Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
REBECA KRUSE MED10 As doenças CV são a principal causa de morte no mundo Dentre suas diversas formas, a doença arterial coronariana (DAC) é a forma mais prevalente e a maior causa de morte nos países desenvolvidos Anormalidades funcionais ou estruturais das artérias coronárias, resultando em diminuição da oferta de oxigênio para o miocárdio Tem como principal causa a doença aterosclerótica (90%) Prevalência: 12-14% homens 10-12% mulheres Entre 65 a 84 anos População brasileira 27/08/2021 – 213.000.000 É o desequilíbrio entre consumo e oferta de oxigênio ao miocárdio A redução de oferta ocorre por redução do fluxo ou do conteúdo arterial de oxigênio Principal forma de manifestação da doença: angina estável EPIDEMIOLOGIA: ↑Idosos = maior incidência (igual entre homens e mulheres) Antes da menopausa a mulher tem um fator de proteção hormonal; depois se iguala ao homem FISIOPATOLOGIA: Circulação coronária normal capaz de aumentar 5-6x FSC= 70-90ml/100g/min Em resposta à elevação ou queda da pressão coronariana, ocorrem respectivamente redução ou aumento do calibre vascular Abaixo de 40: vasos tendem a se dilatar DEFINIÇÃO: ANGINA: é uma síndrome clinica caracterizada por dor ou desconforto: tórax, epigástrio, mandíbula, ombro, dorso ou MMSS (mais do lado esquerdo) É tipicamente desencadeada ou agravada com a atividade física ou estresse emocional e atenuada com repouso ou uso nitroglicerina e derivados FATORES DE RISCO: − Tabagismo − Obesidade − Idade − HAS − Idade − Estresse − Diabetes − Dislipidemia − História familiar Fatores NÃO modificáveis: idade e história familiar Risco maior de infarto por DAC quanto maior os fatores de risco não abordados Quanto menor os fatores de risco ou mais controlados = menor mortalidade DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: SCC/ DOR TORÁCICA: Principais: gastrointestinais (mimetizam muito a DAC e também melhoram com nitrato) SEMIOLOGIA: SCC − Qualidade: constritiva, aperto, peso, opressão − Desconforto: queimação e pontada − Localização: precordial, retroesternal, ombro, espigástrio, cervical, hemitórax e dorso; fibras simpáticas (T1-T5 e parassimpáticas - vago) REBECA KRUSE MED10 − Irradiação: MMSS (direito, esquerdo ou ambos), ombro, mandíbula, pescoço, dorso e região epigástrica − Duração: segundos a minutos, esforço dependente FATORES DESENCADEANTES: esforço, atividade sexual, posição, alimentação, respiração, componente emocional e espontânea *Dor que piora com alimentação: vasoconstricção e vasodilatação do território esplâcnico – precisa de sangue para chegar no intestino quando se alimenta e falta no coração (desvio de fluxo) – geralmente mais graves FATORES DE ALÍVIO: repouso, nitrato sublingual, analgésico, alimentação, antiácido, posição, posição e apneia SINTOMAS ASSOCIADOS: sudorese, náusea, vômito, palidez (vasoconstricção cutânea), dispneia, hemoptise, tosse, pré- sincope e síncope ANATOMIA CORONARIANA: Vasos coronarianos são epicárdicos (externos) Camadas do vaso: − Camada externa − Média: muitas células musculares lisa - tônus − Intima: endotélio que reveste o lúmen dos vasos *Placa de ateroma: se forma ao longo de anos (5-10 anos) → acúmulo de gordura → atração de células inflamatórias + fibroblastos → proliferação e síntese de matriz fibrosa → fissura → formação do trombo → instabilidade → SCA *Placa de ateroma → obstrução da luz dos vasos → SCC ATEROGÊNIS: PLACA DE ATEROMA: Acúmulo de lipídeos modificados → ativação das células endoteliais → migração das células inflamatórias → ativação das células inflamatórias → recrutamento das células musculares lisas → proliferação e síntese da matriz → formação da capa fibrosa → ruptura da placa → agregação das plaquetas → trombose CASCATA ISQUÊMICA: Perfusão heterogênea → angina Perfusão coronariana: diástole ETAPAS NA ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOR TORÁCICA: 1. Classificação da dor torácica 2. Estimativa da probabilidade de DAC 3. Avaliação da apresentação clínica da DAS 4. Estimativa da graduação da angina 5. Avaliação das condições que podem causar ou exacerbar isquemia 6. Estratificação de risco de eventos cardiovasculares em pacientes com angina 1. CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DA DOR: Angina típica (definitiva): desconforto torácico retroesternal, provocado por esforço ou estresse emocional e alivia com repouso/nitrato SL – definitivamente coronariana Angina atípica (provável): reúne 2 características – provavelmente coronariana Dor torácica não cardíaca: reune 0/1 das características de angina típica – definitivamente não coronariana *idosos geralmente apresentam quadros atípicos *Equivalente isquêmico/ anginoso: dispneia desproporcional ao esforço e/ou sudorese fria em pacientes idosos, com disautonomia, DM, revascularizados ou transplantados 2. ESTIMATIVA DA PROBABILIDADE DE DAC: REBECA KRUSE MED10 Quando mais idoso e mais fatores de risco associados, mais provável uma doença coronariana 3. AVALIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO CLÍNICA: SCA: − IAM com supraST − IAM sem supraST − Angina instável Repouso Crescendo Recente começo (<60 dias) SCC: − Angina estável − ICFER etiologia isquêmica − SCA/ ICP há <1 ano − SCA/ ICP há > 1 ano − Assintomáticos com teste funcional positivo − Angina microvascular e vasoespástica 4. ESTIMATIVA DA GRADUAÇÃO DA ANGINA ESTÁVEL: SOCIEDADE CANADENSE: Classe I: atividades físicas habituais (caminhar, subir escadas, etc) não causam sintomas. Angina aos esforços extremos, rápidos ou prolongados no trabalho ou recreação (≥7 METS) Classe II: ligeira limitação da atividade física; angina ocorre ao caminhar ou subir escadas rapidamente, subir morros, caminhar ou subir escadas após refeições, no frio, contra o vento ou sob estresse emocional; ocorre ao caminhar mais de 2 quarteirões no plano ou subir mais de 1 andar no passo normal e em condições normais (5 METS) Classe III: acentuada limitação da atividade física; angina ocorre ao caminhar 1 ou 2 quarteiroes no plano ou subir 1 lance de escadas no passo normal e em condições normais (2METS) Classe IV: incapacidade para exercer qualquer atividade física sem desconforto; angina em repouso 5. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES QUE PODEM CAUSAR OU EXACERBAR A ISQUEMIA: Consumo aumentado de oxigênio: Causas não cardíacas: anemia, hipoxemia, hipertermia, hipertireoidismo, toxidade simpatomimética (cocaína), hipertensão, ansiedade, fistula arteriovenosa, pneumonia, asma Causas cardíacas: cardiomiopatia hipertrófica, estenose aórtica, cardiomiopatia dilatada Oferta diminuída de oxigênio: Causas não cardíacas: DPOC, hipertensão pulmonar, fibrose pulmonar intersticial, SAOS, doenças falciformes, hiperviscosidade, policitemia, leucemia, tormbocitose, hipergamaglobulinemia Causas cardíacas: taquicardia ventricular e supraventricular 6.ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DE EVENTOS CARDIOVASCULARES: *B3: disfunção sistólica; B4: disfunção diastólica *Sopro de IM: músculos papilares que sustentam a valva mitral estarão sofrendo e irá se repercutir na valva mitral UTILIZAÇÃO DOS ESCORES DE PREDIÇÃO DO RISCO: ESCORE DE RISCO GLOBAL: 2019 ESC GUIDELINE: REBECA KRUSE MED10 Ergometria: escore de Duke com mortalidade >3% Cintilo: isquemia > 10% ECO-stress: ≥3 segmentos com hipo ou acinesia RM: ≥ 2 segmentos com defeito perfusão (dipi) ou ≥ 3 defeitos contração (dobuta) CAT ou angioTC: multivascular; tornco ou quivalente (DA proximal + Cx); disfunção sistólica VE (FE ≤25%), FFR ≤ 0,80 AVALIAÇÃO LABORATORIAL: ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO: Hemograma, ureia, Cr, perfil lipídico (LDL, HDL, TG, CT), glicemia, PCR (marcador inflamatório), microalbuminúria (denota lesão vascular) ELETROCARDIOGRAMA: ECG normal não exclui a presença de obstrução coronariana.Entretanto, o ECG apresenta importância diagnóstica: as alterações indicativas de presença de área inativas prévias (ondas QS ou QR, acompanhadas de ondas T negativas nas derivações que exploram a necrose) permitem o diagnóstico de SCC Pode detectar arritmias RX DE TÓRAX: A principal finalidade é o diagnóstico diferencial, nos pacientes com pneumotórax, pneumomediastino, fraturas de costela e infecções agudas, dissecção aorta e tromboembolismo pulmonar TESTE ERGOMÉTRICO (TE): Exercício físico → aumento débito → aumento trabalho → aumento consumo → aumento fluxo Aterosclerose significativa → isquemia miocárdica → alterações metabólicas → alterações ECG → dor Indicações: − Diagnóstico − Avaliação terapêutica (medicamentosa, revascularização cirúrgica, angioplastia) − Reabilitação/ desempenho cardiovascular ao esforço − Determinação prognóstica − Recomendação de associar um método de imagem cintilografia ou ecocardiografia com estresse Pior prognóstico: dor a baixa carga ao exercício (<5 METS), dificuldade de aumentar a pressão sistólica, taquicardias (arritmias)... Endocárdio primeiro a sofrer: maior região de pressão *METS: equivalente metabólico CINTILOGRAFIA DO MIOCÁRDIO: Com MIBI e com Tálio Método não invasivo indicado na avaliação da DAC isquêmica, para avaliação da viabilidade miocárdica e da função ventricular Faz o TE → injeta contraste antes e após o esforço para comparar. No repouso o contraste se espalha homogeneamente e após o esforço ele não chega. Se tem mais de 10% de alteração de perfusão = teste positivo Fase de repouso: radiofármaco injetado preenche de forma homogênea todo o miocárdio com irrigação normal pois a relação oferta/ consumo de )2 está adequada e mostrará falhas onde há lesão com fibrose (IAM prévio) Fase de stress: radiofármaco é novamente injetado e devido a desproporção entre oferta/ consumo por obstrução coronária não irá atingir determinada área do miocárdio mostrando falhas em áreas normais em relação a fase de repouso ou mostrando as mesmas falhas REBECA KRUSE MED10 ECOCARDIOGRAMA DE STRESS: Com drogas - dobutamina ou dipiridamol: simpatomimetica → aumenta a força de contração do coração → FC → aumenta o consumo miocárdico → se o sangue não chega é porque tem lesão *Alteração da contratilidade regional da parede mediante o esofrço físico em mais de 3 segmentos → eco de stress positivo Faz o ECO antes e imediatamente depois Pode ser feito também com esforço (bicileta ergométrica) *Quando uma parede torna-se isquêmica = alterações da contratilidade segmentar TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CORONÁRIA: TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS (PET CT): Desenha a anatomia coronariana; simula o cateterismo RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDÍACA: *Esses três exames acima é o pacinte com o TE já alterado, mesmo de baixo/ médio risco já pode realizar uma angioTC para avaliação anatômica; pct de alto risco faz também, mesmo com o TE negativo CINEANGIOCORONARIOGRAFIA (CATETERISMO): Diagnóstica e terapêutica Exame invasivo que tem finalidade identificar quais artérias comprometidas pela aterosclerose e quantificar o grau de obstrução É possível através da angioplastia proceder a desobstrução da artéria doente Graus de obstrução: <40% - discreta; 40-69% - moderada; >70% - grave ou >50% em tronco Indicações: disfunção sistolica grave, TE com alterações importantes com baixa carga ULTRASSOM INTRACORONÁRIO: Durante o cateterismo coloca uma sonda de ultrassom dentro da coronaria e mensura a placa (Dura ou mole) – rica ou pobre em calcificação para saber o tamanho do stent TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA: Tem capacidade de fornecer um entendimento das várias fases da doença aterosclerótica e a resposta acsular ao tto TRATAMENTO: NÃO MEDICAMENTOSO: Exercícios fisicos aeróbicos moderados a intensos Combate a condições que agravam a isquemia: HAS, febre, tireotoxicose, anemia, hipóxia Redução dos fatores de risco CV: HAS, tabagismo, dislipidemias e obesidades Redução dos lípides séricos RISCO INTERMEDIÁRIO: Se o paciente é médio risco mas tem alguns desses fatores já é considerado como alto risco MEDICAMENTOSO: Prevenção de infarto do miocárdio e óbito: melhoram a sobrevida AAS: Inibidor da ciclooxigenase e inibe o tromboxano A2 que é fundamental para agregação plaquetária (mesmo que ocorra o trombo irá diminuir a agregação) É irreversível Indicado: angina, IAM, pós AVCi e pós RM Grau I nivel A Clopidogrel: Bloqueio dos receptores plaquetários P2y12, reduzem os niveis de fibrinogenio e bloqueiam os receptores da glicoproteina IIb/IIIa Indicado para doença arterial CRÔNICA Pode associar AAS e clopidogrel: dupla agregação por 30 dias não se stent não farmacologico; se for stent farmacológico no mínimo 6 meses a dupla agregação MV: 5 dias Se fizer procedimento: dupla agregação; se não fizer: um ou outro *Dupla agregação: risco maior de sangramento e depende da gravidade do caso Hipolipimiantes: REBECA KRUSE MED10 Estatinas: Inibição