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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3 2 ANÁLISE DE PROCESSOS .............................................................. 4 2.1 Por que fazer análise de processos? Conheça os benefícios! .... 5 2.2 Quando fazer análise de processos? .......................................... 6 2.3 Novas tecnologias ....................................................................... 7 2.4 Como fazer análise de processos em 4 passos .......................... 8 2.5 Ferramentas de análise e melhoria de processos ..................... 11 2.6 Ferramentas Para Mapear Processos ....................................... 13 2.7 Conheça 3 técnicas para mapeamento, análise e aprimoramento de processos ................................................................................................ 14 2.8 Mapeamento de processos ....................................................... 16 3 INTRODUÇÃO A GESTÃO POR PROCESSOS ............................. 18 4 GERENCIAMENTO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO .................... 20 4.1 Fases do gerenciamento de processos de negócio .................. 21 4.2 Aspectos-Chave do Gerenciamento de Processos de Negócio 23 5 MODELAGEM ORGANIZACIONAL ................................................. 26 5.1 Abordagens de Modelagem Organizacional .............................. 26 6 METODOLOGIA EKD (Enterprise Knowledge Development) .......... 28 7 INDICADORES DE DESEMPENHO ................................................ 30 7.1 Sistema de medições do novo processo ................................... 31 8 AUTOFEEDBACK ............................................................................ 33 8.1 Benefícios obtidos ao aplicar o Autofeedback ........................... 34 8.2 Feedback e sua importância ..................................................... 35 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 38 3 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 ANÁLISE DE PROCESSOS Fonte: siteware.com.br A análise de processos é a construção de um entendimento comum do estado atual dos processos, portanto, visa entender como eles estão operando e elaborar um diagnóstico completo a partir dessas informações. Também costuma ser referenciada simplesmente como AS-IS, que é o mapeamento da visão atual de um processo, possibilitando um panorama de como, por quem e por que determinado trabalho é realizado em uma empresa. Dessa forma, é possível promover melhorias nos processos, elevando o desempenho do negócio. De forma resumida, a análise de processos busca responder às seguintes perguntas: Quais os objetivos do processo? Onde o processo se localiza na cadeia de valor? O que o processo está tentando realizar? Quais as entradas e saídas do processo? Quais as atividades que compõem o processo? Quem são as pessoas envolvidas no processo? Quais os papéis existentes? Quais as interações existentes no processo? https://www.euax.com.br/2018/10/melhoria-de-processos-bpi/ 5 Como está a performance do processo? Qual o nível de criticidade do processo? Quais as regras de negócio que controlam o processo? Quais as tecnologias utilizadas no processo? Em quais pontos do processo há interação entre fornecedores e clientes? Quais os momentos de transferência de controle (handoffs) do processo? Existem gargalos (restrições de capacidade que formam filas de demandas) como resultado de um handoff? Os handoffs podem ser eliminados? Quais as oportunidades de melhorias no processo? Quais os riscos associados ao processo? Quais os custos do processo? Quanto tempo o processo demora para ser executado? Entre outras questões. Existem muitos benefícios de realizar a análise de processos. Continue lendo e descubra os principais deles! 2.1 Por que fazer análise de processos? Como acabamos de te contar, a análise de processos é o primeiro passo para quem deseja realizar melhorias nos processos. Os insumos gerados a partir da análise de processos são a base para fazer o desenho de processos, que nada mais é do que realizar mudanças nos processos com o objetivo de aumentar a performance do negócio. Dessa forma, podemos dizer que a análise de processos auxilia na tomada de decisões e, de acordo com o BPM CBOK®, uma das principais referências em gestão de processos, “possibilita uma avaliação inicial de um processo, baseada em fatos documentados e validados”. A análise de processos, combinada com projetos de melhoria e transformação, ajuda a obter a repetibilidade dos resultados de um processo depois, é claro, de resolver algumas questões que impedem o processo de chegar ao seu desempenho máximo. 6 2.2 Quando fazer análise de processos A análise de processos é especialmente indicada quando há o desejo de padronizar e/ou transformar um ou mais processos de negócio. Mas como saber quando iniciar um projeto. Normalmente, as organizações verificam a necessidade de fazer uma análise de processos quando: O desempenho do processo está baixo; Uma revisão de processos está programada; Existem muitas variações no processo (cada um faz do seu jeito); O processo está dispendendo muito tempo; Há o desejo de reduzir custos; O fluxo de atividades não flui, sendo comum a presença de gargalos; A satisfação dos clientes e/ou dos colaboradores está baixa; Entre vários outros motivos. O BPM CBOK elenca uma série de bons motivos para te ajudar a identificar o momento certo de promover a análise e melhoria de processos. Confira um resumo de cada um deles: • Estratégia organizacional Periodicamente, as empresas elaboram o seu planejamento estratégico com as ações de mudanças que serão realizadas para manter a competitividade organizacional. A partir das estratégias adotadas, pode ser que alguns processos precisem ser criados, modificados ou eliminados. Por exemplo, se uma das estratégias da organização para os próximos cinco anos for a criação de um e-commerce, será necessário implantar novos