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Business Inteligence

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO GERAL
BUSINESS INTELIGENCE
TRABALHO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
FERNANDO FERREIRA
FERNANDO TOLEDO SANTIAGO
JOSÉ GUILHERME DE MATOS GRAGNANI
RAFAELL RODRIGUES DOS SANTOS
RAPHAEL DORNELES GOMES
VINICIUS DE SÁ BARBOSA
GOIÂNIA, GO
2007
BUSINESS INTELLIGENCE
História
Uma referência anterior a inteligência, mas não relacionada aos negócios, ocorreu em Sun Tzu - A Arte da Guerra. Sun Tzu fala em seu livro que para suceder na guerra, a pessoa deve deter todo o conhecimento de suas fraquezas e virtudes, além de todo o conhecimento das fraquezas e virtudes do inimigo. A falta deste conhecimento pode resultar na derrota. Uma certa escola traça paralelos entre as disputas nos negócios com as guerras:
coleta de informações; 
discernimento de testes padrão e o significado dos dados (gerando informação); 
respondendo à informação resultante. 
A história do Business Intelligence que conhecemos hoje, começa na década de 70, quando alguns produtos de BI foram disponibilizados para os analistas de negócio. O grande problema era que esses produtos exigiam intensa e exaustiva programação, não disponibilizavam informação em tempo hábil nem de forma flexível, e além de tudo tinham alto custo de implantação. 
Conceito
Segundo Batista (2004, p. 121) BI é “um conjunto de ferramentas e aplicativos que oferece aos tomadores de decisão possibilidade de organizar, analisar, distribui e agir, ajudando a organização a tomar decisões melhores e mais dinâmicas.” E de acordo com Howard Dresner, (apud LOGOCENTER, 2004) Business Intelligence é um termo “guarda-chuva” que descreve um conjunto de conceitos, ferramentas e tecnologias para aperfeiçoar o processo de tomada de decisão em negócios, ou seja, é um processo de conseguir informação certa, no momento oportuno, em uma forma utilizável pelos decisores, de modo que possa ser analisada para implementar de imediato ações que tenham impacto positivo na condução dos negócios. Carlos Barbieri (2001) nos mostra um conceito de forma mais ampla onde BI pode ser entendido como a utilização de variadas fontes de informação para se definir estratégias de competitividade nos negócios da empresa. Onde uma das suas vertentes esta relacionada ao apoio e subsídio aos processos de tomadas de decisões baseados em dados trabalhados especificamente para a busca de vantagens competitivas.
O termo Business Intelligence (BI), pode ser traduzido como Inteligência de negócios, refere-se ao processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoração de informações que oferecem suporte a gestão de negócios.
A inteligência Empresarial, ou Business Intelligence, é um termo do Gartner Group. O conceito surgiu na década de 80 e descreve as habilidades das corporações para acessar dados e explorar as informações ( normalmente contidas em um Data Warehouse/Data Mart), analisando-as e desenvolvendo percepções e entendimentos a seu respeito, o que as permite incrementar e tornar mais pautada em informações a tomada de decisão(JFF).
As organizações tipicamente recolhem informações com a finalidade de avaliar o ambiente empresarial, completando estas informações com pesquisas de marketing, industriais e de mercado, além de análises competitivas. Organizações competitivas acumulam "inteligência" à medida que ganham sustentação na sua vantagem competitiva, podendo considerar tal inteligência como o aspecto central para competir em alguns mercados.
Geralmente, os coletores de BI obtêm as primeiras fontes de informação dentro das suas empresas. Cada fonte ajuda quem tem que decidir a entender como o poderá fazer da forma mais correta possível. As segundas fontes de informações incluem as necessidades do consumidor, processo de decisão do cliente, pressões competitivas, condições industriais relevantes, aspectos econômicos e tecnológicos e tendências culturais. Cada sistema de BI determina uma meta específica, tendo por base o objetivo organizacional ou a visão da empresa, existindo em ambos objetivos, sejam eles de longo ou curto prazo.
Tecnologia de BI
Alguns observadores consideram que o processo de BI realça os dados dentro da informação e também dentro do conhecimento. Pessoas envolvidas em processos de BI podem usar softwares ou outras tecnologias para obter, guardar, analisar, provendo acesso aos dados, seja ele simples ou de muito uso. O software "cura" a performance de gerenciamento do negócio e ajuda no alvo das pessoas tomarem as melhores decisões pela exatidão, atuais e relevantes com as informações viáveis a quem quiser quando for necessário. Algumas pessoas utilizam o termo "BI" intercâmbiando ele com "livros de reunião" ou "sistemas de informações executivas", de acordo com a informação que cada um contém. É nesse sentido, que cada um pode considerar um sistema de BI como um sistema de suporte para tomada de decisão (decision-support system).
