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AVANÇOS E RETROCESSOS - VOZES DOS EDUCANDOS SOBRE O EMPREGO DA

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Anais Vol. 12 (2017): Seminário de Educação do Vale do Arinos, Juara/MT, Brasil, 16-18 Outubro 2017, Faculdade de
Educação e Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Unemat Editora.
NASCIMENTO, D. S. D. C. D.; CAVALLARI, S. A. NASCIMENTO, W. F. D. AVANÇOS E RETROCESSOS: VOZES DOS EDUCANDOS SOBRE O
EMPREGO DA MÚSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL In: XII Seminário de Educação do Vale do Arinos: Alfabetização, Letramento(s) e
Práticas Sociais, 12ª. (SEVA), 2017, Juara/MT. Anais... Juara/MT: Faculdade de Educação e Ciências Sociais Aplicadas, 2017. Vol. 12
(2017). ISSN ONLINE 2358-9779.
AVANÇOS E RETROCESSOS: VOZES DOS EDUCANDOS SOBRE O EMPREGO DA
MÚSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Autor(a): DAMARIA SANTOS DE CARVALHO DO NASCIMENTO¹
Coautores(as): WALINGTHON FERREIRA DO NASCIMENTO³
Instituição: unemat
Orientador(a): SANDRA APARECIDA CAVALLARI.²
damaria_wbb@hotmail.com¹
prof-sandracavallari@hotmail.com² walingthon@hotmail.com³
A música possui a habilidade de intervir positivamente no processo de desenvolvimento e
aprendizagem do ser humano, em especial do estudante, visando o campo pedagógico e o papel
do professor frente à mesma. O artigo com a temática �Avanços e retrocessos: vozes dos
educandos sobre o emprego da música no ensino fundamental�. Lócus de pesquisa uma Escola
Estadual de Juara-MT. O objetivo é investigar no Ensino Fundamental sobre a existência do ensino
de Música, avanços e retrocessos sobre a concepção dos educandos. Para tanto consideremos
como fatores de avanços as Legislações Federais e Estaduais em torno da temática, as proposições
e iniciativas da própria escola, as ações coletivas e individuais de professores caso haja. O objetivo
propõe a responder as questões de pesquisa: A escola trabalha o ensino da música? Que
concepção os educandos possuem sobre a música e seus benefícios no ensino aprendizado? Nas
normas metodológicas foram realizados levantamentos bibliográficos no sentido de conhecer mais
sobre a temática, possui abordagem qualitativa, também o levantamento de dados dos educandos
ocorreu por meio de amostragem. O instrumento de pesquisa foi questionários. A pesquisa
evidenciou por meio das vozes dos educandos que a escola pesquisa, os professores não possuem
habilitação musical, e também trabalha minimamente a música, mas os educandos são
sensibilizados sobre a relevância da música na sala de aula, critica pôr a escola não absorver a
essa prática. De modo geral, a música pode intervir positivamente no processo de desenvolvimento
e aprendizagem do ser humano, em especial da criança, visando o campo pedagógico e o papel do
professor frente à mesma
Palavras-chave: Ensino/aprendizado. Currículo. Metodologias.
 
 
 
Resumo: A música possui a habilidade de intervir positivamente no processo de 
desenvolvimento e aprendizagem do ser humano, em especial do estudante, visando o 
campo pedagógico e o papel do professor frente à mesma. O artigo com a temática 
“Avanços e retrocessos: vozes dos educandos sobre o emprego da música no ensino 
fundamental”. Lócus de pesquisa uma Escola Estadual de Juara-MT. O objetivo é investigar 
no Ensino Fundamental sobre a existência do ensino de Música, avanços e retrocessos 
sobre a concepção dos educandos. Para tanto consideremos como fatores de avanços as 
Legislações Federais e Estaduais em torno da temática, as proposições e iniciativas da 
própria escola, as ações coletivas e individuais de professores caso haja. O objetivo propõe 
a responder as questões de pesquisa: A escola trabalha o ensino da música? Que 
concepção os educandos possuem sobre a música e seus benefícios no ensino 
aprendizado? Nas normas metodológicas foram realizados levantamentos bibliográficos no 
sentido de conhecer mais sobre a temática, possui abordagem qualitativa, também o 
levantamento de dados dos educandos ocorreu por meio de amostragem. O instrumento de 
pesquisa foi questionários. A pesquisa evidenciou por meio das vozes dos educandos que a 
escola pesquisa, os professores não possuem habilitação musical, e também trabalha 
minimamente a música, mas os educandos são sensibilizados sobre a relevância da música 
na sala de aula, critica pôr a escola não absorver a essa prática. De modo geral, a música 
pode intervir positivamente no processo de desenvolvimento e aprendizagem do ser 
humano, em especial da criança, visando o campo pedagógico e o papel do professor frente 
à mesma 
 