processos que suportem essa estratégia. Essa implantação pode ser incluída no projeto de estruturação do e-commerce. • Problemas de desenho Quando um processo não está obtendo os resultados esperados, pode ser que a raiz desse problema esteja na forma como o próprio processo está estruturado, não na execução das atividades. Com um trabalho de análise e melhoria de processos bem-feito será possível identificar exatamente os pontos de atenção. https://www.euax.com.br/2018/09/padronizacao-de-processos/ https://www.euax.com.br/2018/06/gerenciamento-de-processos-reduzir-custos/ https://www.euax.com.br/2018/06/gestao-de-processos-gargalos/ 7 2.3 Novas tecnologias Fonte: opservices.com.brO mundo está em constante transformação e os negócios precisam acompanhar essa dinâmica. O desenvolvimento das tecnologias possibilita automatizar algumas etapas do processo, facilitando a vida das pessoas. Com a análise de processos, você conseguirá maximizar os benefícios de incorporar essas novas ferramentas na sua empresa. Fusão, aquisição e cisão de empresas: Se a empresa precisar passar por uma grande mudança, como é o caso da fusão, aquisição e cisão, a análise de processos vai ajudar a enfrentar esse período de transição e a preservar os processos críticos da organização, reduzindo os impactos. Mudanças em regulamentações: Ainda que um processo de negócio já esteja operando em seu desempenho máximo, eventuais mudanças na legislação podem exigir a revisão dos processos. A análise de processos ajuda a diminuir riscos ao negócio e a incorporar as alterações da melhor forma possível, respeitando as novas regras e minimizando os impactos das mudanças sobre o negócio. Um exemplo bastante recente, até a publicação deste texto, é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que estabelece uma série de regras para o tratamento de dados pessoais. As organizações já estão se preparando para se 8 adequar à LGPD, modificando procedimentos que não estão de acordo com a lei. 2.4 Como fazer análise de processos em 4 passos Fonte: mereo.com 1. Necessidades da organização O primeiro passo na hora de fazer a análise de processos é entender as especificidades da empresa quanto à forma como seus processos são gerenciados. Com base em estudos sobre o negócio — que você pode obter a partir da aplicação da matriz SWOT, por exemplo — priorize os processos que devem passar por uma análise. Essa priorização deve ser baseada em critérios claros e objetivos e considerar os processos ponta a ponta, ou seja, aqueles processos que envolvem dois ou mais departamentos e geram um resultado que agrega valor para o cliente e/ou para o negócio. Na hora de priorizar, você precisa se perguntar: esse é um processo primário? É um processo crítico, ligado ao core business da empresa? O processo é estratégico? Possui baixo desempenho? Dessa forma, os processos selecionados devem contribuir para o atingimento dos objetivos estratégicos da organização e/ou gerar impactos diretos na experiência do cliente. https://www.euax.com.br/2020/03/matriz-swot/ 9 2. Planejamento da análise de processos Depois que você selecionou os processos que precisam de revisão, você vai escolher um deles para analisar, é claro. Tendo escolhido o foco da sua análise, você precisa estruturar como o projeto será conduzido e o que será feito exatamente. De acordo com o CBOK, esse trabalho de planejamento envolve questões como: Delimitar o escopo de análise: Antes mesmo de colocar a mão na massa, é muito importante estabelecer a abrangência da análise de processos. Ou seja, significa responder à pergunta: até que ponto a análise vai avançar? Além de estabelecer a abrangência, é necessário estabelecer a profundidade da análise. A profundidade é algo que está diretamente relacionado ao objetivo posterior à análise de processos, que pode ser essencialmente documentar, padronizar ou transformar. Mesmo que você não tenha certeza absoluta da sua pretensão com o trabalho de análise de processos, é interessante ter ao menos uma noção, pois essa decisão influencia na forma como a análise será feita. Importante: se você for analisar um processo de suporte, também é fundamental considerar na análise o processo de negócio que está sendo apoiado pelo processo de suporte em questão. Definir padrões de coleta de informação: A coleta de informações é a base da análise de processos. Sem informações, não há análise, da mesma forma, sem padrões, não há consistência. Por isso, é fundamental definir padrões para a coleta de informações. Se você tiver um escritório de processos (BPMO), ele certamente cuidará dessa padronização. Mas, caso você não tenha, pelo menos defina uma notação para o projeto em questão, especialmente se você estiver trabalhando com uma equipe multidisciplinar, como é o recomendável. No momento, a notação de modelagem de processos mais utilizada e bem-aceita é o BPMN (Business Process Model and Notation). Formar padrões inclui orientar sobre quais informações serão coletadas, organizadas, validadas, armazenadas, utilizadas e atualizadas https://www.euax.com.br/2015/09/entenda-o-papel-estrategico-de-um-escritorio-de-processos/ https://www.euax.com.br/2015/09/entenda-o-papel-estrategico-de-um-escritorio-de-processos/ https://www.euax.com.br/2017/02/o-que-e-bpmn-business-process-model-and-notation/ https://www.euax.com.br/2017/02/o-que-e-bpmn-business-process-model-and-notation/ 10 , além de definir as pessoas que serão envolvidas na coleta. Outra ação que você pode fazer é criar um glossário comum de termos, para alinhar a comunicação. Montar uma equipe de análise: Depois de delimitar o escopo e definir padrões para a coleta de informações, o próximo passo é definir as pessoas que serão envolvidas e os diferentes papéis que devem ser assumidos por elas. É muito produtivo trabalhar com um time multidisciplinar, envolvendo os colaboradores ligados diretamente ao processo, os gestores das áreas e, claro, as pessoas que estão focadas na análise do processo, como o gerente do projeto de análise, o analista de processos e um especialista no negócio. Se a sua empresa conseguir viabilizar, é muito interessante contar com o suporte de um facilitador experiente em análise de processos, como um consultor. É claro que a análise de processos pode ser realizada por um único indivíduo, mas isso não é recomendável, pois poderá gerar uma análise muito enviesada. Por outro lado, um time multidisciplinar vai trabalhar com uma pluralidade de ideias, opiniões e percepções. 