Tipos de software
As pessoas que trabalham com o BI têm que desenvolver ferramentas em cada caso, especificamente quando a inteligência envolve recolhimento e análise de largas quantidades de dados desestruturados. Existem inúmeros softwares para gerenciamentos destas informações, em diversas categorias. Uma pesquisa nas ferramentas de busca da internet podem trazer diversas informações sobre cada um destes programas.
Características de um Sistema de BI
São características de um sistema de Business Intelligence:
.Extrair e integrar dados de múltiplas fontes;
.Fazer uso da experiência;
.Analisar dados contextualizados;
.Trabalhar com hipóteses;
.Procurar relações de causa e efeito;
Transformar os registros obtidos em informação útil para o conhecimento empresarial.
Segundo TURBAN (2003) o Recurso Drill Down, fundamental para uma ferramenta de BI, permite aos usuários obter detalhes, e detalhes de detalhes, de qualquer informação desejada. Por exemplo, um executivo pode ter observado em um relatório semanal que as vendas da empresa caíram. Para descobrir a razão, ele procura visualizar (sem a ajuda de um programador) algum detalhe, como as vendas em cada região. Se o executivo identificar uma região com problemas, ele poderá querer ver detalhes (vendas por produto ou por vendedor). Em certos casos, esse processo de drill down pode continuar por meio de diversos níveis de detalhes.
Ferramentas de Business Intelligence
Segundo Carlos Barbieri (2001), de uma maneira geral, as ferramentas para um ambiente de Business Intelligence podem ser classificadas como construção, gerência, uso e armazenamento. Abaixo pode-se obter mais detalhes sobre cada uma.
Ferramentas de construção
As ferramentas de construção têm o objetivo de auxiliar no processo de extração de dados das fontes diversas, seu tratamento de preparação, transformação e sua carga nas estruturas finais do data warehouse. Realizam processos de união de fontes diferentes, facilitando a busca em ambientes heterogêneos.
 Ferramentas de gerência
As ferramentas de gerência objetivam auxiliar o processo de armazenamento e de utilização do data warehouse e do repositório, onde residem as informações de metadados, responsáveis pela definição das estruturas e dos processos de transformação desejados.
 Ferramentas de uso
As ferramentas de uso são, na essência, os mecanismos, através dos quais os usuários manipulam os dados no data warehouse e obtém as informações requeridas. Também denominadas ferramentas de uso final “front-end”.
Designando e Implementando BI
Quando é implementado um programa de BI deve-se relacionar as questões e suas possíveis decisões, tal como:
Questões de alinhamento de metas: é o primeiro passo para determinar propostas de curto e médio prazos do programa. 
Questões de base: coleta de informações de competência atual e suas necessidades. 
Custos e Riscos: as consequências financeiras da nova iniciativa de BI devem ser estimadas. 
Cliente e "stakeholder": determina quem serão os beneficiados da iniciativa e quem pagará por ela. 
Métricas relacionadas:estes requerimentos de informações devem ser operacionalizadas com clareza e definidas por parâmetros métricos. 
Mensuração Metodológica: deve ser estabelecido um método ou procedimento para determinar a melhor ou aceitável maneira de medir os requerimentos métricos. 
Resultados relacionados: alguém deve ser o monitor do programa de BI para assegurar que os objetivos estão ocorrendo. Ajustes no programa podem ser necessários. O programa deve ser testado pela eficácia, rentabilidade e validade.
Com o surgimento dos bancos de dados relacionais, dos PC's e das interfaces gráficas como o Windows, aliados ao aumento da complexidade dos negócios, começaram a surgir os primeiros produtos realmente direcionados aos analistas de negócios, que possibilitavam rapidez e uma maior flexibilidade de análise. 
Às vezes fico imaginando como seria, alguns anos atrás, a difícil tarefa de alguns executivos tomarem uma decisão que poderia mudar os rumos da organização, tendo como base um curto espaço de tempo e uma enorme variedade de informações. Neste período, o BI (Business Intelligence) era tratado como um luxo dentro das empresas e a solução que ele prometia muitas vezes era vista com desconfiança. Mas o tempo passou; as empresas, os processos e os sistemas evoluíram. Como conseqüência, o BI também evoluiu, perante as exigências da globalização e da economia. 
Hoje as ferramentas de BI são a "chave-mestra" em qualquer companhia. Se há dez anos as empresas apostavam em aquisições para alavancar seu crescimento, hoje nota-se uma tendência para o crescimento organizacional com base no negócio, algo que só é possível com essas ferramentas. As empresas procuram cada vez mais responder às necessidades dos clientes sem serem intrusivas. Com isso, gerou-se uma cadeia de valores muito forte que impulsionou os negócios. 