Palavras-chave: Ensino/aprendizado. Currículo. Metodologias. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A aprendizagem da música é fundamental na formação do indivíduo, mas é 
necessário oportunizara-la, sejam participações como ouvintes, intérpretes, compositores e 
improvisadores, dentro e fora da sala de aula, trazendo outras pessoas da sociedade e 
enriquecendo e promovendo interação com os grupos musicais e das localidades. Os 
Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte enfatizam que: “Para que a aprendizagem da 
música possa ser fundamental na formação do cidadão é importante que todos tenham a 
oportunidade de participar ativamente
Anais Vol. 12 (2017): Seminário de Educação do Vale do Arinos, Juara/MT, Brasil, 16-18 Outubro 2017, Faculdade de
Educação e Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Unemat Editora.
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como ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores dentro e fora da sala de aula” 
(BRASIL, 2001, p.77). 
É importante ressaltar que, as pessoas ouvem música desde que nascem como as 
mães que cantam para seus filhos, e quando estes começam a falar logo começam a 
cantarolar. De acordo com Beyer (1993, p. 105) “trabalhar a música não é só ouvir, mas 
aprender com ela, buscando um equilíbrio entre uma tendência de formação ampla e uma 
formação mais especifica de tal forma que a música tenha acesso a tudo”. 
Quando pensado o contexto da música no ensino aprendizado, no Ensino 
Fundamental percebe-se que, é preocupante a falta da música no currículo escolar, e no 
planejamento do professor, o ensino por meio da música tem valor significativo, com um 
respaldo da escola, os profissionais poderiam se sentir mais seguros ao realizar trabalhos 
de ensino-aprendizagem musical com maior expansão na música em si, proporcionando um 
trabalho que venha promover o desenvolvimento integral do educando em diversos 
aspectos. 
O objetivo é investigar no Ensino Fundamental sobre a existência do ensino de 
Música, avanços e retrocessos sobre a concepção dos educandos. Para tanto consideremos 
como fatores de avanços as Legislações Federais e Estaduais em torno da temática, as 
proposições e iniciativas da própria escola, as ações coletivas e individuais de professores 
caso haja. O objetivo propõe a responder as questões de pesquisa: A escola trabalha o 
ensino da música? Que concepção os educandos possuem sobre a música e seus 
benefícios no ensino aprendizado? 
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte para o Ensino Fundamental afirmam 
que “a música sempre esteve associada às tradições e às culturas de cada época” (Brasil 
2001, p.53). 
Gardner (1994), em seus estudos demonstra como a música interage com outras 
competências intelectuais e espirituais humanas, relacionando-se uma variedade visando o 
sistema simbólico sem deixar de notar seu poder emocional. O autor pesquisou sobre a 
inteligência humana por muitos anos, o psicólogo apresenta que, no cérebro humano pode 
conter oito tipos de inteligências (inteligências múltiplas) conforme Gardner (1994, p. 219): 
Inteligência lógica: Indivíduos com facilidades em trabalhar expressões numéricas, 
resolver atividades com números. Inteligência linguística: boa oralidade, facilidade com a 
linguagem comunicação palestra e apresentações. Inteligência corporal: se destaca em arte 
cênica (ginástica, dança) se tornando pessoas de destaque nesta habilidade. 
Para Jeandot (1997) a música é universal, onde cada pessoa define de forma 
diferente variando conformea cultura, de modo a ser exposta através da fala, da dança, da 
invocação e pelo canto. 
Anais Vol. 12 (2017): Seminário de Educação do Vale do Arinos, Juara/MT, Brasil, 16-18 Outubro 2017, Faculdade de
Educação e Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Unemat Editora.
11 
 
As inteligências múltiplas necessitam ser estimulada e exercida, o sujeito pode 
desenvolver várias habilidades, mas de modo geral o que ocorre é o desenvolvimento de 
uma ou duas inteligências. Nesse sentido é ou seria relevante que a escola formal ou não 
formal propusesse alternativas para que, a criança se reconheça que encontre com as suas 
habilidades e busque por desenvolvê-la. 
 
 
2. CONSIDERAÇOES TEORICAS 
2.1. Legitimidade do ensino da musica 
 
O ensino da música através da Lei Diretrizes e Bases - a LDB nº 4.024/61 com o 
nome de educação musical, foi colocado nas escolas em substituição ao canto, que ali valia 
desde a década de trinta. Depois de alguns anos, uma nova reforma educacional a LDB nº 
5.692/71, substituiu a aula de música pela Educação Artística, abordando de uma forma 
integrada as quatro linguagens artísticas que são Artes Visuais, Teatro, Música e Dança. 
 
