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Aula 01 - Sinais Vitais 1
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Aula 01 - Sinais Vitais
juan.barros@upe.br
Material
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-2049-4ee2-96d2-480ca78e1a7d/3._Temperatura.pdf
💡 Sinais vitais expressam e indicam o funcionamento e alterações de 
órgãos mais relacionados à manutenção da vida, sendo um modo rápido 
e eficiente de monitorar a condição do paciente e indicam a eficiência de 
funções circulatórias, respiratórias, neurais e endócrinas. 
 
Devem ser verificados antes de qualquer procedimento invasivo, quando 
há condições de piora, desconforto inexplicável, rotinas hospitalares e no 
acompanhamento da administração de medicamentos.
PULSO
Aula 01 - Sinais Vitais 2
O pulso é a oscilação ritmada provocada pelo lançamento do sangue do ventrículo 
esquerdo para a aorta.
Objetivos de medir o pulso
Avaliar as condições hemodinâmicas do paciente;
Detectar arritmias cardíacas;
Avaliar efeitos de medicamentos que alterem o ritmo cardíaco;
Verificar frequência, ritmo, amplitude, tensão, e dureza do pulso.
Locais de aferição do pulso
Radial: Medição mais comum, entre a apófise do estiloide do rádio e os 
tendões dos flexores. Utilizado para medir a PA e gasometria arterial.
Carotídeo: Pulso forte, medido em situações emergenciais, é considero um 
pulso central, não desaparecendo facilmente. Palpado entre a traqueia e o 
músculo esternocleidomastoideo.
Poplíteo: Utilidade para identificar fratura em MI. Aferido na fossa poplítea;
Pedioso: Lateral ao tendão extensor do hálux. Útil para avaliar diabéticos 
e fratura em MI;
Femoral: Palpado na região inguinal, utilizado para gasometria arterial 
femoral;
Tibial posterior: Aferido imediatamente atrás do maléolo medial. Avalia a 
irrigação do pé;
Ulnar: Localizado na mão;
Temporal: Localizado na têmpora;
Braquial: Pulsações palpáveis no sulco bicipital medial, aferível em recém-
nascidos.
Aula 01 - Sinais Vitais 3
Técnica
1. Realizar higienização das mãos;
2. Explicar o procedimento ao paciente;
3. Manter o paciente em posição confortável, sentado ou deitado com o braço 
apoiado;
4. Aquecer as mãos, friccionando-as;
5. A palpação da artéria radial é feita com os dedos médio e indicador, 
localizando a artéria radial na face interna do punho variando a força de 
compressão;
6. A mão direita examina o pulso esquerdo do paciente e vice versa.
7. Contar a frequência do pulso durante 1 minuto;
8. Higienizar as mãos conforme;
9. Registrar, anotar e comunicar anormalidades
Parâmetros
Aula 01 - Sinais Vitais 4
Estado da parede arterial: Observar tortuosidades, ela deve ser facilmente 
depressível. A correlação clínica é de arteriosclerose;
Tensão: avaliada pela compressão progressiva da artéria, apresentando 
pulso mole ou duro, com este último sendo indício de uma hipertensão 
arterial;
Frequência: apresenta valores normais por idade e significado clínico para 
taquisfigmia/taquicardia e bradisfigmia/bradicardia;
Primeira infância ou lactante: 120 a 130 bpm;
Segunda infância ou escolar: 80 a 100 bpm;
Adulto: 60 a 100 bpm.
Taquicardia fisiológica: Atividade física recente ou efeitos emocionais;
Taquicardia patológica: Hipertireoidismo, febre e choque hipovolêmico; 
Bradicardia fisiológica: Idosos, atletas e sonolentos;
Bradicardia patológica: Hipertensão intracraniana e icterícia.
Ritmo: pode ser regular ou irregular, indicando arritmia cardíaca;
Amplitude: grau de enchimento da artéria em sístole e diástole. Pode ser 
cheio ou filiforme, este último indicando hipovolemia. 
Comparação com a artéria contralateral: diferença entre pulsos pode 
indicar arterites, compressão por tumores e fratura.
Correlações clínicas: 
Pulso em martelo d'água → Insuficiência da válvula aorta 
Déficit de pulso → Batimentos cardíacos maiores que os de pulso → 
Ineficiência de contrações ventriculares.
RESPIRAÇÃO
Frequência respiratória: número de incursões por minuto
Lactantes: 30 a 40 ipm 
Escolares: 20 a 30 ipm 
Adultos: 16 a 20 ipm
Tipo respiratório
Aula 01 - Sinais Vitais 5
Costal superior → Comum em mulheres, os músculos se deslocam para cima 
e para frente na parte superior do tórax;
Toracoabdominal → Comum em homens, movimenta a metade inferior do 
tórax e do andar superior do abdome.
