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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: FISIOTERAPIA DISCIPLINA: CINESIOTERAPIA NOME DO ALUNO: CAIO PELATIERI GOULART R.A: 2082889 POLO: ÁGUAS DE LINDÓIA DATA: 28/ 10 / 2021 TÍTULO DO ROTEIRO: CINESIOTERAPIA INTRODUÇÃO: Este relatório tem por objetivo relatar as aulas presenciais da disciplina Cinesioterapia, ocorrido nos dias 16 e 23 de outubro de 2021. A cinesioterapia é uma terapia que utiliza de movimentos e/ou exercícios como forma de tratamento. Ela se baseia nos conhecimentos de anatomia, fisiologia e biomecânica para realizações dos movimentos e exercícios com intuito de uma melhora dos pacientes, proporcionar um trabalho de prevenção, cura e reabilitação (GUIMARÃES & CRUZ, 2003). Estudiosos como Shestack (1987), Kisner e Colby (1998) dizem que o principal objetivo desta terapia é manter, corrigir e recuperar uma determinada função, mantendo assim em manutenção e/ou desenvolvimento do movimento livre, sem dor, para um melhor bem estar. Essa disciplina foi dividida em 4 aulas, sendo elas: 1º aula: Mobilizações articulares dos membros superiores e inferiores; 2º aula: Alongamento muscular dos membros superiores e inferiores; 3º aula: Fortalecimento muscular dos membros superiores e inferiores e 4º aula: Treinamento sensório-motor. As aulas tiveram uma breve explicações sobre os conteúdos abordados, suas condutas e manipulações e os resultados esperados em cada técnica. Em todas as aulas, o professor demostrava a técnica e após, em duplas ou grupos, realizávamos com sua orientação e observação. Por fim, as aulas ocorreram sem muitas dificuldades, o que acrescentou em muito o nosso conhecimento sobre a cinesioterapia para uma qualificação melhor na nossa formação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Aula 1º - Mobilizações articulares dos membros superiores e inferiores. As mobilizações articulares são técnicas terapêuticas para o fisioterapeuta trabalhar o movimento. Existem várias formas da sua realização como: Passivo: o movimento é executado sem a contração voluntária do paciente; Ativo -assistido: realizado pelo paciente e é auxiliado por uma força externa; Ativa: realizado pelo paciente e é auxiliado por uma força externa; Automobilização: o paciente se automobiliza utilizando o membro normal para mobilizar o membro lesado. Além disso existem a técnica de mobilização artrocinemáticas e ostecinemáticas, que são trabalhos utilizados para ganho de amplitude. Segundo Maitland (1991), há cinco graus para dosagem do movimento, que se classificou da seguinte maneira: - grau I: é caracterizado por micro movimentos no início do arco, tendo como efeito fisiológico a entrada de informações neurológicas através de mecanorreceptores, ativando as comportas medulares; - grau II: movimento grande no meio do arco, que, além de ativar as comportas medulares, estimula o retorno venoso e linfático, causando clearance articular; - grau III: movimento por todo arco, causando os mesmos efeitos do grau II acrescido de estresses nos tecidos encurtados por aderências; - grau IV, micro movimentos no final do arco que promovem estresses teciduais capazes de movimentar discretamente tecidos fibróticos. Essas quatro graduações são classificadas como mobilizações articulares. Já o grau V, trata-se da manipulação articular, apresentando movimento minúsculo de alta velocidade no meio do arco, que promove a quebra de aderências, ativa os órgãos tendinosos de Golgi, podendo alterar drasticamente as condições dos tecidos que envolvem a articulação. Nessa aula, após uma breve explicação, tivemos a prática das seguintes técnicas: -Técnicas de mobilização articular passivas, baseadas na osteocinemática dos membros superiores; - Técnicas de mobilização articular passiva, baseadas na osteocinemática dos membros inferiores; -Técnicas de mobilização articular ativoassistidas