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Fármacos Secreção Gástrica

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FARMACOLOGIA – BÁRBARA ALBUQUERQUE AZEVEDO 
 
FÁRMACOS QUE ATUAM NA SECREÇÃO GÁSTRICA 
 
INTRODUÇÃO 
o Células principais ou pépticas: produtoras 
de pró-enzimas e pepsinogênio. 
o Células parietais ou oxínticas: produtoras 
de ácido clorídrico e fator intrínseco. 
o Íons bicarbonato são secretados e ficam 
presos no muco, criando uma barreira protetora 
como um gel. 
→ Mantém a superfície da mucosa em 
um pH de 6 a 7. 
→ Álcool e bile podem romper essa 
barreira. 
o Secreção de muco de bicarbonato é 
estimulada por prostaglandinas. 
o Desequilíbrio desses mecanismos 
secretores e protetores: 
→ Úlcera peptídica. 
→ Doença do refluxo esofágico. 
→ Lesões causadas por AINES. 
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE 
ÁCIDO PELAS CÉLULAS PARIETAIS 
o Principais mediadores que controlam 
direta ou indiretamente o ácido produzido pelas 
células parietais: 
→ Histamina: hormônio local 
estimulador. 
→ Gastrina: hormônio peptídico 
estimulador. 
→ Acetilcolina: neurotransmissor 
estimulador. 
→ PGE2 e I2: hormônios locais que 
inibem a secreção de ácido. 
→ Somatostatina: hormônio peptídico 
inibidor. 
HISTAMINA 
o Células enterocromafim-símiles (ECS): 
células semelhantes aos mastócitos que se 
localizam próximo às células parietais. 
o Liberação basal constante de histamina. 
→ Aumentada pela gastrina e ACh. 
o A histamina atua como parácrina nos 
receptores H2 das células parietais. 
o Logo ao acordar, a histamina está alta, por 
isso a necessidade de se alimentar. 
o Histamina alta em estados de plena vigília. 
GASTRINA 
o Sintetizada pelas células G no antro 
gástrico e é secretada no sangue portal. 
→ Começa a ser produzida quando o 
alimento já está no estômago. 
→ Hormônio circulante. 
o Estimulação da secreção de ácido pelas 
células ECS por meio da sua ação nos receptores 
de gastrina/colecistocinina. 
→ Aumentam o cálcio intracelular. 
o A gastrina também estimula a síntese de 
histamina pelas células ECS. 
o Aumenta a secreção de pepsinogênio e 
estimula o fluxo sanguíneo, intensificando a 
motilidade gástrica. 
o A liberação de gastrina é controlada por 
transmissores neuronais e mediadores veiculados 
pelo sangue. 
ACETILCOLINA 
o Liberada pelo estímulo do nervo vago. 
→ Visão, cheiro e alimento na boca. 
o Estimula receptores M3 muscarínicos na 
superfície das células parietais. 
→ Eleva o cálcio intracelular. 
→ Estimula a secreção de ácido. 
PROSTAGLANDINAS 
o Produzida pela maioria das células do TGI. 
o Aumentam a secreção de bicarbonato. 
o Aumentam a liberação de mucina 
protetora. 
o Reduzem a produção de ácido gástrico. 
o Misoprostol é uma PG sintética. 
SOMATOSTATINA 
o Liberado pelas células D em muitas regiões 
dentro do estômago. 
o Efeitos inibitórios parácrinos sobre a 
liberação de gastrina pelas células G e histamina 
pelas células ECS. 
o Inibe diretamente a produção de ácido 
pelas células parietais. 
ANTAGONISTAS DO RECEPTOR H2 DA 
HISTAMINA 
o Bloqueiam os receptores H2 de histamina 
(inibição competitiva). 
o Podem inibir a secreção de ácido 
estimulada pela histamina e pela gastrina. 
o Diminuem a secreção de ácido tanto basal 
quanto estimulada por alimentos em 90% ou mais. 