Técnica
1. Realizar higienização das mãos;
2. Orientar o paciente quanto ao exame;
3. Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos;
4. Contagem por um minuto;
5. Lavar as mãos no término;
6. Anotar no prontuário.
Terminologia da respiração
Apneia: parada respiratória;
Dispneia: respiração dificultosa;
Brapneia: respiração lenta, relacionado a lesão neurológica ou dor;
Taquipneia: respiração acelerada, resultado de atividade física recente, estado 
emocional, grande quantidade de CO2 no sangue ou drogas;
Ortopneia: dificuldade para respirar deitado;
Hiperpneia: aumento da amplitude de movimentos e da frequência
Tipos de respiração
Respiração Cheyne-Stokes: Incursões respiratórias que ficam cada vez 
mais profundas até atingir uma amplitude máxima e começam a diminuir 
gradativamente, podendo chegar a apneia. Insuficiência renal, AVC e TCE;
Aula 01 - Sinais Vitais 6
Respiração de Biot: Períodos de apneia interrompem a sequência das 
incursões respiratórias. Há variação do movimento torácico. Neoplasias.
Respiração de Kussmaul: Amplas e rápidas inspirações interrompidas por 
períodos de apneia, seguidas de expirações profundas e ruidosas, seguidas 
de apneia. Cetoacidose diabética e insuficiência renal.
Respiração de Cantani: Aumento da amplitude dos movimentos 
respiratórios de modo regular, presente nos quadros de acidose metabólica. 
Cetoacidose diabética e insuficiência renal.
Aula 01 - Sinais Vitais 7
Respiração suspirosa: Inspiração mais profunda seguida de uma 
expiração mais demorada, interrompendo a sequência regular das incursos 
respiratórias. Paciente em fase terminal.
PRESSÃO ARTERIAL
Conceitos
Pressão arterial: pressão exercida pelo sangue contra as paredes da 
artéria;
Pressão sistólica: maior valor verificado durante a aferição da pressão;
Pressão diastólica: menor valor verificado durante a aferição da pressão;
Pressão de pulso: é a diferença entre a pressão sistólica e a diastólica, 
resultados menores que 30 mmHg é um marcador de um baixo índice 
cardíaco.
Fisiologia
Débito cardíaco: fluxo sanguíneo produzido pelo coração em L/min.
Resistência periférica: quanto mais resiste a parede arterial, maior a 
pressão;
Volume sanguíneo: o aumento do volume de sangue aumenta a pressão;
Aula 01 - Sinais Vitais 8
Viscosidade: quanto mais viscoso o líquido, maior a pressão;
Elasticidade: quanto mais elástico o vaso, menor a pressão.
Fatores que influenciam na pressão
Idade➕
Estresse➕
Atividade física➖
Tabagismo➕
Sexo→ Para homens a pressão aceitável é maior
Variação diária
Hipertensão: fatores de risco
Obesidade
Tabagismo
Alcoolismo
Sedentarismo
Alta ingesta de sódio
Diabetes
Histórico familiar
Consequências da hipertensão
Maior risco de arteriosclerose
Maior risco de AVC
Maior risco de infarto do miocárdio
Hipotensão
Ocorre de PS é menor ou igual a 90
Hipovolemia
Dilatação arterial
Ineficiência cardíaca
Tabelas de pressão
Aula 01 - Sinais Vitais 9
TEMPERATURA
É a diferença entre a quantidade de calor produzida por processos corporais e a 
perdida para o meio ambiente. 
Aula 01 - Sinais Vitais 10
Controle e regulação
Equilíbrio entre calor perdido e produzido → Termorregulação
Controle vascular e neural → Hipotálamo
Hipotálamo anterior → Controla a perda de calor → vasodilatação, 
sudorese e inibição de produção de calor; A perda se dá por condução, 
irradiação, evaporação e convecção.
Hipotálamo posterior → Controla a produção de calor → vasoconstrição, 
produção compensatória(tremedeira) e mecanismo de conservação; A 
produção é um coproduto do metabolismo.
Fatores que interferem na temperatura
Idade: extremos da idade;
Exercício físico: aumenta o metabolismo e suprimento sanguíneo;
Nível hormonal: progesterona e menopausa;
Estresse: estimulação hormonal e neural;
Ambiente;
Ritmo circadiano.
