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Fratura Bilateral de Tíbia em Cão Relato de Caso Apresentação Clínica Idade 7 Meses Peso 14KG Raça Border Collie Perda de movimentos membros posteriores Sexo Fêmea Sinais Clínicos Possível fratura de tíbia no exame físico Diagnóstico Realização de radiografia através de incidência médio lateral de ambos os membros que constatou; ● Fratura diafisária tibial bilateral; ● Exames laboratoriais sem alteração. Tratamento ● Tratamento cirúrgico mediante a inserção intramedular de pinos de Steinmann para fixação do osso. ● A escolha do método de fixação baseia-se no tipo, localização da fratura, tamanho e idade do animal, número de ossos envolvidos e viabilidade dos tecidos moles circunjacentes. ● O método de fixação com pinos intramedulares principalmente em animais de pequeno e médio porte tem grandes chances de êxito no procedimento e no pós- cirúrgico, pois permite que o animal apóie o membro operado mantendo a dinâmica músculo-tendinosa e articular do membro evitando assim atrofia da musculatura. ● Neste animal foi feito uma incisão crânio medial para exteriorizar as bordas para possível reparação da fratura, opta-se sempre por incidir medialmente, pois é uma área com menos cobertura de massa muscular e livre de inervações que comprometam o movimento do membro em caso de acidente cirúrgico Anestesia O animal foi pré-anestesiado com anestesia dissociativa de ketamina; ● Ketamina 5mg/kg; ● Diazepam 0,5mg/kg. Para melhor analgesia foi realizado anestesia epidural na dose de 1ml/4kgPV, composto; ● Lídocaina 2% 0,5ml; ● Bupivacaína 0,5% 0,5ml; ● Citrato de Fentanila 0,02mg/kg. Para entubação orotraqueal; ● Proporfol 6mg/kg. ● Manutenção, Anestesia inalatória com isofluorano e oxigênio 100% Cirurgia ● A fáscia subcutânea foi incisada na mesma linha da incisão cutânea, após identificou-se os vasos safenos e nervo fibular superficial sendo desviados do foco da fratura por meio de ancoragem com fio de sutura. ● O cotos ósseos foram expostos pela incisão da fáscia crural profunda, os músculos tibial cranial, poplíteo e flexor digital foram rebatidos através de elevação subperiosteal. ● Posterior ao alinhamento dos cotos fraturados foi feito a introdução normógrada (Figura 2) de dois pinos intramedulares de Steinmann através da pele e ao longo da extremidade medial do ligamento patelar, ou seja, no platô da tíbia, percorrendo via intramedular até a extremidade distal da tíbia e impactada no osso trabecular por meio de perfuratriz. Cirurgia ● Palpou-se o maléolo medial para verificar a profundidade de penetração do pino, evitando sua saída a nível articular, em seguida cortou-se as extremidades proximais dos pinos e verificou-se se os mesmos interferiam no movimento da articulação femoropatelar. ● Após lavagem abundante do foco fraturado com solução salina estéril, foi feito a miorrafia com fio absorvível sintético número 3.0 e pontos tipo Sultan, a pele foi aproximada com fio inabsorvível sintético número 3.0 e pontos isolados simples.O mesmo procedimento foi repetido no membro contra-lateral, devido a semelhança das fraturas. Pós Operatório Antibioticoprofilaxia Imediata • Ceftriaxona 20mg/kg Iv Analgesico (via endoflébica) • Cloridrato de Tramadol 2mg/kg Limitar a movimentação • Bandagens compressivas • Talas em ambos os membros Referências bibliográficas BERNARDI, Éder L., et al. "FRATURA BILATERAL DE TÍBIA EM CÃO-RELATO DE CASO."
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