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Técnica de preparo de medicamentos Prof. Me. Mariana Teixeira da Silva PLANO DE AULA Disciplina: Habilidades II (matutino e noturno) Docente: Mariana Teixeira da Silva Conteúdo: Preparo de Medicação Objetivo: Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: - Compreender a importância das técnicas de preparo de medicações. - Aplicar técnicas de preparo de medicações . - Aplicar pensamento crítico no processo de prescrições de medicamentos. - Analisar criteriosamente as medicações a serem preparadas e aplicar com segurança as técnicas objetivando o processo como um todo asséptico. Metodologia: Aula expositiva com conteúdo atualizado e participação dos alunos. Referências: - POTTER & PERRY. Fundamentos de Enfermagem. 8ª edição. - NETTINA, S. M. BRUNNER: Prática de Enfermagem. 10ª. Edição. Editora Guanabara Koogan. RJ: 2021. - KAWAMOTO. Fundamentos de Enfermagem. 3ª edição. Editora Guanabara Koogan. RJ: 2012. FALHA RELACIONADA A MEDICAMENTOS https://www.youtube.com/watch?v=RKRYWtXl1bk&t=434s Até 7’08” https://www.youtube.com/watch?v=RKRYWtXl1bk&t=434s FALHAS/ERROS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Forma farmacêutica errada; Frequência errada; Alergias; Prazo expirado/deteriorado; Medicamento errado; Omissão; Paciente errado; Técnica de administração errada; Velocidade de infusão errada; Via de administração errada Administração não autorizada da medicação; Atraso na administração; Ausência de registro; Diluição errada; Dose errada; Duração do tratamento; Erro de preparo Técnica de Preparo de Medicamentos A técnica aqui desenvolvida nos leva a várias reflexões e conjunções de aprendizados. Devemos ter em mente a importância de tal procedimento já que esse pode refletir diretamente no diagnóstico do paciente. É bom relembrarmos então alguns conceitos: O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, aprovado pela Resolução Cofen nº 311/2007, dispõe: ► DIREITOS Art. 46 - Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica na qual não constem assinatura e número de registro do profissional prescritor, exceto em situação de urgência e emergência. 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma, devendo esclarecer com o prescritor ou outro profissional, registrando no prontuário. Técnica de Preparo de Medicamentos ► DIREITOS Art. 10 Recusar-se a executar atividade que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade. ► DEVERES Art. 21 Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da Equipe de Saúde. ► PROIBIÇÕES Art. 30 Ministrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade dos riscos. Técnica de Preparo de Medicamentos A Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, RDC/ANVISA n.º 45, de 12 de março de 2003, que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Utilização das Soluções Parenterais em Serviços de Saúde, diz que: ► O enfermeiro é o responsável pela administração das Soluções Parenterais e prescrição dos cuidados de enfermagem em âmbito hospitalar, ambulatorial e domiciliar. ► A equipe de enfermagem envolvida na administração de soluções parenterais é formada pelo enfermeiro, técnico e/ou auxiliar de enfermagem, tendo cada profissional suas atribuições específicas em conformidade com a legislação vigente. ► O enfermeiro deve regularmente desenvolver, rever e atualizar os procedimentos escritos relativos aos cuidados com o paciente sob sua responsabilidade. Técnica de Preparo de Medicamentos Segundo o Parecer de Câmara técnica Nº 013/2015/CTLN/COFEN, diz: Quanto à administração de uma medicação (preparado/diluído) por outro profissional da área da saúde, a mesma pode ocorrer após a certificação de que no recipiente em questão encontra-se uma etiqueta de identificação contendo o nome do paciente, dose/dosagem, princípio ativo e solução utilizada para a diluição do medicamento, horário e a identificação do profissional (nome e inscrição no respectivo Conselho). Ressalta-se que, antes da administração, checar a integridade da embalagem, a coloração da droga, e a possível presença de corpos estranhos bem como o prazo de validade do medicamento. Segurança do Paciente 2 1 3 4 Segurança do Paciente Paciente certo Dose certa Medicamento certo Via certa Hora certa 6- Tempo certo 5 9- Validade 8- Abordagem 7- Registro certo 10-Armazenamento 11-Orientação Segurança do Paciente Segurança do Paciente Segundo IBES (Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde) 1. Medicação certa 2. Paciente certo 3. Dose certa 4. Via certa 5. Horário certo 6. Registro certo 7. Ação certa 8. Forma farmacêutica certa 9. Monitoramento certo Responsabilidades Devemos lembrar que a responsabilidade é multiprofissional. Farmacêutico, Médico, Enfermeiro, Técnico de enfermagem, Auxiliar de enfermagem, todos são responsáveis, cada um desenvolve um papel importante que vai desde a aquisição, identificação, conferência, prescrição, preparo e administração de medicamentos. Tipos de ditrações Durante o preparo de medicação, deve-se manter a atenção completa para a técnica e cuidados do momento. Distrações devem ser eliminadas a fim de não confundir o enfermeiro: - Poluição sonora - Bancada de preparo insuficiente - Múltiplos afazeres (atender o celular ou telefone fixo) - Conversas paralelas - Entre outros Segundo a RDC 36/2013- ANVISA. Em sua resolução art3º cita uma de suas resoluções sobre Eventos Adversos: evento que resulta a dano a saúde. Durante a etapa de preparo de medicação, na ocorrência de evento adverso, notifique sua coordenação imediatamente. Vamos manter a segurança do paciente e a nossa. Evento Adverso Tipos de ditrações Durante o preparo de medicação, deve-se manter a atenção completa para a técnica e cuidados do momento. Distrações devem ser eliminadas a fim de não confundir o enfermeiro: - Poluição sonora - Bancada de preparo insuficiente - Múltiplos afazeres (atender o celular ou telefone fixo) - Conversas paralelas - Entre outros Qual a diferença do equipo de macrogotas e microgotas? O formato maior do equipo macrogota dá o formato da gota em sua estrutura normal em que 20 gotas equivalem a 1ml. Já o formato do equipo microgota tem estrutura menor e mais fina para que o gotejamento seja gradativamente menor em que 60 gotas equivalem a 1ml. O Polifix ou Extensofix tem por finalidade aumentar e prolongar as vias de infusão a partir de um único acesso venoso, permitindo infusões simultâneas de medicamentos compatíveis. São indicados para infusões simultâneas de soluções parenterais de modo a proporcionar maior conforto e facilitando a mobilidade do paciente. Para manter o acesso venoso e infusão de medicamentos de tempo prolongado. Vamos para a técnica? Separando o material Para essa prescrição vamos precisar de: -Medicação- Zofran 4mg/ ampola 4ml -Soro fisiológico 100 ml - Equipo macrogotas -Polifix -Abocath (Nº: 14, 16, 18, 20, 22, 24) -Seringa 5ml -Agulha 40X12 -Algodão -Àlcool 70% -Micropore -Bandeja auxiliar Técnica- Prática Inicialmente devemos fazer higienização das mãos; devemos manter bancada e bandeja auxiliar desinfectadas; conferir prescrição, medicação e dose; abrir seringa e agulha conforme técnica asséptica; conectar agulha na seringa; desgrudar o embolo da seringa; com algodão humidecido de àlcool 70% fazer desinfecção da ampola; quebrar ampola com técnica asséptica sem riscos; aspirar com a seringa a medicaçãocontida na ampola; importante: não encostar a posta da agulha na parte externa da seringa; após aspiração injetar a medicação no soro fisiológico de 100ml; abrir equipo macrogotas e polifix 2 vias conforme técncias assépticas; conectar extremidade do equipo no polifix; conectar outra extremidade do equipo macrogotas no frasco de soro fisiológico e promover hidratação do equipo e polifix; importante: não deve ter bolhas de ar na extensão do equipo e nem do polifix; fechar a via do polifix hidratada e abrir outra via, afim de manter hidratado; importante: não retirar tampa proterora da extremidade do polifix, onde sera conectada no abocath; fazer identificação do medicamento a ser administrado. Material preparado vamos a prática: -Bandeja preparada -Testar via de administração Via intravenosa permeável? Inserir nova via? -Condições do paciente -Técnicas assépticas aplicadas -Após aplicação, observar: Reações adversas Irritabilidade medicamentosa Reação do paciente Tipos de administração: -Bolus: Se refere à administração de um medicamento diretamente de uma seringa no sistema de infusão intravenoso ou através de um dispositivo intravenoso. Indicações: Quando necessário atingir rápida concentração de medicamento na corrente sanguínea. Para administração de doses de ataque em casos emergenciais que necessitem rápida resposta medicamentosa. - Infusão Secundária: (piggyback) Refere a administração de medicação adicional a infusão primária. Assegurar a técnica asséptica. Previna a entrada de ar. Prepare o equipo secundário, e/ou seringa de administração. Utilize a via auxiliar do polifix, ou se necessário torneirinha de 3 vias. Se for medicação em seringa prepare o flush: Objetivando “lavar” permitindo que todo o medicamento administrado tenha penetrado a corrente sanguínea. - Infusão Contínua: Refere a administração intravenosa de forma contínua por horas ou dias intermitente. Recomenda-se uso de dispositivo eletrônico de infusão, denominados de Bomba de Infusão. Oriente o paciente sobre a medicação e a importância de se manifestar caso sinta algum desconforto durante a infusão. Mantenha a técnica asséptica durante todo o procedimento. Seleção do dispositivo intravenoso A seleção do dispositivo vai depender da necessidade do paciente, duração e quantidade da infusão e claro as características do paciente. Evite instalar o acesso venoso em membros com curativos, imobilidade prejudicada, com sequelas de acidente vascular encefálico, do mesmo lado de dissecção de linfonodos axilares ou mastectomia. -Cateter intravenoso periférico curto -Cateter intravenoso periférico médio -Cateter intravenoso central Referências POTTER & PERRY. Fundamentos de Enfermagem. 8ª edição. NETTINA, S. M. BRUNNER: Prática de Enfermagem. 10ª. Edição. Editora Guanabara Koogan. RJ: 2021. KAWAMOTO. Fundamentos de Enfermagem. 3ª edição. Editora Guanabara Koogan. RJ: 2012.
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