Febre ou pirexia: elevação da temperatura acima da normalidade, com 
aumento do ponto de ajuste hipotalâmico;
Hipertermia: temperatura corporal elevada por falha no controle térmico;
Tipos de febre
Febre contínua
Aula 01 - Sinais Vitais 11
Febre irregular ou séptica
Febre remitente
Aula 01 - Sinais Vitais 12
Febre intermitente
Febre recorrente ou ondulante
Aula 01 - Sinais Vitais 13
O que fazer
Tirar o excesso de roupa para evitar [radiação];
Compressas frias e banhos em temperatura ambiente (28 ºC) 
[condução];
Local ventilado [convecção];
Transpirar, suar [convecção];
Em emergências é possível irrigar o intestino e estômago com soluções 
geladas;
Antitérmicos e antibióticos;
Beber bastante água.
Mecanismos corporais diante da febre
1. Pirógeno
2. Sistema imune
3. Produz leucócito e interferon
4. Vai precisar de energia
5. Aumenta a temperatura
6. Altera o ponto de ajuste hipotalâmico
Aula 01 - Sinais Vitais 14
7. O hipotálamo fica doidinho
8. Hipotálamo produz e conserva calor
9. Frio, temores, quente, sede, etc
Hipotermia: perda de calor por exposição prolongada ao frio.
Leve: 34-36ºC
Moderada: 30-34ºC
Acentuada: <30ºC
O que fazer 
Trocar roupas úmidas por secas
Envolvimento com cobertores
Beber líquidos e sopas quentes
Locais de aferição
Temperaturas centrais: membrana timpânica, artéria temporal, pulmonar e 
esofágica, retal. Varia de 36,5 a 37ºC.
Temperaturas superficiais: axilar (em média 36,5 ºC) e oral (em média 
36,5 a 37ºC)
Características semiológicas
Início
Intensidade
Modo de evolução
Duração
Término
Aula 02 - Medicação 1
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Aula 02 - Medicação
Os gregos utilizavam a palavra phármakon, na Idade Média surge o termo droga 
com seus estudos hoje se debruçando sobre o funcionamento do organismo 
humano.
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Detalhes gerais
Termos importantes
Fármaco: substância química que é o princípio ativo do medicamento;
Medicamento: produto farmaceutico elaborado com propriedades 
profilática, curativa, paliativa ou diagnóstico;
Remédio: qualquer substância ou recurso usado para obter cura ou alívio 
(um abraço);
Droga: toda substância natural ou sintética que ao ser colocada no 
organismo modifica suas funções, ação que não se conhece;
Placebo: fármaco, terapia ou procedimento inerte que apresenta efeitos 
terapêuticos devido a fatores psicológicos.
Tipos de medicamentos
Referência: é o medicaemnto original, registravo após comprovação de 
segurança e eficácia, comercialização exclusiva até expiração do prazo;
Genérico: contém o mesmo princípio ativo, mas não tem nome da marca, 
são realizados testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência;
Similar: são equivalentes aos medicamentos de referência;
Formas farmacêuticas
Sólidas: Comprimidos, cápsulas, drágeas, pós e granulados. São 
geralmente preparações mais estáveis.
Aula 02 - Medicação 2
Semi-sólidas: Pomadas, cremes, géis e pastas. Utilizados para 
medicamentos de uso tópico.
Líquidas: Soluções, gotas, xaropes, suspensões e elixires. Facilitam a 
administração, mascaram sabores e são mais indicados para crianças e 
idosos, pois permitem o ajuste de dose.
Efeitos medicamentosos
Terapêutico: efeito benéfico;
Colateral: efeito diferente do pretendido, porém previsto;
Adverso: efeito diferente do pretendido, não previsto e prejudicial;
Tóxico: alteração biológica nociva;
Alérgico: resposta inadequada do sistema imunológico;
 Interação medicamentosa
É a resposta farmacológica ou clínica à administração de combinação de 
medicamentos, diferente dos efeitos de dois agentes individualmente;
Exemplos
Antibiótico + Antiácido → Reduz o efeito do antibiótico
Rifampicina + Anticoncepcionais → Reduz o efeito do anticoncepcional
Corticoide + Anticoncepcionais → Dor de estômago e aumento do risco 
de sangramento
Medicamento para emagrecer + Antidepressivo → Aumento de pressão 
arterial e taquicardia
Inibidores de apetito + Ansiolítico → Irritabilidade, confusão mental e 
taquicardia
Farmacocinética
Essas propriedades determinam o início, a intensidade e a duração do fármaco.
Absorção: acesso do agente terapêutico ao plasma;
Distribuição: sai da circulação sanguínea e se distribui nos líquidos 
intersticial e intracelular;
Biotransformação: fármaco pode ser transformdo no fígado e outros 
tecidos;
Aula 02 - Medicação 3
Excreção: eliminados na urina, bile ou fezes dos fármacos.