da HMG coenzima A redutase – reduzem os niveis de LDL colesterol e aumentando os de HDL, tem ação estabilizadora sobre a placa ateromatosa, reduzindo o processo inflamatório e seu tamanho Niveis desejados: LDL <116 (100-70-55) HDL >40 Colesterol <190 TG <150 Sinvastatina, Atorvastatina, Rosuvastatina, fluvastatina, pravastatina, pitavastatina (única que não precissa ser a noite) A enzima hepatica tem hábitos noturnos então aumenta a sintese de colesterol noturno (diminuição do metabolismo) – por isso deve ser utilizada a NOITE (diminui o pico de ação da enzima) Ezetimibe: atua inibindo a absorção do colesterol nas vilosidades intestinais, inibindo a enzima acetil-coenzima A – utlizado quando o pct não alcança as metas com estatinas – associa a estatina Evolocumabe: anticorpo monoclonal – inibe a pro-proteina convertase subtilisina/kexina tipo 9 (PCSK9) Betabloqueadores: Bloqueiam a atividade simpática no miocárdio Diminui FC → diminui o consumo de O2 → diminui a força de contração → diminui a PA e diminui arritmias fatais Melhora o tempo de diástole Previnem re-infarto e melhora a sobrevida Propanolol, atenolol, carvedilol, metoprolol, bisoprolol, nebivolol, pindolol, nadolol Indicação: DAC e IAM prévio Não é a 1ª linha para pcts hipertensos, mas se for hipertenso e coronariano passa a ser a 1ª linha Cuidado em asmáticos IECA ou BRA ou sacubitril/valsartana: Melhoram o perfil hemodinâmico, a perfusão miocárdica e estabilizam a placa Diminui a fibrose miocardica (colageno tipo 3) Captobril, enalapril, ramipril, lisonopril, perindopril trandolapril Losartana, candersartan, telmisartan e omesartana Nunca associar IECA e BRA! Redução dos sintomas e de isquemia miocárdica: Bloqueadores dos canais de calcio: Inibem a entrada de cálcio intrasvascular na musuclatura lisa dos vasos e miócitos com vasodilatação coronária e periférica, diminui a FC e a contratilidade com consequente redução da demanda de O2 e aumeto da oferta Di-hidropiridinicos: nifedipina, anlodipina, nicardipina, manidipina → vasodilatadores potentes Fenilalquilamina (verapamil): depressor da contratilidade, da condução AV e do automatismo do nó sinusal e menos potentes para causar vasodilatação – NÃO USAR Benzodiazepínico (diltiazen): efeito intermediário entre os dois anteriores; vasodilatador coronário e menos pronunciada a vasodilatação periférica e depressão miocárdica Associação ou substituição aos betabloq Nitratos: Apenas alivia a dor Vasodilatadores com ação no endotélio, ↑ perfusão miocárdica e diminui a demanda de oxigenio Tratam o vasoespasmo, melhoram a tolerância ao esforço e aumenta o tempo necessário para o aparecimentoda angina São reservados para casos de refratariedade da angina Dinitrato de isossorbida, mononitrato de isossorbidade, propatilnitrato e nitroglicerina Betabloqueadores: Ação e benefícios grau I nivel B quando usados com intenção de reduzir sintomas e isquemia Trimetazidina: Agente metabólico (otimização da glicose e ATP) anti-isquêmico sem efeito hemodinÂmico e que tem sua ação voltada para preservação da smembranas celulares, preservação dos niveis de ATP e fosfocreatina, menor acidose, menor sobrecarga Não interferem na FC e PA Devem se rusados em pcts que continuam sintomáticos apesar da terapia otimizada Em associação com outros anti-angionosos grau IIa nivel B Como terapia única ou acociada a nitratos, na intolerância dos betabloq e BCC são grau IIb nivel C Ivabradina: Bloqueador específico da corrente If no nó sinusal Droga exclusivamente redutora da FC, sem afetar a PA, contratilidade miocárdica, condução intracardíaca e repolarização ventricular Sem efeito ao esofrço e repouso IIa nível B REBECA KRUSE MED10 Ranolazina: Inibidor da corrente tardia de sódio que, durante insultos isquêmicos, reduz a tensão da parede ventricular e a complacência dos vasos capilares, provocando a otimização do consumo de O2 e consequente elhora da função miocárdica Procoralan ANGIOPLASTIA X CIRURGIA: Perfil clínico e anatômico norteia! Angio: menos agressivo → elevado risco cirurgico, diabético, DRC, sequelado de AVC Cirurgia cardíaca: Lesões extensas, de tronco Estudo ISQHEMIA: Não houve evidência que a estratégia invasiva fosse melhor do que o tratamento medicamentoso na dose maxima (40 meses) – morbimortalidade igual
Compartilhar