ASI 6semestre

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1 - [287238] Leia o caso a seguir, e depois marque a alternativa que descreve corretamente os
tipos de maus-tratos presentes no caso, e os fatores de risco. 
A mãe de Isaac tem 43 anos, ensino médio incompleto e exerce atividades ligadas ao lar.
Estava unida conjugalmente há cinco anos, mas mantém relacionamento com o companheiro
há 9 anos, época em que engravidou de Isaac. Desta relação nasceram duas crianças: uma
menina, com 6 anos e Isaac com 8 anos de idade. O companheiro tinha 38 anos, ensino
médio incompleto, e era vendedor de calçados. A renda familiar girava em torno de um salário
mínino, embora a mãe tenha referido não ter certeza, em função de o marido nunca ter dito o
valor exato. A habitação era própria contando com cinco cômodos. Neusa relata a vivência de
conflitos na relação conjugal e de violência entre o casal sendo que as crianças sempre
presenciaram, o que parece ter tido um impacto nestas, principalmente em Isaac. Neusa
refere inclusive que a notificação no Conselho Tutelar aconteceu por iniciativa sua, numa
tentativa de proteger as crianças, e de interromper a violência sofrida por parte do marido. No
entanto, na opinião de Neusa o Conselho não conseguiu oferecer apoio suficiente para que
as condições de violência cessassem. Neusa parece padecer da falta de apoio informal e
formal (família, vizinhos, instituições) no que tange à possibilidade de receber apoio
emocional. Percebe-se sem apoio social em relação aos cuidados com o filho, desde que
esse era bebê, o que parece ter gerado angústia/depressão em Neusa quando Isaac nasceu.
Apesar de perceber como positivas algumas características do entorno, principalmente no
que se refere à existência de serviços (apoio institucional), os avalia como sendo insuficientes
quanto à qualidade e a ajuda que proporcionam. Além disso, avalia negativamente o local de
moradia e as imediações. 
Neusa parece perceber os comportamentos que o filho apresenta (geralmente aqueles
relacionados à agressividade ou à contestação da autoridade parental) ora como uma
característica da criança (intrínseca), ora como uma dificuldade que foi se construindo com o
tempo e com as experiências que a criança teve, baseada nos modelos de agressão que
vivenciou. De qualquer forma, parece não haver por parte da mãe expectativas de mudança
ou de melhora em relação aos comportamentos do filho. Neusa parece não ter habilidades
suficientes para lidar com as dificuldades do filho, e mesmo em situações que deveriam ser
agradáveis, a interação com ele parece difícil por conta dessa inabilidade da mãe. No campo
das necessidades emocionais, Neusa consegue perceber o que deveria proporcionar à Isaac
(mais atenção, afeto), apesar de nem sempre conseguir emitir respostas nessa direção, e às
vezes, agride o filho verbalmente, com insultos e depreciações.
Ainda, quando a criança era menor (até cerca de seis anos), as estratégias educativas
utilizadas por Neusa para correção de comportamentos inadequados eram baseadas em
punição física freqüente. Atualmente, as punições físicas continuam a ocorrer num grau
moderado e são utilizadas dependendo da gravidade do comportamento da criança e do nível
de descontrole emocional da mãe.
 d) Abuso emocional e abuso físico. Os fatores de risco seriam: violência conjugal, falta de apoio
informal e formal, percepção negativa do entorno e serviços do bairro, percepção das características da
criança de forma negativa, falta de habilidades parentais.
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2 - [288964] (Adaptada ENADE 2017 – Educação Física) Na tentativa de romper com os
modelos mecanicista, esportivista e tradicional, baseados no paradigma da aptidão física, que
predominou na Educação Física Escolar a partir do final da década de 1960 até a década de
1970, surgiram diversas abordagens pedagógicas para o ensino desse componente curricular
na educação brasileira.
