os casos 
• Xampu a 2,5%: 
 SULFETO DE SELÊNIO 
▪ Aplicado diariamente por 2 semanas, antes do banho. 
Em seguida, 1 vez por semana, por 4 semanas 
▪ Tem melhor resultado se esperados 15 minutos para o 
banho 
• Solução aquosa a 25%: 
 HIPOSSULFITO DE SÓDIO 
▪ 1 vez por dia, após o banho 
▪ Acrescentar água-de-colônia, na proporção de 5 a 10%, 
para melhorar o odor 
• Solução a 1%: 
 TERBINAFINA 
▪ Diariamente por 4 semanas 
• Comprometimento do couro cabeludo → usar 
simultaneamente xampu de cetoconazol ou de ciclopirox 
olamina 
➢ SISTÊMICOS: 
 ITRACONAZOL → 100mg após o café e 100mg após o jantar 
todos os dias, por 5 dias 
 FLUCONAZOL: 
▪ 150mg/semana por 4 semanas 
▪ 450mg em dose única, que pode ser repetida após 3 
semanas 
 CETOCONAZOL 200mg/dia por 10 dias: 
▪ A tolerância é satisfatória 
▪ Cura entre 90 e 95% 
▪ Após o tratamento → verifica-se com frequência 
hipopigmentação residual, que pode persistir por 
meses até a recuperação dos melanócitos lesados 
▪ A repigmentação pode ser estimulada pela exposição 
solar, eventualmente com psoralênico 
PITIRÍASE VESICOLOR RECIDIVANTE 
➢ Há doentes em que a infecção é recidivante na ausência de 
qualquer fator predisponente 
➢ É um quadro constitucional causado provavelmente pela 
seborreia ou pela composição do sebo, que propicia o 
desenvolvimento da M. furfur 
➢ Como prevenir a recidiva, pós-tratamento: 
 XAMPU + MEDICAMENTO TÓPICO → é o primeiro recurso 
para prevenir a recidiva 
 ITRACONAZOL 200mg/mês ou CETOCONAZOL 400mg/mês, 
por 6 meses → são outra possibilidade de prevenção de 
recidiva 
➢ Em casos resistentes: 
 ISOTRETINOÍNA 0,5 a 1mg/Kg por 4 a 5 meses 
 
CANDIDÍASE 
INTRODUÇÃO 
➢ Sinônimos → Candidose ou Monilíase 
➢ Trata-se de uma infecção cutânea, cutâneo-sistêmica ou 
sistêmica causada por leveduras do gênero Candida 
➢ Agentes causadores: 
• C. albicans → é a mais frequente 
▪ É uma levedura de ocorrência universal, saprófita e 
eventualmente patógena 
▪ Habita a superfívie da pele, da mucosa oral, do intestino 
e da mucosa vaginal 
• C. tropicalis 
• C. parapsilosis 
• C guilliermondii 
➢ Condições que facilitam a proliferação de leveduras do 
gênero Candida: 
• Menor grau de defesa → como na criança e no idoso 
• Gravidez → pelo aumento de glicídios na vagina 
• Anticoncepcionais 
• Diabetes 
• Terapia com antibióticos, corticoidese citostáticos 
• Doenças gerais como linfomas, tumores malignos e Aids 
• Umidade e maceração cutânea → como ocorre na 
dermatite das fraldas, intertrigos dos obesos e ocupacionais 
• Irritação mecânica na mucosa bucal por próteses 
• Deficiências congênitas 
• Deficiência de zinco, ferro, da função neutrofílica ou 
endocrinopatias 
➢ Fatores de proteção: 
• Linfócitos T 
• Função fagocitária dos neutrófilos 
➢ Localização da lesão: 
• Na maioria dos casos, a infecção localiza-se somente na pele 
ou em mucosas (candidose mucocutânea) 
• Em imunodeprimidos → pode ocorrer fungemia, com 
comprometimento sistêmico e, inclusive, endocardite 
➢ Pode ocorrer o acometimento de: 
• Pele 
• Intestino 
• Mucosa oral 
• Mucosa vaginal 
 