o Promovem fechamento de úlceras 
duodenais. 
→ Prováveis recidivas depois da 
suspensão do tratamento. 
o Principais fármacos: cimetidina, ranitidina, 
nizatidina e famotidina. 
→ Ranitidina: não é o melhor, mais é o 
mais utilizado (150 mg 2x ao dia ou 300 
mg 1x ao dia). 
o Efeitos adversos: diarreia, tonturas, dores 
musculares, alopecia, rashes transitórios, confusão 
em idosos e hipergastrinemia. 
o Em homens, a cimetidina pode provocar 
ginecomastia e diminuição da função sexual. 
→ Também inibe o citocromo P450. 
INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS 
o Inibem irreversivelmente a bomba de 
prótons. 
o A bomba de prótons é a etapa terminal na 
via secretora de ácido. 
→ Reduzem-se as secreções de ácido 
basal e a estimulada por alimentos. 
o Principais fármacos: omeprazol, 
esomeprazol, lansoprazol, pantoprazol e 
rabeprazol. 
o Uso clínico: úlcera peptídica, esofagite de 
refluxo, componente da terapia na infecção pelo H. 
pyori, síndrome de Zollinger-Ellison. 
o Rápida absorção no intestino delgado. 
o Seu efeito inibitório sobre a secreção de 
ácido melhora a sua própria biodisponibilidade. 
o Meia-vida: cerca de 1 hora. 
→ Porém uma dose única diária afeta 
a secreção de ácido por 2 a 3 dias. 
→ Acumula-se nos canalículos e inibe 
irreversivelmente a bomba de prótons. 
o Efeitos adversos: cefaleia, diarreia, rashes. 
→ Pode ter efeito teratogênico, pois a 
célula parietal morre. 
→ Pode mascarar os sintomas de 
câncer gástrico. 
o Usados com cautela em pacientes com 
hepatopatia e em grávidas ou amamentando. 
ANTIÁCIDO 
o Neutralizam diretamente o ácido. 
o Inibem a atividade das enzimas pépticas, 
que praticamente cessam em pH 5. 
o Podem viabilizar o fechamento de úlceras 
duodenais, mas são menos eficazes para úlceras 
gástricas. 
o Sais de magnésio: diarreia. 
→ Não produz alcalose sistêmica. 
→ Pouco absorvido no intestino. 
o Sais de alumínio: constipação. 
→ Excreção fecal (maior) e renal 
(menor). 
o A mistura dos dois pode preservar a função 
normal do intestino. 
o Bicarbonato: seu uso deve ser restrito, pois 
pode causar alcalose sistêmica. 
→ Absorvido no intestino. 
FÁRMACOS QUE PROTEGEM A 
MUCOSA 
QUELATO DE BISMUTO 
o Usado em esquemas combinados para 
tratar H. pylori. 
o Amplamente utilizado como medicamento 
de venda livre para o tratamento de sintomas GI 
leves. 
o Muito pouco é absorvido. 
o Efeitos adversos: náuseas, vômitos e 
escurecimento da língua e fezes. 
SUCRALFATO 
o Libera alumínio na presença de ácido. 
o Pode formar géis complexos com o muco. 
o Inibe a ação da pepsina e estimula a 
secreção de muco, bicarbonato e PG pela mucosa 
gástrica. 
o Efeitos adversos: constipação intestinal, 
bezoar gástrico (crosta obstrutiva que fica presa 
ao estômago), boca seca, náuseas, vômitos, 
cefaleia e rashes. 
MISOPROSTOL 
o Análogo estável da PGE2. 
o Promove a cicatrização de úlceras e 
previne uma lesão gástrica que pode ocorrer com 
o uso crônico de AINES. 
o Exerce ação direta sobre a célula ECS 
inibindo a secreção basal de ácido gástrico e a 
estimulação da produção que ocorre em resposta 
a alimentos. 
o Aumenta o fluxo sanguíneo na mucosa e a 
secreção de muco e de bicarbonato. 
o Efeitos adversos: diarreia e cólicas 
abdominais (contrações uterinas)

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