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Profa. Dra. Cintia Freitas UNIDADE I Cinesioterapia Quais são as queixas trazidas pelo paciente em relação ao movimento? Diminuição da amplitude de movimento; Dificuldade para movimentar a articulação; Dor durante o arco de movimento; Medo de fazer um determinado movimento. Mobilizações articulares – raciocínio clínico Objetivo: o que se deseja ganhar? Aumentar a amplitude, melhorar a dor, melhorar a força, diminuir o medo, ganho de função. Conduta: como atingir o objetivo terapêutico? Mobilizar (artrocinemática e osteocinemática); Alongar. Exemplo: encurtamento adaptativo dos tecidos moles ou limitação óssea. Mobilizações articulares – raciocínio clínico Fonte: Livro-texto. Osteocinemática: descreve o movimento* dos ossos em relação aos três planos cardeais. Relação entre dois ou mais segmentos ósseos. *Movimentos em torno de um eixo. Artrocinemática: descreve o movimento* que ocorre entre as superfícies articulares. *Rolamento, deslizamento, giro. Mobilizações articulares: osteocinemática e artrocinemática Osteocinemática Artrocinemática Fonte: Livro-texto. Mobilizações articulares – técnicas Passiva Ativo-assistida Ativa Autoassistida Fonte: Livro-texto. Movimento produzido por uma força externa. Gravidade, aparelho, terapeuta, próprio indivíduo. Mobilização passiva *Não há contração voluntária! Fonte: Acervo pessoal.Fonte: Livro-texto. Movimento passivo ininterrupto por um período prolongado. (Ciclos/min.) controlados. Pós-operatório. Protocolos variados. Mobilização passiva contínua Cíntia Domingues de Freitas 2019 Fonte: Livro-texto. Manter ou ganhar a amplitude de movimento. Manter a integridade dos tecidos moles. Prevenir as aderências. Auxiliar a circulação. Nutrir a cartilagem articular (produção de líquido sinovial). Ensinar um exercício. Percepção do movimento (propriocepção). Diminuir a dor. Não previne a perda de força ou de massa muscular. Ex.: coma, paralisia, repouso total no leito, reação inflamatória, dor, imobilização prolongada. Indicações de mobilização passiva Paciente é incapaz ou não pode mover o segmento ativamente. Movimento ativo auxiliado por uma força externa (manual ou mecânica). Os músculos precisam de assistência para completar o movimento. Mobilização ativo-assistida Fonte: Livro-texto.Fonte: Acervo pessoal. Movimento produzido ativamente, sem o auxílio externo. Mobilização ativa Fonte: Livro-texto. Movimentos ativos livres das extremidades. Diminuir o edema e ativar a circulação; aumentar o retorno venoso. Prevenir as complicações vasculares, como a trombose venosa profunda. Indicados para pacientes acamados ou com distúrbios venosos dos membros inferiores. Exercícios de bombeamento ativo Fonte: Livro-texto. O paciente se automobiliza, utilizando o membro normal para mobilizar o membro envolvido. Posicionamentos variados: deitado, sentado, em pé etc. Associar com recursos (bola, bastão, polias, toalhas...). Mobilização autoassistida ou automobilização Fonte: Livro-texto. Descreva como a síndrome do imobilismo pode afetar o movimento e quais técnicas de mobilização você pode utilizar para prevenir os efeitos deletérios do imobilismo prolongado. Interatividade Ao passar um tempo prolongado sem movimento, o sistema musculoesquelético sofrerá os efeitos deletérios da síndrome do imobilismo, como, por exemplo, em situações nas quais o paciente permanece, por muito tempo, acamado no leito. A síndrome do imobilismo gerará uma diminuição da capacidade funcional e a perda de massa óssea e muscular, a diminuição da força e da resistência muscular, a diminuição da amplitude de movimento e o risco de formação de contraturas, deformidades e úlceras de decúbito, além da diminuição da capacidade respiratória. Resposta As técnicas de mobilização passiva poderão ser aplicadas, ainda, com o paciente sedado ou inconsciente, ou em situações nas quais ele não é capaz de se movimentar, ativamente, para