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Osteoporose e quedas no idoso

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1 Jéssica Couto- 3º Período 
TUTORIA 4 
OSTEOPOROSE E QUEDAS NO IDOSO 
1-COMPREENDER A OSTEOPOROSE (FISIOPATOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA, QUADRO 
CLÍNICO, EXAMES E TRATAMENTO) 
Definição: 
 
• A osteoporose corresponde a um distúrbio esquelético crônico e progressivo, apresentando vários fatores 
desencadeantes, que acomete em especial pessoas idosas, tanto homens como mulheres (em especial mulheres 
pós- menopausa) 
• É caracterizada por uma resistência óssea comprometida, esse fator predispõe ao aumento de risco de fratura, à 
dor, à deformidade e à incapacidade física. 
• Uma pessoa que não alcançou o seu pico de massa óssea máxima durante a infância e a adolescência, devido a, 
por exemplo, desnutrição, doenças disabsortivas ou anorexia nervosa pode desenvolver osteoporose sem que haja 
uma perda óssea acelerada. 
OBS.: Pico de massa óssea: É alcançado durante o início da fase adulta. Sendo este influenciado por fatores genéticos, 
atividade física (forças mecânicas estimulam a remodelagem óssea normal), resistência muscular, dieta (dieta pobre 
em cálcio) e estado hormonal (estrógeno, paratormônio). 
 
 
FISIOPATOLOGIA 
 
Fisiologia do osso: 
• O osso corresponde a um tipo de tecido conjuntivo formado por células, dentre elas estão os osteócitos, 
osteoclastos e osteoblastos. 
 
- Osteócitos: Encontram-se envolvidos em uma matriz proteica de fibras colágenas constituídas de sais minerais, 
em especial fosfato de cálcio. A matriz possui as seguintes fases: 
 . Orgânica: Constituída de colágeno, proteínas e glicosaminoglicanos. 
 . Inorgânica: Composta por hidroxiapatita (fosfato de cálcio) e menores quantidades de outros minerais. 
- Osteoblastos e osteoclastos: Estão no periósteo e no endósteo, formando a matriz óssea. 
 . Osteoblastos: Associado a deposição óssea 
 . Osteoclasto: Associado a reabsorção óssea. 
Na infância, dois terços da substância óssea são formados por tecido conjuntivo. Na velhice, são os minerais 
que predominam. Essa transposição de conteúdo leva a menor flexibilidade e aumenta a fragilidade do osso. 
 
 Remodelação óssea: 
 
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• O osso é um tecido dinâmico, portanto está em constante remodelação, não uniforme, por toda vida. 
 
- Sequência de remodelação óssea: 
1. Ativação (14 dias): Os pré- osteoclastos que são estimulados por forças mecânicas, CSF-GM e microfraturas 
transformam-se em osteoclastos. 
2. Reabsorção (14 a 21 dias): Os osteoclastos secretam substancia ácida e dirigem as matrizes orgânica e mineral 
do osso. 
3. Inversão (7 a 10 dias): Há cobertura da cavidade por células derivadas de monócitos e formação de uma 
superfície de cemento que previne erosão óssea adicional. 
4. Formação (150 dias): Os osteoblastos preenchem a lacuna com osteoide, o qual é mineralizado 
progressivamente. 
 
• Este processo de remodelação é realizado pelos osteoclastos e osteoblastos, que são capazes de coordenar as 
fazes de reabsorção e deposição óssea, respectivamente, com isso renovando o esqueleto e mantendo a sua 
estrutura. 
• A velocidade da destruição e reposição de osso velho ou danificado é determinada pelo número de unidade básica 
multicelular (osteoclasto na frente e osteoblasto atrás) que está funcionando em um dado momento. Sendo, 
normalmente, maior no osso trabecular. 
• Osteoclastos: São células diferenciadas da linhagem macrófago- monócito, multinucleada, dirigidas para uma 
sequência de eventos, incluindo proliferação, diferenciação, fusão e ativação. Esses eventos são controlados por 
hormônios e citocinas locais, que agem em conjunto com o microambiente ósseo. Interleucinas (1,6,4,7,11,17), 
fator de necrose tumoral (TNF), fator de transformação do crescimento beta (TGF-beta), prostaglandina E2 e 
hormônios atuam em conjunto para exercer o controle dos osteoclastos. 
- Grande importância para o receptor RANKL, que funciona como uma citocina essencial para a osteoclastogênese. 
Atuando da seguinte maneira: 
O RANKL corresponde a um membro da família TNF, expressa pelos osteoblastos e seus precursores imaturos. Essa 
citocina irá ativar os receptores RANK, levando a formação e ativação dos osteoclastos, prolongando a sua 
sobrevivência por suprimir a apoptose. 
Os efeitos do RANKL são bloqueados por meio da osteoprotegerina (OPG), que age como antagonista do RANKL. 
Portanto, o equilíbrio entre o RANKL e OPG é regulado pelas citocinas e hormônios, e isto determina a função dos 
osteoclastos. 
O resultado final seria reposição óssea igual a quantidade absorvida, para que haja a manutenção da massa óssea 
constante. 
OBS.: Deficiência de estrogênio, uso de corticosteroides, ativação de células T (artrite) alteram a relação RANKL e 
OPG, promovendo a osteoclastogenese, acelerando a reabsorção óssea e induzindo a perda óssea. 
• Após os 30 anos, em vários locais do esqueleto o processo de reabsorção e reposição não são feitos na mesma 
proporção, predominando a reabsorção, devido ao aumento da atividade de osteoclastos ou diminuição de 
osteoblastos. 
 