3. Executar a análise de processos Agora é hora de ver as coisas acontecendo! Durante a execução da análise de processos, o time envolvido no projeto precisará basicamente coletar e analisar informações usando técnicas apropriadas para cada uma das tarefas. Nesse sentido, não existe certo ou errado, existe aquilo que funciona melhor para a sua empresa. A abordagem, os métodos e as ferramentas que serão utilizados na análise de processos dependerão muito do tipo de processo que está sendo analisado, do segmento do negócio, das tecnologias envolvidas. Cada processo é único! Por isso, é tão importante contar com ajuda especializada. É interessante começar usando técnicas simples e só depois acrescentar ferramentas complexas. Você pode, por exemplo, começar colando brown paper nas paredes e utilizar notas autoadesivas coloridas, os famosos post-its, para indicar as atividades, os eventos, as mudanças de fluxo, entre outros componentes e interações de um processo. É importante que, 11 durante a análise de processos, a equipe trabalhe focada nos fatos, sem tentar atribuir a culpa pelo baixo desempenho do processo a um ou mais indivíduos. Neste momento, a equipe multidisciplinar deverá se reunir para criar uma visão de processo única, aquela que mais se aproxima da forma como o trabalho é feito hoje. Aqui é comum que a equipe se depare com algumas dificuldades, como a falta de informações, informações conflitantes de uma mesma pessoa e descrições diferentes do mesmo trabalho por pessoas diferentes. O melhor a se fazer é tentar chegar a um consenso. 4. Estabeleça ações de melhorias para o processo No final, a modelagem que foi feita no papel deverá ser transferida para um software de modelagem, como o Bizagi, por exemplo. Essa documentação servirá de insumo para outros projetos. A documentação produzida a partir da análise de processos pode ser utilizada, posteriormente, em projetos de transformação de processos. De qualquer forma, durante a sessãode análise de processos é natural que surjam ideias de melhorias, como os quick-wins. Os quick-wins são melhorias imediatas, rápidas e de baixo custo. Provavelmente também surgirão ideias de iniciativas a longo prazo, como planos de ação e projetos. 2.5 Ferramentas de análise e melhoria de processos Fonte: heflo.com 12 1. Jornada do cliente A jornada do cliente é o mapeamento dos sentimentos de uma persona, mostrando como está sua experiência ao longo das etapas de compra ou consumo de um produto ou serviço, identificando cada ponto de contato com uma organização. Essa ferramenta é fundamental para estabelecer um foco do cliente. Ao considerar a perspectiva de quem está lá na ponta do processo, teremos resultados diferentes na análise. Boa parte do sucesso de uma análise de processos está relacionada a considerar o cliente no processo. 2. Benchmarking Consiste em comparar os dados da organização com os dados de outras organizações similares (com características parecidas). Esses dados podem ser obtidos através de publicações, websites, eventos etc. 3. Análise SWOT É a comparação entre a organização e seus concorrentes, considerando vantagem competitiva da empresa. SWOT é uma sigla para strengths (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças). 4. Pesquisa Consiste em consultar documentação ou notas sobre o processo existente. Isso inclui documentação escrita, diagramas, registros de auditoria etc. Se você não tiver esse tipo de documento, vale a pena solicitar às partes interessadas para confirmar que realmente não há nenhuma documentação sobre o processo disponível. 5. Entrevista É o ato de conversar com as partes envolvidas no processo, como donos de processos, clientes, fornecedores, parceiros de negócio, executores do processo entre outros. As entrevistas podem ser presenciais ou não. Entrevistas presenciais são geralmente mais produtivas porque permitem observar elementos além da fala, como linguagem corporal, por exemplo. 6. Workshop estruturado 13 Reunião que tem foco em criar modelos de processos. Nesse tipo de reunião, um facilitador experiente e o time de análise de processos focam em criar modelos dos processos. Dessa forma, é possível criar forte senso de propriedade. Além disso, embora workshops estruturados sejam mais caros que outros métodos, eles ajudam criar um modelo com mais qualidade. A análise de processos gera muito mais resultados quando é seguida de um projeto de redesenho das atividades. 2.6 Ferramentas Para Mapear Processos Mapeamento de processos é uma ferramenta gerencial com foco em identificar as informações, fluxos e descrições de tarefas. Esse processo acontece por meio da estruturação visual de cada etapa. Assim, é possível conhecer profundamente cada elemento do processo, possibilitando melhorias mais assertivas. Existem 4 fatores primordiais na utilização de técnicas e ferramentas para mapear processos, são eles: • Experiência do cliente: os pontos do processo que fazem contato com o cliente devem sempre proporcionar uma experiência que impacte a imagem da empresa de forma positiva. • Pontos de acúmulos de tarefas e atrasos: qualquer gargalo que comprometa a eficiência do processo deverá ser solucionado. • Priorização de atividades: é importante identificar o nível de valor agregado de cada atividade para direcionar os recursos e esforços com a devida priorização. • Integração entre sistemas: A “passagem de bastão” de um sistema para outro durante a execução pode causar perda de informações importantes, portanto, sistemas integrados são um fator primordial para manter a assertividade do projeto. 