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Propedêutica INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Respiração: - Tem a função de prover O2 para o metabolismo aeróbio e remover CO2 da circulação. - Sua função depende de 3 fatores: Ventilação: movimento mecânico do tórax de passagem do ar para dentro e para fora. Difusão: movimento de O2 e CO2 pela membrana alvéolo-capilar. Circulação: meio pelo qual o O2 chega aos tecidos. - A falta de ar pode ser relacionada a alterações em qualquer um desses fatores (ventilação, difusão ou circulação), portanto, para tratar o problema respiratório deve-se investigar a sua origem. Cianose: - É a coloração azulada da pele e mucosas pelo aumento de hemoglobina reduzida (desoxigenada). - É mais acentuada nos lábios, nos leitos ungueais (em baixo da unha) e nas orelhas. - O grau da cianose é modificado pela cor da pele, do plasma e pela quantidade de hemácias. - É importante saber a quantidade de hemoglobina do paciente para avaliar o grau de cianose = anêmica ou policitêmico ( indivíduos anêmicos demoram mais para parecerem cianóticos. - Em geral a cianose torna-se evidente quando a concentração capilar média de hemoglobina reduzida supera 5g/100ml - A cianose resulta da desaturação de O2, que está habitualmente < 85%. Em negros pode ser detectada somente < 75% - A sua causa pode ser dividida em de origem central ou periférica: Central: secundária a distúrbios da função pulmonar, shunt vascular ou anatômico, altas altitudes e hemoglobinas anormais. Distúrbios da função pulmonar ( hipoventilação, diminuição da relação ventilação perfusão, diminuição da difusão de O2 (edema de pulmão e fibrose alveolar). Shunt vascular anatômico ( comunicação interatrial ou interventricular, fístulas arteriovenosas pulmonares. Altas altitudes ( diminuem O2 por causa da baixa pressão atmosférica. Hemoglobinas anormais ( diminuem captação de O2. Observação: Carboxihemoglobina não é cianose verdadeira, a pessoa fica cor cereja. Periférica: ocorre com a saturação de O2 normal. É causada por uma maior extração de O2 pelos capilares, causando uma cianose periférica. Anormalidade da bomba cardíaca ( diminui débito cardíaco Exposição ao frio Obstrução arterial ou venosa Redistribuição de sangue das extremidades Observação: A cianose periférica pode acometer mais de um lugar, mas a função respiratória estará sempre normal. Curva da hemoglobina: - Normalmente a saturação de O2 é de, aproximadamente, 96%, o que acontece a partir de PaO2 = 90. Numa pessoa normal, aumentos na PaO2 causa pouca variação na saturação da hemoglobina, mas quedas na PaO2 podem provocar grandes variações na saturação de O2. Em PaO2 < 60 o risco de morte se torna importante. -A saturação de O2 pode ser medida por gasometria arterial ou oximetria de pulso. Gasometria arterial: fornece a quantidade de O2 e CO2 no sangue. Tem a desvantagem da coleta ser muito incomoda ao paciente (seringa) Oximetria de pulso: sensor colocado nos dedos ou no nariz avalia as ondas de hemoglobina, que é diferente para hemoglobina com e sem O2. - Curva de dissociação da hemoglobina Curva desviada para a esquerda – maior afinidade pelo O2 Alcalose, hiportemia, hipometabolismo, alta altitude, diminuição da 2,3-DPG. Curva desviada para a direita – diminui a afinidade pelo O2 Acidose, hipertermia, hipermetabolismo, baixa altitude, aumento da 2,3-DPG. Dispnéia: - Sensação de desconforto da respiração. Essa sensação pode ser subjetiva (sintoma) ou objetiva (visível). - A intensidade é quantificada pela quantidade de exercício físico necessário para produzir a sensação. - Causas: cardíacas, pulmonares e torácicas, ou seja, uma alteração que atrapalhe qualquer um dos nineis de troca gasosa (ventilação, difusão e circulação). Causas cardíacas: Aumento da pressão capilar pulmonar – insuficiência cardíaca ( acumula VE ( acumula VD ( acumula nos vãos pulmonares. Dispnéia ao exercício (tende a ser progressiva), ortopneia, dispnéia paroxística noturna e dispnéia em repouso. Achados ao exame clinico e complementares e disfunção de VE. Causas pulmonares: Doenças obstrutivas como asma brônquica (bronquite), levando a sibilos. Doenças parenquimatosas, como pneumonias ou infecções, câncer e doenças intersticiais. Doenças vasculares, como o tromboembolismo pulmonar. Causas da parede torácica: Cifoescoliose. Paralisia diafragmática Doenças neuromusculares (diminuem a ativação da musculatura) Insuficiência respiratória aguda: - Incapacidade de manter a troca gasosa por conta própria. - Causas pulmonares ou extrapulmonares. - Instalação aguda; podendo ser o primeiro evento em individua previamente saudável ou agudização em indivíduos com distúrbio prévio. - Diagnóstico clinico: Taquipneia (sem compensação) Cianose (necessário Hb> 5g/dl) Sudorese Utilização da musculatura acessória Alterações hemodinâmicas Alterações do nível de consciência (agitação/sonolência) - Diagnostico clínico (perguntas): É decorrente de hipoventilação (PCO2 > 5mmHg) ou hipoxemia (PO2 <50mmHg)? A hipoventilação é de causa interna ou externa? Interna: lesão no cérebro, coluna, nervos periféricos na junção neuromuscular, músculo ou caixa torácica. Externa: intoxicação No caso da hipoxemia, onde é a lesão? No suprimento sangüíneo, na membrana alvéolo-capilar? - Causas da diminuição da respiração: pode ser neurológica, muscular ou anatômica. Obstrução das vias aéreas. Tórax instável. Pneumo ou hemotórax – pode colabar pulmão. Ascite – comprime diafragma SNC – drogas, TCE. Lesões de pescoço. - Hipoxemia: distúrbio ventilação/perfusão (V/Q – mais freqüente), hipoventilação alveolar, shunt pulmonar, difusão alterada. *Observação: shunt anatômico ≠ de efeito shunt. No efeito shunt há um distúrbio V/Q. - Diagnóstico de IRA: Checar PCO2 – se alto sugere hipoventilação. Calcular D(A-a)O2 – se normal sugere hipoventilação. Administrar O2 a 100% - se não alterar pensar em shunt (o problema é anatômico e não de função pulmonar). - Diagnóstico complementar: Gasometria arterial Raios-x de tórax. - Tratamento: Retirada dos corpos estranhos. Aspiração de secreções da orofaringe IOT (intubação orotraqueal) e de ventilação mecânica – insuficiência respiratória. Ventilação mecânica: tem o objetivo de manter o paciente vivo até que a doença, que esta causando a insuficiência, seja devidamente tratada e ele possa respirar sozinho. OBSERVAÇÕES: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________
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