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-A manutenção dos níveis normais de cálcio sanguíneo depende da ação do paratormônio, que provoca a 
mobilização do cálcio através de uma reabsorção óssea, enquanto que a calcitonina age suprimindo a mobilização 
do cálcio do osso. 
-O hormônio folículo estimulante (FHS) e a ocitocina estimulam a gênese de osteoclastos, que são responsáveis 
pela remodelação óssea, porém outros fatores reguladores determinam o equilíbrio entre a formação óssea e 
absorção, tais como: vitamina D, que aumenta a quantidade de cálcio no sangue; o hormônio da paratireoide e a 
calcitonina, que são reguladores hormonais do equilíbrio de cálcio; o estresse local, que estimula a formação e a 
remodelação óssea; o aporte sanguíneo, que estimula a osteogênese; e os fatores nutricionais, como a 
suplementação de cálcio, vitamina D, vitamina K, proteínas. 
- a Interleucina 6, um tipo de citocina, é suprimida na presença de estrógeno. Com a redução do estrógeno na 
menopausa, a IL-6 não será suprimida e levará à perda óssea. 
 
TIPOS: 
 
Quanto a classificação da osteoporose: 
 
 Osteoporose Primária: 
• Do tipo I: 
 - É predominante em mulheres, e está associada a menopausa. 
 - Ocasiona uma perda acelerada do osso trabecular 
 - Comum causar fraturas vertebrais. 
 
• Do tipo II: 
 - Ocorrência tanto em homens como mulheres idosos (70_80 anos) 
 - Comprometimento tanto do osso cortical como do osso trabecular 
 - Comum a ocorrência de fraturas vertebrais e de fêmur. 
 
 Osteoporose Secundária: 
• Dentre as causas para este tipo encontram-se: 
 - Endocrinopatias (tireotoxicose, hiperparatireoidismo e hipogonadismo) 
 - Fármacos (glicocorticoides, antiácidos contendo alumínio, hormônio tireoidiano, anticonvulsivantes, 
ciclosporina A) 
 - Doenças genéticas (osteogenesis imperfecta) 
 - Artrite reumatoide 
 - Doenças gastrintestinais 
 - Transplante de órgãos 
 
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 - Imobilização prolongada 
 - Mieloma múltiplo 
 - Câncer de mama 
 - Anemias crônicas 
 - Mastocitose 
 - Tratamento prolongado com heparina. 
 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
• Há um registro de incidência de 50% em mulher com 80 anos e 20% para homens que encontram-se na mesma 
idade. Essa prevalência, pode se dever, por exemplo, ao fato de que a mulher apresenta um fator desencadeante 
a mais em relação aos homens, que seria o hipoestrogenismo pós- menopausa. 
• Há uma prevalência de osteoporose em pessoas de raça branca quando comparadas com aquelas de raça negra. 
• As fraturas de punho ocorrem mais frequentemente por volta dos 50 anos de idade, enquanto as de vértebra 
aumentam depois dos 60 anos, enquanto que as fraturas de fêmur apresentam maior incidência a partir dos 70 
anos. 
• A partir de um estudo feito em SP foi constatado que há um predomínio da fraturade fêmur proximal entre 
mulheres em relação a homens, numa proporção de 3.3:1, que aumenta progressivamente em ambos os sexos 
com o decorrer da idade. 
OBS.: A grande proporção de fratura de fêmur proximal ocorre antes dos 80 anos, particularmente em homens, 
alertando para a necessidade de uma intervenção precoce a fim de obter melhores resultados e reduzir custos. 
• A morbidade após fraturas osteoporóticas parece ser mais séria, e a mortalidade é mais comum em homens do 
que em mulheres. 
 
 
QUADRO CLÍNICO: 
• Geralmente a osteoporose é assintomática. Os pacientes tomam ciência da doença quando ocorre uma fratura ou 
o médico observar um aumento da radiotransparencia em exame radiológico ou quando é realizada a 
densitometria óssea. 
• Os locais de maior ocorrência de fraturas são vertebras, punho e região proximal do fêmur. 
- Fraturas de punho: Normalmente em idosos mais jovens, que usam o punho na tentativa de diminuir o impacto 
da queda. 
 