14 2.7 Conheça 3 técnicas para mapeamento, análise e aprimoramento de processos Técnica 5W2H: Essa técnica consiste em conhecer o processo respondendo às seguintes questões: What, Where, Who, When, Why, How e How much, que podemos traduzir como O quê, Onde, Quem, Quando, por que, Como e Quanto. Foto: Blog Nomus Matriz GUT –Nessa técnica o foco é definir prioridades na resolução de problemas. A sigla GUT significa: Gravidade: a intensidade do potencial prejuízo; Urgência: qual a consequência da não resolução do problema; Tendência: quais são as possibilidades de agravamento do problema. Nota Gravidade Urgência Tendência 1 Extremamente Grave Precisa de ação imediata Vai piorar rapidamente 2 Muito Grave É urgente Vai piorar em pouco tempo 3 Grave Agir o quanto antes Vai piorar em médio prazo 4 Pouco Grave Pouco urgente Vai piorar em longo prazo 15 5 Sem Gravidade Pode aguardar Não vai piorar Matriz básico: Esta matriz se assemelha à anterior, porém, atinge um nível maior de detalhamento, dessa forma, pode refinar a análise da priorização de atividades e soluções. Além disso, por meio da Matriz BÁSICO, é possível alinhar as prioridades dos processos com as necessidades do cliente. Nessa técnica, deverá ser atribuída uma nota de 1 a 5 aos seguintes itens: Benefícios para a Organização; Abrangência; Satisfação do cliente interno; Investimentos necessários; Cliente externo satisfeito; Operacionalidade descomplicada. Após a soma das notas atribuídas, será possível identificar prioridades para elaborar um plano de ações. 16 Foto: Nortegubisian 2.8 Mapeamento de processos Existem diversas formas para realizar o mapeamento de processos, dentre elas, podemos destacar: o fluxograma, o mapofluxograma e a BPMN. Entenda cada uma destas três ferramentas para mapear processos a seguir: 17 Fluxograma No fluxograma, os processos são desenhados de forma simplificada, utilizando símbolos padronizados. Seu objetivo é facilitar a análise dos processos para possibilitar a identificação de possíveis melhorias. Porém, o fluxograma apresenta limitações devido à extrema simplicidade, portanto, não é indicado para análises mais profundas. Mapofluxograma Esta notação é bastante útil para processos que envolvem plantas produtivas e linha de montagem. O mapofluxograma é uma combinação do fluxograma de processos com o layout típico de uma linha de produção. Portanto, sua utilização é adequada a processos produtivos que demandam muita movimentação de materiais e necessitam da estocagem de produtos. BPMN Esta é a notação mais utilizada atualmente, utilizada para especificar os processos com uma série de símbolos padronizados. Portanto, por meio da Business Process Model and Notation é possível produzir uma notação padrão compreensível aos usuários de negócios, bem como utilizar semânticas complexas para usuários técnicos. O grande diferencial da BPMN é o nível de clareza e a forma intuitiva com que apresenta o processo. 18 3 INTRODUÇÃO A GESTÃO POR PROCESSOS Fonte: dheka.com.br Os processos de negócios são os canais através dos quais as organizações entregam valor aos clientes externos, para si próprias, e outras partes interessadas. Não há outra maneira de entregar tal valor. Áreas funcionais por si só não são capazes de entregar valor. Portanto, cada organização executa sua intenção estratégica através dos seus processos de negócio. Dentre as aplicações da gestão por processos em uma empresa, podemos destacar: • Entendimento e formalização dos processos corporativos; • Visão da cadeia de valor e seus processos componentes; • Agilidade na disponibilização de novos serviços e produtos para os clientes; • Reutilização de recursos tecnológicos e reaproveitamento de legado; • Gestão proativa das tarefas e atividades do processo e monitoria em tempo real; • Expressiva redução de custos e tempo na adoção de novas soluções; 19 • Melhor uso dos recursos humanos e sua consequente valorização; • Quebra dos silos e feudos da gestão corporativa tradicional; • Simulaçãoe ensaio de melhorias em ambiente controlado. Fonte: dheka.com.br A gestão por processos se destina a melhorar a maneira como os negócios das empresas são executados e administrados. Nesse contexto, a estratégia BPM baseada na gestão por processos deve permitir ao gestor promover os seguintes impactos no negócio: Formalizar e entender os processos da empresa; Visualizar corretamente toda cadeia de valor e seus processos; Gerar mais agilidade para oferecer novos produtos e serviços aos clientes; Reutilizar os recursos tecnológicos dominados pela empresa; Aproveitar o legado de conhecimentos e práticas acumulado; Monitorar as tarefas e processos em tempo real; Diminuição de custos; Redução de tempo na execução de tarefas; Valorização do pessoal e melhor uso de suas competências; Possibilidade de simular as melhorias em um ambiente controlado. 20 4 GERENCIAMENTO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO Fonte: gestaoemsintomia.com A partir da importação de conceitos, técnicas e ferramentas de diversas áreas do conhecimento, as novas demandas do negócio, impostas pelo movimento da globalização e pela forte competitividade, introduziram o conceito de processos de negócios como forma de gerenciar as organizações (SORDI, 2008). A Gestão de Processos de Negócio – BPM (Business Process Management, em inglês) é uma filosofia gerencial que consiste, essencialmente, na quebra do paradigma funcional, propondo uma visão interfuncional de como os processos ponta a ponta podem ser mais bem-gerenciados, a fim de eliminar os efeitos dos conflitos internos (JÚNIOR & SCUCUGLIA, 2011). Assim, BPM busca aumentar a eficiência, entregar valor ao cliente e gerar retorno sobre os investimentos de maneira centrada nos processos e em consonância com as estratégias empresariais estabelecidas. BPM como ferramenta de gestão ainda é uma técnica gerencial da área da administração recente e pouco conhecida no Brasil, o que oportuniza um significativo potencial de crescimento. Boa parte dos profissionais que trabalham no gerenciamento das organizações não possui conhecimento quanto ao tema, haja vista que suas ferramentas podem ser utilizadas pelos mais variados tipos de organizações. No meio acadêmico, o tema ainda é incipiente, e poucas universidades o estudam 21 de modo mais aprofundado e possuem, como disciplina curricular, a gestão por processos. Este trabalho pretende auxiliar na disseminação do tema de pesquisa nas áreas empresariais e acadêmicas (TURRA, 2018). 