Considerando as características e a constituição dessas abordagens pedagógicas, avalie as
informações que seguem:
I. A abordagem crítico-superadora é fundamentada numa teoria crítica da educação e utiliza o
discurso da justiça social como ponto de apoio.
II. A abordagem psicomotora (psicomotricidade) apoia-se na psicologia do desenvolvimento e
da aprendizagem para compreender os mecanismos envolvidos e propor formas de facilitar,
sobretudo, a aprendizagem de habilidades motoras.
III. A abordagem desenvolvimentista ocupa-se em entender as relações entre movimento,
cognição e afetividade para estimular o desenvolvimento do ser humano.
É correto o que se afirma em:
3 - [288962] Leia atentamente os trechos que seguem:
 
Atividades corporais, com características lúdicas, por onde permeiam os mitos, os valores
culturais e que, portanto, congregam em si o mundo material e imaterial, de cada etnia. Os
jogos requerem um aprendizado específico de habilidades motoras, estratégias e/ou sorte.
Geralmente, são jogados cerimonialmente, em rituais, para agradar a um ser sobrenatural
e/ou para obter fertilidade, chuva, alimentos, saúde, condicionamento físico, sucesso na
guerra, entre outros. Visam, também, a preparação do jovem para a vida adulta, a
socialização, a cooperação e/ou a formação de guerreiros. Os jogos ocorrem em períodos e
locais determinados, as regras são dinamicamente estabelecidas, não há geralmente limite de
idade para os jogadores, não existem necessariamente ganhadores/perdedores e nem
requerem premiação, exceto prestígio; a participação em si está carregada de significados e
promove experiências que são incorporadas pelo grupo e pelo indivíduo (FERREIRA et al.,
2005, p.33).
(ROCHA FERREIRA, M. B. et al. Jogos tradicionais indígenas. In: COSTA, L. P. (Org.). Atlas
do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005. p. 35-36.)
 
 
A linguagem do “esporte” como pensamento hegemônico dos diferentes setores da sociedade
pode dificultar a compreensão do “outro”. O esporte tem uma característica racionalista, com
regras pré-estabelecidas e de caráter competitivo. As regras são propostas de forma a se
universalizarem, com penalidades para os atletas que não as cumprem. Os esportes são
federalizados em níveis nacionais e internacionais. A competição é uma característica
intrínseca ao esporte, mas pode ter diferentes conotações, tais como ‘Fair Play, agonística,
cooperativa, ou profissionalizante, de alto rendimento, podendo até causar malefícios à
saúde, advindo de supertreinamento ou doping. A mentalidade da competitividade para
 e) I, II e III.
 a) I, apenas.
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ganhar, vencer o outro no esporte, se transferida para a compreensão dos Jogos dos Povos
Indígenas dificulta o entendimento de uma prática no significado de “celebrar e não competir”.
E mesmo o estabelecimento de regras “rígidas”, sem a possibilidade de se alterar no
momento da competição traz problemas. A celebração exige organização, mas não rigidez de
regras (ROCHA FERREIRA, 2010, p.70).
(ROCHA FERREIRA, M. B. Jogos dos povos indígenas: diversidades. O público e o privado,
Fortaleza, n.16, p.65-80, 2010. Disponível em: <http://seer.uece.br/?
journal=opublicoeoprivado&page=article&op=viewFile&path%5B%5D=10&path%5B%5D=92>.
Acesso em: 25 set. 2015.)
 
Um professor que atua nos anos iniciais do ensino fundamental disse aos seus alunos que no
Norte e Nordeste do Brasil, predominantemente no Maranhão, vive um grupo étnico, os índios
Canela, que de tempos em tempos participam de jogos de esforços físicos, entre os quais
destaca-se a corrida de toras. Nela, os índios carregam coletivamente uma tora de madeira,
correndo por um percurso determinado. A tora passa de mão em mão e todos os participantes
atingem a chegada ao mesmo tempo. Praticam, também,o futebol convencional. Entretanto,
quando um dos participantes faz gol, todos os outros comemoram a façanha,
independentemente da equipe que o realizou.