- Fraturas de vértebras (ocorrem mais tardiamente): 
. A maioria destas ocorre nas vértebras torácicas inferiores ou lombares superiores. E irá causar as seguintes 
consequências: 
1. Dor: Devido a compressão vertebral. Esta é de forte intensidade e aguda, permanecendo por 6 a 8 semanas e é 
evidenciada pela digitopressão da área comprometida. 
2. Hipercifose: O colapso vertebral progressivo acaba produzindo a hipercifose(corcunda ou corcova de viúva) , 
levando a diminuição na altura e a lordose natural da lombar. 
3. Perda de altura 
4. Restrição de movimentos respiratórios: Em decorrência ocorre diminuição da expansibilidade pulmonar. 
5. Compressão gástrica: A medida em que aumenta a hipercifose dorsal, a costela passa a tocar a crista ilíaca 
anterossuperior, fazendo pregas horizontais no abdome, tornando-o protuso, acarretando dor, plenitude pós- prandial, 
constipação intestinal e refluxo gastresofágico. 
 
 
 
 
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FATORES DE RISCO: 
 
• A detecção de fatores de risco é de grande utilidade para os cuidados públicos de saúde do que para o indivíduo 
de forma isolada. 
• Os fatores de risco podem ser divididos em de risco maiores e menores 
• O que observa-se na clínica é um somatório de fatores de risco do presente e passado, incluindo tanto a genética 
como o estilo de vida. Sendo que o objetivo principal da clínica é prevenir a primeira fratura, pois a partir da 
ocorrência desta há um fator de risco aumentado para novos episódios. 
 
Dentre os fatores de risco encontram-se: 
• Sexo feminino: 
- A maior frequência de osteoporose em mulheres deve-se a diferença sexual que ocorre entre o esqueleto masculino 
e o feminino. Sendo que este parâmetro relaciona-se mais com o tamanho do que com a própria densidade e isso se 
deve ao fato de que o osso masculino é frequentemente maior que o feminino. 
• Baixa massa óssea 
• Fratura prévia: Torna predisponente a novas fraturas. 
• Raça asiática ou caucásica: 
- A raça branca tem mais chance de desenvolver osteoporose do que a raça negra. Devendo-se lembrar que as meninas 
negras durante a adolescência formam maior quantidade de massa óssea do que as brancas. 
• Idade avançada em ambos os sexos 
• História materna de FFP e- ou osteoporose: 
- Fatores genéticos são responsáveis por 85% da variância interpessoal da densidade mineral óssea. Por isso, a 
presença de osteoporose e história de FFP materna são classificadas como fatores maiores de risco. 
• Menopausa precoce não tratada (antes dos 40 anos) 
 
• A adequada exposição solar é necessária para a produção de vitamina D na pele, substância fundamental para a 
absorção de cálcio pelo tubo digestivo. As fontes alimentares de vitamina D são escassas e não fazem parte do 
hábito alimentar brasileiro. Nos idosos, a síntese cutânea da vitamina D é bem menor quando comparada com os 
jovens devido ao envelhecimento da pele. Soma-se o fato de permanecerem mais em casa e, quando saem, 
cobrirem mais seus corpos com roupas, constituindo-se em um grupo de risco para deficiência de vitamina D. 
 
• Tabagismo, Os principais são os corticosteroides, mas também os anticonvulsivantes, os imunossupressores e os 
antirretrovirais têm sido responsabilizados pela perda óssea. 
 
 
TRATAMENTO COM CORTICOIDES: 
 
- Este medicamento, bem como os anticonvulsivantes, imunossupressores, antirretrovirais, tem sido 
responsabilizados pela perda da massa óssea. Pois, estes afetam a massa esquelética, podendo acelerar a perda de 
massa óssea, assim como alterar o cálcio sérico. Desse modo, devem ter indicação precisa e usados na menor dosagem 
efetiva, durante o menor tempo necessário, para que não haja a suscetibilidade a iatrogenias. 
 
• Tratamento com outros fármacos que induzem perda de massa óssea (fenibarbital, varfarina, heparina) 
• Baixo índice de massa corpórea (IMC menor que 19 Kg por metro quadrado): 
 