Neste caso, mais uma vez o mercado ditou as regras. Tornou-se essencial a existência de um sistema confiável, simples e acessível para a análise das informações. A quantidade de conhecimento precisou ser ajustada inversamente à quantidade das informações para análises, e neste contexto o BI tem se dado muito bem. 
Hoje em dia é muito difícil para uma empresa conseguir sobreviver sem alguma ferramenta de BI. Elas necessitam mais do que nunca de um sistema de suporte à decisão eficaz e relevante, que tenha condições de gerir uma unidade de negócio de forma continuada para quase todos os níveis ou áreas da empresa. Por isso, para alguns setores como telecomunicações, bancos, seguros, cartões de crédito ou outro tipo de negócio que envolva um volume muito grande de informação, o uso destas soluções em BI torna-se cada vez mais essencial para sua sobrevivência no mercado. 
As vantagens que advêm da utilização desta soluções têm a ver com o acesso a informação de qualidade que permita que as empresas conheçam melhor a sua realidade, quer seja interna, quer seja voltada para o exterior, permitindo-lhes obter indicadores preciosos para melhorar o desempenho da sua atuação e a inovação tão necessária ao seu crescimento. 
Costumo sempre fazer uma análogia para as pessoas que me perguntam sobre a diferença de um sistema de informação convencional e um BI. Digo que um sistema do tipo transacional é como um restaurante, onde o garçom lhe traz um cardápio e você precisa escolher um prato que já está pronto. Já num sistema self-service (BI), você pode optar por escolher o que lhe agrada e na quantidade desejada. 
Vejamos agora o lado do cliente. Ninguém gosta de ser incomodado por vendedores que tentam empurrar um produto que não lhe interessa. No entanto, se alguém nos aborda no momento exato em que procuramos um produto ou um serviço, com certeza vamos agradecer. Então, num mercado onde temos uma extrema competitividade, estar no lugar certo e no momento certo é fundamental para o sucesso de uma empresa - e o BI vem para suprir esta deficiência. 
Os ganhos na utilização destas ferramentas são enormes, pois os usuários contam com uma maior rapidez no acesso às informações, na automatização de processos de reporting e na descentralização do acesso à informação. Mas uma das maiores vantagens é a existência da uniformização da informação, permitindo uma verdade única dentro da organização, garantindo assim que todos trabalhem com a mesma realidade. 
Temos ainda a possibilidade de poder ver de modo gráfico e simplificado a atividade da empresa, o seu desempenho, potenciais riscos ou desvios do planejado, bem como a capacidade de obter indicadores de gestão, são outras das grandes vantagens que estas soluções trazem às empresas. Existem ainda vantagens a curto prazo, tais como a detecção de fraudes, análise de impacto das decisões tomadas e informação que sustente correções imediatas. 
Muitos projetos de BI acabam mesmo antes de começarem, por questões de custos. Mas esta linha de pensamento por parte de alguns executivos é um erro, e em muitos casos o resultado é aquele que conhecemos: a solução mais barata funcionou por um período, mas não supriu as necessidades da empresa ao longo do tempo, e mais uma vez perdeu-se tempo e dinheiro. 
Minha recomendação neste sentido é olhar Business Intelligence não como um custo, mas como um investimento que pode dar bons frutos a médio e longo prazo. 
Business Intelligence (BI) engloba as tecnologias, processos, e melhores práticas que coloquem na ponta dos dedos os indicadores chave de desempenho e tornam a gerência proativa do seu negócio uma realidade. 
As informações vitais para tomadas de decisões estratégicas estão escondidas em milhares de tabelas e arquivos, ligadas por relacionamentos de correlações transacionais, em uma organização inadequada para o estabelecimento de decisões. O objetivo maior das técnicas de BI, neste contexto, está exatamente na definição de regras e técnicas para a formatação adequada destes volumes de dados, com a finalidade de transformá-los em depósitos estruturados de informações, independentemente da sua origem. (REZENDE, 2005).
Referencial Bibliográfico
LOGOCENTER, Notas Compiladas, 2004.
BARBIERI, Carlos. BI - Business Intelligence - Modelagem & Tecnologia. São Paulo: Axcel Books, 2001.
TURBAN, E.; RAINER, R. K. Jr.; POTTER, R. E. Administração de tecnologia da informação. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
BATISTA, Emerson de Oliveira. Sistema de Informação : o uso consciente da tecnologia para o gerenciamento – São Paulo: Saraiva, 2004.
REZENDE, Solange Oliveira. Mineração de Dados. Mini-curso V ENIA. São
Leopoldo: Unisinos, 2005.

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