[...] a disciplina [de Educação Musical foi] substituída pela atividade. 
Ao negar-lhe a condição de disciplina e colocá-la com outras áreas 
de expressão, o governo estava contribuindo para o enfraquecimento 
e quase total aniquilamento do ensino de música (FONTERRADA, 
2008, p. 218) 
 
 
 Fonterrada (2008) expõe sobre a música estar junto a outras temáticas, fator que 
parece destruir a relevância deste ensino. São poucos os indivíduos com formação em 
música, e menos ainda os que trabalham com música na escola. A lei 11.769/08 que 
alterou a Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional, ao estabelecer a obrigatoriedade de que nos conteúdos curriculares de Arte 
trabalhe-se a música. A referida Lei transcreve em seu art. 26º redação mantida em sua 
totalidade e que prioriza a Lei nº 11.769, e estabelece: 
“O art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescido do 
seguinte § 6o: “Art. 26. § 6º A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, 
do componente curricular de que trata o § 2º deste artigo”. (BRASIL, 1996). A Lei n° 11, 769 
foi um grande avanço para a educação musical, pois reconhece a importância e 
necessidade do ensino de música na educação integral do educando. 
 
A Lei n. 11.769/08 estabelece que a música é conteúdo curricular 
obrigatório, o que implica uma série de adaptações por parte dos sistemas 
educacionais para que tal conteúdo seja devidamente incorporado ao 
Anais Vol. 12 (2017): Seminário de Educação do Vale do Arinos, Juara/MT, Brasil, 16-18 Outubro 2017, Faculdade de
Educação e Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Unemat Editora.
12 
 
conjunto de componentes já presentes nos currículos escolares. 
(FIGUEIREDO, 2011, p. 5). 
 
 
A aprovação dessa lei foi um grande investimento na área da educação musical, 
permitindo que a música seja incorporada no currículo escolar, contudo apesar da 
obrigatoriedade, as adaptações dos sistemas educacionais para a música sejam 
devidamente agregadas aos componentes curriculares, parecem não estarem acontecendo. 
A música no espaço escolar continua sendo aplicada apenas como apoio para outras 
disciplinas. Seu uso pode estar sendo aplicado somente em datas comemorativas ou até 
mesmo como pano de fundo, sem nenhum direcionamento. 
O trabalho da educação musical nesta perspectiva, faz com que a criança comece a 
perder o interesse, pois fica sem entender quais os objetivos que os professores querem 
alcançar, um exemplo é a Páscoa, visto que as crianças cantam e ganham lembrancinha, 
sem entender o motivo ou até mesmo a verdadeira origem da data comemorada, assim, 
acredita-se que, a música é algo interno da criança com a qual não pode interagir 
restringindo ao ato mecânico de reproduzir uma melodia. 
 
[...] continuamos apenas cantando canções que já vêm prontas, tocando 
instrumentos única e exclusivamente de acordo com as indicações prévias 
do professor, batendo o pulso, o ritmo etc., quase sempre excluindo a 
interação com a linguagem musical, que se dá pela exploração, pela 
pesquisa e criação, pela integração de subjetivo e objetivo, de sujeito e 
objeto, pela elaboração de hipóteses e comparação de possibilidades, pela 
ampliação de recursos, respeitando as experiências prévias, a maturidade, 
a cultura do aluno, seus interesses e sua motivação interna e externa 
(BRITO, 2003, p.52). 
 
 
No ano de 2008 a Lei Federal nº 11.769 alterou a LDB, o que dizia a respeito de Arte, 
colocando como uma especificidade obrigatória, a Lei Federal nº 11.769 aprovada em 18 de 
agosto de 2008, modificou a LDB 9394/96 quanto ao ensino da arte: Art. 1º O art. 26 da Lei 
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescido do seguinte; 
 
§ 6º: "Art. 26. § 6º A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não 
exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2º deste artigo." (NR) 
Art. 2º (VETADO) Art. 3º Os sistemas de ensino terão 3 (três) anos letivos 
para se adaptarem às exigências estabelecidas nos Arts. 1º e 2º desta Lei. 
(BRASIL, 2008) 
 
 
Um ponto preocupante na visão de muitos musicistas1 foi o veto presidencial ao Art. 
2º da Lei nº 11.769. Esse artigo defendia em seu parágrafo 7º que o ensino da música 
 
1
 Musicistas, que desenvolve ou executa obras musicais; que se especializou profissionalmente em 
música; músico. 
Anais Vol. 12 (2017): Seminário de Educação do Vale do Arinos, Juara/MT, Brasil, 16-18 Outubro 2017, Faculdade de
Educação e Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Unemat Editora.
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deveria ser ministrado por professores com formação específica na área. Este parágrafo foi 
vetado. Junto com a lei aprovada, o veto presidencial esclareceu as razões: explicitado no 
veto nº 622, de 18 de agosto de 2008; 
 
§ 1º do art. 66 da Constituição, decidi vetar parcialmente, por contrariedade 
ao interesse público, o Projeto de Lei nº 2.732, de 2008 (no 330/06 no 
Senado Federal), que "Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade 
do ensino da música na educação básica". [...] (BRASIL, 2008). 
 