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- A densidade mineral óssea está associada ao peso. Existem dois mecanismos possíveis: o aumento dos níveis de 
estrogênio, pela conversão no tecido adiposo da testosterona em estradiol e da androstenediona em estrona, e o 
estímulo da formação de osso novo para atender ao maior esforço em responder as cargas aumentadas de peso. 
Portanto, pessoas magras estão mais propensas a osteoporose. 
• Amnorreia primária ou secundária 
• Hipogonadismo primário ou secundário em homens 
• Perda de peso após os 25 anos 
• Tabagismo, alcoolismo e sedentarismo: 
- O tabagismo representa outro fator de risco para osteoporose. Sabendo-se que os fumantes tem 10 a 30% menos 
conteúdo mineral que os não fumantes, entretanto o mecanismo para este ainda não está claro, sendo portanto 
considerado que seja de causas varias. 
- Refere-se a um efeito positivo do exercício físico no tocante a densidade mineral óssea. Durante a atividade física, 
com a contração da musculatura ocorre deformação do osso, chamada de piezeletricidade, que estimula a sua 
formação. Este também influencia para o aumento do fluxo sanguíneo para os ossos, trazendo os nutrientes 
necessários, favorecendo assim a sua formação. 
• Imobilização prolongada: 
- Pacientes confinados no leito chegam a perder cerca de 1% de osso trabecular por semana. 
• Passado de dieta pobre em cálcio: 
- A nutrição pode ter um papel na perda óssea relacionada a idade. 
. A má absorção de cálcio se instala com a idade. A redução na absorção do cálcio parece ser devida a queda de 25D 
com a idade, secundária a redução da exposição ao sol e a piora do metabolismo de 25D para 1,25 D, pelo declínio 
da função renal. Além disso, os receptores de vitamina D estão em menor número na mulher idosa e após a 
menopausa. 
A adequada exposição solar é necessária para a produção de vitamina D na pele, sendo esta uma substancia 
fundamental para reabsorção de cálcio pelo tubo digestivo. Entretanto, nos idosos a síntese cutânea de vitamina D é 
bem menor quando comparada com os jovens devido ao envelhecimento da pele. Soma-se a isso o fato de 
permanecerem mais em casa, e quando saem cobrem os seus corpos com roupas. Constituindo-se, portanto, em um 
grupo de risco para deficiência de vitamina D. 
. A homeostase do cálcio pode ser alterada pelo consumo de proteínas, que leva a maior excreção de urina ácida, 
promovendo hipercalciúria. Nos seres humanos, a dieta rica em proteína causa só uma perda transitória, quando há. 
Isso porque a carne é rica em fosfato, o qual diminui a excreção de cálcio urinário. Além das proteínas, o sódio 
aumenta a excreção renal de cálcio. 
Doenças que induzem a perda de massa óssea. 
-EXAMES: 
-Não há clínica significativa para o diagnóstico da OP em suas fases iniciais, porém exame físico e anamnese 
completos deverão ser realizados no indivíduo sob suspeita da doença, na tentativa de buscar uma classificação 
etiológica. 
-Exames laboratoriais 
Os exames laboratoriais são geralmente normais na OP involucional ouprimária, do tipo I ou II. Sua solicitação visa 
estabelecer a presença de fatores secundários determinantes da perda de massa óssea, mesmo na ausência de sinais e 
sintomas clínicos. 
 
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Devem ser solicitados em todos os pacientes que apresentem OP: 
Hemograma, velocidade de hemossedimentação (VHS), cálcio sérico, fósforo sérico, proteína total, albumina, 
enzimas hepáticas, creatinina, eletrólitos, glicemia de jejum, dosagem de cálcio na urina de 24 h, a dosagem de 
vitamina D sérica tem sido incorporada a esse arsenal diagnóstico devido à grande prevalência de deficiência na 
nossa população. 
Existindo história clínica ou achados de exame físico sugestivos de outras causas secundárias, testes laboratoriais 
adicionais podem ser necessários. 
Listamos, a seguir, alguns exames: hormônio tireoestimulante (TSH) e paratormônio (PTH) intacto sérico, cortisol 
urinário livre, marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo, discriminados mais adiante; estudo do equilíbrio 
acidobásico, eletroforese de proteínas séricas, anticorpos (AC) antiendomísio, antigliadina e antitransglutaminase, 
aspiração de medula óssea. 
Biomarcadores ósseos 
Os biomarcadores ósseos são produtos da degradação do osso, liberados para a circulação ou urina, derivados de 
atividade osteoblástica e/ou osteoclástica, durante as fases de formação e reabsorção óssea, traduzindo, em última 
análise, a remodelação (turnover) óssea. 
A velocidade de formação ou degradação da matriz óssea pode ser determinada tanto pela atividade enzimática de 
células formadoras e reabsorvedoras, quanto pela medida dos componentes da matriz óssea liberados na circulação 
durante a remodelação. 
Radiografias convencionais 
A sensibilidade e a precisão das radiografias simples para determinar baixa massa óssea são fracas, e, na ausência da 
fratura vertebral, essa técnica não pode ser utilizada para diagnosticar a OP precocemente. No entanto, na presença 
de fratura por baixo impacto, independente da DMO, o paciente deverá ser considerado como osteoporótico. 
Técnicas que medem a densidade óssea 
Com elas, podemos diagnosticar as perdas ósseas, avaliar o risco de fratura e monitorar o tratamento 
A prevenção da OP e das fraturas consequentes apoia-se em um tripé: 
 ■Adequada nutrição 
■Bons hábitos de vida, incluindo exercícios físicos, evitando alcoolismo e tabagismo 
■Controle do ambiente para prevenção das quedas. 
- A DXA é um termo aplicado a métodos capazes de medir a quantidade de osso (conteúdo mineral) em uma área ou 
volume definido, calculando, como resultado desses dois parâmetros, a DMO. 
Mede a densidade óssea, em valores absolutos (g/cm2), em todo o esqueleto ou em regiões específicas, comparando-
os às curvas de normalidade, estabelecendo o diagnóstico precoce da doença, o nível de gravidade e o risco de fratura 
óssea. A DXA permite estabelecer o diagnóstico da OP; determinar o risco de fraturas; auxiliar na identificação de 
candidatos para intervenção terapêutica; avaliar as mudanças na massa óssea, com o tempo, em pacientes tratados ou 
na evolução natural da doença; e aumentar a aceitação e a adesão aos diferentes tratamentos. 
- A DXA avaliada pela técnica DEXA é ainda hoje o padrão-ouro no diagnóstico da OP. 
Todas as mulheres de 65 anos ou mais Mulheres na peri e pós-menopausa com fatores de risco 
Mulheres com amenorreia secundária prolongada (por mais de 1 ano) 
Todos os indivíduos que tenham sofrido fratura por trauma mínimo ou atraumática 
 
