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Fármacos Dislipidemia

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FARMACOLOGIA – BÁRBARA ALBUQUERQUE AZEVEDO 
 
DISLIPIDEMIA E LIPOPROTEÍNAS 
 
TRANSPORTE DE LIPOPROTEÍNAS 
o Lipoproteínas: complexo lipídeo + proteína. 
o HDL (lipoproteína de alta densidade): 
diâmetro de 7 a 20 nm. 
o LDL (lipoproteína de baixa densidade): 
diâmetro de 20 a 30 nm. 
o VLDL (lipoproteína de densidade muito 
baixa): diâmetro de 30 a 80 nm. 
→ Transporta colesterol e triglicerídeos 
recém-sintetizados aos tecidos, onde os 
triglicerídeos são removidos, deixando 
apenas o LDL. 
o Quilomícrons: diâmetro de 100 a 1000 nm. 
→ Transportam triglicerídeos e 
colesterol do TGI para os tecidos, onde o 
triglicerídeo é clivado pela lipase, 
liberando ácidos graxos e glicerol, que 
são captados no musculo e no tecido 
adiposo. 
→ Os remanescentes de quilomícrons 
são captados pelo fígado, onde o 
colesterol é armazenado, secretado na 
bile, oxidado a ácidos biliares ou 
convertido em outras lipoproteínas. 
o LDL e HDL são as únicas detectáveis no 
sangue. 
o LDL, por ser mais leve, gruda no vaso 
sanguíneo, ocasionando aterosclerose. 
o 30% do colesterol é adquirido pela 
alimentação de derivados de animal. 
o 70% do colesterol é fabricado pelos 
hepatócitos. 
DESTINOS DO COLESTEROL 
o Pode ser transformado em sais biliares 
pelos hepatócitos (secretado na bile ou 
rearmazenado). 
o Incorporado em membranas celulares 
(LDL). 
o Síntese de esteroides (LDL). 
o 95% são reaproveitados pelo fígado. 
o 5% são excretados pelas fezes. 
DISLIPIDEMIA 
o Alteração dos níveis plasmáticos de lipídeos 
(colesterol, triglicerídeos e fosfolipídeos). 
o A concentração excessiva de LDL e baixo 
HDL aumentam os riscos de cardiopatia isquêmica 
e aterosclerose. 
o Podem ser primárias ou secundárias. 
o Primárias: combinação de dieta e genética. 
o Secundárias: consequências de outras 
condições, como diabetes, alcoolismo, síndrome 
nefrótica, insuficiência renal crônica, 
hipotireoidismo, doença hepática e administração 
de fármacos. 
→ Tratadas, sempre que possível, 
corrigindo a causa subjacente. 
FÁRMACOS REDUTORES DE LIPÍDEOS 
o Diminuem as concentrações de 
lipoproteínas plasmáticas. 
o Usados complementarmente às medidas 
dietéticas e à correção de outros fatores de risco 
cardiovascular modificáveis. 
ESTATINAS 
o Inibidores da enzima HMG-CoA redutase 
(importante na síntese de colesterol). 
o A diminuição da síntese hepática de 
colesterol suprarregula a síntese do receptor de 
LDL. 
→ Aumenta a remoção de LDL do 
plasma para os hepatócitos. 
o Principal efeito: reduzir o LDL plasmático. 
o Também ocorre, em menor escala, redução 
dos triglicerídeos plasmáticos e aumento do HDL. 
o Sinvastatina, lovastatina e pravastatina: 
inibidores competitivos, específicos e reversíveis. 
o Atorvastatina e rosuvastatina: inibidores de 
longa duração. 
o Recomendados na hipercolesterolemia 
isolada. 
o Podem ser associados a ezetimiba, 
colestiramina, fibratos e ácido nicotínico. 
FARMACOCINÉTICA 
o Ação curta. 
o Administradas por via oral. 
o Durante a noite, para reduzir o pico 
matinal de síntese de colesterol. 
o Bem absorvidas e extraídas pelo fígado 
(seu local de ação). 
o Metabolismo de primeira passagem no 
fígado. 
o Sinvastatina: é um pró-fármaco 
metabolizado no fígado dando origem à sua 
forma ativa, o ácido graxo β-hidroxilado. 
EFEITOS ADVERSOS 
o Dor muscular (mialgia). 
o Desconforto gastrointestinal. 
o Elevação das concentrações plasmáticas 
de enzimas hepáticas (disfunção hepática). 
o Insônia. 
o Rash cutâneo (manchas avermelhadas). 
o Miosite e angioedema (raros, depende da 
dose e do paciente. 
USOS CLÍNICOS 
o Prevenção secundária de infarto agudo do 
miocárdio e acidente vascular encefálico. 
o Prevenção primária de doença arterial. 
o Dislipidemia grave: associar c/ ezetimiba. 
o Contraindicada durante gravidez. 
FIBRATOS 
o Bezafibrato, ciprofibrato, genfibrozila, 
fenofibrato e clofibrato (derivados do ácido fíbrico). 
o Reduzem acentuadamente o VLDL 
circulante e, portanto, os triglicerídeos. 
o Redução leve do LDL (cerca de 10%) e 
aumento leve do HDL (cerca de 10%). 
o Aumento da transcrição dos genes de 
lipoproteína lipase (quebra de gordura). 
o Aumenta a captação hepática de LDL. 
EFEITOS ADVERSOS 
o Sintomas TGI leves. 
o Miosite (em pacientes com 
comprometimento renal devido à dificuldade de 
eliminação do fármaco). 
o Predispõe a cálculos biliares. 
USOS CLÍNICOS 
o Dislipidemia mista (elevação de 
triglicerídeos e colesterol, desde que não causada 
por alcoolismo). 
o Baixo nível de HDL e alto risco de doença 
ateromatosa. 
o Dislipidemia grave (combinados com 
outros fármacos). 
DERIVADOS DO ÓLEO DE PEIXE 
o Reduzem as concentrações de triglicerídeos 
no plasma. 
o Aumentam o colesterol. 
o Inibição da função plaquetária, 
prolongamento do tempo de sangramento, efeitos 
anti-inflamatórios e redução do fibrinogênio 
plasmático.

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