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Texto Complementar - Dinâmica das Relações Interpessoais

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TEXTO COMPLEMENTAR 
 
Disciplina: Dinâmica das Relações Interpessoais 
Professor: Gustavo Nascimento 
 
Quem é o chefe de felicidade? 
Autor: Trilha Carreira 
Data: 04.05.2021 
Quem diria que a felicidade dos funcionários se tornaria uma tendência dentro das 
organizações, hein? Aquela época em que os funcionários prezavam apenas pela 
segurança de ter um emprego e um salário estável acabou. O local de trabalho 
definitivamente mudou, assim como as pessoas. 
E em meio a tantas mudanças, de uma coisa estamos certos: independentemente do 
tamanho da empresa, do segmento, um ambiente de trabalho “saudável” e feliz faz toda 
a diferença! 
Justamente aqui entra a função de CHO (Chief Happiness Officer) ou simplesmente, em 
Português, Chefe de Felicidade no Trabalho. 
 
Chefe de Felicidade no Trabalho é um cargo de verdade? 
O primeiro cargo de Chief Happiness Officer (CHO) aconteceu no Vale do Silício, nos 
Estados Unidos. Com certeza, este é um título muito atraente e tem se propagado nas 
start-ups mundo afora e já aterrissou em grandes empresas. 
O Chief Happiness Officer (CHO) é alguém que transita entre o departamento de Recursos 
Humanos e Comunicação Interna de uma organização. 
É comum também ver um Gerente de RH nesta função. Mas independentemente do 
departamento, deve ser alguém que acredita que funcionários felizes são funcionários 
mais engajados e produtivos. 
Ainda que envolver, motivar e elevar os níveis de desempenho dos colaboradores sejam 
atribuições do RH, essas são as responsabilidades mais comuns usadas para descrever 
a posição de CHO. 
Neste caso, cada ação dirigida a um colaborador e suas relações com a empresa é um 
ponto de atenção para garantir uma experiência feliz e um ambiente de trabalho 
impulsionado pela felicidade. 
 
Recrutamento e seleção, planejamento de carreira, gestão de desempenho, gestão de 
sucessão, demissão e aposentadoria. Todas as áreas podem se beneficiar com uma 
abordagem orientada para a felicidade. 
 
Diferença entre Chefe de Felicidade e um Gerente de RH 
Um dos papéis do Chefe de Felicidade é interagir regularmente com os colaboradores da 
empresa. Às vezes, esses colaboradores podem se sentir constrangidos ao falar sobre 
seus problemas do dia a dia com o gestor da área ou com o gerente de RH e é aqui que 
o CHO pode atuar como uma ponte entre eles e se tornar o canal da felicidade. 
Essas conversas nem sempre são formais. Aquelas conversas no cafezinho, por meio das 
quais os funcionários podem falar abertamente sobre seu momento atual ou quaisquer 
outras preocupações, como confidenciar uma preocupação, são ações promovidas pelo 
Chefe da Felicidade. 
Ele é a ponte da cultura da empresa e dos colaboradores, além de ser a pessoa 
responsável por planejar treinamentos para os colaboradores, formulação de políticas 
internas, tudo para visar e tornar o trabalho agradável e divertido. 
 
Aqui estão as 5 principais funções de um Chefe de Felicidade 
1. Escutar os funcionários 
O Chefe de Felicidade precisa saber ouvir o que os funcionários têm para dizer e se eles 
possuem alguma questão com relação ao seu momento da carreira, desenvolvimento 
pessoal, profissional, conflitos. Decisões são mais fáceis de serem tomadas quando 
existem informações e feedbacks. 
Pesquisas de satisfação frequentes são ótimos indicadores para avaliar se os níveis de 
satisfação estão aumentando. Isso vai garantir consistência ao saber que os índices de 
felicidade estão aumentando ou diminuindo nas equipes. 
 
2. Promover o crescimento 
Em todas as fases, o trabalho pode e deve ser uma fonte de realização pessoal. Para se 
desenvolverem e aprenderem continuamente, os colaboradores precisam vivenciar na 
prática esta satisfação. 
O Chefe de Felicidade precisa garantir esse processo através de uma comunicação clara 
e assertiva entre todos os níveis da empresa e utilizar ferramentas de desenvolvimento 
pessoal e profissional. 
 
3. Valorizar pequenas realizações 
Imagine um ambiente de trabalho em que sua equipe não valoriza o que você faz ou que 
seu chefe não reconhece suas realizações. Possivelmente, este não é o lugar onde você 
deseja permanecer por muito tempo. 
 
Por isso, uma das atividades do CHO é fazer com que seus funcionários se sintam 
genuinamente respeitados e valorizados. Deixe-os saber que cada trabalho importa dentro 
do processo. 
 