Fatos importantes
Dissolução
Área de superfície
Circulação
Ligadação das proteínas
Fatores para a escolha da via de administração
Tipo de ação desejada
Quadro clínico
Rapidez na ação desejada
Procedimentos positivos
1. Identificar corretamente o paciente
2. Melhorar a comunicação entre profissionais de Saúde
3. Melhorar a segurança na prescrição no uso e na administração de 
medicamentos
4. Assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente 
corretos
5. Higienizar as mãos para evitar infecções
6. Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão
Os certos
Paciente certo
Medicamento certo
Via certa
Hora certa
Dose certa
Registro certo
Orientação certa
Forma certa
Resposta certa
Aula 02 - Medicação 4
Administração de medicamentos
Via enteral
Conceito → Todas as administrações que utilizam o trato gastrointestinal (TGI) para 
introduzir o fármaco no organismo
Via oral
Mais fácil e aceita;
Contraindiciada quando o paciente não pode deglutir ou apresenta náuseas, 
vômitos e diarreia;
Tem ação mais lenta e efeito mais prolongado em relação a parenteral;
Forma dos medicamentos
Comprimido: pó comprimido em discos ou cilindros endurecidos
Cápsula: pó, líquido ou óleo envolto em uma capsula gelatinosa
Drágea: semelhante a cápsula e revestido (sem sulco/corte)
Xarope: dissolvido em solução de açúcar
Via sublingual
Medicação inserida debaixo da língua;
Rápida absorção, diretamente para o sistema circulatório;
Desvantagem: só permite administração de baixo volume.
Via retal
Usada para medicações que seriam irritativas por outras vias, para 
pacientes inconscientes, com vômitos frequentes ou que estejam 
impossibilitados de deglutir;
Absorção mais lenta;
Não irrita o trato gastrointestinal;
Em geral desconfortável para o paciente e pouco usada no dia a dia;
Forma de supositório, pomada ou creme.
Sonda nasogástrica
Aula 02 - Medicação 5
Passa pelo nariz e se direciona ao estômago;
Sonda nasoenteral
Passa pelo nariz e se direciona ao intestino delgado;
Via cutânea e percutânea
Conceito → Aplicação de medicamentos na pele ou nas mucosas para absorção;
Em geral agem localmente, mas podem ter efeitos sistêmicos, como no caso da 
via transdérmica 
A via transdérmica permite que o medicamento seja fornecido de forma lenta e 
contínua, durante muita horas ou dias. 
Exemplos: Adesivos anticoncepcionais e nicotina (para a cessação do fumo)
Imprescindível limpar a região que será aplicada a medicação e dependendo do 
produto, colocar gaze na região medicada
Vantagens e desvantagens
A principal vantagem é que minimiza a ocorrência de efeitos adversos 
sistêmicos;
Absorção pobre e errática, irritação local e alergias;
Via parenteral
Administração de medicação injetável por via em que o fármaco não passe pelo 
trato gastrointestinal; 
Alcança o Sistema Circulatório por meio de injeções.
Vantagens e desvantagens
Vantagens:
Absorção rápida;
Medicar pacientes inconscientes ou não colaborativo;
Evita o trato gastrointestinal;
Evita o efeito de 1° passagem.
Desvantagens:
Invasivo;
Risco de infecção e reação local;
Aula 02 - Medicação 6
Necessita de pessoal treinado.
O que considerar na escolha das vias?
Local da injeção;
Volume e formato da seringa;
Dispositivo de bombeamento usadopara inserir substâncias líquidas e 
realizar punção aspirativa;
Componentes básicos: bico, corpo e embolo;
A escolha da seringa depende do volume do medicamento e da via de 
aplicação
Tipo de bico: Luer Slip e Luer Lock
Tamanho e tipo da agulha;
Dispositivo perfurocortante utilizado para inserir ou aspirar substâncias 
liquidas por vias parenterais;
Componentes da agulha: canhão, haste de bisel;
A escolha da agulha dependerá da via de administração, volume e 
viscosidade da edicação, além das condições da musculatura de cada 
paciente;
O tamanho das agulhas são representados por cores que variam em 
calibre e comprimento.
Distância em relação aos vasos e nervos;
Capacidade da via;
Integridade da pele;
Efeito terapêutico desejado;
Domínio da técnica.
Tipos de vias
INTRADÉRMICA (ID)
Características
Administrada na derme;
Via superficial, absorção lenta;
Aula 02 - Medicação 7
Locais para administração: face ventral do antebraço, região escapular, 
deltoide (em casos de vacina BCG).
Principais indicações: testes de hipersensibilidade e vacina BCG;
Contraindicações: áreas lesionadas e com excesso de pelo.
