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BRONQUIECTASIA GIOVANNA DE FREITAS FERREIRA MATHEUS HENRYQUE FERNANDES SIQUEIRA NUNES UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS CURSO DE MEDICINA 2021 DEFINIÇÃO CAUSAS MAIS COMUNS: INFECÇÃO OU INFLAMAÇÃO DO PARÊNQUIMA PULMONAR OCORRE PORQUE O TECIDO ELÁSTICO PULMONAR É DESTRUIDO POR UMA INFLAMAÇÃO OU INFECÇÃO LOCAL OU SISTÊMICA, POR ISSO AS BRONQUIECTASIAS PODEM SER LOCALIZADAS OU DIFUSAS AUMENTO DA PREVALÊNCIA (MAIOR OFERTA DE TOMOGRAFIAS, DIAGNÓSTICO PRECOCE, MAIOR OFERTA DE SERVIÇOS DE SAÚDE, MAIOR SOBREVIDA DA POPULAÇÃO, MAIOR INCIDÊNCIA DE SIDA, DPOC E TB *** NÃO É UMA DOENÇA E SIM UMA COMPLICAÇÃO / ACHADO RADIOLÓGICO/TOMOGRÁFICO DILATAÇÃO IRREVERSÍVEL PAREDE BRÔNQUICA Bronckos - vias aéreas Ectase – ampliação WWW.bronchiectasis.com.au/ FISIOPATOLOGIA CICLO VICIOSO infecção inicial liberação de produtos bacterianos liberação de citocinas, neutrófilos, linfócitos e macrófagos dentro do lúmen inflamação + infecção = clearence mucociliar afetado altera-se o batimento ciliar e aumenta a produção de muco (+ muco e - limpeza) Essa perda de transporte mucociliário torna as vias aéreas suscetíveis à colonização microbiana Em resposta a essa colonização, é desencadeado um ciclo de intensa resposta inflamatória crônica --> maior recrutamento de neutrófilos Inflamação destrói a elastina brônquica e outras estruturas pulmonares de apoio, levando à dilatação permanente dos brônquios Os neutrófilos desempenham um papel central nos danos teciduais na bronquiectasis, liberando mediadores (incluindo citocinas inflamatórias, elastases e metaloproteínas matrizes) ________ WWW.bronchiectasis.com.au/ QUAL A CONSEQUÊNCIA DISSO PARA OS BRÔNQUIOS? As paredes das vias aéreas ficam espessadas com camadas mucosas e musculares normais substituídas por edema, ulceração ou fibrose Nas vias aéreas proximais, a cartilagem estrutural pode ser diminuída, provocando uma redução da estrutura de suporte. Essas mudanças na estrutura das vias aéreas contribuem ainda mais para o agrupamento de muco, e o ciclo autoperpetuante de infecção e inflamação, PROMOVENDO DANOS PROGRESSIVOS WWW.bronchiectasis.com.au/ (GOMES, 2016) ETIOLOGIA BRONQUIECTASIAS PÓS-INFECCIOSAS Mycobacterium tuberculosis (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) WWW.bronchiectasis.com.au/ Pseudomonas aureginosa --> ESPECÍFICA Streptococcus pneumoniae --> PREVALENTE Aspergilus --> aspergilose Coronavírus, influenza Fibrose Cística Tuberculose PORÇÃO MÉDIA E LÍNGULA PORÇÃO INFERIOR PORÇÃO SUPERIOR Fibrose cística Micobactérias não-tuberculosas Aspergilose (fungo oportunista - escarro marrom) Discineia ciliar Aspiração crônica Refluxo gastroesofágico com aspiração Imunosupressão Pacientes com rejeição de órgãos Síndrome de Kartagener (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) SINTOMAS MOREIRA et al, 2003) DIAGNÓSTICO RAIO-X (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) O RX apresenta limitações no diagnóstico de bronquiectasias, com baixa sensibilidade e especificidade, mesmo em estágios avançados Ele pode ser normal ou mostrar achados não específicos Bronquiectasias com morfologia cística, bilaterais, mais evidentes nos campos pulmonares médio à direita e inferior à esquerda TOMOGRAFIA (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) PADRÃO OURO O diagnostico é baseado no reconhecimento de vários achados diretos e indiretos. Achados indiretos: espessamento de paredes brônquicas, impactação mucoide, atenuação em mosaico e aprisionamento aéreo, ectasia das artérias brônquicas, ectasia das artérias pulmonares Achados diretos: dilatação brônquica, perda do afilamento brônquico usual e identificação de vias aéreas periféricas a menos de 1 cm da pleura Qual o critério de medida para saber se o brônquio está espessado? Compara-se o diâmetro interno do brônquio com o da artéria pulmonar adjacente. Se o brônquio estiver maior, ele está espessado (sinal do anel de sinete) Sinal do trilho do trem: perda do afilamento gradual do brônquio, definido como a manutenção do calibre por mais que 2 cm, distalmente à bifurcação (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) SINAL DA ÁRVORE EM BROTAMENTO SINAL DESINAL DE IMPACTAÇÃO DE MUCOIMPACTAÇÃO DE MUCO (CÍRCULO)(CÍRCULO) ESPESSAMENTOESPESSAMENTO BRÔNQUICOBRÔNQUICO (SETA)(SETA) (CARNEIRO BARBOSA DE BRITO; SOUZA P. MEIRELLES, 2016) ACOMPANHAMENTO DO PACIENTE