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Indivíduos com evidências radiográficas de osteopenia ou fraturas vertebrais Homens com idade superior a 70 anos 
Homens com idade inferior a 70 anos com fatores de risco Indivíduos que apresentem perda de estatura (2,5 cm) ao 
longo da vida ou hipercifose torácica Indivíduos em uso de corticoides por 3 meses ou mais, independentemente da 
dose Indivíduos com índice de massa corporal baixo (IMC de 19 kg/m2 para jovens e, para indivíduos idosos, IMC 
de 22 kg/m2 ) 
Portadores de doenças crônicas ou em uso de outras medicações associadas à OP Para monitoramento de mudanças 
de massa óssea decorrentes da evolução da doença e dos diferentes tratamentos disponíveis 
- Todos os consensos de OP recomendam uma ingesta de 1.500 mg de cálcio para mulheres após a menopausa sem 
terapia estrogênica e 1.000 mg para os homens e mulheres em terapia estrogênica, diariamente, devendo ser 
aumentada para 1.500 mg/dia após os 65 anos. 
 
2 ELUCIDAR AS CARACTERÍSTICAS DAS QUEDAS E SUAS COMPLICAÇÕES NOS IDOSOS 
 
Quedas: 
 
- Definição: 
 
• A queda pode ser definida como um evento descritivo pela vítima ou testemunha, em que a pessoa de forma 
inadvertida vai de encontro ao solo ou a outro local em nível mais baixo que o anteriormente ocupado, consciente 
ou inconsciente, com lesão ou não. 
• Pode-se utilizar o seguinte roteiro para avaliar os diferentes tipos de quedas: 
- Determinação da contribuição externa a queda, avaliando-se se a contribuição teria sido suficiente para fazer com 
que uma pessoa saudável e mais jovem também caísse. 
- Investigação somente daqueles indivíduos que sofreram duas ou mais quedas. 
- Classificação da intensidade de movimento no momento da queda. 
• A queda significa a total perda do equilíbrio postural, decorrentes de fatores próprios da pessoa isolados (aspectos 
do envelhecimento, associados ou não com patologias) e/ou fatores da incapacidade de superar a instabilidade 
provocada por fatores ambientais. 
 
Epidemiologia: 
 
• A incidência de quedas aumenta com a idade e varia de acordo com a situação funcional do indivíduo. 
• Dados: 
- Estima-se que haja uma incidência de 28 a 35% de quedas em indivíduos com mais de 65 anos; 
- 35% naqueles com mais de 70 anos; 
- 32 a 40% nos indivíduos com mais de 75 anos. 
• Por ano ocorrem cerca de 30% de queda nos idosos que vivem em casa e 50% daqueles que estão em instituições 
(asilos, casas de repouso, outros). 
• Em torno de 47% das quedas há como consequência algum tipo de lesão, destas, cerca de 36% a 51% 
caracterizando-se como lesões graves. 
 
Complicações decorrentes de quedas: 
 
• Consequências frequentes relacionadas a quedas: fraturas, medo de cair, abandono de atividades, modificações 
de hábitos e imobilidade 
 
 
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Morte: 
- Morte representa uma consequência bem menos frequente as fraturas. 
- Os acidentes são a quinta causa de morte em pacientes mais velhos e as quedas constituem dois terços dessas mortes 
acidentais. 
- A maior parte das mortes decorrentes de quedas ocorre naqueles com mais de 65 anos de idade e as complicações 
de quedas são a causa principal de morte por trauma em indivíduos com mais de 65 anos. 
- Quase todas as mortes devem-se a fratura de colo femoral. 
 