baseadas na osteocinemática dos membros superiores; -Técnicas de mobilização articular ativoassistidas baseadas na osteocinemática dos membros inferiores; - Técnicas de mobilização articular ativas para membros superiores; - Técnicas de mobilização articular ativas para membros inferiores; - Técnicas de mobilização para estimular o retorno venoso; - Movimentos ativos para aquecimento; - Técnicas de automobilização articular; - Técnicas de mobilização intra-articular baseadas na artrocinemática para os membros superiores; - Técnicas de mobilização intra-articular baseadas na artrocinemática para os membros inferiores; Cada técnica foi passada pelo professor, e em seguida realizávamos em duplas com sua orientação. Com ajuda do professor, tivemos um bom desenvolvimento, apesar de algumas técnicas ser mais difícil de executar, porem com a contribuição dos colegas e do professor, foram realizados com sucesso. Aula 2º - Alongamento muscular dos membros superiores e inferiores. Nessa aula foi apresentado os tipos de alongamentos, e as técnicas que podemos utilizar em nossos pacientes. O alongamento é qualquer tipo de movimento onde aumenta a amplitude de uma articulação. O alongamento pode ser ativo, quando o movimento é realizado pela própria pessoa, ou passivo, quando o movimento é feito por outra pessoa. Também existem alongamento estático, quando postura é mantida, alongamento dinâmico, quando é realizado com movimentos (NELSON; KOKKONEM, 2007). Além disso, existem técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptivos que, quando utilizado proporciona um maior alongamento. Essa técnica consiste em que um músculo totalmente contraído é alongado, movimentando um membro ao longo da amplitude de movimento da articulação, depois o músculo é relaxado e descansado antes que o procedimento seja retornado. (NELSON; KOKKONEM, 2007). Após explicação e a demonstração da professora, em duplas, realizamos os seguintes alongamentos: - Exercícios de alongamentos estáticos passivos dos membros superiores. - Exercícios de alongamentos estáticos passivos dos membros inferiores. - Técnicas de inibição neuromuscular ou facilitação neuromuscular proprioceptiva para membros superiores. - Técnicas de inibição neuromuscular ou facilitação neuromuscular proprioceptiva para membros inferiores. - Alongamentos dinâmicos para membros superiores. - Alongamentos dinâmicos para membros inferiores. - Alongamentos estáticos ativos para os membros superiores. - Alongamentos estáticos ativos para os membros inferiores. Realizamos os alongamentos sem muitas dificuldades, e o professor demonstrou variedades de alongamentos para diversos grupos musculares, o que deixou a aula mais interessante, abrangendo assim nossos conhecimentos. Aula 3º - Fortalecimento muscular dos membros superiores e inferiores. Força, potência e resistência muscular são elementos fundamentais para desempenho da aptidão física. Segundo alguns autores, a força muscular é a capacidade de gerar tensão muscular com picos de força. Já resistência muscular à fadiga é a capacidade de realizar ou sustentar esforços por períodos prolongados. Potência muscular envolve a associação de força com velocidade e resistência. A potência explosiva ou instantânea é a associação de picos de força com velocidade (FREITAS, 2020). Com isso, para uma elaboração de exercícios de fortalecimento, além desses conhecimentos citados acima, é importante saber sobre anatomia muscular juntamente com cinesiologia. Além disso a biomecânica também se torna fundamental para que execução dos exercícios sejam corretos e assim evitando lesões, e recuperando e fortalecendo os músculos. Existem tiposde contração muscular que podemos trabalhar, como de forma estática, em isometria ou dinâmica (concêntrica e excêntrica), utilizando ou não uma força externa ou uma força resistida. Para que haja um programa eficiente de