 
Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 
9 MICOSES SUPERFICIAIS 
Gizelle Felinto 
CANDIDOSE ORAL 
➢ Também é denominada dermatite cremosa ou “sapinho” 
➢ É comum nos lactentes, após a 2ª semana de vida → pois a 
flora microbiológica da boca não está estabelecida e há provável 
contaminação durante a passagem, no parto, pelo canal vaginal 
 
➢ Também pode ocorrer em: 
• Idosos com dentes mal conservados ou com próteses 
• Imunodeprimidos 
• Como contaminação secundária em lesões da mucosa bucal 
→ como no pênfigo vulgar e na sífilis 
➢ Lesão elementar: 
• Placas cremosas esbranquiçadas, circulares ou ovais, 
isoladas ou confluentes, que podem comprometer toda a 
cavidade oral 
• Essas placas são recobertas por induto esbranquiçado e, em 
casos graves, pode atingir a faringe, a laringe, o esôfago, a 
traqueia e os brônquios, podendo causar dificuldade 
respiratória 
• Queilite angular (perleche) → fissuras na junção dos 
lábios 
▪ Pode ser provocada por 
cândida, porém, na maioria dos 
casos, principalmente em 
idosos, a levedura é 
contaminante, já que a causa é a 
dobra cutânea, pelo uso de 
próteses inadequadas 
➢ Diagnóstico: 
• Confirmação → Exame de raspado das lesões, em 
preparações com KOH a 10% 
• Também pode ser feita Cultura, que, em 24 a 48h, mostra 
colônias cremosas brancas 
➢ Tratamento: 
• Eliminação dos fatores predisponentes 
• Droga de escolha: 
 NISTATINA em suspensão oral → 3 a 4 vezes por dia, 
após limpeza, podendo a suspensão ser ingerida 
• Também é efetivo: 
 CLOTRIMAZOL em solução 
• Crianças e adolescentes: 
 VIOLETA DE GENCIANA em solução aquosa a 0,5% 
• Outro medicamento tópico: 
 BICARBONATO DE SÓDIO solução a 2% → se possível, 
fazer bochecho 
• Na afecção em lactentes → desinfecção das mamadeiras 
e chupetas é imprescindível 
• No adulto: 
▪ Lesões somente na mucosa oral → NISTATINA em 
suspensão oral, podendo também ser prescritas 
drágeas para ingestão ou Clotrimazol em solução 
▪ Casos extensos → associar a medicação sistêmica 
CANDIDOSE VULVOVAGINAL 
➢ É frequente pelos seguintes fatores predisponentes: 
• Gravidez 
• Uso de anticoncepcionais 
• Diabetes 
• Antibioticoterapia prolongada 
• Irritação mecânica ou química da mucosa vaginal (duchas 
vaginais) → facilitam o desenvolvimento da levedura, 
oriunda do intestino 
➢ O quadro caracteriza-se por: 
• Leucorreia 
• Placas esbranquiçadas cremosas na vulva e na mucosa 
vaginal 
➢ Diagnóstico: 
• Pelo Exame direto em KOH e pela Cultura 
➢ Diagnóstico diferencial → devem ser excluídos outros agentes 
da leucorreia, como: 
• Gonococos 
• Tricomonas 
• Micoplasma 
• Clamídias 
➢ Tratamento: 
 NISTATINA em creme vaginal 
 ANFOTERICINA B em creme vaginal 
 ISOCONAZOL 
 Outro imidazólico em creme ou óvulos vaginais 
• Lavagem com bicarbonato de sódio também pode ser 
realizada → uma colher de sopa em um litro de água 
• Em formas extensas → associar medicação sistêmica 
 
 
 
Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 
10 MICOSES SUPERFICIAIS 
Gizelle Felinto 
CANDIDOSE BALANOPREPUCIAL 
➢ Lesão elementar: 
• Lesões eritematosas ou eritematoerosivas na glande, 
recobertas ou não por induto esbranquiçado 
• Prepúcio → há eritema e edema 
• Subjetivamente há ardor e prurido 
• Pode haver secreção purulenta por infecção bacteriana 
secundária 
 