A partir do referido relato, o professor vivenciou ambas as situações com seus alunos no
intuito que eles pudessem apreender os valores presentes em ambas as práticas. O caso
acima relatado sugere relações distintas daquelas vivenciadas no esporte de rendimento, pois
baseia-se essencialmente em:
 b) cooperação e solidariedade.
4 - [287243] Conflitos entre crianças e adolescentes fazem parte dessa fase da vida em que a
afirmação da identidade é crucial. É quando, ainda muito inseguros, os jovens têm enorme
dificuldade em lidar com as diferenças. O bullying é justamente a manifestação exacerbada
dessa aversão. No grupo das vítimas dessa forma de violência, figuram justamente os
novatos da escola, os maus alunos, os tímidos, aqueles com compleição física fora do padrão
e, obviamente, os primeiros da classe. De acordo com o exposto, podemos afirmar:
I- A maior parte das vítimas dessas torturas possui um traço comum: a baixa autoestima. 
II- Entre as características típicas dos que fazem o uso da prática do bullying está o impulso
de impor sua liderança pela força. 
III- A prática do bullying se fundamenta na dificuldade de lidar e de aceitar o diferente, o novo,
o que está fora. 
IV- A vítima do bullying autoriza a prática de mais violência ao denunciar a discriminação. 
Estão corretas:
 a) Apenas I, II e III estão corretas
5 - [287274] Considere o enunciado abaixo para responder à questão:
Na Escola “Armelinda Junqueira” na 1ª série do Ensino Fundamental ocorreu os seguintes
casos na sala da professora Carmem:
Camila e Enzo têm 6 anos, não são alfabetizados e estão na mesma turma. Camila conhece
as letras, pratica intensamente a leitura global (memorização de palavras/símbolos), manipula
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livros segundo a lógica da leitura, já reconhece e escreve seu nome há alguns meses, mas
ultimamente passou a escrevê-lo de forma estranha, usando apenas as letras A, I, L. Enzo
não tem intimidade com o lápis, pois teve poucas oportunidades de desenhar, mas diferencia
perfeitamente desenho de escrita. Conhece poucas letras, faz raras leituras incidentais,
manipula livros de forma aleatória, mas pede para que sejam "contados". Não reconhece seu
nome em meio a outras palavras. Instado a ler uma lista de nomes de animais, atribuiu à
palavra BOI o significado de "formiguinha".
Diante da situação quais são algumas diferenças entre Camila e Enzo quanto às etapas do
processo de aprendizagem da leitura e da escrita:
I - Enzo apresenta uma hipótese pré-silábica, ou seja, entende que a escrita é uma
representação direta do objeto e não conseguiu perceber que o que a escrita representada
(nota) no papel são os sons da fala. Já Camila apresenta uma hipótese silábica, no momento
de escrita das palavras, utilizou uma letra para representar cada sílaba do seu nome, quando
escreveu: AIL.
II – Enzo acredita que se escreve guardando as características do objeto a ser escrito. Logo,
quando é instado a ler uma lista de nomes de animais, atribuiu à palavra BOI o significado de
"formiguinha", uma vez que a palavra “boi” tem poucas letras, por isso, representaria um
animal pequeno, isso é denominado realismo nominal. Já Camila utiliza, na escrita das
sílabas das palavras, letras que possuem uma correspondência com os sons representados,
como no caso do seu nome AIL, ela está na fase silábica de qualidade.
III - É importante salientar que na hipótese em que o Enzo se encontra é o momento
adequado para se iniciar um trabalho com o traçado de letra cursiva, visto que nesta hipótese,
as crianças já não apresentam tantas dificuldades em decidir quantas e quais letras usar para
escrever as palavras. As sugestões de atividades para ser realizadas nessa fase podem estar
relacionadas a objetivos voltados para garantir maior fluência de leitura e maior consolidação
das correspondências grafo-fônicas. Já para Camila as atividades devem ajudá-la a perceber
que a escrita representa os sons das fala, e não os objetos em si com suas características,
garantindo a exploração de sons iniciais e finais das palavras.