 
Os motivos do veto mostram a diversidade de níveis de formação, muitas vezes sem 
formação acadêmica, dos musicistas brasileiros ligados com o ensino de música, se o 
projeto de Lei fosse aprovado totalmente, os músicos e profissionais não poderiam atuar 
com o ensino da música. Com o estudo de música podemos compreender o mundo, ver o 
nosso dia-a-dia de forma ampliada mais profunda, levando em consideração e respeitando a 
vivencia com a cultura musical que cada aluno trás. Apresentando os conteúdos musicais 
para o aluno facilita o entendimento da linguagem musical. 
 
 
2.2. O SILÊNCIO MUSICAL NOS CURRÍCULOS ESCOLARES 
 
Ouvimos e lemos muito sobre a importância que a música tem no espaço escolar e 
de seus benéficos como disciplina, mas vemos o educador com grande dificuldade por não 
ter condições de responder ao conteúdo necessário, por fim a música sendo utilizada para 
desenvolver eventos comemorativos e até mesmo para relaxar e descontrair os alunos. A 
música precisa ser inserida como disciplina no currículo da escola como um formador de 
indivíduos levando em consideração as grandes possibilidades de desenvolver o 
conhecimento através dos aspectos que compõe a música e das diversas sonoridades. 
A educação musical vem tentando obter espaço no contexto escolar, infelizmente a 
pratica não tem obtenção total e continua alcançando a minoria que dispõe dos recursos e 
matérias para sustentar em poucas escolas, a estruturação curriculardessa disciplina, vem 
ao longo dos anos gerando discussões e debate em torno da sua constituição como 
disciplina escolar. Diante desse quadro, Hentschke (1993, p. 50) afirma que: 
 
Os problemas que enfrentamos na área da educação musical vão desde a 
falta de institucionalização e reconhecimento do valor da educação musical 
como disciplina integrante do currículo escolar até a falta de sistematização 
do ensino da música, seja este como parte do ensino formal, bem como em 
muitas escolas de música. Em qualquer sistema educacional há um 
reconhecimento no nível do senso comum a respeito do valor de 
determinados conteúdos na formação dos indivíduos. Estes são englobados 
Anais Vol. 12 (2017): Seminário de Educação do Vale do Arinos, Juara/MT, Brasil, 16-18 Outubro 2017, Faculdade de
Educação e Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Unemat Editora.
14 
 
pelas disciplinas chamadas „centrais‟, ou do núcleo comum, e que são 
consideradas como „indispensáveis‟ para a formação de uma sociedade 
produtora e consumidora do „status quo‟. 
 
 
Com relação a fala anterior, levando em consideração o enorme acesso sobre à 
música fora da escola, não justifica a sua falta no currículo escolar, até porque essa mesma 
música chega aos nossos ouvidos sem nenhuma discriminação e consciência por parte de 
quem ouve. Além disso, é negado ao aluno o acesso a uma área do conhecimento que 
certamente poderá levá-lo a desenvolver o potencial artístico, além de permitir que esses 
desenvolvam uma apreciação musical crítica e consciente. 
As escolas deveriam ter a música inserida no currículo com o objetivo de garantir o 
desenvolvimento das habilidades, mas muitas escolas não têm o ensino de música no 
currículo, precisando compreender que o ensino de música como disciplina na grade 
curricular é diferente de um ensino de música em escola de música. 
A nova LDB garante o conhecimento artístico obrigatório no currículo do ensino 
fundamental, porém passar do papel e chegar até as escolas é que está o problema, pois 
requer interesses de todo núcleo dos administradores e dos próprios alunos, Saviani diz: 
 
A educação musical deverá ter um lugar próprio no currículo escolar. Além 
disso, porém, penso ser necessário considerar alternativa organizacional 
que envolve a escola como um todo e que, no texto preliminar que redigi 
para encaminhar a discussão do projeto da nova Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional, traduzi através do enunciado do artigo 18 do 
anteprojeto, nos seguintes termos: os poderes públicos providenciarão para 
que as escolas progressivamente sejam convertidas em centros 
educacionais dotados de toda a infraestrutura física, técnica e de serviços 
necessária ao desenvolvimento de todas as etapas da educação básica. 
(SAVIANI, 2000, p.40). 
 