4.1 Fases do gerenciamento de processos de negócio ARMISTEAD et al (1999) dividem o gerenciamento de processos de negócio estratégicos em nove fases, a seguir: FASE DESCRIÇÃO DA FASE 1 A organização analisa a cadeia de valor do mercado externo e identifica nela seus principais processos. Para isso, é necessário ter uma gerência forte e bem articulada. 2 Desenvolve-se uma arquitetura de processos a fim de entender a organização. Isso pode envolver o mapeamento de processos de negócio. 3 São apontados os proprietários do processo que serão responsáveis pelos processos. 4 É visualizado um processo sem falhas, o qual se mostra uma técnica simples, especialmente em processos operacionais. Deve- se neste momento, ouvir o cliente a fim de se dimensionar competências necessárias e estipular metas. 5 Métricas de processo são estabelecidas e apresentadas às equipes da linha de frente. 6 O monitoramento do desempenho é ajustado à amplitude do processo. 7 Oportunidades de melhoria são identificadas e acionadas. 8 A organização planeja, comunica e treina sua equipe com base no modelo de controle. 9 Em alguns casos a estrutura da organização é alterada para refletir seu real direcionamento a processos. Isto não significa 22 necessariamente a perda de funções, mas que elas devem ser absorvidas pelo processo. Quadro: Fases do BPM – Fonte: Adaptado de Armistead et al (1999). Segundo DAVENPORT (1994), a melhoria contínua nos processos deve ser cada vez mais significativa para o resultado, bem como o foco da visão de negócio não deve ser mais departamental, e sim por processos-chave. O autor acrescenta que para dar suporte às melhorias, é imprescindível o uso de tecnologias inovadoras na busca de novas alternativas. Para VENKATRAMAN, et al. (1998) o BPM surge como uma solução focada na melhoria contínua da integração entre recursos processuais, tecnológicos e humanos, alinhando estes aspectos da área de negócio com a TI. Muitas pessoas consideram o Gerenciamento de Processos de Negócio o passo seguinte à onda dos workflows dos anos noventa. Por isso, usa-se a terminologia de workflow para definir o BPM. HOLLINGSWORTH (1995) define workflow como a automação de um processo de negócio, no todo ou em parte, por meio da qual documentos, informações ou tarefas são passadas de um participante ao outro por ações, e de acordo com um conjunto de regras definidas. Para LAWRENCE (1997) um WFMS – Workflow Management System (Sistema de Gerenciamento de Workflow) é definido como um sistema que determina, cria e gerencia a execução de workflows pelo uso de software, trabalhando em uma ou mais estruturas de workflow, e que está apto a interpretar a definição do processo, interagir com os stakeholders do workflow e, quando necessário, solicitar o uso de ferramentas e aplicações de TI. Em ambas as definições pode-se notar a ênfase sobre a execução, ou seja, o uso de software para apoiar a execução dos processos operacionais. Nos últimos anos, muitos pesquisadores e profissionais começaram a perceber que o foco tradicional sobre a execução era muito restritivo. Como resultado, novos termos como os do BPM foram inventados. Hoje, existem muitas definições de BPM que, na sua maioria, incluem explicitamente o Gerenciamento de Workflow. Para AALST et al (2003), o BPM é definido como o apoio aos processos de negócio usando métodos, técnicas e sistemas de informação 23 computadorizados (softwares) para projetar, executar, controlar e analisar processos operacionais envolvendo pessoas, organizações, aplicações, documentos e outras fontes de informação. Esta definição restringe o BPM aos processos operacionais, excluindo assim os processos de nível estratégico ou aqueles processos que não puderam ser explicitados. 4.2 Aspectos-Chave do Gerenciamento de Processos de Negócio Segundo WODTKE e WEIKUM (1997) os modelos de processos de negócio necessitam de uma fundamentação formal. As razões conhecidas incluem: modelos formais não permitem qualquer ambiguidade; e modelos formais elevam o potencial de análise. Para AALST et al (2003), é desejável que um modelo de processo de negócio possa ser entendido por todas as pessoas envolvidas da maneira mais simples possível. Isso pode, por exemplo, ser alcançado por meio do uso de representações gráficas. Ao mesmo tempo, essas pessoas devem associar o mesmo significado para um mesmo modelo, não devendo existir abertura para qualquer interpretação alternativa e discricionária. Os modelos de processos de negócio podem ser tão complexos que o uso de uma linguagem formal para a sua especificação é a única maneira de garantir que as interpretações alternativas sejam eliminadas. Após atingir o consenso entre os stakeholders, o modelo do processo de negócio pode ser implantado e, se uma linguagem formal foi usada, seu comportamento pode ser explicado em termos das semânticas formais da linguagem de especificação. Conforme KIEPUSZEWSKI et al (2002), a falha de uma semântica formal tem provocado diferentes interpretações até por fornecedores de construtores de fluxos de controle básicos. Assim sendo, definições em linguagens naturais tais como as fornecidas pelo WfMC – Workflow Management Coalition não são suficientemente precisas. Um dos principais aspectos