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Trama geriátrico

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Clarissa San Thiago – MED XXV
SAV – Dr. Nicolau Kruel
TRAUMA GERIÁTRICO
· As considerações especiais sobre o atendimento do idoso incluem os efeitos da idade nas funções fisiológicas, as
comorbidades e o uso concomitante de medicações. No entanto, as prioridades na avaliação e reanimação são as mesmas.
· CARATCTERÍSTICAS:
· Alterações na anatomia e na fisiologia relacionadas com a idade;
· Doenças e comorbidades preexistentes;
· Medicações;
· Possibilidade de maus-tratos.
· O problema no trauma geriátrico:
· Aumento da proporção de pessoas com 65 anos ou mais;
· Por volta de 2050, os idosos serão 20% da população mundial, ou 2,5 bilhões de pessoas;
· Mortalidade e morbidade aumentadas.
· Com tratamento adequado muitos podem retornar à situação pré-trauma. 
· Declínio da função com a idade:
· Diminuição da massa encefálica;
· Aumento de doenças oculares;
· Queda da percepção;
· Diminuição da capacidade de discriminação de cores;
· Diminuição da resposta pupilar;
· Queda da capacidade vital respiratória;
·  Queda da função renal;
· Perda de 5 a 7,5 cm na altura;
· Comprometimento do fluxo de sangue para os membros inferiores;
· Degeneração das articulações;
· Queda da água corporal total;
· Degeneração dos nervos (neuropatia periférica);
· Maior prevalência de AVC’s;
· Queda da capacidade auditiva;
· Diminuição no olfato e gosto;
· Diminuição da produção de saliva;
· Queda da atividade esofágica;
· Queda do volume sistólico e da frequência cardíaca;
· Aumento da prevalência de cardiopatias e de hipertensão arterial sistêmica;
· Aumento da prevalência de nefropatias;
· Diminuição das secreções gástricas;
· Queda do número de células do organismo;
· Diminuição da elasticidade da pele/ espessura da epiderme;
· Queda de 15%–30% da gordura corporal. 
· Principais causas de trauma:
· Quedas;
· Álcool;
· Queimaduras;
· Atropelamento;
· Colisão de carro. 
· Problemas de via aérea:
· ABCDE mesmas prioridades. A diminuição da reserva exige uma intubação precoce;
· Fatores que afetam o manejo da via aérea:
· Dentição (dentaduras);
· Fragilidade da mucosa nasofaríngea;
· Artrite cervical;
· Diminuição da reserva respiratória;
· Uso de oxigênio suplementar;
· DPOC;
· Lesões torácicas mal toleradas;
· Lesões torácicas “leves” com efeitos significativos;
· Problemas da circulação:
· Diminuição da função e da reserva cardiovascular;
· Administração cautelosa de volume:
· Aumento da PA, diminuição da FC e perda da função renal com a idade;
· Anticoagulantes e outras medicações;
· Efeitos farmacológicos;
· Efeitos das catecolaminas e arritmias.
· Problemas neurológicos:
· Hematomas subdurais agudos e crônicos;
· Alteração do sensório secundária a atrofia cerebral, hipoperfusão ou medicações;
· Osteoartrite de coluna, que leva a lesões frequentes de coluna e de medula.
· Problemas da exposição:
· Alteração na Termorregulação;
· Aumento da sensibilidade à hipotermia;
· Aumento do risco de infecções;
· Falta de imunização antitetânica;
· Problemas musculoesqueléticos:
· Causa mais frequente de morbidade;
· Susceptibilidade a determinadas fraturas;
· Osteoporose;
· Deformidades preexistentes complicam a avaliação;
· A imobilidade pode levar a complicações.
· CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS:
· Que considerações especiais devem ser feitas a respeito do tratamento do idoso traumatizado?
· Medicamentos;
· Abuso do idoso (maus-tratos):
· Alto índice de suspeita;
· Padrões de lesão;
· Múltiplas formas de abuso:
· Sexual;
· Agressão física;
· Negligência;
· Psicológico;
· Exploração financeira e material;
· Violação de direitos;
· Estratégia frente aos maus tratos:
· Não questionar a presença de possível agressor;
· Retirar o doente do ambiente de risco;
· Armadilha: deixar de reconhecer e não notificar. 
· Decisões no final de vida (diretivas antecipadas de vontade)
· Quando é que bastante é suficiente?
· Existem documentos sobre a vontade do doente?
· O direito à autodeterminação é absoluto. Tratar apenas no melhor interesse do doente;
· Os benefícios do tratamento devem superar as consequências adversas. 
· Drogas que afetam a reanimação:
· Betabloqueadores;
· Anti-hipertensivos;
· AINHs;
· Anticoagulantes;
· Corticosteróides;
· Diuréticos;
· Hipoglicemiantes;
· Psicotrópicos. 
· RESUMO:
· O trauma no idoso está aumentando no mundo inteiro;
· As prioridades de tratamento são as mesmas;
· Alterações anatômicas e fisiológicas estão associadas a comorbidades e uso de medicações;
· Considerar a possibilidade de maus-tratos.
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