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Patogenia viral – Microbiologia 1. Consequências da replicação (infecção lítica, latente e persistente). Infecção lítica: A lise ocorre por conta das inúmeras partículas virais novas, após replicação, e no processo de saída a célula acaba se rompendo. Ou porque o vírus impede o crescimento e reparo da célula. Ou por conta das enzimas, toxinas e proteínas tóxicas produzidas pelo vírus, que acaba gerando a lise da célula. Ex: Herpes simples - Produz proteínas que inibem a síntese do DNA e RNA da célula. E sintetizam proteínas que degradam o DNA para obter substratos para sua replicação. Infecção persistente: Quando a célula é infectada pelo vírus, ela não vai ser destruída, ela permanece viável, o vírus continua se replicando, e sendo liberado por brotamento, ou seja, o vírus não causa danos irreversíveis, mantendo uma infecção persistente. Esse tipo de infecção viral é ruim pois a infecção passa desapercebido, sem ter sinais e sintomas notáveis, isso é ruim porque muitas vezes o hospedeiro transmite para outras pessoas sem saber que está infectada. Ex: Vírus da Hepatite B. Infecção latente: O vírus permanece no estado de “dormência”, fica dentro da célula sem replicar. Então o vírus fica ali quiescente até que a célula seja ativada de alguma maneira, por exemplo, no citoplasma fica o vírus da herpes, incorporado no genoma fica o retrovírus. Esses vírus só vão se replicar caso a célula seja ativada, exemplo: herpes simples se ativa com estresse, o HIV se ativa com o estimulo das células infectadas. Os vírus podem ser liberados lentamente da célula, ou podem esperar divisões celulares. Ou seja, o vírus fica em um estado de cura, e quando é desencadeada a ativação, a pessoa volta a ter os sinais e sintomas. 2. Vírus oncogênico. R: Os vírus oncogênicos podem provocar a transformação de uma célula para ser oncogênica. Ou seja, causa uma transformação e a imortalização dessas células com o crescimento descontrolado. Isso acontece porque uma serie de genes vão estimular o crescimento celular, podendo ser até no momento da replicação, eles removem a síntese, reparo do DNA e apoptose da célula, porque esses vírus precisam da célula viva para continuar se replicando e sendo fonte de infecção. Ex: HTLV-1, HPV, Epstein Barr. 3. Estágios da infeção viral Incubação: Vírus entra em contato, encontra o tropismo, se replica, mas não alcança tecido alvo nem induz dano suficiente para causar sintomas. Fase prodrômica: Sintomas inespecíficos como dos resfriados são característicos. Doença Aguda ou Crônica: A capacidade e velocidade que o sistema imunológico do indivíduo controla e elimina a infecção determina se a doença será aguda ou crônica, bem como a gravidade dos sintomas. Ex: poliomielite, sarampo, rubéola, resfriados, gripe, hepatite A (infecção aguda). Varicela-Zoster, catapora na infância e herpes-zoster no idoso (Infecção latente). HIV -carga viral alta o tempo todo - AIDS no final (Infecção crônica com altos títulos virais). Papilomavírus-carcinoma de colo uterino, HTLV-leucemia (Infecção crônica, de evolução lenta com baixos títulos virais). 4. Danos celulares causados pelos vírus R: Lise celular, apoptose da célula, bloqueio da síntese de proteínas celulares, bloqueio do transporte pelas membranas, despolimerização do citoesqueleto, formação e sincícios, interrupção do ciclo mitótico, transformação células e proliferação celular. 5. Portas de entrada e vias de disseminação Mucosa do sistema respiratório, digestório, urinário: Gotículas de saliva, dos aerossóis através da tosse, espirro, objetos contaminados, beijos, pode-se contrair sarampo, rubéola, influenza, rinovírus, varicela zoster. Conjuntiva/córnea: Adenovírus e herpes vírus podem causar conjuntivite. Pele: zoonoses onde indivíduo pode contrair raiva através da mordedura de um animal. Picada de mosquito pode contrair as arboviroses como a dengue, febre amarela, chikungunya, zika vírus, mayaro vírus. Contato direto em lesões, saliva e fômites, pode contrair herpes, rinovírus, poxvírus, corona vírus, adenovírus. Sangue: Agulhas, picadas, transfusão. Em contato com sangue contaminado, pode-se contrair HIV, HTLV, hepatite C, B e D. Contato sexual: HPV, HIV, hepatites B, C e D, e os vírus herpes simples. 6. Diagnóstico Cultura celular: Método tradicional de cultura viral, utilizando células de rim de feto humano ou rim de macaco, células heteroplóides (HeLa, HEp2 ou Vero). Sorologia: Detecção de anticorpos no diagnóstico de infecção aguda, crônica ou passada. Ex: Fixação do complemento, inibição da hemaglutinação, ELISA, Radioimunoensaio. Diagnóstico molecular: pesquisa o material genético. Ex: PCR, MULTIPLEX PCR, RT-PCR, PFGE.
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