e certamente uma atividade tipicamente conduzidanas fases iniciais nos projetos de BPM é o projeto dos processos de negócio. Existe um relacionamento intrínseco entre o projeto e a modelagem de processos de negócio. O primeiro refere-se ao 24 processo de projeto global envolvendo múltiplos passos e o segundo refere-se à representação efetiva dos processos, em termos de um modelo, usando uma linguagem de processos. A fase de análise dos processos de negócio tem o objetivo de investigar as propriedades dos processos de negócio que não são nem óbvios e nem triviais (AALST et al, 2003). Para esta finalidade, o termo análise é usado com vários significados. Inclui-se nele, por exemplo, a simulação e o diagnóstico, já que ao simular casos do mundo real os especialistas da área de negócio (domínio) podem confirmar a adequação da modelagem ou propor modificações no modelo de processo original. Se os modelos de processo de negócio forem expressos em linguagens de processos com uma clara semântica, suas propriedades estruturais podem ser analisadas. Se, por exemplo, certas partes dos processos nunca puderem ser atingidas, uma óbvia falha de modelagem ocorreu e deve ser corrigida. A fase mais intensa do BPM é a da execução do processo. Nesta etapa se faz necessário verificar quais os tipos de processos de negócio existentes para a posterior determinação dos tipos de sistemas desses processos. No período de concepção do BPM, quando a modelagem de processos de negócio do lado da aplicação e o gerenciamento de workflow do lado da execução de TI eram apenas as únicas opções, o foco estava nos processos com uma estrutura estática. A principal razão implícita nesta óbvia limitação era a seguinte: a modelagem de um processo e o fornecimento de infraestrutura para a sua execução exigia um esforço considerável. A fim de fornecer um ROI (Retorno sobre o Investimento) satisfatório, um grande número de casos individuais foi beneficiado pelas novas tecnologias. Este tipo de adequação do processo é chamado workflow de produção (NETTO, 1999). Com relação especificamente às ferramentas de mapeamento de processos, SMITH e FINGAR (2003) concluíram que aquelas por eles analisadas não permitiam levar os modelos de processo diretamente à execução, já que usavam formatos proprietários e notações de difícil compreensão para os responsáveis das áreas de negócio. 25 O enfoque destas estava na modelagem das atividades de entrada e saída de dados nos fluxos de trabalho, dando insuficiente atenção aos aspectos colaborativos dos processos do mundo real e à sua complexidade. Estes fatos ocorreram, entre outros motivos, pelo descompasso entre a TI e a área de negócio que ainda separavam as metas estratégicas organizacionais das tecnológicas. Pode-se constatar ainda, que as diferenças conceituais entre as duas óticas não são muito díspares, considerando que, ao longo do tempo, elas tendem a convergir. Já em relação ao ciclo de vida do BPM e suas fases de implantação as diferenças foram significativas. Enquanto a gestão empresarial desmembra basicamente o ciclo em oito fases (pesquisa, projeto, preparação, execução, interação, monitoramento e controle, melhoria e análise), a TI se concentra em apenas quatro (projeto, configuração, execução e análise, diagnóstico). Problemas característicos de cada área também merecem destaque. Na área de gestão empresarial, as barreiras à implantação da cultura de BPM. Na área da TI uma falta de padronização entre sistemas de mapeamento, modelagem e automatização de processos, o que dificulta tanto a integração de sistemas quanto à participação ativa dos gerentes de negócio das organizações, quando os produtos colocados à disposição de usuários não são amigáveis. 26 5 MODELAGEM ORGANIZACIONAL Fonte: movecons.com A Modelagem Organizacional facilita a compreensão do ambiente empresarial e é reconhecida como uma atividade valiosa pela engenharia de requisitos. O modelo organizacional é uma representação da estrutura, das atividades, dos processos, das informações, dos recursos, do pessoal, do comportamento, dos objetivos e das restrições das empresas comerciais, governamentais ou de outra natureza. Esse modelo ajuda a compreender as complexas interações entre as organizações e as pessoas. BUBENKO (1993) faz importante observação com relação ao grande número de ferramentas de métodos Computer Aided Software Engineering (CASE). 5.1 Abordagens de Modelagem Organizacional Cada organização tem missão, objetivos e processos próprios e é importante dar atenção à modelagem desses itens. ALENCAR (1999) destaca os seguintes objetivos da Modelagem Organizacional: 1) Fornecer um objeto, que seja uma representação compartilhável e reusável da cadeia de fornecimento de informação e conhecimento; 27 2) Suportar tarefas da cadeia de fornecimento, pela habilitação de respostas a questionamentos, que não estão explicitamente representados no modelo; 3) Definir os objetos de maneira precisa, de forma que sejam consistentemente aplicados, por meio dos domínios e interpretados pelos usuários; e 4) Suportar visualização do modelo, de forma intuitiva, simples e consistente. Muitas técnicas de Modelagem Organizacional são propostas, algumas com o foco principal nos aspectos sociais como em DOBSON (1994) que descreve os objetivos, política e estrutura da organização. Na linha de ROLLAND et al. (2000), é realizada a Modelagem Organizacional com múltiplas visões com análise de metas e objetivos da organização. A organização, segundo esses autores, é representada por meio de modelos, que facilitam a realização de especificações de requisitos mais próximas à realidade da organização. Os modelos de requisitos existentes descrevem o ambiente organizacional em termos de entidades e atividades, sem se importarem com situações em que os usuários poderão tomar diferentes decisões. Esses modelos têm como objetivo a descrição de sistemas técnicos, em vez de fornecer descrições mais ricas sobre as organizações sócio humanas. 