 
No sentido do citado, existem preconceitos em relação ao ensino da música, até 
mesmo quando se compõe, e isso leva as pessoas se afastarem de sua prática, fica 
conhecido como uma pratica, para aqueles que nasceram com o “dom2”, isso faz a 
educação musical se distanciar do contexto escolar. Levando em consideração o enorme 
acesso que temos com a música fora da escola, não justifica a falta dela no currículo 
escolar, pois a mesma chega a nossos ouvidos sem nenhuma seleção. Além do mais, é 
negado ao aluno o acesso a uma área do conhecimento que certamente poderá levá-lo a 
desenvolver o potencial artístico e criador, além de permitir que esses desenvolvam uma 
apreciação musical crítica e consciente. Armazenar, memorizar informações, conhecimentos 
estáticos e descontextualizados não são mais situações possíveis nos dias atuais. 
 
2
Dom, ato de dar. Dádiva. Benefício da natureza. Merecimento. Vantagem. Poder. Privilégio. 
Anais Vol. 12 (2017): Seminário de Educação do Vale do Arinos, Juara/MT, Brasil, 16-18 Outubro 2017, Faculdade de
Educação e Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Unemat Editora.
15 
 
Sem a música no currículo escolar o ensino da música continuará designado a 
poucos. Snyders (1994, p.79), afirma que “a tarefa do professor é fazer progredir a 
comunicação em música até que ela se situe no nível da arte.” Aqui entra a questão 
polemica que gira em volta da ausência da disciplina Música nos currículos das escolas. 
 
 
2.3. OS BENEFÍCIOS DA MUSICA NO CAMPO DE APRENDIZADO 
 
Música é arte [...] seu papel na Educação Infantil é o de proporcionar um 
momento de prazer ao ouvir, cantar, tocar e inventar sons e ritmos. Por este 
caminho, envolve o sujeito como um todo, influindo, beneficamente, nos 
diferentes aspectos de sua personalidade: suscitando variadas emoções, 
liberando tensões, inspirando ideias e imagens, estimulando percepções, 
acionando movimentos corporais e favorecendo as relações interindividuais. 
(BORGES 2003, p.115) 
 
Descrito por Snyders (1994), a escola tem a função social de preparar o indivíduo 
para a convivência com a sociedade na vida adulta trabalhando a autonomia e a 
responsabilidade contribuindo para que se torne um sujeito cidadã, em muitos casos é 
pensado como fardo ter que estudar e buscar ter um futuro que não temos certeza se 
haverá sucesso ou não. Com a música, essa etapa se torna mais amena, prazerosa e 
alegre, podendo favorecer a aprendizagem e no final: 
 
Propiciar uma alegria que seja vivida no presente, é a dimensão essencial 
da pedagogia, é preciso que os esforços dos alunos sejam estimulados, 
compensados e recompensados por uma alegria que possa ser vivida no 
momento presente (SNYDERS, 1994, p. 14). 
 
 
Seguindo a fala do autor, a música é um instrumento de ensino, é uma habilidade 
humana, por isso a importância que haja estimo, pois por si só ela já proporciona um 
ambiente convidativo e alegre, o que proporciona estimulo. 
A música é uma ferramenta metodológica que pode ser utilizada para auxiliar o 
aprendizado em outras disciplinas, o professor possui a oportunidade em escolher músicas 
que articulem do conteúdo que vai ser trabalhado, isso torna a aula dinâmica e interessante, 
auxiliando os alunos a absolver as informações. É extraordinária, que a música fosse 
estudada como disciplina, a escola deve proporcionar meios para que o conhecimento 
musical do aluno amplifique, oferecendo meios de conviver com os diferentes gêneros, 
tornando o aluno mais crítico. Respaldado em Mársico (1982, p. 148); 
 
[...] a escola deve assegurar que todos tenham a igualdade de chances, e 
que todas as crianças tenham a oportunidades de ter acesso à música e 
consiga educa-las musicalmente, as atividades que são realizadas na 
Anais Vol. 12 (2017): Seminário de Educação do Vale do Arinos, Juara/MT, Brasil, 16-18 Outubro 2017, Faculdade de
Educação e Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Unemat Editora.
16 
 
escola não têm a intenção de formar músicos e sim ampliar os 
conhecimentos culturais contribuindo assim na formação integral do ser. 
 