prevenir as deformidades. As técnicas de mobilização ativo-assistidas e ativas serão aplicadas nos pacientes que interagem e que são capazes ou estão liberados para movimentar as articulações ativamente. Os pacientes acamados também devem ser orientados a realizar exercícios de bombeamento ativo para prevenir a trombose. Resposta Movimentos oscilatórios: movimentos fisiológicos (osteocinemática) ou técnicas intra-articulares (artrocinemática). Graus em diferentes amplitudes. Graus para diferentes objetivos terapêuticos. Mobilizações articulares: graus de mobilização Mobilidade articular disponível A lo n g a m e n to I II III IV R e s is tê n c ia d o t e c id o L im it e a n a tô m ic o Fonte: Livro-texto. Mobilizações articulares: exemplos práticos de graus de mobilização. Mobilizações do cotovelo Fonte: Livro-texto. Mobilizações articulares: exemplos práticos de graus de mobilização. Mobilizações glenoumerais Fonte: Livro-texto. Mobilizações articulares: exemplos práticos de graus de mobilização. Mobilizações de tornozelo Fonte: Livro-texto. Mobilizações articulares: exemplos práticos de graus de mobilização. Mobilizações de punho Fonte: Livro-texto. Prejuízo da cicatrização. Instabilidade do foco de fratura. Contração muscular proibida. Condição cardiovascular instável. Aumento da dor. Aumento da inflamação. Mobilizações articulares – contraindicações Um paciente, após permanecer por um tempo prolongado imobilizado, devido a uma fratura de úmero, chega à sua clínica com uma limitação de amplitude para a extensão de cotovelo, conforme observado na imagem. A flexão de cotovelo apresentada se deve ao encurtamento adaptativo da cápsula anterior e dos músculos flexores do cotovelo. Não há um bloqueio ósseo identificado na radiografia. Diante do quadro clínico apresentado por este paciente, qual grau de mobilização você utilizaria? Qual técnica de alongamento seria indicada? Justifique a sua resposta. Interatividade Fonte: Livro-texto. Neste caso, como o paciente apresenta um encurtamento adaptativo capsular e muscular, o objetivo terapêutico é o ganho de amplitude de movimento por meio do alongamento tecidual. A conduta de mobilização deverá ser feita por meio de técnicas osteocinemáticas ou artrocinemáticas, no grau III ou IV, atingindo-se a resistência tecidual para promover o alongamento dos tecidos. Além das mobilizações, poderão ser realizados exercícios de alongamento estático passivo, técnicas de inibição neuromuscular, com o auxílio do fisioterapeuta e de orientações de alongamentos estáticos ativos, além de automobilizações para o paciente realizar em casa. Resposta Objetivo terapêutico: manutenção ou ganho de flexibilidade. Nas posturas ou nos movimentos de alongamento, os músculos deverão ser colocados em situações que afastem a origem e a inserção muscular, pensando-se na ação contrária do músculo. Exemplos: isquiossurais, tríceps sural. Alongamento muscular: raciocínio clínico Fonte: Livro-texto. Técnicas de alongamentos: Alongamento estático: passivo e ativo; Alongamento passivo mecânico prolongado; Alongamento dinâmico; Alongamento cíclico; Alongamento balístico. Técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptiva: Contração-relaxamento e contração do agonista. Alongamento muscular: técnicas Alongamento estático: Método no qual os tecidos moles são alongados um pouco além do ponto de resistência do tecido e mantidos na posição alongada por um tempo; Passivo ou ativo. Alongamento muscular: técnicas AtivoPassivo Fonte: Livro-texto. Alongamento mecânico passivo prolongado: Neste alongamento são utilizados recursos para alongar uma contratura e aumentar a amplitude de movimento; Os recursos incluem: tornozeleiras, sistema de polias com pesos,gessos seriados, órteses ou aparelhos automatizados para o alongamento; Exemplo a seguir: a duração do alongamento mecânico varia de 15 a 30 minutos. Alongamento muscular: técnicas Fonte: Livro-texto. Alongamento dinâmico: A amplitude dinâmica do movimento é o alongamento ativo do músculo, durante uma contração voluntária lenta e controlada na amplitude máxima da articulação. Os termos “amplitude de movimento dinâmica” e “alongamento ativo” são, também, empregados para descrever o uso de uma contração agonista para alongar o músculo e aumentar a amplitude de movimento. Alongamento muscular: técnicas Fonte: Livro-texto. Alongamento cíclico: Força de alongamento, relativamente curta, que é aplicada, liberada e, depois, reaplicada, várias vezes, de forma gradual; Múltiplas repetições; Ciclos de 5 a 10 seg. Alongamento muscular: técnicas Fonte: Livro-texto. Alongamento balístico: Alongamento de alta velocidade e alta intensidade; Movimentos amplos e vigorosos; Indicado para ações balísticas (especificidade no esporte); Não recomendado para os idosos, os sedentários ou as patologias musculoesqueléticas. Alongamento muscular: técnicas Fonte: https://j.gifs.com/jZrDry.gif O uso de inibição neuromuscular antes e durante o alongamento aumenta o relaxamento do músculo, à medida que é alongado. Quando o músculo é reflexamente inibido, há menos resistência por parte das unidades contráteis do músculo. Essas técnicas dependem de uma inervação normal e de um controle voluntário do músculo. Mais confortáveis e promovem maior ganho de amplitude de movimento. Alongamento muscular: técnicas de inibição neuromuscular Técnica de contração-relaxamento: Mecanismo neuromuscular: inibição reflexa (órgão tendinoso de Golgi); Colocar o músculo que será alongado na amplitude máxima de alongamento; Solicitar a contração isométrica (6 a 10 seg.) desse mesmo músculo; Em seguida, solicitar o relaxamento desse músculo e mover a articulação passivamente, até a nova amplitude disponível. Alongamento muscular: técnicas de inibição neuromuscular Fonte: Livro-texto. Técnica da contração do agonista: Mecanismo neurofisiológico envolvido: inibição recíproca; O agonista refere-se ao músculo oposto ao que será alongado; Alongar passivamente o músculo até uma amplitude confortável; Solicitar ao paciente uma contração concêntrica do músculo oposto ao músculo limitador da amplitude, durante o alongamento; Ganhar amplitude junto com a contração do agonista. Alongamento muscular: técnicas de inibição neuromuscular Fonte: Livro-texto. Tipo de técnica: a escolha da técnica vai variar com a condição clínica e física de cada indivíduo, e com o tipo de população trabalhada. Intensidade: a amplitude do alongamento determinará a intensidade do exercício; o limite é a resistência oferecida pelo tecido e a sensibilidade. O indivíduo deverá sentir um leve estiramento. Frequência: poucos estudos tentaram determinar a frequência ideal de alongamento por dia ou por semana: 2 vezes por semana ou dependendo da necessidade. Repetições: o Colégio Americano de Medicina do Esporte recomenda, para o ganho de flexibilidade, cinco repetições por posição. Alongamento muscular: diretrizes Duração: Adultos jovens saudáveis: a partir de 15 segundos a 30 segundos; Parece não haver um benefício adicional em manter cada ciclo de alongamento por mais de 60 segundos; Idosos: ganho mais efetivo com a duração de 60 seg. Alongamento muscular: diretrizes Quando um bloqueio ósseo limita a mobilidade articular. Após uma fratura recente, não consolidada. Evidência de um processo inflamatório ou infeccioso agudo (calor e edema). Quando a regeneração dos tecidos moles puder ser prejudicada (lesões musculares agudas, suturas cirúrgicas recentes). Quando se observar um hematoma ou outra indicação de trauma nos tecidos. Quando já existir a hipermobilidade. Quando as contraturas ou os tecidos moles encurtados são a base de habilidades funcionais melhoradas, particularmente, em pacientes com paralisia ou fraqueza muscular grave. Alongamento muscular: contraindicações ATÉ A PRÓXIMA!
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