28 6 METODOLOGIA EKD (ENTERPRISE KNOWLEDGE DEVELOPMENT) Metodologia EKD. Fonte: Bubenko; Stirna; Brash (2001) O trabalho que originou esse método iniciou-se nos anos 1980 pelo projeto Plandata, e foi refinado pelo SISU (Swedish Institute for Systems Development – Instituto Sueco para o Desenvolvimento de Software), no final dos anos 1980. Ele foi fundado em 1984 e realizou mais de 100 projetos de análise de sistemas e negócio, no quais a metodologia de Modelagem Organizacional foi usada. A grande contribuição foi considerar componentes organizacionais de uma especificação, por exemplo, os objetivos (intenções) de um negócio, além dos tipos de componentes do modelo tradicional, como entidade, relacionamentos e processos. O uso dessa abordagem em muitas aplicações diferentes, durante os últimos dez anos, mostrou que a razão do sucesso não era apenas o Modelo Organizacional, mas também o gerenciamento apropriado do processo do negócio e engenharia de requisitos. A ideia inicial do Modelo do Negócio do SISU foi estendida para o Modelo Organizacional e, mais tarde, desenvolvida no projeto ESPRIT F3 (From Fuzzy to Formal). A Modelagem Organizacional F3 foi 29 então elaborada pelo projeto ESPRIT ELKD e está agora sendo aplicada no projeto ESPRIT ELEKTRA (Electrical Enterprise Knowledge for Transforming Applications) (Bubenko et al., 1998). O projeto ELEKTRA concentra-se, principalmente, na aplicação do método EKD para problemas de gerenciamento de mudanças, dentro de organizações da Grécia e Suécia, gerando um conjunto de práticas genéricas de forma a aplicá-las em outras companhias. Segundo ROLLAND et al. (2000), a pesquisa do projeto ELEKTRA objetiva a criação de uma base de conhecimento para o gerenciamento de mudança. Um dos objetivos do projetoera: capturar as melhores práticas do negócio, para reusá-las em situações similares em outras companhias de eletricidade. A necessidade de reengenharia e de gerenciamento de mudanças está crescendo rapidamente, tornando-se fatores chaves de sobrevivência e competitividade das companhias. Nesse caso a organização precisa desenvolver uma disciplina que organize todo o conhecimento requerido, para identificar a necessidade de mudança na organização, e para cumprir essas mudanças de maneira conveniente e profissional (BERNUS et al, 1997). Segundo KIRIKOVA (2000), o EKD pode ser usado em situações diferentes e com propósitos diferentes, como nas seguintes situações: • Na engenharia de requisitos para definição e especificação de requisitos; • Na análise do negócio para detecção do problema; • Na reengenharia de processos do negócio para definição de novos sistemas de negócio; e • No gerenciamento de conhecimento organizacional ou aprendizagem organizacional, para formar a base de propagação e ampliação de conhecimento. De acordo com BUBENKO et al. (1999), o conteúdo básico da estrutura EKD inclui: um conjunto de técnicas de descrição, a participação de stakeholders e um conjunto de diretrizes para o trabalho. O termo stakeholder foi introduzido para nomear a todos os envolvidos no projeto, diretamente ou indiretamente, ou que tenha interesse no resultado do projeto. O conjunto de técnicas de descrições fornece um conjunto de modelos, que é usado para descrever o 30 sistema a ser analisado ou construído e a organização na qual ele será operado. Esse conjunto de técnicas é usado pelos desenvolvedores do sistema. As técnicas de descrições envolvem atuais clientes, usuários finais, gerentes, proprietários, entre outros interessados. A abordagem EKD envolve tipicamente estrategistas, gerentes táticos e funcionários do nível operacional, que juntamente com o facilitador e técnicos, familiarizados com EKD iniciam o processo de: 1. Diagnóstico. Modelar a situação corrente e os requisitos de mudanças; 2. Entendimento. Interpretar, entender, raciocinar, deliberar e discutir o estado corrente e futuro da empresa; e 3. Projeto. Discutir e modelar as situações alternativas futuras e os cenários. 7 INDICADORES DE DESEMPENHO Fonte: ideiaconsultoria.com.br Muitas são as definições encontradas na literatura a respeito de indicadores de desempenho e todas têm por essência o fato de buscar retratá- los como um instrumento capaz de transformar dados em informações, por meio de uma mensuração qualitativa e/ou quantitativa. As medidas de desempenho 31 são sinais vitais da organização e qualificam e quantificam o modo como as atividades ou outputs de um processo atingem suas metas (HRONEC, 1994). Segundo TACHIZAWA (1999), a avaliação de desempenho ou indicador de desempenho reflete a relação de produtos (serviços)/insumos, ou seja, busca medir a eficiência de um dado processo ou operação em relação à utilização de um recurso ou insumo específico (mão-de-obra, equipamentos, energia, instalações, entre outras). A relação matemática será fundamental nessa busca, uma vez que ela poderá auxiliar na medição dos atributos de cada processo e ser útil na comparação entre as medidas obtidas com as metas numéricas preestabelecidas. Segundo KARDEC, et al., (2002), a principal função dos indicadores é mostrar oportunidades de melhoria dentro das organizações, os pontos fracos, os problemas e evitar as não-conformidades. Os indicadores devem fornecer valores que representem informações racionais e objetivas, que quantifiquem o desempenho e eliminem o nível de subjetividade das medidas. 7.1 Sistema de medições do novo processo Quando se fala em conjunto, não significa dizer que a ideia do "quanto mais melhor" vá prevalecer, muito pelo contrário, é necessário um conjunto de indicadores que seja claro, objetivo, simples e fácil de medir e que esteja de acordo com os objetivos da organização. Não há necessidade de muitos indicadores, mas o suficiente para se ter uma visão de como a empresa está funcionando. Não existe uma quantidade ótima de indicadores que um sistema de medição precisa possuir. A necessidade está ligada diretamente aos objetivos e estratégias almejados. Um sistema de indicadores de desempenho só poderá ser eficaz se existirem medidas (indicadores) padronizadas e que estejam em funcionamento, atendendo às necessidades da gestão e se existirem também pessoas capacitadas para processar as informações e repassá-las aos interessados. 