Capacidade do volume de medicamento: 0,1 a 1 mL.
Técnica
1. Localizar a região anatômica;
2. Fazer o desengorduramento do local;
3. Introduzir a agulha com bisel voltado para cima em angulação de 5 a 
15°;
4. Injetar a solução lentamente até formar uma pápula;
5. Retirar a agulha.
SUBCUTÂNEA (SC)
Características
Administrada no tecido conjuntivo frouxo;
Absorção lenta e sustentada;
Locais para administração: face externa do braço, abdômen inferior e 
face posterior da coxa; 
Principais indicações: administração de insulina, anticoagulantes, 
vacinas e hormônios;
Contraindicações: edema, caquexia, desidratação grave;
Capacidade do volume de medicamento: 0,5 a 1,5 ml.
Técnica
1. Localizar a região anatômica;
2. Fazer a antissepsia do local;
3. Realizar prega cutânea;
4. Introduzir a agulha com bisel voltado para cima em angulação de 45° ou 
90°;
5. Injetar a solução lentamente;
Aula 02 - Medicação 8
6. Soltar a prega e retirar a agulha; Inserir o algodão no local da aplicação 
e realizar leve pressão
Hipodermóclise
Corresponde ao uso da via subcutânea para infusão contínua de soluções 
em volumes maiores.
Vantagens
Menor desconforto;
Fácil manutenção do catéter;
Raras complicações;
Útil em pacientes paliativos; não colaborativos; com pouca massa 
magra e muito invadidos.
Desvantagens
Velocidade e volume limitados (1,5 L em 24 h);
Nem todas as drogas estão disponíveis em hipodermóclise;
Absorção variável.
INTRAMUSCULAR (IM)
Características
Administração do medicamento no tecido muscular;
Absorção mais rápida que a via subcutânea;
Locais para administração: deltoide; ventroglúteo, vastolateral; 
dorsoglúteo;
Principais indicações: imunização, medicamentos mais irritantes e 
viscosos;
Capacidade do volume de medicamento: até 5 ml (em locais 
adequados)
Contraindicações: lesões ou inflamação, doenças que comprometam 
a mobilidade muscular; locais com manchas de nascença, tecido 
cicatrizado, edemaciados e/ou irritados;
Complicações: lesão do nervo, punção acidental, dor intensa, 
vermelhidão, diminuição da sensibilidade, paralisia ou necrose;
Aula 02 - Medicação 9
Técnica
1. Localizar a região anatômica;
2. Fazer a antissepsia do local;
3. Posicionar a mão não dominante abaixo do local que será administrado 
o medicamento;
4. Estabilizar o músculo (deltoide ou vasto lateral) ou localizar o músculo 
(área do ventroglúteo ou dorsoglúteo);
5. Introduzir a agulha com bisel lateralizado em angulação de 90°;
6. Aspirar para confirmar uma inserção livre de vasos e nervos (exceto em 
imunizações);
7. Injetar a solução lentamente;
8. Soltar a estabilização e retirar a agulha no mesmo ângulo de inserção;
9. Inserir o algodão no local da aplicação e realizar leve pressão.
Locais e métodos
Método Trajeto em Z
Indicado para medicações irritantes e para doses grandes;
1. Posicionar a mão não dominante abaixo do local que será 
administrado o medicamento;
2. Tracionar a pele para baixo ou lateralmente com o lado ulnar da 
mão;
3. Introduzir a agulha no músculo e injetar o medicamento lentamente;
4. Aguardar 10 segundos, retirar a agulha e soltar a pele;
5. Pressionar levemente o local da aplicação com uma bola de 
algodão.
Ventroglúteo
Administração de grandes volumes: até 5 mL;
Local mais seguro e a melhor opção para administração de 
medicação IM;
Técnica de Hochstetter.
Aula 02 - Medicação 10
1. Colocar a palma da mão sobre o trocanter maior do quadril do 
paciente com o punho perpendicular ao fêmur;
2. Apontar o polegar no sentido da virilha do paciente e o indicador no 
sentido da espinha ilíaca ânterosuperior; 
3. Estender o dedo médio para trás, ao longo da crista ilíaca, no 
sentido da nádega;
4. Introduzir a agulha no centro do V formado pelo dedo indicador e 
médio.
Vasto lateral
Administração de até 3 mL;
Músculo espesso e bem desenvolvido;
Utilizado com frequência em lactentes e crianças.
1. Localiza-se na face lateral anterior da coxa;
2. Dividir o músculo em três partes iguais;
3. Aplicar a injeção no centro do terço médio do músculo.
Deltoide
Administração de pequenos volumes: até 2 mL;
Músculo com potencial para lesão.