 
 
 
 
➢ Condições predisponentes: 
• Idade avançada 
• Obesidade 
• Diabetes 
• Fimose 
• Higiene inadequada 
• Secagem insuficiente após lavagem 
• Uso de cremes ou pomadas com corticoides 
➢ Pode ocorrer por transmissão sexual, de parceira com 
candidose vulvovaginal 
➢ Diagnóstico → confirma-se pelo Exame micológico 
➢ Tratamento: 
• Banhos com PERMANGANATO DE POTÁSSIO a 1:10.000 e 
secagem 
• Cremes Imidazólicos de uso vaginal são úteis 
 VIOLETA DE GENCIANA em solução aquosa a 0,1% → é um 
recurso eficaz, com desvantagem da coloração 
▪ Não deve ser usada por mais de 4 dias, já que a 
concentração da droga aumenta com o uso continuado 
e pode provocar irritação 
• Em casos graves → associar medicação sistêmica 
• É importante a exclusão de diabetes ou contágio 
• Postectomia (retirada do prepúcio) → em formas 
recidivantes que apresentam fimose 
CANDIDOSE INTERTRIGINOSA 
➢ Localização → dobras: 
• Axilares 
• Inguinais 
• Submamárias 
➢ Lesão elementar: 
• Lesões eritematosas, úmidas, secretantes, que podem 
destruir a epiderme, formando erosões ou fissuras, que 
são envoltas por um colarete córneo, bastante sugestivo 
• Frequentemente há lesões-satélite que se iniciam como 
vesículas ou pústulas 
• Subjetivamente há prurido de intensidade variável que pode 
ser acompanhado de ardor 
 
➢ Causas predisponentes: 
• Obesidade 
• Diabetes 
• Umidade 
• Higiene inadequada 
➢ Forma típica (erosio interdigitalis blastomycetica) → ocorre 
entre os dedos das mãos ou dos pés, geralmente no 3º espaço 
interdigital 
• Nos pés → a causa mais comum é a hiperidrose 
• Nas mãos → ocorre frequentemente como doença 
ocupacional, pelo manuseio de água e sabão 
➢ Diagnóstico → confirma-se pelo Exame Micológico 
➢ Tratamento: 
 VIOLETA DE GENCIANA em solução aquosa a 1% → por 3 
a 4 dias, no máximo 
 ou 
 CREMES IMIDAZÓLICOS 
• Deve-se atenuar ou excluir as causas predisponentes! 
• Em formas extensas → Terapia Sistêmica 
 
Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 
11 MICOSES SUPERFICIAIS 
Gizelle Felinto 
 
DERMATITE DAS FRALDAS 
➢ A retenção urinária e das fezes pelas fraudas provoca maceração 
da pele, constituindo excelente campo para o desenvolvimento de 
leveduras e bactérias 
 