 
Na fala acima o autor, explicita que a utilização da música quando agregada ao 
movimento leva a aperfeiçoar o desempenho do comportamento do aluno, auxiliando a 
adaptar-se e socializar - se uns com os outros. 
Ressaltado em Bréscia (2003, p. 81) acredita que “[...] o aprendizado de música, 
além de favorecer o desenvolvimento afetivo da criança, amplia a atividade cerebral, 
melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar socialmente o 
indivíduo”. Tanto a música como a musicalização contribuem no desenvolvimento da 
inteligência e a integração do indivíduo, acaba por fim facilitando a aprendizagem. Segundo 
Howard Gardner a Inteligência Musical, é uma das múltiplas inteligências e tem capacidade 
de influenciar o homem física e mentalmente, podendo contribuir para a harmonia pessoal, 
facilitando a integração e a inclusão social. 
Além de ampliar o conhecimento musical do aluno amusicalização atua como 
facilitadora do processo de aprendizagem, pois torna o ambiente convidativo, alegre de 
modo a favorecer o desenvolvimento cognitivo, psicomotor e sócio afetivo da criança, sendo 
assim é relevante ver r a música na educação como instrumento de aprender, ou seja, mais 
do que experiência estética. 
Com a musicalização em sala de aula, os alunos têm a possibilidade de se conhecer 
melhor, pois facilita a noção do esquema corporal e também acaba aprimorando a interação 
um com os outros. A musicalização para Bréscia (2003) é a construção do conhecimento, 
que tem como função de desenvolver o gosto musical, aprimorando a sensibilidade, senso 
rítmico, o gosto pela música, a imaginação, respeito com o próximo, até mesmo a 
criatividade etc. 
Contudo ainda existem os benefícios de desenvolver a audição sensível e ativa nos 
alunos, pois segundo Mársico (1982) pelo fato de termos contato com excessos de ruídos 
dificulta a análise dos sons que se permeiam a nossa volta e é fundamental utilizar a 
musicalização disponibilizando diferentes sons sonoros levando os alunos a se concentrar 
para comparar e analisar os sons produzidos, isso faz desenvolver a capacidade auditiva, e 
sua atenção e concentração. 
Snyders (1994) faz compreender que, a escola tem o objetivo de preparar o aluno 
para o futuro e para suas responsabilidades, o que acaba por tornar complexo, pois passa a 
fazer algo que deveria ser prazeroso por obrigação e muitas vezes sem determinação. 
Nesse sentido a escola também necessita trabalhar, apresentar utilizando-se de 
metodologias que não sacrifica que não impõe, mas sim seja equivalente e não aniquila o 
aprender, mas sim, despertar o interesse de modo a promover a aprendizagem. 
Anais Vol. 12 (2017): Seminário de Educação do Vale do Arinos, Juara/MT, Brasil, 16-18 Outubro 2017, Faculdade de
Educação e Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Unemat Editora.
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Propiciar uma alegria que seja vivida no presente é a dimensão essencial 
da pedagogia, e é preciso que os esforços dos alunos sejam estimulados, 
compensados e recompensados por uma alegria que possa ser vivida no 
momento presente (SNYDERS, 1994, p. 14). 
 
 
Neste seguimento, a música necessita ser utilizada enquanto recurso de aprendizado 
também para outras disciplinas, mas o importante que seria pensada como disciplina, 
determinando sua própria ementa, e não somente enquanto recursos de aprendizado. Pois 
faz parte da linguagem artística e cultural, oportuniza novos saberes ao aluno oferecendo o 
conhecimento sobre outras culturas e gêneros musicais. 
Dentro do processo metodológico do campo escolar, seria relevante a criação de 
espaços no cotidiano dos alunos com ambientes de desafios, contendo diversos materiais 
que possibilite a aproximação com a arte em suas variadas formas: teatro, cinema, dança, 
literatura e música, ampliando o direito as manifestações artístico-cultural além do contexto 
escolar. 
No ensino fundamental os educandos têm uma musicalidade natural, pois 
assimilam as canções e os ritmos com mais rapidez e facilidade, visando este propósito o 
ensino em sala de aula ou fora dela, deve ser desenvolvido com entusiasmo não importando 
qual matéria que está sendo oportunizada sempre alternando atividades alegres com 
movimento corporal e momentos de imaginação, facilitando o processo de aprendizagem, 
ampliando o conhecimento musical dos educandos. 
 