1. Palpar a borda inferior do acrômio;
2. Formar um triângulo imaginário 3 a 5 cm (três dedos) abaixo do 
acrômio;
3. Introduzir a agulha no centro do triângulo.
Dorsoglúteo
Administração de até 5 mL; 
Músculo espesso, desconforto mínimo após injeção;
A OMS não recomenda a utilização deste local, pois tem sido 
associada a graves complicações como lesão do nervo ciático e da 
artéria glútea superior.
1. Traçar linha imaginária da espinha ilíaca póstero- superior até o 
trocanter maior do fêmur;
Aula 02 - Medicação 11
2. Aplicar injeção em qualquer ponto entre a linha e a curva da crista 
ilíaca.
INTRAVENOSA (IV)
Características
Administração do medicamento na corrente sanguínea;
Efeito farmacológico imediato, administrado em bolus ou em infusão 
contínua;
Locais de administração: acesso venoso periférico e acesso venoso 
central;
Indicação: ação farmacológica imediata, infusão de grandes volumes, 
introdução de substâncias irritantes de tecidos, controle rigoroso da 
dose do medicamento e/ou volume infundido, coleta de sangue para 
exames, nutrição parenteral prolongada, hemodiálise.
Contraindicações: medicações que não possuem formulação para VI, 
impossibilidade de 
obtenção de uma via para acesso venoso.
Complicações: flebite, infiltração, hematoma, infecção sistêmica, 
embolia, choque pirogênico.
Garrote: utilizado para facilitar na punção, localizando as veias e 
tornando-as proeminentes. Inserir próximo ao local da punção (4 a 5 
dedos ou 10 cm acima do local de punção).
Técnica
1. Localizar a região anatômica - escolher veia calibrosa;
2. Fazer a antissepsia do local;
3. Garrotear o membro (solicitar a abertura e o fechamento da mão);
4. Manter a veia fixa com o polegar da mão não dominante;
5. Introduzir a agulha com bisel voltado para cima em angulação de 
entrada de 15°;
6. Observar retorno sanguíneo, estabilizar a agulha e soltar o garrote;
7. Retirar a agulha ou fixar o dispositivo.
Aula 03 - Feridas e processo cicatricial 1
�
Aula 03 - Feridas e processo 
cicatricial
Funções da pele
Proteção
Termorregulação
Sensibilidade
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O que é uma ferida?
É toda lesão, trauma ou ferimento que atinja algum tecido do corpo e cause a sua 
ruptura, trazendo prejuízo de suas funções básicas.
Classificação das feridas depende de:
Causa
Intrísica: neoplasia, lesão;
Extrínseco: trauma, cirurgia;
Agente causador
Incisivo (cortante): extensão maior que a profundidade e geralmente 
possui bordas regulares;
Perfurante: caracterizada por profundidade maior que a extensão da ferida. 
Pode ser empalado em orifícios ou transfixante quando atravessa;
Contuso: ferimentos causados por objetos rombos (socos, pancadas);
Laceração: ferimentoscausados devido ao esmagamento pelo excesso de 
peso;
Patológica: resultantes de fatores sistêmico: deficiência proteicas ou 
doneças pré-existentes;
Abrasiva/escoriação: lesão que na epiderme onde o tecido é retirado;
Aula 03 - Feridas e processo cicatricial 2
Queimadura: ferida por temperatura;
Solução de continuidade
Como a pele se apresenta
Aberto
Fechado
Conteúdo microbiano
Limpa
Feita em condição asseptica
Não envolve tratos contaminados naturalmente colonizados, como 
gastrointestinal, geniturinario
Não houve infração na tecnica cirurgia
Ex: incisões cirurgicas
Potencialmente contaminada
Feita em condição asseptica, mas envolve trato naturalmente 
colonizado;
Feridas expostas < que 6h da lesão até o atendimento;
Pequenas infrações nos princípios da técnica cirúrgica;
Difícil antissepsia.
Contaminada
Possui alta colonização microbiana;
Feridas expostas por mais de 6h a partir do momento do trauma;
Infectada
Feridas com microorganismos patogenos já presentes;
Evidência de infecção (presença de secreção purulenta);
Sinais flogisticos (dor, rubor, edema e calor).
Tipos de exsudatos
Seroso: inflamações agudas e início de infecção bacteriana, coloração 
transparente ou levemente amarelada;
Aula 03 - Feridas e processo cicatricial 3
Hemorrágico: ruptura de vaso, extravasamento de sangue, coloração rósea 
à vermelho escuro;
Fibrinoso: proteína fibrosa envolvida na coagulação, aspecto esbranquiçado 
e insolúvel;
Purulento: estafilococos, pneumococos e gonococos, coloração 
esbranquiçada, amarelada ou esverdeada.