Acompanhamento periódico para detecção de queda da função pulmonar ESPIROMETRIA (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) A presença de microorganismos potencialmente patogênicos (MPP) deve ser investigada em pacientes com bronquiectasia (causa pós-infecciosa prevalente) Podem causar redução da capacidade pulmonar, piora clínica progressiva, pode alterar a microbiota pulmonar Primoinfecção: primeira amostra + Infecção brônquica intermitente: amostrar + e - com coleta mensal Infecção brônquica crônica: duas ou mais amostras + coletadas com intervalo de 3 meses por 1 ano Erradicação: duas ou mais amostras - consecutivas, coletadas com intervalo de pelo menos 1 mês num período de 6 meses ESCARRO OBS: de maior gravidade e mortalidade em pacientes com bronquiectasias com infecção crônica por P. aeruginosa (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) TESTES LABORATORIAIS Embora a PCR e IL-1, IL-6, e TNF-α estejam aumentados em pacientes com bronquiectasia, não são usados na prática clínica SCORES E-FACED: exacerbação; VEF1; idade; colonização por P.aeruginosa; extensão na TC; grau de dispneia. (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) Antibióticos Broncodilatadores Corticoides Agentes mucoativos para melhorar clearance mucociliar TRATAMENTO Vacinação para influenza e pneumococo Fisioterapia respiratória Atividade Física Evitar exposições ambientais nocivas (fumaça, poluição, ...) Evitar tabagismo NÃO FARMACOLÓGICO FARMACOLÓGICO CIRÚRGICO Bronquiectasias localizadas Complicações e exacerbações frequentes / graves (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) Antibióticos Broncodilatadores Corticoides TRATAMENTO Vacinação para influenza e pneumococo Fisioterapia respiratória Atividade Física Evitar exposições ambientais nocivas (fumaça, poluição, ...) Evitar tabagismo NÃO FARMACOLÓGICO FARMACOLÓGICO CIRÚRGICO Bronquiectasias localizadas Complicações e exacerbações frequentes / graves PARA TODOS OS PACIENTES PARA PACIENTES SELECIONADOS QUE NECESSITAM DESSA INTERVENÇÃO (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Caso o paciente mantenha a cultura positiva, novo protocolo pode ser tentado até que sejam alcançadas três tentativas de erradicação. A partir daí, o paciente deve ser considerado como portador de infecção brônquica crônica. Sempre que se diagnostica uma primoinfecção por Pseudomonas aeruginosa, deve-se tentar a erradicação (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) (C on se ns o br as il ei ro s ob re b ro nq ui ec ta si as , 20 19 ) MACROLÍDEOS (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) As diretrizes da European Respiratory Society(15) de 2017 sugerem o uso dos macrolídeos como terapia de primeira linha para pacientes sem evidências de infecção por P. aeruginosa com o objetivo de reduzir as exacerbações Os macrolídeos são considerados de segunda linha para o TTO de infecção por Pseudomonas CORTICOIDES (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) BRONCODILATADORES (Consenso brasileiro sobre bronquiectasias, 2019) GOMES, Mauro. Avaliação Diagnóstica dos Adultos com Bronquiectasias. Pneumologia Paulista, [S. l.], v. 29, n. 1, p. 16-24, 1 fev. 2016. Disponível em: http://itarget.com.br/newclients/revista-sppt/wp- content/uploads/2016/02/PP01032016.pdf. Acesso em: 31 out. 2021. Moreira, José da Silva et al. Bronquiectasias: aspectos diagnósticos e terapêuticos Estudode 170 pacientes. Jornal de Pneumologia [online]. 2003, v. 29, n. 5 [Acessado 31 Outubro 2021] , pp. 258-263. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-35862003000500003>. Epub 02 Mar 2004. ISSN 1678-4642. https://doi.org/10.1590/S0102-35862003000500003. CARNEIRO BARBOSA DE BRITO, Milene; SOUZA P. MEIRELLES, Gustavo. Papel dos exames de imagem em bronquiectasias. Pneumologia Paulista, [S. l.], v. 29, n. 1, p. 25-30, 1 fev. 2016. Disponível em: http://itarget.com.br/newclients/revista-sppt/wp-content/uploads/2016/02/PP01032016.pdf. Acesso em: 31 out. 2021. Souza Junior, Arthur Soares deCurso de diagnóstico por imagem do tórax. Capítulo VI - Diagnóstico por imagem na bronquiectasia. Jornal de Pneumologia [online]. 1999, v. 25, n. 6 [Acessado 31 Outubro 2021] , pp. 327-334. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-35861999000600006>. Epub 19 Nov 2003. ISSN 1678-4642. https://doi.org/10.1590/S0102-35861999000600006.
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