Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade: Estácio de Sá Curso: letras em libras da língua portuguesa Disciplina: Linguística Aplicada ao Ensino De Língua Portuguesa Título :Da Atividade estruturada A abordagem Do Fenômeno Da Variação Linguística Nos Livros Didáticos de língua Portuguesa Professor: João Mendes Filho Aluna: Ivone franco Da Silva Data : 10 /10/2020 Proposta De Prática Curricular Tema : A abordagem Do Fenômeno Da Variação Objetivo Investir a abordagem da variação linguística nos livros didáticos de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental e ou do Ensino Médio. Introdução O livro didático é uma parte fundamental do fazer pedagógica da escalas brasileiras e ,muitas vezes ,”constitui o centro do processo de ensino - aprendizagem em todos os graus de ensino, ênfase no ensino fundamental e médio,” ( CORACINI,1999). E importante ressaltar, que ao escolher o livro didático , implica a adoação de ideologias linguísticas, ou seja, visões de mundo com perspectivas teóricas mobilizadas pelos autores do livro. É importante que se tenha como objetivo geral investigar e analisar as ideologias e politicas linguísticas no ensino de língua portuguesa que se refere ao tratamento da variação linguística. Observando os livros pude concluir que a padronização está presente na sala de aula e que as politicas linguísticas efetuadas pelos docentes levam a valorização da norma-padrão. Desenvolvimento A língua é viva , está sempre em movimento, nas interações, nas quais os sujeitos precisam partilhar os presumidos, reconhecer os conjuntos de valores mobilizados nos signos, nos enunciados, levando em consideração que, ‘ o emprego da língua efetua-se em forma de enunciados ( orais e escritos), proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana’ ( BAKHTIN, 2011, P. 261). No ensino, como afirma BAGNO ( 2011 , p. 208 ). ‘ defender o respeito á variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe á escola introduzi- los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona’. Para o autor, a função da escola é ensinar o que os alunos não sabem e não ignorar o que eles já sabem. A entrada na cultura letrada e o acesso ‘ aos discursos que se organizam a partir dela’( BRITTO, 1997) Para BAGNO ( 2011, p. 145), ‘ uma coisa é aprender sobre a língua, outra coisa, muito diferente, é aprender a usar a língua. Os alunos passam anos na escola, estudando sobre a tal norma-padrão e frequentemente não a dominam, pois, o foco do ensino está na metalinguagem, no falar sobre a língua, com poucas oportunidades de uso efetivo. A heterogeneidade linguística voltada para a construção da cidadania numa sociedade verdadeiramente democrática não pode desconsiderar que os modos de falar dos diferentes grupos sociais constituem elementos fundamentais de identidade cultural da comunidade e dos indivíduos particulares, e que denegrir ou condenar uma variedade linguística equivale e denegrir e condenar os seres humanos que a falam (BAGNO, 1999, p. 16). O principal papel da escola é de poder contribuir na formação dos/das alunos/ as para o exercício da cidadania, proporcionando ao/á aluno/a, no que diz respeito ao ensino de língua, o aprendizado dos vários recursos para o seu uso, dentre os quais, é claro, estão as variedades cultas. É muito importante que o/a estudante tenha domínio dessas variedades para poder usá-las em momentos da atividade humana nos quais elas se fazem necessárias, o que não significa priorizar somente o e ensino dessas variedades e menosprezar as outras, como se na escola não fosse lugar destas, não fosse lugar do multilinguismo em língua portuguesa (CAVALCANTI, 2013). O respeito e a valorização das variedades linguísticas decorrem da compreensão de que elas são utilizadas na comunicação entre pessoas de várias camadas sociais, de culturas diferentes, de modos distintos de pensar e de usar as línguas, em razão de que, em ‘ um grupo linguístico, a multiplicidade de falantes evidentemente não pode ser ignorada de maneira nenhuma quando se fala de língua’ ( BAKHTIN, 2011, p. 270 ). A maior parte dos a profissionais da educação sabe que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs ) são referência básica para a elaboração das matrizes curriculares, dos projetos pedagógico das escolas. dos programas de ensino dos docente . Também sabe que os PCNs foram elaborados com o objetivo de difundir os princípios da reforma curricular e orientar os professores na busca de novas abordagens e metodologias. CONCLUSÃO Na análise dos PCNs, observei que este é considerado uma política linguística explícita-já que é um documento oficial que busca orientar o ensino- e reforça a política do monolinguísmo e a política de da padronização, conduzindo á legitimação da língua dos grupos de prestígio dos grupos de .Também legitima as variedades linguísticas línguas dos sujeitos que estão nesses grupos de prestígio, mas as relega a um lugar secundário em relação ao foco do ensino: a escrita e a norma de prestígio Observei que também as DCEs se configuram como políticas linguísticas explícitas, que privilegiam o ensino das normas prestigiadas, de modo que reforçam a legitimidade da língua dos grupos de poder. Na análise do PNLD, observei que, de igual modo ,esse documento se configura como uma política linguística explícita ,já que é um programa oficial do governo federal que define os os objetivos de ensino e os modos de aborda-los no que diz respeito á língua .Apesar de abordagem das variedades línguisticas nas obras, ainda imperam ,naquelas obras aprovadas .a ideologia da norma -padrão e as variedades de prestígio ,pois prevalece a preocupação de ensinar/ valorizar as normas urbanas de prestígio, nos critérios de análise /aprovação das coleções didáticas para o ensino da língua portuguesa. REFERENCIAS BÍBLIOGRAFIAS BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. GUIA DE LIVROS DIDÁTICOSNPNLD 2014. ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS. BRASÍLIA, 2013. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. GUIA DE LIVROS DIDÁTICOS PNLD 2015. ENSINO MÉDIO. BRASÍLIA,2014.
Compartilhar