Lesão por pressão
Pressão óssea exercida sobre tecido ósseo por muito tempo;
É possível previnir por hidratação da pele, também é necessário limpar a 
pele;
Locais ácidos como a região genital também colaboram para a lesão por 
pressão;
A mudança de decupito (posição como a pessoa está no leito) a cada 2 
horas também previne o ambiente;
A posição prona tem sido muito utilizada, mas a lesão por pressão se torna 
mais comum com isso;
Também são utilizados coxins para distribuir melhor a pressão;
Evolução
Aguda: segue um processo de reparação ordenado e adequado, como 
trauma;
Crônica: ferida que não consegue seguir o processo ordenado e adequado 
de reparação, ocorrendo recorrência durante longo período, como lesão por 
pressão.
Processo de cicatrização
A cicatrização de feridas consiste em uma perfeita e coordenada cascata de 
eventos celulares e moleculares que interagem para que ocorra a repavimentação e 
a reconstituição do tecido
Processo
1. Lesão tecidual;
2. Processo inflamatório;
3. Reparo tecidual;
Aula 03 - Feridas e processo cicatricial 4
4. Cicatrização ou Regeneração.
Tipos de tecidos
Tecido de granulação: tecido vivo de coloração vermelha, friável, bem 
vascularizado e com intensa atividade de reparação tissular;
Necrose de liquefação: tecido morto de coloração amarelada, aderido, 
amolecido, composto por células mortas e por vezes apresentando 
exsudato;
Necrose de coagulação: tecido morto, enegrecido, aderido, secom om 
hiperemia nas bordas, podendo apresentar pus;
Grau de comprometimento tecidual
Grau 1: comprometimento da epiderme;
Grau 2: comprometimento da derme;
Grau 3: comprometimento além da derme, como subcutâneo, chegando à 
necrose;
Grau 4: comprometimento dos músculos e ossos.
Mecanismos de cicatrização
Se diferencia da regeneração, pois o tecido lesado não volta a ter a sua 
funcionalidade, mas é substituido por um tecido conjuntivo vascularizado.
Fechamento primário ou por primeira inteção
Corte e cirurgia são realizados com tranquilidade;
Fechamento secundário ou por segunda intenção
Joelho ralado, lesão por pressão;
Fechamento primário tardio ou por terceira intensão
Ferida operatória que não cicatrizou corretamente, normalmente tem 
contaminação grosseira. Há desbridamentos repetidos, somados ou 
não à antigioticoterapia. Após alguns dias, a ferida é fechada por sutura, 
enxertos cutâneos ou retalhos.
Tratamento: enxerto cutâneo (sem vascularização) ou retalho (com 
vascularização);
Fases da cicatrização
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Inflamatória
Início imediato após a lesão, com vasoconstrição e cascata de 
coagulação;
Após a homeostasia e a formação do coágulo, inicia-se a vasodilatação 
e aumento da permeabilidade vascular;
O coágulo é formado por colágeno, plaquetas e trombina;
Chegada de células de defesa pela quimiotaxia (neutrófilos, que 
chegam 24 horas após a lesão e macrófagos, que chegam após 48-96 
horas) para o local da lesão;
Presença de calor, rubor, edema, dor e perda de função;
Proliferativa
Constituido por quatro etapas fundamentais
Vai do 4º dia ao final da segunda semana do início da lesão
Epitelização: divisão das células do epitélio, que criam uma fina e 
superficial camada de proteção contra invasores;
Angiogênese: representa a formação de novos vasos sangúineos no 
tecido lesado, processo de protação;
Deposição de colágeno: torna a ferida mais forte e resistente. A 
formação de colágeno, proteína estrutural do corpo, é feita pelos 
fibroblastos, sendo responsável pela sustentação e força tênsil na 
cicatriz;
Formação do tecido de granulação: tecido vermelho, com muitos 
espaços vazios e granular, por possuir grande concentração de vasos 
imaturos, exsudativos e sangram facilmente. É especializado indicador 
do processo de cicatrização, formado pella proliferação de células 
endoteliais vasculares e fibroblastos. O termo dedirva de sua aparência 
rósea, lisa, granular na superfície das feridas.
Maturação
A característica mais importante desta fase é a deposição de colágeno 
de maneira organizada;
Com o tempo, o colágeno inicial é reabsorvido, pois é mais fino que o 
presente na célula normal e tem orientação parlela;
Aula 03 - Feridas e processo cicatricial 6
O colágeno mais presente no processo inflamatório é o colágeno tipo III;
A forma atinge 80% de sua força tênsil após três meses;
Fatores que interferem no reparo tecidual
Locais
Ferida seca
Infecção → necessidade de hidratação (soro) para, por exemplo, puxar 
a gase
Características da lesão
Estresse mecânico
Sistêmicos
Idade
Grau nutricional do corpo
Imunodeprimidos
Diabetes → Quando não é controlada se desenvolve para uma 
neuropatia, perdendo a sensibilidade nas extremidades e perda de 
sensibilidade, assim feridas não irão ser percebidas. Examinar com 
luvas.]
