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Prova - Feevale - Dir Civil - Coisas - G1 -5N - 15-4-21

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Universidade Feevale
Curso: Direito
Disciplina: Direito Civil – Direito das Coisas
Turma: 5 N – 20201-1
Data: -15/4/21
Prof. Luis Augusto Stumpf Luz
Aluno(a) ___________________________________________________ 
OBSERVAÇÕES:
- as respostas serão postadas por meio da plataforma do Blackboard;
- as respostas das questões 1 e 2 valem até 2,5 (dois vírgula cinco) pontos; as das 3 e 4, até 2,0 (dois) pontos;
- as respostas serão escritas em fonte TIMES NEW ROMAN, 10 (DEZ); 
- justificar todas as respostas em aproximadamente 10 linhas;
- a nota da prova será acrescentada em até 1,0 (um) ponto referente ao trabalho acadêmico realizado no dia 8/4/21;
- a presente prova será postada via plataforma Blackcboard. Se houver alguma dificuldade para a postagem via plataforma Blackboard, a prova será postada para os e-mails augustoluz@hotmail.com ou augustoluz@terra.com.br
- SE (alternativa) a prova for postada para os e-mails referidos, INDICAR A TURMA E O NOME DO(A) ALUNO(A).
1- O direito de sequela é um dos princípios dos Direitos Reais que concede a todos os detentores, possuidores e proprietários a faculdade do ‘jus preferendi’ e, como tal, perseguir a coisa sobre a qual tem o poder, mesmo que a ‘res’ esteja com um terceiro. Pergunta-se: a assertiva está correta? (até 2,5)2,0
R: A assertiva está incorreta. O direito de sequela não é um princípio do Direitos das Coisas, contudo, faz parte de um princípio, o princípio do absolutismo. Este princípio se caracteriza por dar aos direitos reais efeito erga omnes, ou seja, todos devem se abster de enfadar o direito do titular, podendo, este, reivindicar seus direitos de maneira absoluta contra terceiros. Desse modo, surge o direito de sequela, “jus persequenti” e não “jus preferendi” o qual se caracteriza por dar ao titular da posse da coisa, e não ao detentor, o direito de persegui-la e reivindicá-la contra terceiros, seja por ter ocorrido a perda da posse, seja por esta estar sendo molestada. Não obstante, faz-se necessário ressaltar que, apesar do efeito erga omnes, o direito de sequela pode ser limitado ou relativizado, em caso de conflito com os direitos fundamentais, entre eles destaca-se a função social da propriedade e o direito ambiental.
2- Considerando o estudo da posse, responda: ao possuidor de má-fé, não proprietário, invasor de um terreno, tem direito às (ressarcimento) benfeitorias que realizar no imóvel de propriedade alheia? No caso, admitir-se-ia o direito de retenção? Ao responder, explicar a posse de má-fé e o direito de retenção. (até 2,5)
R: A posse de má-fé ocorre quando o seu titular exerce o domínio fático da coisa mesmo estando ciente da existência de vício sobre ela. Desse modo, conforme previsão do art. 1.220, do Código Civil, o possuidor de má-fé possui direito ao ressarcimento somente das benfeitorias necessárias que realizar na propriedade alheia. Frise-se, ainda, que a posse de má-fé não tira do possuidor o direito de ajuizar demandas possessórias para se proteger de ataque de terceiros. 
O direito de retenção, por sua vez, está previsto no art. 1.219, do CC, e se caracteriza por dar ao possuidor de boa-fé o direito de retenção das benfeitorias necessárias e úteis, caso não seja indenizado por estas. Assim, conforme previsão do art. 1.220, do CC, o possuidor de má-fé não possui direito de retenção, e nem de levantamento, de nenhuma benfeitoria.
3- O Direito pátrio admite as ações possessórias como medidas judiciais protetivas da posse. Explique a medida inaudita altera parts e a sua (im)possibilidade para a hipótese de o réu da ação judicial ser o proprietário do imóvel. (até 2,0)1,5
R: A medida inaudita altera pars, para as ações possessórias, está prevista no art. 562, do CPC. Está medida se caracteriza por dar ao possuidor o direito de requerer liminar de manutenção ou de reintegração de sua posse, sem que para isso o juiz tenha que ouvir a outra parte (réu). Ressalta-se que para o deferimento da medida é necessário que a petição inicial esteja devidamente instruída.
É possível a aplicação dessa medida contra o proprietário do imóvel, visto que, conforme previsão dos arts. 1.210, § 2°, do Código Civil e art. 557, parágrafo único, do CPC, não há óbice à manutenção ou a reintegração de posse contra o proprietário do imóvel.
4- O direito de propriedade é considerado um direito real a ser exercido de forma exclusiva por apenas um titular que, necessariamente, deverá usar, fruir, reaver e dispor da coisa, independentemente de outros titulares exercerem outros direitos sobre o mesmo bem. Pergunta-se: a assertiva está correta? Ao responder, escreva sobre o a característica da exclusividade do direito de propriedade. (até 2,0)1,0
R: Não está correta. Exclusividade do direito de propriedade significa que a propriedade de um afasta a propriedade de outro, visto que uma coisa não suporta dois proprietários. Não obstante, a existência de condomínio não afasta o direito de exclusividade, pois, no caso de condomínio, os proprietários não são proprietários de toda a coisa, mas tão somente de sua parte ideal, de maneira exclusiva. Do mesmo modo, conforme previsão do art. 1.228, do CC, o proprietário possui a faculdade, e não obrigação, de usar, fruir, reaver ou dispor da coisa. Portanto, outros titulares, até mesmo aqueles que não são condôminos, podem exercer diferentes direitos reais sobre a mesma coisa e isso não retirará a propriedade exclusiva dos proprietários.

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