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OSTEOTOMIA DA BULA TIMPÂNICA LATERAL OU VENTRAL – a osteotomia ventral é mais interessante, porque favorece uma melhor drenagem. Mas na hora em que a ablação total do conduto está sendo feita o animal vai estar em decúbito lateral, e com isso a melhor osteotomia para ser feita nesse momento é a lateral. Porque senão vamos ter que virar o animal, fazes a osteotomia ventral, e voltar com o animal para decúbito lateral para suturar. Então quando associado com ablação total fazemos a osteotomia lateral. INDICAÇÃO E FINALIDADE – na presença de otite media. E a osteotomia é indicada quando for feita a ablação total do conduto auditivo e tiver presença de otite media, para trata-la. E a finalidade é permitir a drenagem da bula timpânica, sendo feito um orifício no osso que é fechado. E atreves desse orifício tem como drenar a infecção. TÉCNICA CIRÚRGICA • LATERAL – É feita a ablação total do conduto auditivo, e depois é feita a osteotomia lateral. E na osteotomia lateral vamos criar um sistema de lavagem, para podermos lavar essa bula no pós-operatório imediato. Sendo feito o sistema de drenagem de entrada e saída. É importante curetar a bula timpânica para retirar restos de membrana timpânica, as sujidades que estão dentro da bula. Mas devemos evitar curetar a porção dorsal da bula por causa do ouvido interno. Temos que tentar evitar deixar qualquer tecido contaminado, porque pode levar a formação de abscesso. • VENTRAL – cuidado na hora de entrar com a broca porque se ela entrar demais ela pode perfurar o ouvido interno na região dorsal. SISTEMA DE DRENAGEM (ENTRADA/SAÍDA) Vamos entrar com uma sonda por cima da cabeça do animal e vamos correr com essa sonda pelo subcutâneo. E com isso essa sonda vai passar por dentro da bula, e quando ela passar por dentro da bula vamos fazer orifícios nela, e ela vai sair por baixo. A sonda utilizada é a uretral. Então ela corre no subcutâneo, passa por dentro da bula sendo furada nesse momento, corre de novo no subcutâneo e passa por de trás da pina. E vamos lavar com soro fisiológico + povidine tópico diluído a 1%, então vamos lavar a bula e depois ele drenar. E logo após o fim da cirurgia, antes do animal sair da anestesia já é feita a primeira lavagem. Fazer o máximo de lavagem possível, sendo legal pelo menos 3 lavagens/dia. • 7 A 10 DIAS • LAVAGENS COM SOLUÇÕES ANTISSÉPTICAS / TID OSTEOTOMIA LATERAL X OSTEOTOMIA VENTRAL 27.05.05 Patologias do Aparelho Reprodutor Feminino Neoplasias Mamárias 1- Considerações gerais: • Raros – machos • Comuns – fêmeas • Gatos • 35 a 50% - caninos (malignos) • 90% - felinos (malignos) • 00,5% - 1 estro • 8% - após 1 • 26% - após 2 estro 2- Classificação: • Tumores mistos benignos – fibroadenoma, adenoma e mesenquimatosos • Carcinomas – carcinomas sólidos e anaplásicos; adenocarcinomas tubulares e papilares. • Sarcomas • Tumores mistos maligno-carcinossarcomas • Carcinoma inflamatório 3- Sinais predisponentes: • Racial – Poodle, Terriers, Yorkshires, Teckel, Pointers, Pastor Alemão, Boxer, Rottweiler, Setters e Spaniels. • Idosos • Cadelas – 10 anos • Felinos – 8 anos 4- Achados clínicos: • Massa palpável • Nódulos • Hiperemia • Ulceração • Aderência • Edema membros • Prostação • Linfonodos infartados (metástase??) • Dispnéia (metástase pulmonar) • Claudicação (metástase óssea) 5- Exames complementares: • Radiografia torácica • Cadelas – 25 a 50% • Felinos – efusão pleural (citologia) • Citologia aspirativa • USG abdominal • Hemograma • Perfil bioquímico • ECG 6- Diagnóstico Diferencial: • Hipertrofia mamaria (felinos) • Mastite • Corpo estranho (projétil) 7- Tratamento cirúrgico: • Lumpectomia • Mastectomia regional • Mastectomia total unilateral • Mastectomia total bilateral 8- Tratamento pós-operatório: • Analgésico – na mastectomia total fazemos a associação de AINES + opióide (tramal). • Antibiótico • Bandagem abdominal • Dreno – 3 dias • Pontos – 10 a 15 dias 9- Prognóstico: • Benigno – bom • Maligno < 3 cm = 35% - 2 anos • Maligno > 3 cm = 80% - 2 anos • Felinos – 6 meses a 1 ano • Carcinoma inflamatório - ruim Hiperplasia Endometrial Cística (Piometra) 1- Considerações gerais: • Risco de vida potencial • Progesterona • HEC – resposta anormal uterina • crescimento/secreção • Contratilidade