Lesões: 
 
- As lesões decorrentes de quedas são comuns, embora a maior parte seja de pequena gravidade e mais da metade 
dos pacientes não procure atendimento médico. 
- A maior parte das lesões graves e fraturas nos pacientes mais velhos são decorrentes de quedas, embora as fraturas 
ocorram em menos de 10% desses eventos. 
 
Medo de quedas: 
 
- As pessoas que caíram experimentam o medo de novas quedas. Esta síndrome também é conhecida como síndrome 
de ansiedade pós quedas. 
- A perda de confiança decorrente pode resultar em restrição de atividades e representar um fator significativo para 
a transferência da vítima para um ambiente mais limitado e supervisionado, como uma casa de repouso. 
- A perda de confiança na capacidade de deambular com segurança pode aumentar o declínio funcional, depressão, 
sentimentos de inutilidade e isolamento social. 
- As quedas resultam em lesões físicas, perdas funcionais ou períodos prolongados em que a pessoa permanece ao 
chão são as que mais se relacionam ao medo significativo de quedas. 
 
Permanência prolongada no solo após uma queda, redução nasatividades e na independência: 
 
- Após uma queda, até metade dos indivíduos mais velhos, mesmo sem lesões, pode não conseguir levantar sem 
auxílio. Esses indivíduos estão mais propensos a desidratação, pneumonia, ulceras de decúbito e rabdomiolise e 
tendem a ser mais velhos e mais frágeis do que aqueles que se levantam sem ajuda. 
- Estes correm maior risco de morte, perda de independência e institucionalização 
- Fraturas de colo femoral são causas conhecidas de declínio funcional em relação ao estado anterior a fratura, 
havendo evidencias de que outros tipos de fraturas também possam ter influência significativa sobre a independência. 
 
Fatores de risco: 
 
• Os fatores podem ser divididos em: Intrínsecos, Extrínsecos e Comportamental 
 
Fatores intrínsecos: 
 
• História prévia de quedas: Uma ou mais quedas no ano anterior aumenta o risco de quedas no ano subsequente. 
 
• Idade: A prevalência de quedas aumenta com o envelhecimento. 
(Entretanto, um estudo de revisão demonstrou que de 11 estudos apenas 4 apontaram uma relação positiva entre 
aumento de idade e futuras quedas) 
 
• Sexo feminino: Nas faixas etárias mais velhas da população, a proporção de quedas pelas mulheres é maior do 
que quando comparada com os homens. 
 
10 Jéssica Couto- 3º Período 
 
• Medicamentos: São fatores predisponentes: 
 - Drogas psicoativas; 
 - Drogas de uso cardiológico (como diuréticos, antiarritímicos, vasodilatadores e glicosídeo 
cardíaco) 
 - Polifarmácia (uso de 4 ou mais medicamentos de forma simultânea). 
 
• Condição clínica: 
 
- Doenças como HAS, DM e doenças neurológicas ou osteoarticulares que afetem a força muscular, o equilíbrio e a 
marcha são fatores de risco comuns. 
- Hipotensão ortostática (queda súbita da pressão sanguínea quando o indivíduo assume a posição ereta). 
- Doenças agudas ou condições crônicas descompensadas que afetem a perfusão cerebral também podem precipitar 
uma queda. 
 
• Distúrbio da marcha e equilíbrio: Podem ser decorrentes do próprio envelhecimento, predispondo a quedas 
quando ocorre declínio da força e da resistência abaixo do limiar mínimo para a realização independente das 
atividades da vida diária. 
 
• Sedentarismo: Pode acarretar importante disfunção musculo- esquelética. 
 
• Estado psicológico: O medo de cair novamente após uma queda está correlacionado com pior desempenho da 
marcha e novos episódios de quedas, podendo restringir atividades físicas e sociais. O estado depressivo também 
está associado a quedas. 
 
• Deficiência nutricional: Relacionando-se a um distúrbio da marcha, perda de força muscular e osteoporose. 
 
• Declínio cognitivo: Mesmo um discreto déficit pode aumentar o risco de quedas. 
 
• Deficiência visual: Alterações da acuidade e do campo visual, bem como, catarata, glaucoma e degeneração 
macular estão correlacionados com o aumento do risco de quedas. 
 
• Doenças ortopédicas: Doenças como espondilose cervical, que pode provocar tontura e desequilíbrio, e 
problemas nos pés, como calos, deformidades, ulceras e dor ao caminhar, também contribuem para a gênese da 
queda. 
 
• Estado funcional: O risco de queda aumenta progressivamente conforme o grau de dependência do indivíduo. 
 
Fatores extrínsecos: 
 
• Iluminação inadequada; 
• Superfícies escorregadias; 
• Tapetes soltos ou com dobras; 
• Obstáculos no caminho (móveis baixos, pequenos objetos, fios); 
• Ausência de corrimão em corredores e banheiros; 
• Prateleiras excessivamente baixas ou elevadas; 
• Roupas e sapatos inadequados; 
• Via pública mal conservada e com buracos ou irregularidades; 
 
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• Órtese (dispositivo médico prescritos por um médico em casos de acidentes, doenças do sistema locomotor ou 
sistemas de sustentação e promovem a recuperação. Tem como objetivo ajudar as pessoas a aumentar sua 
mobilidade) inapropriadas. 
 