32 Tendo em vista que um sistema de indicadores de desempenho deve atuar em todos os principais processos da organização, antes de montá-lo é necessário identificar os processos a serem medidos e analisados, os parâmetros para o monitoramento e os indicadores mais adequados para gerar as informações. ÑAURI (1998:32) afirma que: o objetivo do sistema de medição de desempenho em organizações é estabelecer o grau de evolução ou estagnação de seus processos, assim como, da adequação ao uso de seus bens e serviços, fornecendo informação adequada, no momento preciso, a fim de tomar as ações preventivas e/ou corretivas que levem à conquista das metas organizacionais. Outro ponto, importante de ser mencionado, é relativo ao envolvimento dos colaboradores. Quanto maior for a participação de todos que fazem a empresa, maior será a eficácia da mensuração dos indicadores. Medir desempenho só terá sentido se todos se comprometerem e entenderem que o seu papel faz toda a diferença nos resultados finais da organização. O sistema de medição de desempenho (SMD) direcionado para as áreas financeira e contábil visa abordar aspectos que demonstrem a realidade das operações, como por exemplo: entender o processo; comunicar a estratégia e clarear valores; definir responsabilidades; melhorar o controle e planejamento; identificar quando e onde é necessário agir; tornar o trabalho realizado visível; facilitar o entendimento dos dados apresentados; gerar informações disponíveis em tempo real para a organização; e apresentar medidas financeiras e não- financeiras (DE OLIVEIRA, 2008). 33 8 AUTOFEEDBACK Fonte: rhportal.com.br Uma nova expressão que utiliza para significar aprendizagem contínua através da reflexão sobre os resultados alcançados pelas nossas ações e que contribuem para expandir nossa consciência e nossa capacidade de auto observação. O autofeedback pode ser útil tanto a quem ocupa posição de liderança, quanto ao liderado, e sendo mais profundo, todos nós assumimos certo nível de liderança, porque temos a responsabilidade de sermos líderes de nós mesmos. E acredite, se para muitos é um desafio liderar, estar à frente de pessoas, projetos ou alguma causa nobre, liderar o próprio comportamento e moldar nossas atitudes em relação à vida é o primeiro passo. Por isso o autofeedback é muito importante e faz todo sentido, independente da sua condição de vida atual. 34 8.1 Benefícios obtidos ao aplicar o Autofeedback Ao aplicar o autofeedback você conseguirá ampliar o autoconhecimento, desenvolver a disciplina, estimular a autoliderança, fortalecer a autoconfiança, valorizar seus progressos diários e aumentar a capacidade de relação interpessoal. O autofeedback pode ser aplicado de forma diária, semanal ou mensal. Quanto mais consistente e realista, mais eficaz será o resultado. Outra atitude positiva é estimular as pessoas ao seu redor a praticarem o autofeedback e você pode até adaptá-lo focando em uma área específica, por exemplo: família, negócios, equipe, carreira, saúde, finanças, entre outras. Fonte: opservices.com.br 35 8.2 Feedback e sua importância Fonte: mundocarreira.com.br A importância do feedback fica ainda mais evidente com a evolução da gestão de pessoas. Antigamente,as empresas não se preocupavam tanto com o bem-estar dos funcionários. Essa prática hoje mudou, porque os profissionais procuram, além de um trabalho que supra suas necessidades básicas, um ambiente no qual possam crescer e se desenvolver. Um dos motivos pelos quais isso é possível é graças ao feedback (SALCEDO, 2016). A avaliação de desempenho é a oportunidade que os gestores têm para conversar com os colaboradores sobre seu trabalho, o que está sendo realizado de maneira certa e o que não está, além de determinar como a situação pode melhorar (SALCEDO, 2016). 8.3 Formas de dar feedback: Feedback formal: Reuniões marcadas previamente durante o cronograma de trabalho Feedback informal: De forma não marcada e continua, no dia-a-dia do trabalho. 36 Feedback corretivo: Quando o feedback tem por objetivo mudar um comportamento e nortear o colaborador por um determinado caminho. Para isso, ambienta-se um contexto com regras e normas. 8.4 Falta de feedback Fonte:4oito.com.br A falta de feedback ocasiona em uma série de consequências. A primeira e mais importante é a desmotivação. Sem alguma análise de desempenho (seja positiva ou negativa), o colaborador pode ficar perdido, já que o objetivo dessa conversa é orientar a pessoa a começar, interromper ou continuar determinado comportamento (SALCEDO, 2016). Outras consequências devido a falta de feedback: Desmotivação dos colaboradores; Diminuição da produtividade; O colaborador fica confuso em relação à gestão; Aumenta o índice turnover e a perda de talentos; Colaboradores ficam sem saber que caminho seguir; Gera comportamentos inadequados; Imagem da empresa fica comprometida; 37 As equipes começam a apresentar dificuldade de relacionamento; Os profissionais passam a apresentar pouca iniciativa. 38 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AALST, W.M.P., VAN DER; HOFSTEDE, A.H.M. TER; WESKE, M., Business Process Management: A Survey. In: AALST, W.M.P. van der, HOFSTEDE, A.H.M.TER, WESKE, M. (Org.) INTERNATIONAL CONFERENCE ON BUSINESS PROCESS MANAGEMENT (BPM 2003), Lecture Notes in Computer Science. Berlin: Springer-Verlag, p. 1-12, 2003. ALENCAR, F.M.R., Mapeando a Modelagem Organizacional em especificações precisas. 1999. p. 304 Tese (Doutorado) - Centro de Informática, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 1999. 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