miometral • Fluido – colonização bacteriana 2- Sinais predisponentes: • Cadelas – freqüentes e está associado ao ciclo estral da cadela. • Gatas – raro • Racial • 7 a 8 anos • Estrógenos exógenos • Progestágenos exógenos – o período prolongado de progesterona leva ao espessamento de endométrio, formação de cistos endometriais. E se ocorrer uma infecção ou por via hematógena ou por via ascendente pela vagina vai contaminar um cisto desse e evolui para uma piometra fechada ou aberta. E isso vai depender de qual faze do ciclo estral ela está. E as piometras fechadas logicamente são mais graves, e até o diagnóstico é mais demorado. Principalmente se a cadela tiver tido alguma tentativa de monta, então pode-se pensar em gestação. E se tiver histórico de drogas contraceptivas injetáveis, estrógenos, progestagenos, as chances de desenvolver é muito maior. 3- Achados clínicos: • Secreção vaginal – o mais comum é a secreção vaginal purulenta, ou as vezes hemorrágica. E a secreção só vai ser verificada na aberta, e na fechada geralmente verifica uma distensão de abdômen. • Distensão abdominal • Febre • Anorexia • Letargia • PU/PD – a polidipsia é muito freqüente. • Vomito • Desidratação • Endotoxemia/Sepse/choque • Nefropatia – é devido à resposta do organismo ao combater as bactérias, sendo as toxinas das bactérias e imunocomplexos causador da nefrite. Então devemos tomar cuidado com a nefropatia, e principalmente no pós-cirúrgico. O animal fica prostrado e com isso no pós é feita uma fluidoterapia para aumentar a volemia dele, e com isso aumenta a taxa de filtração glomerular. Aí ele produz esses imunocomplexos e faz lesão renal. • Hepatopatia • Ruptura uterina/peritonite – nos casos de piometrite fechada. 4- Exames Complementares: • Radiografia abdominal – verificamos o aumento de volume uterino e inflamação. Pela palpação também é possível sentir um volume aumentado desse útero. • USG – abdominal é o que dá o diagnostico definitivo, podendo medir a espessura de cada corno uterino. E as vezes a piometra acomete semente um corno uterino e outro fica normal. • Hemograma – normalmente é feito antes da cirurgia. No hemograma pode ser verificada a leucometria e associada aos sinais clínicos, também podemos chegar ao diagnostico. E com a agressividade das bactérias vamos verificar uma leucometria de 50.000 • Perfil bioquímico – normalmente é feito no pós-operatório devido ao tempo e disponibilidade. 5- Tratamento Clínico: • Antibiótico • PGF-2a • Na grande maioria das vezes o tratamento ainda continua sendo a ovariohisterectomia. 6- Tratamento pré-operatório: O tratamento pré-operatório é feito principalmente nos animais mais debilitados até mesmo para evitar a falência renal, sendo feita uma fluidoterapia para aumentar a volemia. • Fluidoterapia • Antibiótico profilático porque tem uma infecção intraabdominal. • Sepse – AINE. Se o animal estiver prostrado com um quadro de sepse devemos tratar, se ele estiver com um quadro de choque pode-se utilizar o flunixin meglumine na dose anti-toxêmica. • Diuréticos – furosemida, dopamina, manitol 7- Tratamento cirúrgico: • OSH – a única diferença da ovariohisterectomia comum é ter que evitar a contaminação abdominal. Tendo que tomar cuidado de não romper esse útero. E por isso é muito interessante fazer o ultra-som antes da cirurgia, porque sabemos o tamanho do útero e com isso já vamos fazer uma incisão maior, não tendo dificuldade de retirar o útero devido a uma incisão muito pequena. Se ocorrer de romper devemos lavar bastante com soro fisiológico e tratar profilaticamente a peritonite. 8- Tratamento pós-operatório:• Fluidoterapia – no pós-operatório imediato pelo menos • Analgésicos - AINES • Antibióticos – no caso de uma piometra aberta geralmente se utiliza o metronidazol, ou cefalexina (BID). Se o animal estiver com algum corrimento purulento podemos associar ampicilina + metronidazol, ou até a enrofloxacina + metronidazol, ou até mesmos os três. • Anemia – transfusão • Desconforto abdominal, febre, dor e leucometria alta – peritonite, e principalmente se no trans-cirúrgico teve ruptura uterina. 9- Prognóstico: • Piometra de coto – se deixar um coto uterino muito grande. • Bom • Ruim – peritonite, sepse, choque, nefropatia
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