Fator comportamental: Grau de exposição ao risco 
• As pessoas mais inativas e as mais ativas são as que tem um maior risco de cair, as primeiras possivelmente pela 
fragilidade e as demais pelo grau de exposição ao risco. 
• Deve-se incluir na anamnese uma avaliação de fatores de risco a partir de perguntas específicas, como: História 
prévia de quedas, circunstancias das mesmas, uso e alterações recentes de medicamentos, evidencias de maus 
tratos, doenças músculo- esqueléticas, capacidade funcional e fatores de risco ambientais. 
• Além de ser realizado o exame físico tradicional, é necessário o teste “levante-se e ande”: Neste o paciente 
sentado em uma cadeira sem braços deverá levantar-se e caminhar 3 metros até uma parede, virar-se sem tocá-
la, retornar a cadeira e sentar-se novamente, a medida que o médico observa eventuais problemas de marcha e 
equilíbrio. 
Prevenção: 
 
• Otimização medicamentosa: 
 
- Há uma associação bem estabelecida entre o uso de psicoativos e quedas (antidepressivos, ansiolíticos, 
neurolépticos e os hipnóticos os mais envolvidos). Desse modo, a suspensão desses medicamentos reduz o risco de 
quedas. 
 
• Exercício físico: 
 
- A implementação de um programa de exercícios físicos que melhore a força muscular e o equilíbrio, orientado de 
forma individualizada por profissional capacitado, é capaz de reduzir o risco de quedas. 
- Entretanto, apesar dos benefícios comprovados, o tipo, a duração e intensidade de exercícios necessários para 
diminuir esse risco ainda não são bem estabelecidos. 
- Tai Chi Chuan: A prática deste pode prevenir quedas em idosos relativamente saudáveis da comunidade, assim 
como naqueles sedentários, com melhora do equilíbrio. 
 
• Correção dos fatores de risco ambientais: 
- As evidencias atuais revelam que a intervenção sobre esses fatores, quando realizada por profissional especializado, 
pode prevenir quedas em idosos com história prévia. 
• Correção visual: 
 
- Cirurgia de catarata 
- Embora o déficit visual seja um fator de risco estabelecido para quedas, não há estudos controlados com esta 
intervenção isoladamente que comprovem a sua efetividade na redução de incidência de quedas. 
 
• Intervenções multifatoriais: 
- Programas de intervenção multifatorial são efetivos para redução de quedas em idosos da comunidade. – Tais 
programas incluem: exercícios físicos, além e pelo menos outra das seguintes estratégias: correção da visão e riscos 
ambientais, tratamento da hipotensão ortostática, revisão de medicamentos e aconselhamento sobre prevenção e 
quedas. 
 
 
12 Jéssica Couto- 3º Período 
 Instabilidade postural e quedas: 
• A instabilidade postural e quedas representam a principal causa de incapacidade entre idosos. Porém, grande 
parte dos profissionais de saúde não encontram-se preparados o suficiente para enfrentar tal realidade, quer seja 
em seus aspectos preventivos, como nas questões assistenciais imediatas após a queda. 
• A postura está relacionada com a coordenação, equilíbrio e o controle postural. Um dos principais problemas 
associados ao envelhecimento humano é a redução da habilidade para controlar a postura e a marcha. 
 
Alterações da marcha e do equilíbrio: 
 
• A manutenção da postura e da marcha demandam um grande esforço dos sistemas músculo esquelético e nervoso, 
não apenas para suportar o corpo, mas também para preservar o equilíbrio. 
• Os distúrbios do equilíbrio decorrentes do envelhecimento alteram os sistemas sensitivos, visual e efetor e ainda 
estão associados as doenças crônico- degenerativas e ao ambiente em que o idoso está inserido, gerando 
instabilidade postural e risco de quedas. 
 
Disfunção das vias sensoriais aferentes: 
 
• Visão: 
- A visão contribui para o equilíbrio normal e o idoso frágil torna-se mais dependente desta à medida que o 
envelhecimento determina uma disfunção dos outros componentes do sistema de controlepostural. 
- Patologias que comprometem a acuidade visual, a sensibilidade aos contrastes e a percepção de profundidades estão 
associados a instabilidade postural e quedas. 
• Sistema vestibular: 
 
- Há uma hipofunção do sistema vestibular em idosos e isto pode resultar em disfunção no controle postural e gerar 
instabilidade quando não pode ser compensada pelos outros sistemas sensoriais. 
 