 
3.0 PROCEDIMENTOS DA PESQUISA E RESULTADOS 
3.1. Campo metodológico 
 
A pesquisa foi realizada em uma Escola de Ensino Fundamental. O desenvolvimento 
deste estudo envolveu levantamentos bibliográficas, para aprofundamento teórico sobre o 
contexto, por meio de livros, sites de internet, artigos científicos, entre outros. Com relação 
à coleta de informações foi feita por meio de questionários respondidos por educandos da 
escola, onde critério de escolha dos educandos a ser pesquisados foi por amostragem, no 
sentido de contribuir com os trabalhos realizados. “A ideia básica de amostragem está em 
que, a coleta de dados em alguns elementos da população e sua análise pode proporcionar 
relevantes informações de toda a população.” (MATTAR, 2005, p. 264). 
A abordagem da pesquisa é qualitativa A pesquisa qualitativa, tem por objetivo 
principal a coleta de dados, estes servem para elaborar o que se denomina “teoria de base”, 
que é um conjunto de conceitos, princípios, significados [...]” (TRIVIÑOS, 2010, p. 130). 
Anais Vol. 12 (2017): Seminário de Educação do Vale do Arinos, Juara/MT, Brasil, 16-18 Outubro 2017, Faculdade de
Educação e Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Unemat Editora.
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3.2. RESULTADOS 
3.2.1. Educandos e as revelações sobre a música na escola 
 
 A política educacional deve modernizar conforme a evolução social fora da escola, 
para assim se atualizar, passar para o educando de modo a contemplar a sua atualidade. A 
política educacional opera como uma ferramenta para direcionar a formação do ser humano 
que a sociedade carece em um determinado momento da história, definindo a forma e o 
conteúdo do saber, propendendo, com isso, garantir a sobrevivência, a manutenção ou a 
modificação dessa sociedade. 
Levantamento de dados junto aos educandos revelou que: 100% dos pesquisados 
apontaram: “gostarem de cantar. Curtem ouvir música. Houve música todos os dias”. Para 
esses adolescentes, a preferência por música varia “Pop, Funk, Rap, MPB, Internacional e 
Sertanejo”. 1% realiza atividades de dança, e ninguém toca nenhum instrumento. 
As respostas dos sujeitos identificaram que, a música pode e deve fazer parte do 
campo educacional, porque eles estão encaixados na música de alguma forma, pois a 
escola não está na música, mas a música está na escola, pois os educandos estão neste 
espaço e levam a música. A escola necessita compreender isso e fazer parte deste 
contexto, uma vez que, se ajusta em todos os compartimentos pensados na educação, pode 
ser proposto em variados aspectos educativos, ser compreendida enquanto instrumento de 
ensino, propostas por muitos caminhos, para ensinar de várias formas, apresenta resultados 
rápidos e eficientes, e em tosas as disciplinas. Rosa (1990, p.19) identifica a música como 
“uma linguagem expressiva e as canções são veículos de emoções e sentimentos, e podem 
fazer com que a criança reconheça nelas seu próprio sentir 
A escola necessita compreender que a música está presente no dia a dia dos 
educandos, não somente em casa, mas na escola mesmo sem ser aplicado pelo professor, 
na sociedade, por meio da TV, rádio, internet, celular, em forma de entretenimento, 
trabalhando a atenção, os movimentos e a interação. É mecanismo sinalizado por Vygotsky 
(1984 apud REGO, 1995), “as funções psicológicas do homem têm origem nas suas 
relações com a sociedade, seu contexto cultural e social. Peguemos então esse desenho 
como exemplo no momento”. 
 A música canaliza, atinge fins específicos, pode se dizer que sua finalidade é 
transformar, para melhor, por meio da educação, os indivíduos e a sociedade. 
 
 
3.2.2. Os educandos e o trabalho desenvolvido pela escola sobre Educação Musical, 
ou meramente música 
 
Anais Vol. 12 (2017): Seminário de Educação do Vale do Arinos, Juara/MT, Brasil, 16-18 Outubro 2017, Faculdade de
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É preciso preparar os professores á trabalhar com a música, á educação musical 
exige ações criteriosas, mas a música em si não, está posta, por muitos campos e podem 
ser adaptadas no campo educacional, adequada aos conteúdos visando à idade da turma. 
Por meio da música, podem ser revelados as diversidades culturais, em todas as 
nações e raças, demonstra sentimento, prazer a quem canta e a quem ouve, expressa 
protestos, rancores, amor,amizade, trabalha a autoestima e o stress, estabelece benefício 
para o bem estar físico, mental e social, pois é uma linguagem que pode ser interpretada, 
entendida e definida de diversas maneiras, em cada época e cultura, em harmonia com a 
forma de pensar, com os valores e as concepções estéticas vigentes. Um dos educandos 
evidenciou que “Acho que as escolas não colocam a educação musical como algo 
prioritário” 
São fatos já percebidos pelos educandos, mas não pelo professor. A escola e o 
professor necessitam perceber também, compreenderem que a música é a linguagem que 
se manifesta em forma sonora capaz de propagar e comunicar sensações, sentimentos e 
pensamentos, por meio da organização e relacionamento entre o som e o silêncio, é o lúdico 
mais uma vez se manifestando, a música é atrativa, se insere no rol do campo pedagógico 
de modo atrativo e eficiente. Respaldado em Angelim; 
 
