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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS - DEPARTAMENTO DE DIREITO JUR 1340 Turma 2HX – G2 PROCESSO TRIBUTÁRIO – 2021.2 Prof.ª Francis Waleska Aluna: Ana Clara Benevenuto Mattos de Andrade QUESTÃO 1 Resposta a) A ação de execução fiscal não poderia ter sido ajuizada, uma vez que se consubstanciou a decadência do direito de constituir o crédito tributário (ERRADA) b) A ação de execução fiscal foi legitimamente ajuizada, uma vez que não transcorreu o prazo de prescrição. c) A ação de execução fiscal não poderia ter sido ajuizada, uma vez que se consumou a prescrição da ação (ERRADA) d) A ação de execução não poderia ter sido ajuizada em virtude do ajuizamento de ação anulatória do lançamento (ERRADA) e) A ação de execução não poderia ter sido ajuizada, uma vez que o parcelamento interrompeu a fluência do prazo prescricional (ERRADA) Fundamento Jurídico para Resposta Apesar do parcelamento suspender a exigibilidade do crédito tributário, não impede o fisco de constituí-lo, pois apenas a exigibilidade do pagamento é que será suspenso. Além disto, o CTN 174 afirma que o protesto judicial ou decisão interrompem processo de prescrição, inclusive, iniciando sua contagem, à luz majoritária da doutrina. Isto posto, por representar ato inequívoco de reconhecimento do débito, a solicitação do parcelamento da dívida tributária interrompe o prazo prescricional de acordo com o inciso IV do parágrafo único do artigo 174. Desse modo, quando o credor deixa de cumprir com o acordo do parcelamento, o prazo prescricional irá recomeçar no momento em que ocorreu o descumprimento. Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) VI - o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. (BRASIL, 2015)” QUESTÃO 2 Resposta a) Ação Rescisória. b) Embargos de Terceiro. c) Impugnação de Credor. d) Embargos à Execução Fiscal. e) Exceção de pré-executividade Fundamento Jurídico para Resposta Encontra-se no art. 16º da Lei 6.830/1980, que afirma: O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados: PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS - DEPARTAMENTO DE DIREITO JUR 1340 Turma 2HX – G2 PROCESSO TRIBUTÁRIO – 2021.2 Prof.ª Francis Waleska Aluna: Ana Clara Benevenuto Mattos de Andrade I - do depósito; II - da juntada da prova da fiança bancária; II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia; (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014) III - da intimação da penhora. § 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução. § 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite. § 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão arguidas como matéria preliminar e serão processadas e julgadas com os embargos. QUESTÃO 3 A Súmula 343 do Supremo Tribunal Federal afirma que “não cabe ação rescisória por ofensa a literal dispositivo de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais”. Neste horizonte, se a interpretação no âmbito do tribunal local é divergente porque também é divergente a matéria no âmbito do Tribunal Superior, aplica-se a S. 343. Já se esta o no âmbito do tribunal local é divergente, a despeito de já existir entendimento uniformizado no Tribunal Superior, a S. 343 deve ser afastada. Isto posto, de fato, não pode haver a rescisão do julgado, não por conta da aplicação da S. 343 do STF, mas porque, à época, o entendimento seguiu jurisprudência uniforme do Superior Tribunal de Justiça. Isto porque, diferentemente do enunciado da S. 343 do STF, no caso da Ação Rescisória, o Acórdão rescindendo não aplicou lei de interpretação controversa no âmbito do TRF, mas aplicou lei que já possuía interpretação uniforme no STJ, a despeito de existir alguma divergência no âmbito do Tribunal local. Sendo assim, não pode haver a rescisão, não por causa da súmula, mas por causa de o entendimento aplicado ser o entendimento jurisprudencial uniforme do STJ. QUESTÃO 4 A) Sim, pode-se afirmar que houve, e que tal fato ocorreu, impreterivelmente, no ato de entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF). Sobre este entendimento, é possível citara Súmula 436 do STJ que salienta que estabelece que: “toda entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco”, logo, houve a constituição do crédito tributário relativo à diferença do valor já declarado. B) Não, ela não tem, haja vista que a pessoa jurídica mantém pendências fiscais, e assim, não incorre no direito. Neste sentido, é importante salientar o entendimento da Súmula 446 do STJ, que afirma que “Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa”. Assim sendo, devido à inadimplência, não se faz líquido o direito da pessoa jurídica. PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS - DEPARTAMENTO DE DIREITO JUR 1340 Turma 2HX – G2 PROCESSO TRIBUTÁRIO – 2021.2 Prof.ª Francis Waleska Aluna: Ana Clara Benevenuto Mattos de Andrade C) Conforme Súmula 446 do STJ, que subscreve que: “declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa”, não cabe provimento ao mandado de segurança. Embora seja um direito líquido e certo, é possível entender que, pelo fato tácito da dívida, não é possível recolher o documento de negativo ou positivo quando se assume o ônus da dívida.
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