IV- Para crianças com a hipótese de escrita de Enzo, o principal desafio é auxiliá-los a
perceber que a escrita representa os sons das fala, e não os objetos em si com suas
características. Para tal, atividades de análise fonológica, em que os alunos serão desafiados
a perceber que palavras que começam ou terminam com o mesmo som têm a tendência a ser
escritas com o mesmo grupo de sílabas ou letras. Já para Camila, as atividades de
cruzadinhas são interessantes, pois, como na atividade os “quadrinhos” devem ser
preenchidos por cada letra, haverá sobra de quadradinhos, o que levará Camila a rever sua
escrita, gerando um conflito cognitivo.
V – O trabalho com Enzo deve ocorrer com a exploração oral, mas, sobretudo, escrita de
poemas, trava-línguas, parlendas e outros textos que possibilitem a exploração de sons
iniciais e finais das palavras. Já para Camila o trabalho com o nome próprio, nome dos
colegas e outras palavras estáveis, ainda deve ser feito. O professor pode propor que ela
escreva outras palavras que possuam os mesmos “pedacinhos” que aparecem nos nomes de
colegas da sala, ou mesmo, usar os nomes das crianças para ajudá-la a perceber que as
palavras possuem números diferentes de sílabas, e que as sílabas, por sua vez, possuem
números de letras diferentes.
No que se refere à situação descrita, é correto afirmar que:
 c) As alternativas I, II, IV e V estão corretas.
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6 - [287276] Leia o caso a seguir: “Marina, de 3 anos e 2 meses e João de 4 anos e 4 meses”
Marina observou o irmão, João, escrevendo a palavra JANELA e CASA com o alfabeto móvel
e notou que para a escrita de JANELA ele escreveu: AEL e para CASA escreveu: AS. Logo,
Marina indagou ao irmão:
- João está errado o que escreveu, pois CASA é maior que JANELA? E, João respondeu:
- Não, Marina. JANELA tem 3 pedaços e CASA tem 2. E, Marina não entendendo o raciocínio
do irmão ficou pensativa.
(FONTE: FARAGO, 2019)
A respeito da situação descrita acima e dos estudos de consciência fonológica para a
apropriação do Sistema de Escrita Alfabética, podemos afirmar que:
I – As duas crianças estão exercendo atividades metacognitivas diferentes, sendo que Marina
apresenta um pensamento voltado ao realismo nominal, ou seja, a criança espera que a
escrita conserve algumas características propriedades do objeto que a substitui. Por isso,
para ela, como JANELA é uma representação figurativa menor que CASA ela acredita que
deve ser escrita com menos letras.
II - João está exercendo um funcionamento que chamamos de metalinguístico, isto é, ele está
exercitando uma capacidade humana de reflexão consciente sobre a linguagem. Sendo que,
especificamente, João está mobilizando uma das dimensões metalinguísticas que se refere à
consciência fonológica. 
III - Para João, quando ele apresenta a notação gráfica AEL, para JANELA e AS para CASA
usou a capacidade de analisar fonologicamente as sílabas orais destas palavras buscando
letras que julgava adequadas para notá-las.
IV - João e Marina apresentam curiosidades metalinguísticas que ocorrem espontaneamente.
Se em algumas crianças tal curiosidade metalinguística ocorre espontaneamente, cabe
despertá-la e alimentá-la entre todos os aprendizes, de modo que todos possam vir a brincar
com as palavras, tomando-as como objetos de reflexão no cotidiano, sem que para isso
tenham de ser submetidos a treinos exaustivos de pronúncia de fonemas isoladamente.
No que se refere à situação descrita, é correto afirmar que:
 c) As alternativas I, II, III e IV estão corretas.
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