4. Poder da liberdade 
“Se você der liberdade às pessoas, elas o surpreenderão”. Esta frase é do Laszlo Bock, 
vice-presidente sênior de operações de pessoas do Google. 
Repreender novos processos e ideias é coisa do passado. Ter liberdade para expressar 
novas ideias, aliada à autonomia para executá-las é o ponto-chave para que os membros 
de sua equipe o impressionem com seus talentos e habilidades. 
Ajudá-los a encontrar o equilíbrio certo entre o trabalho e a vida pessoal pode tornar cada 
colaborador muito mais comprometido e inspirado. 
 
5. Manter o espírito de equipe 
Está nas mãos do CHO planejar eventos que promovam a interação da equipe, team 
building. É benéfico não apenas para a produtividade dos funcionários, mas também em 
termos de felicidade organizacional como um todo. Além disso, o papel do CHO é garantir 
o bem-estar e a saúde mental dos colaboradores. 
É possível que as funções de um Chefe de Felicidade sofram ainda grandes mudanças 
com o passar do tempo para se adaptarem com mais eficiência às necessidades de 
negócios de amanhã. 
 
Felicidade Interna Bruta 
Já repararam como surgiram diversos movimentos nos últimos anos? Movimentos como 
o do bem-estar, do meio ambiente, dos direitos civis relativos à raça, gênero, sexualidade, 
sustentabilidade… 
Tudo isso porque os valores das sociedades mudam. Este processo pode até ser sutil, 
mas as mudanças acontecem. E isso nos leva a pensar que as sociedades de uma forma 
geral estão repensando o seu funcionamento. 
A Felicidade Interna Bruta (FIB) foi um dos conceitos mais significativos que surgiu nas 
últimas décadas. Criado em 1972 pelo rei do Butão, o FIB foi uma forma de indicar o 
crescimento do país sem considerar apenas o aspecto econômico, mas sim outros 
conceitos como culturais, psicológicos, espirituais e ambientais. 
Recentemente, a ONU (Organização das Nações Unidas) incorporou esse indicador como 
uma forma de complementar outras medidas já usadas para medir o desenvolvimento de 
uma nação, como o PIB (Produto Interno Bruto). 
 
Por que a Felicidade Interna Bruta começou a ser medida? 
 
Em julho de 2011, a Assembleia Geral da ONU fez um convite aos países membros para 
medirem a felicidade de seus habitantes e usarem esses dados para ajudar em suas 
políticas públicas. 
No ano seguinte, realizaram a primeira reunião de alto nível da ONU sobre a “Felicidade 
e Bem-Estar” com o primeiro Relatório Mundial da Felicidade. 
Jigme Thinley, primeiro-ministro do Butão foi quem presidiu a reunião, já que seu país foi 
o primeiro e único que até então havia adotado a Felicidade Interna Bruta, desde o seu 
surgimento como principal indicador de desenvolvimento ao invés do PIB (Produto Interno 
Bruto). 
Entre os quesitos que são analisados pelo FIB estão: bem-estar psicológico, saúde, uso 
do tempo, vitalidade comunitária, educação, cultura, meio ambiente e governança. 
Surge assim o FIB (Felicidade interna bruta ou internacionalmente conhecida como GND- 
Gross National Happiness) como índice complementar ao PIB e todos os anos é publicado 
um relatório anual que pode ser consultado no site World Happiness Report. 
Este relatório é realizado pelo Gallup World Poll e em 2019 o Brasil apareceu na trigésima 
segunda posição (de 156 países), sendo os líderes do ranking os países escandinavos, 
enquanto que Afeganistão e Sudão estão no final. 
Este assunto tem se tornado tão relevante e vai muito além da política pública. Muitas 
organizações já criaram um novo cargo “CHO” – Chief Happiness Officer com o objetivo 
de teruma equipe 100% focada, pensando exclusivamente na criação e adaptação de 
ações que impactem no bem-estar dos colaboradores. 
 
Conclusão 
A missão do CHO é criar um ambiente de trabalho impulsionado pela felicidade, garantir 
que todos os funcionários se sintam valorizados e ao mesmo tempo, conseguir promover 
o desenvolvimento profissional, reduzir o estresse e ser o elo entre a administração e os 
funcionários. 
Embora possa parecer que o cargo de CHO seja algo dispensável, o ambiente de trabalho 
hoje mostra um cenário diferente. Cada organização deveria ter alguém nessa função. 
Acompanhar os níveis de felicidade em sua empresa ajuda a envolver melhor os 
colaboradores e a retenção dos mesmos. E este é um tema muito relevante para locais 
de trabalho com força de trabalho composta predominantemente por millennials. 
Já está provado que quanto mais ativo e satisfeito um funcionário for, maior será a 
eficiência de uma empresa. 
 
Fonte: https://www.trilhacarreira.com.br/blog/quem-e-o-chefe-de-felicidade/

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