• Propriocepção: 
- Algumas situações podem agravar no idoso a perda da propriocepção observada no envelhecimento fisiológico. 
Alterações degenerativas ósteo- musculares levam a lesão de mecanorreceptores e com isso pode haver uma redução 
da propriocepção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 Jéssica Couto- 3º Período 
3 CARACTERIZAR A CASA SEGURA PARA O IDOSO 
 
 
 
14 Jéssica Couto- 3º Período 
 
 
 
 
 
15 Jéssica Couto- 3º Período 
4 ENTENDER A SÍNDROME DA FRAGILIDADE: 
 
Fragilidade representa um estado de vulnerabilidade fisiológica relacionada à idade, produzida 
pela reserva homeostática diminuída e pela capacidade reduzida do organismo de enfrentar um 
número variado de desfechos negativos de saúde, como internações hospitalares, quedas e perda 
funcional, com aumento da probabilidade de morte A diminuição da força muscular e da reserva 
funcional, leva a uma maior morbimortalidade. 
Fragilidade não deve ser confundida com incapacidade, vulnerabilidade não fisiológica e 
multimorbidades. 
 Existem diversos instrumentos para identificar o idoso frágil ou o idoso vulnerável, que ajuda 
identificar os pacientes idosos de maior risco para eventos adversos, como quedas, 
institucionalização e morte. A sarcopenia, a disfunção neuronal e endócrina, a diminuição de 
resposta aos agressores, levam ao aparecimento da fragilidade. 
- Em resumo, estes autores definiram a fragilidade como uma síndrome de declínio espiral de 
energia, embasada por um tripé de alterações relacionadas com o envelhecimento, composto por 
sarcopenia, desregulação neuroendócrina e disfunção imunológica. Os idosos portadores desta 
tríade estariam propensos à redução acentuada da massa muscular e a um estado inflamatório 
crônico que, se associados a fatores extrínsecos como a incidência de doenças agudas ou crônicas, 
a imobilidade, a redução da ingestão alimentar e outros, levariam a um ciclo vicioso de redução 
de energia e aumento da dependência e suscetibilidade a agressores. 
 
FISIOPATOLOGIA DA FRAGILIDADE: 
 
 
16 Jéssica Couto- 3º Período 
 
- Enquanto a fragilidade é um quadro necessariamente multissistêmico de instalação lenta e que 
promove vulnerabilidade da regulação homeostática, a incapacidade pode se instalar de maneira 
aguda e comprometer um único sistema, como em um acidente vascular encefálico que evolua 
para a permanência de sequelas e que, não necessariamente, implica instabilidade homeostática 
de seu portador. Neste caso, o portador da incapacidade pode não ser portador de fragilidade, 
exemplo que diferencia as duas condições. 
TEORIA DO ACÚMULO DE DÉFICIT: 
 É o resultado do acúmulo de doenças, disfunções subclínicas e incapacidades em órgãos e 
sistemas. 
TEORIA DO FENÓTIPO FÍSICO DE FRAGILIDADE: 
É o declínio de energia por causa do envelhecimento, sarcopenia, desregulação endócrina e 
disfunção imunológica. 
FATORES DE RISCO: 
• Idade maior que 75 anos; • Baixa escolaridade; • Depressão; • Insuficiência cardíaca; • Doenças 
respiratórias; • Desnutrição; • Anemia; • Baixa acuidade sensorial 
 
17 Jéssica Couto- 3º Período 
 
 
➔ Idosos portadores de três ou mais desses critérios são classificados como frágeis, idosos 
com um ou dois critérios, pré-frágeis, e idosos sem a presença destes critérios, não frágeis. 
 
 
18 Jéssica Couto- 3º Período 
 
 
PREVENÇÃO: 
Existem diversos instrumentos para o diagnóstico de fragilidade, alguns baseados na detecção da 
redução de reservas funcionais (p. ex., velocidade de marcha, força muscular), outros baseados 
na detecção de déficits funcionais e biológicos acumulados 
TRATAMENTO: 
MANEJO DE COMORBIDADES: 
É necessário controlar as doenças de base, como diabetes e hipertensão. 
• Diabéticos: cuidar da hipoglicemia e hipotensão. 
• Hipertensos: menos estatinas e mais bloqueadores de receptor de angiotensina (bloqueio do 
sistema renina angiotensina- aldosterona diminui inflamação). 
MANEJO FARMACOLÓGICO: 
É necessário cuidar dos eventos adversos (Critérios de Beers). 
NUTRIÇÃO: 
A desnutrição é muito comum em idosos, assim, é necessário: 
• Ingestão adequada de macro e microelementos (carboidratos, proteínas e gordura); 
• Aumentar ingesta calórica (gordura do azeite de oliva, amendoim, carboidratos e proteínas); 
 
19 Jéssica Couto- 3º Período 
• Aumentar proteínas (de preferência animal); 
• Aumentar o número de refeições (5 a 6); 
• Níveis séricos de vitaminas C, D e E são associados à fragilidade. ATIVIDADE FÍSICA

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