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Lesõe� Pr�-cancerígena� d� pel� Dermat�e� Pr�-cancer�a� Denominam-se dermatoses pré-cancerosas aquelas que, adquiridas ou genéticas, com frequência acima da casualidade, podem evoluir para um verdadeiro câncer cutâneo; além do aspecto estatístico (acima de 10 a 20% de transformação), vale salientar, em muitos casos, a presença, ab initio, de alterações histopatológicas de aspecto anaplásico. Por outro lado, os limites entre dermatose pré cancerosa e câncer cutâneo nem sempre são precisos; há casos fronteiriços, inclusive do ponto de vista histopatológico, que dificultam uma precisão diagnóstica. Acresce ainda que há certas entidades (ceratose actínica) consideradas por alguns autores pré-cancerosas, enquanto, para outros, seriam já verdadeiros cânceres. Não existe um quadro clínico peculiar; ao contrário, os quadros clinicopatológicos são extremamente variados e polimorfos. Existe, por outro lado, uma verdadeira gama de cancerização; assim, é possível observar: afecções cancerizáveis, como as cicatrizes, sobretudo as decorrentes de úlcera nas quais a evolução maligna é relativamente pouco comum, e seu aspecto histopatológico prima pela falta de atipias celulares; no outro extremo do espectro estão as dermatoses blastoides, que têm as características histopatológicas da malignidade e que terminam, quase sempre, em quadros invasivos e, finalmente, metastatizantes, como as doenças de Bowen e de Paget – na realidade, verdadeiros carcinomas in situ. Tal conceito é aplicado quando as células, ainda que neoplásicas, não ultrapassam o epitélio. No meio do espectro, são encontrados os estados cancerígenos, que já apresentam certo grau de anaplasia celular e que, com frequência relativamente elevada, se transformam em verdadeiros cânceres, desde que sejam mantidos presentes os estímulos cancerígenos, como ocorre na leucoplasia e nas ceratoses actínica e tóxica (coaltar e arsênico). 2 1. Cerat�� Actinic� : É conhecida também com o nome de ceratose senil, por aparecer na idade avançada; não é sinal de velhice e, sim, manifestação de irradiação solar cumulativa, progressiva, persistente e duradoura; daí a sua localização preferencial nas áreas expostas, em especial a calva. É, em geral, múltipla e caracteriza-se por pequenas lesões (alguns milímetros a centímetros de diâmetro) discretamente salientes, de coloração acastanhada, com superfície rugosa; às vezes, o aspecto é de lesão atrófica e eritematosa com descamação. A remoção mecânica das lâminas córneas (que, em geral, são aderentes) provoca, em alguns casos, a saída de uma gota de sangue, o que é indício, eventualmente, de uma possível transformação. Ressalta-se que os carcinomas espinocelulares advindos de ceratoses actínicas apresentam baixíssima capacidade metastática. 2. Doenç� d� Bowe� : A doença de Bowen que, na verdade, não é uma lesão pré-maligna, e sim um carcinoma espinocelular in situ, possui risco de invasão de 5% e se caracteriza por ser uma placa eritematosa com descamação superficial, com ou sem crostas. O diagnóstico diferencial da doença de Bowen é com a queratose actínica. Como o tratamento é o mesmo (exérese), não se fazem necessários exames complementares para diferenciá-los antes da retirada. Quando ocorre no pênis, o risco de invasão aumenta para 33%, e recebe denominações diferente. Quando ocorre no corpo do pênis, sob a forma de pápulas, denomina-se papulose Bowenoide. Quando ocorre na mucosa (glande), Eritroplasia de Queyrat, uma placa eritematosa, brilhante e com aspecto aveludado. 3 3. Corn� cutâne� : Lesão com aspecto de chifre que corresponde ao acúmulo de material queratinizado. Abaixo dele pode haver lesões malignas ou benignas, mas como não é possível diferenciá-las, deve ser feita a excisão.
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