A música tem a capacidade de penetrar rápido no interior das pessoas, 
influir nos sentimentos, nas emoções e nas sensações de uma forma quase 
mágica e imperceptível aos sentidos do ser humano, tal é o poder da 
música em penetrar no mais íntimo de qualquer pessoa. (ANGELIM, 2003, 
p. 16) 
 
 
Neste sentido, muito pouco se trata de música para esses educandos no Ensino 
Fundamental, a Educação Infantil não trabalha Educação Musical, mas utiliza a música 
durante suas práticas pedagógicas. Em muitos casos, a criança só é trabalhada por meio 
da música durante a Educação Infantil. Uma vez que, todo e qualquer tipo de música 
contempla o conteúdo abordado em sala de aula, o professor regente pode definir como 
propicia para o momento em consonância com seu planejamento, ou seja, qualquer tipo de 
música, desde que esteja adequada a metodologia a didática do professor. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Embora existam documentos – Lei nº 11.769/2008 e Diretrizes Nacionais que 
dispõem sobre a obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica (BRASIL, 2008; 
BRASIL, 2013), ainda não ocorre essa oficialização no currículo da escola participante da 
pesquisa. 
Anais Vol. 12 (2017): Seminário de Educação do Vale do Arinos, Juara/MT, Brasil, 16-18 Outubro 2017, Faculdade de
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A contextualização teórica revelou que a música é relevante para o conhecimento 
cultural, oportuniza o contato com outros gêneros incluindo a música de outras culturas, a 
música está presente na vida do indivíduo desde antes do seu nascimento, ainda na barriga 
da mãe quando lhe canta canções. A música trabalha a forma de expressar, de ouvir, 
estimular a linguagem do educando. 
Através dos sons e de ritmos o educando independentemente da idade se sente 
acolhido, conectada ao mundo de outras formas, a música acalma, anima, facilita a 
interação, trabalha a autonomia, a responsabilidade, o respeito, as diferentes culturas, 
identidades e singularidades. A música trabalha a sensibilidade, a criatividade, a liberdade 
de expressão, também as diferentes manifestações artísticas e culturais, a música é 
ludicidade e trabalha a criticidade. 
Os resultados apontaram que os educandos sabem sobre a relevância da música no 
espaço escolar, pois “a escola não está na música, mas a música está na escola”, crianças 
e adolescentes gostam de músicas, pois está presente no celular de cada um, na internet, 
entre outros. 
A escola necessita propor à musica para que o educando descubra sobre suas 
habilidades, para Gardner (1994) inteligências múltiplas apresentam-se de duas formas: 
algumas pessoas nascem com determinadas habilidades (inteligências), ou seja, a genética 
contribui, porém, as experiências vividas também contribuem para o desenvolvimento de 
determinadas inteligências. Os estímulos e o ambiente social são importantes para o 
desenvolvimento de determinadas inteligências, se uma pessoa, por exemplo, nasce com 
uma inteligência musical, porém as condições ambientais como escola, família, religião, 
onde mora não oferece estímulos para o desenvolvimento das capacidades musicais, 
dificilmente este indivíduo será um músico. 
A pesquisa revelou o despreparo dos profissionais para trabalhar com a música no 
Ensino Fundamental, a falta de conhecimento específico na área musical e até mesmo o 
não saber inseri – lá enquanto metodologia. 
É necessário que a música na musicalidade seja reconhecida como uma ferramenta 
fundamental a ser aliada ao ensino, e, que a escola busque usufruir desse aparato, 
investindo em material e buscando a profissionalização continuada dos educadores a incluir 
esse conhecimento na grade curricular. 
Ter a música como um apoio é estimulante no desempenho dos alunos, é integrar 
conhecimento específico motor, psicológico e cognitivo, promovendo um resultado de maior 
qualidade no ensino. A música é capaz de permear o desenvolvimento cognitivo, afetivo, de 
expressar-se, pode ser usada para promover interação, motivação e criar uma atmosfera de 
aprendizagem mais prazerosa e descontraída, contribuindo para a harmonia pessoal, 
facilitando a integração entre o professor/educando e educando/ educando. 
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uma análise histórica. In: Fundamentos da Educação Musical – 1, ABEM, Porto Alegre, 1993 
 
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dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a 
obrigatoriedade do ensino da música na educação básica. 
 
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Educação Fundamental. 3ª ed. 1997, Brasília: A secretaria, 2001. 130p. Vol.06. 
 
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