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Coagulograma TESTE DE TRIAGEM · Coagulograma · Contagem de plaquetas · Tempos de sangramento · Retração do coágulo · Tempo de coagulação · Tempo e atividade de protrombina (TAP) · Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) Avaliação da hemostasia primária CONTAGEM DE PLAQUETAS · Feito pelo hemograma EDTA ou método de Fônio (casos mais extremos) · Se o EDTA estiver agrupando fisicamente as plaquetas, pede-se o Fônio (isso caso o pcte não esteja indicando sintomatologia) · Normal: 150.000 a 450.000/mm³ abaixo disso temos uma plaquetopenia · Advém do megacariócito e quando caem na corrente sanguínea tem uma média de vida de 7 dias TEMPO DE SANGRAMENTO · DUKE: é o método da orelha uso uma lanceta e faço um furo superficial, depois marco o tempo que o local vai passar sangrando. Vou passando um tipo de papel, a cada 30 segundos, mas sem exercer pressão. Normal é de 1 a 3 minutos. · YVE: uso o antebraço e faço uma punção vascular e plaquetária. Exerço uma pressão de 40mmHg e uso uma lanceta dupla. A cada 30 segundos passo o papel filtro. É de forma mais apurada, avalia adesão. Normal é de 7 a 9 minutos. RETRAÇÃO DO COÁGULO O pcte tem plaquetas normais, mas tem manifestações hemorrágicas da hemostasia primária. O problema pode estar na agregação plaqueta-plaqueta. PROVA DO LAÇO É um exame rápido que ajuda a identificar fragilidade dos vasos sanguíneos e a tendência ao sangramento, comum em doenças como dengue, escarlatina ou trombocitopenia, por exemplo. Durante o exame, é feita a contagem de pequenos pontos avermelhados que surgem em uma área do braço após obstrução do fluxo de sangue com um torniquete, e quanto maior a quantidade, maior o risco de hemorragias. Avaliação da hemostasia secundária Avalia os fatores de coagulação que geram a rede de fibrina. TEMPO DE COAGULAÇÃO Após a coleta do sangue total, sem anticoagulante, 5ml em tubo seco (limpo), deixo em banho maria 37 graus, até forma um coágulo. O tempo normal é de 8 a 11 minutos, mas também pode ser de 5 a 8 minutos. TEMPO E ATIVIDADE DA PROTROMBINA (TAP) Tempo de protrombina (TP): faz a triagem da atividade das proteínas na VIA EXTRÍNSECA fatores VII, X, II, V e FIBRINOGÊNIO. Como o fator VII é um fator de coagulação dependente de vitamina K com meia-vida menor (aproximadamente sete horas), o TP é usado para guiar o tratamento dos pacientes com antagonistas de vitamina K (p. ex., coumadin). · O teste é feito comparando o tempo de formação de um coágulo após a adição de fator tecidual ao plasma do paciente e ao plasma de um controle normal: · Avalia os fatores dependentes de vitamina K, os quais são de síntese hepática e com grande atuação na via extrínseca, ou seja, analiso deficiência de algum fator: 2, 7, 10, 1 e 5 · Serve como prova/marcador de função hepática · Monitoramento de uso de anticoagulantes inibidores de vit. K (cumarínicos) · Posso solicitar ele sozinho, sem o hemograma. Adiciono no plasma do pcte, fator tecidual. Fator + proteínas da coagulação = rede de fibrina e vejo o tempo que levou para isso acontecer. Quanto maior o tempo de formação da rede de fibrina, menor a quantidade de fatores necessários. · Para formar fibrina não preciso de plaqueta! Mas o fibrinogênio só é quebrado em fibrina, a partir da trombina (fator 2 ativado) e a trombina só existe na forma de protrombina. Ou seja, preciso ativar a protrombina em trombina, para gerar a cascata. · Avalia fator 2, 7 e 10 eles, em conjunto com o 9 são fatores dependente da vitamina K. O fator 9 eu não avalio nessa via, mas ele também depende da vitamina K e, como esses fatores são produzidos no fígado, a partir da sua marcação, determino função hepática. · Quanto fígado está com problemas, eu faço os seguintes exames: · TAP · Albumina · Bilirrubina Lembrar que quanto o pcte está com insuficiência hepática, se os produtos já estiverem circulantes antes do problema e no momento do exame, eles podem se mostrar normais. Mas os fatores TAP, são precoces, então eu os analiso e já consigo ver o problema hepático. TP paciente TP controle Atividade enzimática (marcador da função hepática) Normal >70% INR 12’’ 12’’ 100% 1 13’’ 12’’ 96% 1 exp → 1,08 14’’ 12’’ 90% 1,12 15’’ 12’’ 84% 1,18 16’’ 12’’ 69% 1,26 30’’ 12’’ 9% 5,8 90’’ 12’’ 2% 8,8 INR/RNI: razão normativa para padronizar do teste e monitoramento de anticoagulantes inibidores de fatores K dependentes. O INR normal precisa estar entre 2 e 4. · Pcte RN com 30’’ em TP pcte, tendo atividade enzimática de 9% e INR 5,8 = pode ter deficiência de fator, problema hepático ou toma medicamento que bloqueia os fatores. · Se o pcte trombosa, é mais complicado do que caso ele sangre. Por isso eu anticoagulo caso ele tenha fator de risco. TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA (TTPA) · Faz a triagem da atividade das proteínas na VIA INTRÍNSECA (fatores XII, XI, IX, VIII, X, V, II e fibrinogênio). O TTP é sensível aos efeitos anticoagulantes e, portanto, é usado para monitorar sua eficácia. · Via intrínseca: via de ativação pelo contato dentro do vaso. Avalia sobretudo os fatores VIII, IX, X, II e fator de von Willebrand!!! Serve para monitoramento de anticoagulantes heparínicos. · Fator 12 e 11 não geram problemas, porque o 9 pode ser ativado por outras formas, como pela via extrínseca. · Quando 12 e 11 estiverem altos, pensamos em casos de trombofilia. Distúrbios de hemostasia 5 sistemas chaves envolvidos · Vasos sanguíneos · Plaquetas · Fatores de coagulação · Inibidores da coagulação · Sistema fibrinolítico 1. Vasoconstricção 2. Exposição de colágeno ativação, adesão e agregação plaquetária tampão plaquetário 3. Exposição do fator tecidual formação de fibrina Princípios do coagulograma · TP: avalia a via extrínseca, mas também se altera nas deficiências da via comum, como X, V, II · TTPA: avalia a via intrínseca, alterando-se nas deficiências dos fatores XII, XI, IX, VIII, X, V e II. Sensível à heparina · TT: deficiência ou disfunção do fibrinogênio Fibrinólise · É dependente do plasminogênio e age para que a coagulação não seja excessiva Investigação laboratorial · · Hemostasia primária · Contagem de plaquetas · Tempo de sangramento (baixa aplicabilidade) · fvW, antígeno e atividade · Agregação plaquetária · Hemostasia secundária · TP/TTPA/TT · Dosagem de fatores (por exemplo, FVIII) · Outros · Fibrinogênio · D-Dímero Distúrbios na hemostasia primária · Fragilidade capilar · Alteração do número ou função das plaquetas · Alterações quantitativas ou qualitativas do fvW · Fator vascular e plaquetário Causas de plaquetopenia Distúrbios na hemostasia secundária HEMOFILIAS · Ligadas ao x · Tipos: A (FVIII) B (FIX) · Quadro clínico: hemartroses, hematomas (iliopsoas), sangramentos profundos · Tratamento: reposição do fator COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA · Síndrome adquirida com ativação de simultânea de fatores procoagulantes, fibrinólise excessiva e sangramento (consumo) · Causas: infecciosas, neoplasias (LMA M3), gestação, trauma Provas de hemostasia · PLAQUETOPENIA SIGNIFICATIVA (<50.000) + PTTA E TAP NORMAIS Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), púrpura trombocitopênica trombótica (PTT), síndrome hemolítica-urêmica (SHU), anemia aplásica, leucemia, hiperesplenismo. · PLAQUETOPENIA + COAGULOPATIA (PTTA e/ou TAP alargados) Insuficiência hepática com hiperesplenismo, CIVD ou uso de heparina · PLAQUETOMETRIA NORMAL + TS ANORMAL (>10min) Doença de von Willebrand ou distúrbios hereditários ou adquiridos da função plaquetária