fortalecimento, existem fatores que devemos observar, como: especificidade, sobrecarga e variações. Ainda, as sessões têm que ser organizadas respeitando as seguintes variáveis: volume, repetições, séries, frequências, duração e intervalo de repouso, seleção do tipo de exercícios, intensidade e sequência dos exercícios. Nesta aula, após o professor abranger os conceitos de fortalecimento e de força, demostrar alguns exercícios utilizando materiais disponíveis no laboratório, colocando as variáveis ensinadas, tivemos as seguintes práticas em duplas: - Demonstração da realização de um teste de repetições máxima. - Exercícios de fortalecimento para os membros superiores. - Exercícios de fortalecimento para os membros inferiores. - Dinâmica de fortalecimento em circuito. Realizamos as práticas sem muitas dificuldades, pois alguns alunos já são formados em Educação Física, o que proporcionou um maior leque de exercícios e conhecimentos do treinamento resistido. Aula 4º - Treinamento sensório-motor Nessa aula, tivemos uma continuação na 3º aula, incluindo o treinamento sensório motor. Segundo Freitas (2020), o treinamento sensório motor previne lesões, além de fortalecer e aumentar o desempenho funcional. Esse treinamento envolve o Sistema Nervoso Central com o sistema sensório periférico, o que aumenta a eficiência dos movimentos sensório-motor treinado Após o professor passar alguns exemplos de treinamento sensório-motor, tivemos as práticas, onde o professor explicava os tipos dos exercícios e nos executamos. Foram os seguintes exercícios: - Exercícios ativos de reposicionamento articular. - Estabilização dinâmica. - Treinamento em superfície estável. - Padrões motores funcionais. - Pliometria: exercícios pliométricos para membros superiores. - Pliometria: exercícios pliométricos para membros inferiores. - Pliometria em exercícios funcionais de vida diária. - Exercícios pliométricos para o tronco. Realizamos os exercícios, e elaboramos alguns com a ajuda do professor, que ressaltou que devemos evoluir de forma segura nos exercícios, sempre levando em conta as condições clínicas do paciente quanto à amplitude de movimento articular, força, resistência e flexibilidade muscular, as quais devem evoluir concomitantemente com os níveis de dificuldade dos exercícios. Para finalizar, o professor passou uma tarefa onde realizamos em grupo. A tarefa era fazer plano de fortalecimento para paciente que teve fêmur (direito) quebrado e mostrar a execução dos exercícios. Então elaboramos o plano e demostramos. O Plano de fortalecimento ficou da seguinte forma: Queixa= Pós operatório Fêmur perna direita Objetivo= Fortalecimento Exercícios: 3X12 - Flexão de quadril – Isométrico – Caneleira; - Abdução e adução do quadril; - Panturrilha; - Flexão do joelho e extensão do quadril; - Extensão do Joelho com Caneleira (sentado); - Elevação do Joelho em pé (Uni podal) com caneleira; - Agachamento Isométrico; - Trabalho do sensório motor na areia; - Pliometria com saltos. Explicamos cada exercícios, sempre ressaltando que os exercícios iriam ser progressivo, conforme a evolução do paciente. Professor passou alguns outros exercícios que enriqueceu ainda mais essa tarefa. REFERÊNCIAS: FREITAS, Cintia Domingues. Cinesioterapia. São Paulo: Editora Sol, 2020. GUIMARÃES, Layana; CRUZ, Mônica. Exercícios terapêuticos: a cinesioterapia como importante recurso da fisioterapia. Lato & Sensu, v.4, n.1, p.3-5. Out, 2003. KISNER, Carolyn; COLBI, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Manole, 1998. Maitland GD. Peripheral manipulation. 3rd ed. Oxford: ButterworthHeinemann; 1991. NELSON, Arnold; KOKKONEM, Jouko. Anatomia do Alongamento, Guia Ilustrado para Aumento a Flexibilidade e a Força Muscular. 1.ed. Barueri: Manole, 2007. SHESTACK, Robert. Fisioterapia prática. 3.ed. São Paulo: Manole, 1987.
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