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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE Faculdade de Gestão de Turismo e Informática Por: Andalito João “Planificação do PEA no Ensino Superior” Conceito de Planificação Planificação “é um processo de racionalização, organização e coordenação da acção docente, articulando a acção escolar e a problemática do contexto social.” (Libâneo, 2006: 222). Planificação “é uma actividade mental e interna do professor, o conjunto de processos psicológicos básicos, através dos quais a pessoa visualiza o futuro, faz um inventário de fins e meios e constrói um marco de referência que guia as acções.” (Zabalza, 1997: 47). Portanto, a planificação, como coisa inerte, não só pode corresponder a uma complexidade das interacções que se vão estabelecendo durante o decorrer das aulas (PEA), como também não deixa de ter o valor de um fio condutor que vai delineando o caminho a percorrer-se rumo aos objectivos educacionais previamente traçados. Objectivos Os principais objectivos da planificação do PEA são os seguintes: Visualizar, de forma global e detalhada, o ensino a ser realizado numa actividade, numa área de estudo ou numa disciplina; Proporcionar sequências e progressividade nos trabalhos/actividades escolares; Prestar mais atenção ao tempo e aos aspectos essenciais do conteúdo a ser leccionado; Estabelecer o tipo e forma de avaliação dos trabalhos/actividades escolares. Tipos de Planificação do PEA Planificação do curso/semestral/a Longo Prazo; Planificação de uma Unidade Didáctica/a Médio Prazo; Planificação de uma Aula/a Curto Prazo. Plano semestral/a longo prazo É a previsão dos conhecimentos a serem desenvolvidos e das actividades a serem realizadas numa determinada disciplina, durante um determinado período de tempo, geralmente durante um ano ou um semestre lectivo. Em geral, a planificação semestral/a longo prazo segue a seguinte sistemática: Levantar dados sobre as condições dos alunos fazendo uma sondagem inicial; Propor objectivos gerais e definir objectivos comportamentais a serem atingindo durante o período lectivo estipulado; Seleccionar e indicar os recursos e materiais didácticos e a fonte (se houver) a serem utilizados durante o período lectivo; Indicar os conteúdos a serem desenvolvidos durante o período. Elementos do Plano semestral/a Longo Prazo De acordo com NÉRICE (1989: 228), os principais elementos do plano a longo prazo são os seguintes: Tempo Disponível: sendo como o primeiro elemento, uma vez que as necessidades poderão diminuir ou aumentar em função das horas – aulas de que o professor possa dispor; Objectivos comportamentais: procura caracterizar as expectativas do comportamento amplo no sector da informação, formação e automatização; Conteúdo – é o programa a ser desenvolvido visando a efectivação dos objectivos estabelecidos. Este precisa obedecer a alguns parâmetros tais como: Articulação com experiência anterior do educando; Apresentação dos seus aspectos teóricos e práticos básicos; Funcionalidade; Atendimento as condições e necessidades do meio envolvente; Atendimento aos interesses revelados pelos educandos. Possibilidade da escola: refere-se as salas, material didáctico, recursos humanos e disponibilidade económica; Trabalho de pesquisa a ser realizado durante o período lectivo. Modelo Ilustrativo de uma Planificação Semestral Semanas Conteúdos Objectivos comportamentais Carga horária por semana Observações 13 a 17 de Fev. Planificação semestral das aulas Ter uma noção de um plano semestral de aulas; Conhecer os objetivos e a importância da planificação semestral; Identificar o elementos constituintes do plano semestral; Elaborar um plano semestral de aulas. 2 No fim da aula, os estudantes devem elaborar um plano semestral. Importância da planificação Para LIBÂNEO (1994: 223), a planificação tem a importância de: Prever objectivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das exigências impostas pela realidade social, do nível de preparo, e das condições sócio-culturais e individuais dos alunos; Facilitar a preparação das aulas e, seleccionar o material didáctico em tempo hábil, saber que tarefas o professor e o aluno devem executar, replanear o trabalho frente às novas situações que aparecem no decorrer das aulas; Assegurar a coesão e coerência do trabalho docente, uma vez que torna possível interrelacionar os elementos que compõem os planos de ensino: os objectivos, (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos e suas possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e a avaliação. Referências bibliográficas: Libânio, José Carlos (1994). Didáctica,, São Paulo: Cortez Editora Nérici, Imedio Giuseppe (1989). Didáctica: Uma Introdução, 2ª ed., São Paulo: Amos Proença, Maria Cândida (1989). Didáctica de História, Lisboa: Universidade Aberta. Zabalza, Miguel (1997). Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola, Rio Tinto: ASA. Agradeço a atenção!
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