PARONÍQUIA E ONICOMICOSE 
➢ Lesão elementar: 
• Eritema e edema na dobra em torno da matriz da unha e 
dedo da mão 
• A pressão é dolorosa e pode eliminar gotículas de líquido 
seropurulento 
• O número de dedos acometidos é variável 
• O processo inflamatório, atingindo a matiz, provoca 
distrofia ungueal → há um descolamento, ficando um 
espaço entre a dobre a lâmina ungueal 
➢ Agentes que participam do processo: 
• C. albicans 
• Outros fungos e, eventualmente, dermatófitos e bactérias: 
▪ Estafilococos 
▪ Estreptococos 
▪ Pseudomonas aeruginosa 
▪ Proteus mirabilis... 
➢ É fundamentalmente uma afecção ocupacional → causada pelo 
contato continuado com água, sabão e detergentes 
➢ Fatores predisponentes: 
• Diabetes 
• Desnutrição 
• Imunodepressão 
• Em mulheres → além do contato, a retirada da cutícula 
também é outro fator significativo no desenvolvimento da 
paroníquia, pois ela favorece a infecção. Além disso, há o 
hábito de lavar excessivamente 
➢ Diagnóstico: 
• Coloração verde-escura → infecção associada a P. 
aeruginosa 
• Exame micológico → pode mostrar cândida ou outros 
fungos 
• Sempre há contaminação bacteriana e a paroníquia pode ser 
somente bacteriana 
➢ Tratamento: 
• Primeira medida → evitar contato com água, sabão e 
detergentes 
• Retirar a umidade existente na cavidade resultante da perda 
da aderência entre a cutícula ea lâmina ungueal → expor a 
dobra ungueal ao calor seco após cada contato com água 
• Terapia medicamentosa → de acordo com o exame 
micológico 
 CREME IMIDAZÓLICO → para infecção com levedura 
 associado a 
 CREME ANTIBACTERIANAO 
 ANTIFÚNGICO OU ANTIBACTERIANO por via sistêmica → 
eventualmente 
ANTIFÚNGICOS NA CANDIDOSE 
➢ TÓPICOS: 
 NISTATINA: 
▪ Indicações → Candidose: 
✓ Oral 
✓ Esofagiana 
✓ Intestinal 
▪ Não é absorvida, sendo eliminada inalterada 
▪ Apresentações: 
✓ Solução com 100 mil unidades por mL 
✓ Via oral → drágeas com 500mil unidades, 
podendo ser usadas 1 a 2 drágeas, 3 vezes ao dia 
✓ Em crianças → suspensão oral com 100 mil 
unidades por mL, na dose de 1 a 2mL, de 3 a 4 vezes 
ao dia 
 IMIDAZÓLICOS → CLOTRIMAZOL, ISOCONAZOL E TIOCONAZOL 
▪ São agentes mais eficientes 
▪ Encontrados em solução, creme e creme vaginal para 
aplicações na pele e nas mucosas 
➢ SISTÊMICOS: 
 FLUCONAZOL → É a 1ª escolha 
▪ 50 a 100 mg/dia por 7 a 14 dias → candidose oral e 
balanoprepucial 
▪ Dose única de 150mg → candidose vulvovaginal 
▪ 200 a 400mg/dia até o desaparecimento do quadro → 
candidose mucocutânea crônica ou sistêmica 
▪ 3 a 6 mg/Kg/dia, por 7 a 14 dias → em crianças 
 ITRACONAZOL: 
 
Fonte: Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti – 1ªed (2014) 
12 MICOSES SUPERFICIAIS 
Gizelle Felinto 
▪ Indicações: 
✓ Candidose oral 
✓ Candidose vulvovaginal 
✓ Candidose prepucial 
✓ Candidose intertiginosa 
✓ Paroníquia 
▪ Dose → 200mg/ dia por 5 dias 
✓ Na candidose crônica mucocutânea → 
administração até o desaparecimento do quadro 
✓ Em crianças: 
o Com até 20kg → 25mg/dia 
o 20 a 40kg → 50mg/dia 
o > 40kg → 100 a 200mg/dia 
 CETOCONAZOL: 
▪ É menos efetivo que o Itraconazol, apresentando menor 
tolerância 
▪ Dosagens: 
✓ Candidose oral, esofagiana e intestinal → 200 
a 400 mg/dia por 5 a 10 dias 
✓ Candidose crônica mucocutânea → 200 a 
400mg/dia até o desaparecimento do quadro 
✓ Crianças: 
o Com até 20kg → 50mg/dia 
o 20 a 40kg → 100mg/dia 
o > 40kg → 200mg/dia 
 FLUCITOSINA → em candidoses resistentes a outros 
medicamentos 
▪ Dosagem → 150 a 200mg/kg/dia dividida em doses 
com intervalo de 6h 
 ANFOTERICINA B → em formas sistêmicas ou 
resistentes a outros medicamentos 
▪ Dose inicial → 25 mg e continuar com 50 mg 
▪ Diluir o antibiótico em 500 mL de solução glicosada a 
5%, adicionar 25 mg de succinato de hidrocortisona, 
aplicar via intravenosa, gota a gota, com duração de 
seis horas, em dias alternados 
▪ Dosagem total → 1,5 a 3 g 
▪ Não deve ser usado em doentes com alterações 
cardíacas ou renais

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