Complicações na cicatrização
Hemorragia: sangramento no local da ferida logo após o trauma inicial e 
hemostasia, podendo ocorrer externa e internamente;
Infecção: invasão de organismos nos tecidos celulares. O paciente pode 
apresentar febre, dor, elevada contagem de leucócitos e secreção 
purulenta;
Deiscência: Pontos rompidos e ferida contaminada, seja por esforço ou 
pressão intra-abdominal;
Eviceração: Complicação da deiscência, visceras expostas, é necessário 
colocar compressas e mandar para o bloco cirúrgico.
Tratamento
Avaliação da ferida
Tecido inviável: escara ou esfacel;
Aula 03 - Feridas e processo cicatricial 7
Infecção ou inflamação;
Manutenção da umidade;
Epitelização das bordas;
Coberturas e curativos
Meios terapêuticos frequentemente utilizados para auxiliar a reparação 
tecidual;
Curativo: consiste na limpeza e aplicação de material no leito da ferida com 
o intuito de 
auxiliar na cicatrização. Tem como objetivo proteger contra microrganismos, 
favorecer a hemostasia, remover o excesso de exsudato, favorecer o 
isolamento térmico, promover a 
manutenção da umidade, proteger o cliente de ver a ferida
Auxiliam a reparação tecidual
Limpeza e aplicação de material no leito da ferida, excesso de umidade 
causa maceração
Proteção
Hemostasia
Manutenção da umidade
Excesso de exsudato
Etapas de curativos
Limpeza
Soro fisiológico
PVPI: antissepsia de pele e mucosas, contraindicado para feridas 
abertas;
Clorexidina álcool: indicado para antissepsia de pele e mucosas, 
inserções de cateteres utilizada com cuidado por ser citotóxica nas 
feridas
Polihexadina (Phmb)Protosan: limpeza de feridas, UPP, úlceras e queimaduras de primeiro e 
segundo grau e feridas infectadas. COntraindicado em queimaduras de 
terceiro grau;
Aula 03 - Feridas e processo cicatricial 8
Desbridamento
Remoção de tecido não viável, detritos celulares e exsudatos, minimizando 
a infecção da ferida pela redução da contaminação bacteriana e retirada do 
tecido necrótico.
Cirúrgico: uso de bisturi;
Enzimático: aplicação tópicas nas feridas;
Autolítico: remoção através de enzimas produzidas pelo próprio corpo;
Biológico: larvas de moscas estéreis;
Coberturas
Ácidos graxos essenciais (AGE): angiogênese, manutenção da 
umidade. Previne dermatite amoniacal. Não deve ser utilizado em 
feridas neoplásticas ou exsudativas;
Hidrocoloide: protege terminações nervosas, promove meio úmido e 
desbridamento autolítico. Indicado para feridas com pouco ou moderado 
exsudato, não deve ser usado em infecções ou feridas profundas, a 
troca deve ser realizada em até 7 dias;
Hidrogel: desbridamento autolítico e mantém o meio úmido, estimula o 
tecido de granulação, indicado para necrose e pouco exsudato, troca 
realizada em 24 horas;
Colagenase: desbridamento enzimático, só no tecido inviável, não 
invasivo, indicado para feridas com tecidos necróticos e trocas a serem 
realizadas em 24 horas;
Sulfadiazina de prata: agente antimicrobiano, indicado para feridas 
infectadas e queimaduras, troca a cada 24 horas;
Papaína: desbridamento enzimático, contraindicada para feridas 
exsudativas em associação com coberturas de prata, troca a cada 24 
horas;
Alginato de cálcio: absorção, hemostasia e mantém o meio úmido, 
oblitera espaços mortos, indicado para feridas com hipersecreção e 
sangramentos, requer cobertura secundária e troca em 48 hora;
Filme transparente: cobertura secundária de curativos oclusivos, 
mantém a ferida aquecida. Indicado em incisões cirúrgicas com 24 
Aula 03 - Feridas e processo cicatricial 9
horas de pós-operatório, não deve ser usado em feridas com muito 
exsudato, troca em até 7 dias;
Carvão ativado: ação bactericida, absortiva e neutralizadora, indicado 
em feridas infectadas ou exsudativas, não deve ser usado em outros 
casos;

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